O Dinheiro Não É o Seu Problema

Ep.34 Fé e Empreendedorismo - Como Marleide Damasio Transformou Desafios em Oportunidades

Madeleine Strasburg

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Neste episódio, temos uma conversa inspiradora com Marleide Damasio. Marleide compartilha sua jornada de superação desde sua infância humilde no Brasil até se tornar uma empreendedora bem-sucedida no Brasil, em Portugal e (em breve wink wink)  nos Estados Unidos. Ela nos conta como sua visão empreendedora se manifestou desde cedo, quando vendia sucos e sanduíches nas feiras de Goiânia, e como ela sempre acreditou que poderia mudar sua realidade financeira.

Marleide destaca a importância do autoconhecimento e do amor próprio na sua trajetória, explicando como isso a ajudou a superar crenças limitantes e a enfrentar desafios. Ela também fala sobre a influência significativa de sua fé e espiritualidade em sua vida financeira, ressaltando como os ensinamentos do Evangelho de Jesus Cristo guiaram suas decisões e lhe deram força nos momentos mais difíceis.

Ela compartilha histórias pessoais de resiliência, como quando lidou com a perda de sua mãe e as dificuldades financeiras, sempre mantendo uma mentalidade positiva e de crescimento. Marlene enfatiza que o sucesso financeiro não é apenas sobre dinheiro, mas sobre a missão de ajudar outras pessoas e fazer o bem. Ela inspira os ouvintes a nunca desistirem de seus sonhos e a buscar continuamente o desenvolvimento pessoal e espiritual.

Esperamos que a história de Marleide Damasio inspire e motive todos os nossos ouvintes a acreditar em si mesmos e a nunca desistir dos seus sonhos. Se você se identificou com algum aspecto da história dela, tire um tempo para refletir sobre suas próprias experiências e como você pode aplicar essas lições em sua vida.

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Bem-vindas ao Dinheiro Não É O Seu Problema podcast, onde conversamos todas as semanas em como você pode se tornar boa com dinheiro, no bolso e na mente, usando ferramentas práticas do coach pessoal, em maneiras simples e eficientes, e lidar com a matemática do dinheiro. Está pronta? Invista em você e vamos lá. Bem-vindos a mais épisódio do Dinheiro Não É O Seu Problema podcast. Hoje eu tenho para vocês uma conversa com uma pessoa incrível, a Marlene. Conheci ela só fazem dois meses atrás, mas parece que eu já conheço ela de outras datas. Marlene, tudo bem com você?
Oi, Madeleine, tudo bem, sim, e você?
Tudo joia. Então, fala pouquinho para as pessoas que não te conhecem, que estão ouvindo nosso podcast. Fala para elas pouquinho sobre você.
Meu nome é Marleide Damasio. É privilégio muito grande, Madeleine, eu receber esse convite seu. Me senti muito honrada com esse momento. Eu vim do Brasil, eu sou brasileira, morava em Goiânia, e depois mudei para Portugal, e há sete meses estou aqui em Utah.
Você está com filho aqui, certo?
Sim, com o meu filho aqui.
E lá em Portugal, você morava com dois filhos, é isso?
Meus dois filhos, o Andrei e o Kauan. E em Goiânia eu tenho uma filha que é casada e tenho quatro netos.
Vamos lá atrás, quando você era pequena, crescendo. Fala pouquinho, porque esse aqui é podcast sobre dinheiro. E eu sei que você, as coisas que você trabalha, elas viram ouro, elas se dão muito bem. Então você tem senso aguçado para quando a coisa vai bem ou quando a coisa vai mal. Então, por isso que eu achei importante. E claro, sua história de superação é muito importante também. Vamos falar pouquinho sobre a sua infância, sua adolescência. Como é que foi? Olhando para trás, como que a sua família encarava o dinheiro?
Primeiro, sim. Eu vim de uma família extremamente pobre, tanto financeiramente, infelizmente, mentalmente, mas não era por culpa deles. Eu tinha uma mãe que não teve uma educação, nunca foi à escola. Meu pai, naquela época, estudou até a quarta série. Então, naquela época, falava quarto grau. Isso. Então eu vim de uma família totalmente ela é desestruturada com relação à cultura. Então minha mãe, sempre, ela tinha aversão à questão de dinheiro, ela não acreditava que podía mudar de vida. Mas no meu íntimo, Madalena é tão interessante que eu
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tinha por volta dos seis anos e eu me lembro muito bem, eu subi em cima do pé de Amora e falava: Quando eu crescer, eu nunca vou deixar ninguém cobrar aluguel na minha porta, porque isso consenteu muito lá. E eu vou fazer muita compra, porque nós tínhamos assim, não passamos fome, mas tínhamos somente o básico. Vocês pensavam: Eu não quero essa vida para mim. Eu tinha por volta de uns seis anos de idade, eu me lembro, eu vendo aquela situação e falando: Eu não quero passar isso. E o tempo, Madeleine, foi tão interessante, foi passando e eu nunca me conformava com aquela situação. Então quando eu fiquei jovem, por oito anos, eu me batizei na igreja de Jesus Cristo, do santo dos últimos dias, e começou a época do seminário e eu ficava vendo as outras jovens diferentes, com as roupas melhores, eu não quero isso para mim.
Aí eu comecei a trabalhar na casa de algumas pessoas, como doméstica, para ter dinheiro extra, mas não entrava na minha cabeça que eu tinha que continuar naquela vida. E depois, logo, eu comecei a vender também coisas na rua. Eu tive uma proposta de emprego e eu sempre gostei de ser empreendedora. Numa loja, uma das melhores lojas de Goiân, chamava a Casa do Colegial na época. E eu tive a proposta de trabalhar lá. E a minha amiga também queria trabalhar lá. E eu falei para ela: Se você me der uma caixa de isopor para eu colocar suco dentro da caixa e vender, você pode ficar com a minha vaga no meu emprego.
Já estava trocando, já estava vendo o potencial de fazer mais dinheiro.
Isso, porque eu não entrava na minha cabeça trabalhar tantas horas por dia e não ganhar quase nada, ganhar salário mínimo. E aí ela falou: Está certo, então. Como eu não tinha dinheiro nem para comprar a caixa de isopor, eu fiz essa proposta porque ela tinha como comprar a caixa de isopor. E aí foi aí que eu fui vendo que dinheiro não é questão para mim, dinheiro não fazia sentido você despender, trabalhar muito com o corpo e pouco com a mente. Foi aí que eu comecei a fazer lá em Goiânia chamava tucão, e eu descobri uma forma de vender mais rápido. Então eu fazia aquele suco de maracujá, tudo muito bem feito, e eu saía como cinco e meio da manhã e chegava na feira, umas seis e meio da manhã, e vendia aquele suco junto com o sandwich que eu comprava pronto na panificadora, que eu pedia para eles fazerem para mim, e quando era 10h30, nos anos de hoje, já tinha feito todo o meu trabalho, estava com o meu dinheiro.
Vendido tudo.
Vendido tudo, que eu não voltava, enquanto eu não vendesse tudo. E também com a feira de casa toda comigo também.
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Que legal, nossa. Eu acho legal porque te vê, as pessoas falam assim: Você pode ser o que você quiser. E na verdade, eu não posso ser uma jogadora da WNBA, das mulheres que jogam basquete. Mas não importa, eu não tenho talento, mas eu nem tenho aquela vontade. E você sempre teve aquela vontade, que você sabia que você queria mais. E eu acredito que aquilo é dado para gente pelo Pai Celestial, que ele nos dá essa vontade de alguma coisa. E aí se a gente quer fazer, a gente consegue. Como você, com seis anos, já tinha essa ideia de que você não queria viver na situação financeira como seus pais estavam. E aquilo estava dentro de você. E aí já trouxe aquele espírito empreendedor, que o mais importante, o que você acabou de falar, é uma verdade que muitas pessoas não entendem que o nosso dinheiro não é relacionado ao número de horas que a gente trabalha, o valor que a gente traz para outras pessoas. Você trouxe suco delicioso, sanduíche, quem estava com fome comprou de você, aquilo não tinha preço para a pessoa, aquilo lá estava perfeito. E aí você terminava de trabalhar, fazer mais dinheiro do que na loja, não é verdade?
Justamente. Essa era a minha visão. Eu pensava que eu posso fazer mais dinheiro com vendedora do que eu ficar ali oito, dez horas em pé e não ter aquele retorno e não ter tempo para mim, que eu pensava sempre assim, não entra na minha cabeça, eu não tenho tempo para eu poder disfrutar das coisas. Claro, reviver. Naquela situação caótica que nós vivimos na época, eu ainda pensava nessa questão. Então minha visão sempre foi de empreender. Eu queria empreender, então, enfim, desde pequena, antes também na adolescência, eu trabalhei na casa de uma mulher para fazer dinheiro. Então eu sempre eu estava buscando. E na minha cabeça, eu sempre falava: Olha, se você vai trabalhar para as pessoas, você vai enriquecer as pessoas, mas você vai continuar na mesma situação.
É, trabalhando para você, você não tem teto de quanto você pode fazer, só depende do seu empenho para você fazer o dinheiro que você quer.
E naquela época, Madeleine, interessante que ninguém acreditava na gente. Então como eu saía muito para pensar, eu já vendi balinha de coco, tinha até uma frase que eu peguei do meu amigo, eu vendi a balinha de coco nos terminais e meu amigo me disse uma frase que eu estava assim: Bala de coco em mel, quem não comprar, não vai para o céu. Eu fazia isso. As pessoas sempre achavam muito interessante, então eu estava sempre querendo aprovar para fazer dinheiro. E a minha família às vezes falava assim: Não, o seu problema não é isso, você precisa trabalhar de carteira assinada, CLT. Minha mãe falava: Não, o seu problema é que você gosta muito de andar. O rico é miserável. Mais vale camela entrando no fundo da agulha do que o rico entrar no reino do céu. O dinheiro é a raiz de todo mundo. Eu falava: Mas não tem lógica uma coisa dessa. Para mim não entrava, mas foi uma cultura que meus pais criaram, porque eles foram vítima das vítimas. Eu sempre falo isso. Não é porque eles fizeram
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o melhor na condição que eles tinham e no tamanho da mentalidade que foi passada, eles não conseguiram mudar isso.
O que eu vejo também é assim, as pessoas quando uma coisa é dissonante, é uma coisa que ela é, uma coisa que ela acredita e as coisas não estão certes, que nem ela pensar que uma pessoa rica era uma pessoa boa, mostra que, então eu sou pobre, eu sou ruim, ou ao contrário. Então, o cérebro faz essas coisas para a gente ficar de bem com a gente mesmo e não ficar nessa confusão. Então era melhor falar não, porque na Bíblia está falando que o dinheiro é a raiz do mal, mas não é, é o amor ao dinheiro. Mas aquilo, aquele pensamento, aquela crença, ajudava, no caso sua mãe, o seu pai, a fazer, a ter paz com a situação que eles estavam.
Para não ter conflito mental.
Exatamente.
E é interessante, Madalém, que eu acredito assim, eu tive poliomielite aos nove meses de idade, onde o médico me falou assim: Ou o seu lado esquerdo todo vai ser paralisado ou eu iria morrer. Mas graças ao senhor, nada disso aconteceu. Mas com o tempo, eu comecei a pisar na ponta dos pés. E eu não queria... As pessoas falavam que era orgulho, mas não era só orgulho. Eu queria provar para mim mesma que eu não via aquela deficiência não me atrapalhava em nada, que a questão está mais na mente, não no corpo. Então eu sempre busquei meios para que eu não dependesse do governo, mesmo que eu tivesse direito, eu nunca peguei nada do governo, ajuda de governo, nada. Então, eu falava não, porque se eu pegar ajuda do governo, ganhar salário mínimo, eu vou ficar estacionada e eu não vou crescer. E o governo ajuda quem não tem condições, e eu tenho condições.
Isso é muito importante.
Então eu cresci, eu mesmo, essa mentalidade.
E E deve ter sido difícil você crescer com todas as pessoas pensando de uma maneira e você internamente sabendo que aquilo era conflito, que você não acreditava naquilo. Existe alguma coisa do pensamento de como eles agiam que afetou você?
A questão de ter muita dó de mim. Eu acho que como pai, eles achavam assim: Poxa, minha filha é deficiente, então ela é limitada. Eu não aceitava isso, só que eu entendia também como pais. Então quando eu ia fazer alguma coisa, a minha mãe sempre me apoiava, mas você sentia que não era aquele apoio que vinha do coração, tipo: Ah, coitado da minha filha, deixa ela sonhar.
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Você entendeu?
Então foram muitas críticas porque adora, você é louca. Às vezes os irmãos falavam: Você é doida. Então, não era só sonho, era uma realidade que eu sabia que ia acontecer comigo. Então, isso foi bem difícil, porque mesmo assim, minha família da minha mãe era povo muito branco, e a família do meu pai era o povo mais... Eu sou negros. E eu sentia também essa diferença, essa questão de discriminação racial, questão do deficiente, da: Coitadinho, deficiente, eu não tenho capacidade de nada. Antigamente era assim. Então, isso foi muito difícil para mim, os bullying, que a gente sofria, mesmo dentro da família. Então, não foi fácil. Para mudar essa mente, eu ainda estou em processo de mudança, mas eu já dei salto muito grande, viu Madeleine?
Eu sei, das coisas que a gente já conversou off camera, a gente já conversou e você me contou essa história. Mas eu entendo, porque é verdade, o nosso cérebro procura por evidência das coisas que a gente pensa e cresceu ouvindo: Ah, coitadinha, ou então: Ela não sabe o que ela está falando. Ela é doida. E aí você começa a achar evidência das coisas que as pessoas falam para você. É muito difícil, a gente faz isso, é preciso de muito treino. Você está sempre trabalhando na mente para poder não trazer essas crenças do passado, essas vozes do passado que não estavam te ajudando.
E isso acabou me levando a depressão muito profunda, porque você acaba não se encaixando no mundo que as pessoas querem que você se encaixe. E isso me trouxe uma depressão muito grande. Então foi muito difícil, porque eu tinha tomado muita depressão, que era só eu. Eu tinha tomado na época de mudar. E você brigar contra o mundo, não é porque eles faziam isso, não é não é porque eles eram ruins, mas era a realidade deles. E eu não queria fazer parte daquela realidade. Então é uma briga interna muito grande consigo mesmo. O maior monstro que nós combatemos não é o outro, é a nossa mente. É verdade. Essa transformação, ela traz dor, ela traz confusão, ela traz conflito, porque você está querendo fazer uma coisa, a sua crença limitante fala: Não, fica desse jeito, porque o cérebro, ele não gosta de gastar energia, tem essa questão também.
E tudo que é diferente, o cérebro gosta do automático. Para você ficar algo diferente, você tem que pôr mais energia, e ele não gosta. Então, ele quer que você fique só na sobrevivência. Se você ficar quietinha, ninguém briga com você, você fica pequenininha na sua, mas a gente sabe que a gente é criada para mais.
Eu, assim, eu sempre... Quando depois eu resolvi trabalhar tempo de carteira assinada, mais não me entrava na minha cabeça. Mesmo assim, eu consegui arrumar emprego de meio
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período. Naquela época, ganhava-se muito bem nesse emprego. E depois eu falei: Poxa, eu preciso fazer mais. Porque naquela época, sete salários mínimos era muita coisa no Brasil. Então eu sempre fui muito abertuada com relação a dinheiro. E eu resolvi para vender. E eu conheci uma empresa onde eu comecei a crescer nessa empresa. Eu aprendi muito sobre técnicas de venda. Foi lá que eu consegui, chama Nautis Life, onde eu fui gerente, chama líder de varejo, uma gerente nessa empresa. Eu então atendia a Nápoles, Goiânia e os arredores ali, e eu era campeã de venda no centro-oeste.
Batia sempre as metas, não é?
Batia sempre as metas. E as pessoas não entendiam isso, mas é porque eu tinha dentro de mim, eu não posso ficar só... Está bom, eu ganhei 10 mil, vamos dar exemplo naquela época, eu ganhei 10 mil. Está bom, não, para mim não era urgente. Então eu pensava que eu posso fazer mais e posso ajudar as pessoas também a entender o potencial delas. Então isso é muito importante, Madalene, quando você sai da situação, que minha história de vida é muito bonita, eu passei muitas coisas. E você entende que outras pessoas também, elas podem chegar onde elas quiserem, só querendo pagar o preço para isso. É verdade. E às vezes, o mesmo esforço que você gasta em não ficar pobre, é o mesmo esforço que você gasta para ficar rico.
É, às vezes é interessante isso. Fala para mim, Marlene. Teve algum evento específico, alguma experiência que foi definidor, divisor de águas para você, que ajudou você na sua jornada financeira?
Sim. Eu trabalhava nessa empresa, eu era na NautiLife, e eu via que eu não era submisso a ninguém, porque é uma empresa bem aberta. Agradeço muito tudo que eu aprendi lá dentro. Mas chegou a época que eu falei: Eu estou gastando muita hora fazendo muito dinheiro, mas não é o suficiente para mim. E foi quando eu mudei para Portugal. Eu mudei para Portugal, vamos pular aí pouco, eu mudei para Portugal. E eu comecei a ver que eu queria alcançar algo, mas tinha algo dentro de mim que me segurava, Madalena. Era como se você falava, você via seu potencial, você tinha quando eu me chegava, estava uma vida legal, eu não podía reclamar. Eu já tinha comprado carro em Portugal, eu já tinha viajado para alguns países, mas para mim, é que lá tinha alguma coisa me segurando ainda. E o maior divisor de água para mim foi quando eu busquei o autoconhecimento e o amor próprio. Então, esse divisor foi uma luta muito grande para eu ver que eu podía mais. Foi quando eu ingressei numa empresa com o meu filho, nós dois, nessa empresa em Portugal, e eu pude falar para o meu filho: Nós podemos mais, e nós batemos metas, e eu não posso falar valores, mas metas que eu pensava que jamais estaria longe do meu alcance.
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Mas quando eu vi isso, eu comecei a crescer e estudar, Mardalene, quer ter divisor de água, estuda. As pessoas pensam que não. Não precisa de uma faculdade de quem não quer ir. Tem nas internet.
Hoje em dia, tem tanto lugar.
E esse foi o maior divisor de água, foi quando eu vi, quando meu filho fez a proposta para mim de entrar na empresa com ele. E eu, em seis meses, eu levantei uma empresa. Nossa. E seis meses. Eu estava falando: Ah, e depois nós ficamos tempo para estruturar as coisas. Então eu vi ali que foi difícil o viu Madalene. Lógico. Foi uma briga mental que eu falava: Não, você não consegue, é muita coisa. E eu tive que gritar com o meu eu tive que falar: Não, eu tenho condição disso. Então, ver que eu precisava ajudar minha família e não estava tendo como ajudar. Aí eu falei: Se eu não estou ajudando, é porque eu não estou conseguindo me ajudar, me conhecer. Então, esse processo de autoconhecimento e amor próprio, você começa a ver mais ramificações das coisas, vê que você não é só sobre você. Se Deus te deu essa mentalidade de você crescer, igual aconteceu comigo, eu estou pagando o preço desse autoconhecimento. Então, não era não é sobre eu, a minha pessoa, é sobre a missão que eu tenho aqui nessa terra. De o quê? De além... Para eu ajudar as pessoas, eu tenho que estar bem.
Então, isso foi o maior divisor de águas, não é só sobre a minha família estar bem, meus filhos estarem bem, não era só sobre eu. Esse foi o maior divisor de águas, porque às vezes, você fica só naquele mundinho, que é só sua família está bem, seus filhos, seus netos estão bem, está tudo ótimo, o mundo que se exploda. Então isso, essa vontade de chegar a ajudar outras pessoas, fez eu buscar a o meu conhecimento, trabalhar mais, porque hoje o meu foco é totalmente mudado, é para ajudar as pessoas. Eu quero que as mulheres cresçam, que as pessoas cresçam e vejam que é possível.
Eu acho muito interessante porque você trouxe que você vê o seu propósito dado por Deus. A sua espiritualidade teve alguma influência nessa sua jornada financeira?
A minha espiritualidade tem tudo a ver com a minha vida financeira. Eu sou de a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos dias. E desde criança, eu tenho amor incrível pelo livro de Mórmol. E eu estudo, eu fiz seminário. Eu sempre fui muito voltada para Deus, meu coração sempre foi muito voltado para o Salvador Jesus Cristo. E eu fiz seminário na igreja. O Evangelho de Jesus Cristo, hoje eu estava parada e pensei: Nossa, hoje eu estou nos Estados Unidos. Se não fosse o Evangelho de Jesus Cristo, eu não estaria onde eu estou hoje. Se não fosse as Escrituras, porque eu estudo muitas pessoas que falam sobre lei da... Como é que fala? Da atração, tudo. Mas se nós formos estudar, tudo está nas Escrituras. O meu maior ídolo
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é o Salvador Jesus Cristo. Ele é o professor de Química, ele é o meu professor de Matemática, de Física, ele sabe tudo. Psicóloga, e eu sou psiquiatra. Isso não descarta eu estudar outros livros, entendeu? Lógico. Mas o meu mestre é ele. Então, isso, o Evangelho de Jesus Cristo, o amor que eu tenho pelo Salvador, o meu coração voltado para ele, se não fosse o Evangelho, eu não seria a pessoa que eu sou hoje.
Não é sobre dinheiro, Madalene. Não é. Não é sobre dinheiro, porque o dinheiro você pode perder ele, e é só papel, mas é sobre quem você é, de quem você é filha. Porque quando você tem Deus na sua vida, você passa todas as tempestades, mas você tem paz e sabe que você vai chegar onde você deseja chegar. Então o Evangelho é de Jesus Cristo para mim, o Salvador Jesus Cristo. Sem ele, eu não sou nada, porque não adianta eu ter dinheiro e não ter Deus na minha vida. E esse testemunho que eu tenho, ele é muito forte dentro de mim. Eu tenho uma necessidade, eu sou 100% dependente do meu Salvador Jesus Cristo. Claro que eu faço a minha parte, Madalena.
Lógico, é porque a gente tem que seguir em frente.
A fé sem obras é morta.
E outra, você percebe o seu propósito, sua missão, você vê isso como ajudando outras pessoas, e foi o mandamento que eles nos deram. E por falar em pessoa, as pessoas que existe alguém, alguma pessoa ou pessoas que te influenciaram durante essa sua evolução financeira?
Olha, eu vou falar assim, às vezes a pessoa fala que eu sou muito evangélica, mas assim, eu admiro muito a história dos líderes da igreja, que são assim, você fala: Nossa, mas tem tanta outras pessoas, mas eu estudo muito sobre os profetas. E eu via muito como as mulheres deles agiam naquele momento, então isso me Eu vejo muito, eu vejo as mulheres, os pioneiros, como aquelas mulheres, os líderes agiam. Eu não estou dizendo: Ah, não tem pessoa, não estou falando de perfeição, estou falando de garra, de confiança.
Exemplo, não é?
Exemplo, aquelas mulheres que estavam naquela época tão difícil, onde a mulher não tinha muita autonomia, mas mesmo assim, elas estavam ali lutando para ajudar, era suporte, precisava por tantas coisas. E, poxa, se elas conseguiram, e passaram muita mais que eu, e hoje o Evangelho de Jesus Cristo está todo aí devido a essa história, por que não eu?
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Alguma pessoas pensam nela, elas falam assim: Por que eu? Mas na verdade é: Por que não eu? Para o bom ou para o ruim.
Então eu sempre fui muito voltada, o Madalém, porque hoje o mundo prega o seguinte: Vê tantas pessoas ficando ricas, mas fulana não segue a Deus. Só que não é sobre dinheiro. Dinheiro é consequência dos seus atos, mas você conhece que está a vida dessa pessoa? Não se engane, porque tudo que a gente hoje, você tem que estar licerçado em algo. Tem que estar licerçado em algo. Então eu sempre procurei exemplo de pessoas que entraram na política, que era da igreja, sabe? Então, esses foram meus altos. Primeiro Jesus Cristo. Porque esses homens íntegros, essas mulheres íntegras, elas conseguiam se basear nos ensinamentos do Salvador Jesus Cristo. E você vê uma vida tranquila, não é uma vida sem dificuldade, mas uma vida que ela O que é o fundamento?
É paz de espírito, é a paz de que está fazendo as coisas que elas devem e que o resultado é do senhor. Consequências vêm, mas quando elas estão licerçadas, como você falou no Salvador, mesmo que não seja agora, que seja a retribuição ou qualquer coisa, tempo vem.
Olha, Madeleine, interessante. Eu vim de uma família muito, igual eu falei, muito pobre, onde eu agradeço muito. Minha mãe era uma mulher muito honesta, muito honesta. Minha mãe Onde a honestidade dela era impecável. Mas se não fosse, hoje eu estava parada ali, olhando para a natureza, pensando se não fosse o Evangelho de Jesus Cristo, meu filho não estaria estudando nos Estados Unidos. Ele fez uma missão e ele formou aqui em Utah, em Salt Lake. O meu outro filho de Portugal não teria uma empresa e a minha filha em Goiânia, ela não teria todo o suporte que ela tem hoje, por quê? E meu filho de 17 anos não teria a perspectiva que ele está tendo, que vai vir agora para Salt Lake, Isso tudo por quê? Por causa da espiritualidade, do evangelho. Então essas oportunidades que eu olhei para outras pessoas e pensei: Se elas fazem, mesmas dificuldades, elas seguiram o Salvador e elas conseguiram também consigo.
Exatamente. Esse é pensamento que é muito forte, que te ajuda, te alicerça para seguir em frente.
Isso, me ajuda muito, é o que me fortalece. Eu sei que tudo que eu tenho hoje foi graças a pessoas que eu observei que eram pessoas íntegras e retas. Eu nunca olhava para fulano e falava: Ah, por que fulano faz tanta coisa ruim e é milionário? Porque para mim não era só sobre dinheiro, dinheiro é consequência, entendeu?
E tem alguma coisa específica que você carrega com você de algum líder que você leu ou de uma dessas mulheres, assim, específica ou é só o geral?
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Não, eu gosto muito de David O'Mahake, que o David O'Mahake, ele sempre falou sobre o dia do senhor. E eu não estou generalizando, está bom? Mas é só coisa que eu tomei por mim. Eu trabalhava e uma vez eu li, tinha os manuais e Deividou Maquei falou o seguinte, que quando nós trabalhamos no dia do senhor, nós somos fracos na fé. Mas eu entendi, aí foi uma polêmica muito grande, mas se eu tenho a oportunidade de não fazer isso no dia do senhor, por que eu vou fazer? Eu já trabalhei no dia do senhor, eu já trabalhei porque eu precisava sustentar meus filhos, mas eu sempre arrumava jeito para ir à igreja. Eu trocava de turno, mas na minha mente eu falava assim: senhor, meu maior sonho é o poder, no seu dia, eu te servir, livre das preocupações do mundo. Então eu comecei a trabalhar com isso. Então o David Markei foi para mim grande exemplo disso, porque ele falava assim: Olha, quando vocês estão adentrando a capela, vocês estão adentrando a presença do senhor. Então ir para a igreja, ir à igreja, todos os domingos, cumprir o dia do senhor para mim, era algo fundamental na minha vida.
Então, isso sou eu. Sim. Pessoas pensam diferente, mas esse é o meu testemunho. Quando ele falou isso, David O Markei falou isso para mim, eu lembro que o Emmanuel serviu para mim, com a resposta que eu precisava. Então eu tenho seis dias para trabalhar. Então, no sétimo, eu posso descansar no senhor, ter mais tempo para a minha família, para tempo para mim, porque o dia do senhor, ele é para você recarregar suas energias para você voltar a trabalhar. Então, esse profeta, desde o Marquei, para mim, foi exemplo muito grande.
E vamos então falar dos seus filhos. Você falou que o seu filho, você tem dois em Portugal, uma no Brasil e aqui em Utah. O que você ensinou os seus filhos sobre dinheiro?
Olha, Madalene, eu vou falar uma coisa para você séria. O que aconteceu comigo? Eu procurava mostrar para os meus filhos que dinheiro era uma coisa que não era algo inimaginável. Eles queriam para trabalhar na época, o Brasil é diferente. No Brasil, não é igual Estados Unidos e outros países. Os meus filhos, eu trabalhava sozinha, eu tinha os quatro. E eles queriam deixar o seminário para ir trabalhar ou escola. Eu falava: Olha, eu sei que vocês querem trabalhar, mas eu fazia as contas com eles. Olha, você vai trabalhar, você vai ganhar R$ 300, você vai perder conhecimento que você poderia estar adquirindo, por causa de poucas horas, isso não vai somar nada na nossa vida, não vai deixar nós nem mais rico, nem mais Eu falava isso para ele naquela época que era difícil. Eu falava: Então você precisa o quê? Dinheiro, a gente se faz com a mente, não com o corpo. Então eu falava para ele: Se qualifiquem, vocês são jovem ainda. Vocês são jovens, vocês têm que pensar e O que o jovem pode fazer agora? Se qualificar, se qualifiquem, façam algo que vocês querem fazer para fazer dinheiro, não trabalhar para os outros.
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Eu sempre entusiasmei meu filho, não trabalhar para o outro, Madalena. Então eu falar para eles que o O dinheiro não era esse monstro que as pessoas pregavam, porque o dinheiro é para o bem, é para o nosso bem, que nós tínhamos que aprender a administrar isso. Essa visão que eu passava com meus filhos quando eles eram jovens, tanto que eles foram para missão eu tenho 18 anos, e as pessoas às vezes me criticavam: Por que você não põe seus filhos para trabalhar no jovem aprendiz? Não vou colocar meu filho no jovem aprendiz, porque meus filhos estão além disso. As pessoas achavam que eu era orgulhosa, mas não era orgulho, é visão. É visão. Porque naquela época, eles estavam aprendendo idioma, eles estavam aprendendo se auto-qualificando, porque eles faziam música. Eu sei que isso não é a realidade dos brasileiros, mas era a minha e eu podia fazer.
É, é verdade, você ofereceu essas oportunidades. Então Isso vem minha próxima pergunta: tem alguma coisa, algum ensinamento, algum conselho financeiro que você deu e que eles não seguiram? E como que você lidou com isso?
Teve. Quando eles voltaram da missão, eles começaram a trabalhar numa empresa. O Andrew, que mora aqui nos Estados Unidos, ele começou a trabalhar na OE, lá no Brasil. E o André também. Eu falei para eles assim o seguinte: Vocês querem ficar ricos, não adianta trabalhar de CLT. Então, eles não seguiram isso, mas depois, Madalene, eles resolveu seguir. Isso que é o mais importante. Mas eles viram que não era para eles, porque eles estavam trabalhando muito, muito, muito e não fazia É verdade.
Entendeu? Então eles só demoraram pouquinho mais para ver.
Demoraram pouquinho mais. Aí foi quando ele veio para os Estados Unidos, ele veio para estudar aqui, mas eles sempre tinham em mente o que eu ensinava para ele, que não encaixava a questão de trabalhar muito. Ele entrou na... Meu filho começou a trabalhar em limpeza de casa, e aí ele viu que não era para ele, ele foi e ele montou a empresa para ele. E o de Portugal, quando foi para Portugal, começou a trabalhar também em algumas empresas lá, e eu falava: Olha, o tanto você está trabalhando aí, se você somar isso, você faz isso em dia, porque você está ganhando em mês, você pode fazer em dia para você. Foi porque ele resolveu montar a própria empresa dele. Então, assim, só passando assim. E a minha filha ainda está nesse processo, não me ouvia ainda.
É difícil, porque você não pode forçar ninguém a fazer nada.
Não posso, tem potencial muito grande. Agora o mais novo, ele já tem uma visão mais aberta, e ele: Olha, eu tenho meus projetos, ele tem 17 anos, ele é muito visionário e muito tranquilo. Ele falou: Então, ele está investindo o que ele gosta, e agora, ele vem agora para lutar. Então
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assim, não foi fácil, Madalene, porque às vezes eu tenho uma visão quando uma empresa vai bem, quando não vai, eu consigo enxergar, olha, fazer isso, isso, isso. Mas às vezes, os seus filhos, eles não querem te ouvir.
Conta a história da parceria que seu filho fez lá em Portugal. É exemplo perfeito disso.
Isso, eu fiquei sete meses trabalhando na corretora multinacional de investimentos. Eu entrei meu filho na empresa e ele fez uma proposta comigo. E eu, tudo que eu vou fazer, Madalene, eu oro muito ao senhor. E eu senti que a minha vida... Olha, Deus falou para mim assim: Sua vida vai mudar, pode entrar que sua vida vai mudar. Então não é que eu espero que Deus vai me responder tudo, não é isso, mas você tem que sentir mesmo, você tem que conversar com seu pai. E a minha conversa, eu converso muito com Deus sobre as coisas que eu faço, eu tenho as respostas. E eu entrei, atingi lá valor muito alto de dinheiro, só que eu via que meu filho estava fazendo tudo errado. A forma dele administrar, a forma de fazer todas as coisas, e eu tentava explicar para ele: Olha, não vai dar certo dessa forma, e ele não queria me ouvir. Então, uma experiência muito interessante foi que nós perdemos muito dinheiro, perdemos muitos milhões. E com isso tudo, foi desespero muito grande, porque eu não gosto de perder dinheiro. Mas eu descobri nisso tudo, Madalene, que abriu mais a minha visão para ver quem realmente eu era.
Eu poderia ter me afundado, e foi período muito difícil, porque foi a morte da minha mãe, eu não tive tempo de viver o luto da minha mãe. E quem carregou a empresa com todo esse suporte emocional, fui eu. Depois eu pude falar para o meu filho tudo que estava acontecendo. Hoje, ele reconhece, nós estamos reconstruindo tudo de novo, nosso império, que vai além disso, mas eu tive o sonho das três fases da empresa. Então, assim, foi momento de aprendizado que eu descobri que eu não perdi, eu só perdi dinheiro, eu não perdi a minha ciência.
Então você desenvolveu esse processo de poder se posicionar nesse momento?
Foi, porque eu via meu filho fazendo as coisas que não deviam fazer na empresa, mas eu tinha medo de me posicionar. E com isso tudo, eu ficava: Ah, será que ele vai... ? Porque ele: Não, eu já sei o que eu estou fazendo. Então eu falava: Mas não é assim. E eu acabei fazendo o que eu não queria porque eu não me posicionava. Então, nesse processo todo hoje, eu consigo me posicionar. Porque uma coisa que eu aprendi, depois de ter levantado tanto dinheiro em tão pouco tempo, Madalena, é que eu aprendi que eu tenho visão de negócio, só que eu não percebia isso, por causa das minhas crenças limitantes. Aí fez eu dar start para falar: Nossa, você é uma mulher que você tem uma sensibilidade, uma visão de onde as coisas estão dando certo ou não. Muito importante. Só que eu não sabia disso ainda. Então, esse processo, eu
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estava até conversando com meu filho essa semana, me ajudou muito a ver a mulher que eu sou, a ver que... A me posicionar e falar: Hoje eu tenho coragem de falar para o meu filho: Não, não, eu não posso, não quero, não é assim.
Isso eu não vou fazer, está errado.
Está errado. Ele me chamou, inclusive, nós tínhamos uma parceria com umas pessoas e eles fizeram reunião comigo, o pessoal, eu falei: Olha, filho, se fosse, a gente fala: Não, eu vou fazer tal. Falei: Olha, filho, eu não conheço essas pessoas, está envolvendo dinheiro e eu não vou, nessa eu não vou entrar. Eu estou com você, porque eu te conheço, mas essas pessoas eu não conheço, então eu não vou fazer. Então, isso me ajudou, porque se fosse antes, eu entrava, mesmo querendo, mesmo sabendo que... Então, isso me ajudou me posicionar, e está me ajudando ainda. Que bom.
E Marleide, fala para mim assim, o que você faz atualmente para continuar desenvolvendo sua habilidade financeira, esse conhecimento que você tem sempre desenvolvido?
Eu cheguei aqui em outras, eu não vou mentir para você, que eu sou bem sincera. Comecei tempo a trabalhar de dordex. Eu fiquei assim porque você está na posição alta e isso, sabe que foi bom para mim? Eu não falei para quase ninguém isso, que eu trabalhei em aplicativo poucos dias, vou falar poucos dias, porque eu desenvolvi humildade. Olha que interessante. Porque eu falava assim, quando eu ia fazer uma entrega, eu falava: Não bate minha cabeça, a gente vai o dia todo para ganhar tantos poucos dólares, porque eu sou muito minimalista com dinheiro. Eu fômo, quando você está ganhando dia, quando você está ganhando por hora, quando você está ganhando por minuto. Então eu sou bem assim. Tem que fazer sentido para mim aquelas horas que eu estou ali. Mas nesse período eu não fiz dinheiro. E eu sabia que mais vezes eu vou me tornar mais humilde.
Essa é uma coisa importante.
O que eu conto? É, porque você está numa posição lá em cima e de repente você se desespera pouco. Mas depois eu falei: Pera aí, não. Agora eu estou numa empresa, uma ONG, faço parte agora de uma ONG, que é Supply for a Better Future. Eu fui convidado como diretora de comunicações e nós estamos fazendo excelente trabalho agora. E vou começar, além da minha empresa que nós temos lá em Portugal, estamos com todo o gás novamente na empresa, não desistimos. E agora eu estou montando algo relacionado à comida, que eu estou inovando, estou com umas ideias excelentes, que eu já estou tudo no papel para eu continuar, que eu vejo aqui em Salt Lake, Madalena. É uma mágica aqui, e aqui a gente faz dinheiro também. A gente faz dinheiro em todo lugar, mas quando você ama o local... Então hoje, eu
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estou com a minha empresa em Portugal, nós estamos levantando de novo, Deus tenha abençoado essa última semana para cá, muito. E como diretora e também com esse novo negócio, que nós vamos agora, é The Memories Delices, que vai ser o nome.
Que bom. Marleide, para a gente começar a terminar aqui a nossa conversa, a gente poderia conversar muito mais horas. A gente já sabe disso, porque semana passada a gente conversou tempão. Mas para a gente terminar aqui o episodio, eu gostaria que você lembrasse do momento mais difícil da sua vida, você sozinha, com os quatro filhos, trabalhando para caramba, mas fazendo dinheiro, mas tendo que cuidar de tudo isso sozinha. Pensa numa pessoa, numa mãe que está passando esse momento e ela não consegue se posicionar, ela faz as coisas, às vezes não quer fazer, mas ela acha que ela tem que fazer por causa e as crenças limitantes dela. O que você poderia falar para ela?
Olha, eu falar para essas mães, como mãe, como mulher, é algo bem interessante. A primeira coisa que fez eu mudar isso, buscar autoconhecimento e amor próprio, buscar se eu vou te dar mais. Porque nós, mães, eu já passei por fases onde eu chorava muito, eu estava fazendo coisas que eu não queria, com quatro filhos sozinha, ter que sustentar, eu não tinha tempo para mim. Mas chegou uma época que eu precisei ter esse tempo para mim. Então quando você começa a buscar esse amor próprio, e vou falar uma coisa para você, onde eu aprendi isso tudo, foi segurando nas mãos do Salvador Jesus Cristo. Não é sobre... Eu estou falando da minha vida. Então o conselho que eu dou: olhe mais para você, se acolha mais. Eu falo para as mulheres: Se acolha mais. Não judirem tanto: Eu sou uma péssima mãe. Não, isso não é verdade. Você está fazendo o melhor na condição que você tem e que não é impossível. Não é impossível, não é impossível nós chegarmos onde nós quisermos, porque os nossos filhos são combustível e não estorvo ou peso para nós alcançarmos os nossos objetivos. Se não fosse os meus filhos hoje na minha vida, eu não seria quem eu sou hoje.
O conselho que eu dou é isso: amor próprio, que respeito o autoconhecimento. Porque às vezes, Madalene, amiga minha chegava em mim e falava: Olha, está acontecendo isso comigo. Eu acalentava minha amiga: Não, não fique assim. Você é uma mulher incrível. Quando acontecia comigo, eu sou uma idiota, eu sou uma bufa. Você entendeu? Não se critique.
É impressionante como a gente faz isso com a gente.
Não se critique, não deixe as pessoas te definirem, não deixe, não se critique, se acolhe. Hoje, Madalene, eu falo: Está tudo bem, Marcei, você está cansada? Está tudo bem, descansa pouco, então se acolha mais, como se você estivesse acolhendo o seu melhor amigo.
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Eu fazia isso muito com o passado, com escolhas que eu achava que eu devia ter feito e que eu não fiz. Mas é aquele negócio, continuar se envenenando com o veneno do passado, não é? O veneno que já passou.
E se as mulheres, elas entendessem o potencial e o poder que nós temos de nos ajudar, nunca se comparem, nunca, porque eu me comparei muito, e isso é a pior coisa que acontece na vida de uma pessoa.
É por isso que as redes sociais são tão ruins, porque as pessoas não ficam contentes com as coisas que elas têm, porque tem sempre alguém com mais. Geralmente, a gente a gente compara quando a gente está no pior, com alguém que está muito melhor.
E na realidade, às vezes, a vida dessa pessoa está pior que a nossa.
Exatamente, e as aparências.
E parar de olhar. Olha, Madalene, quando meus filhos eram menores, eu não procurava olhar a vida a vida das pessoas. Eu olhava para minha vida. Eu não olhava se o filho da vizinha estava fazendo coisa errada, porque eu tinha que cuidar dos meus. Se quer sair dessa situação, olha para sua vida, olha para os seus filhos, olha para sua casa. É verdade. Porque é muito difícil resolver a própria vida. A gente imagina ficar falando da vida dos outros. Então é uma coisa que eu cresci, que eu fazia. Eu não tinha tempo de falar mal das vidas das pessoas. Eu não tinha tempo de olhar para a vida das pessoas, porque eu estava muito ocupada cuidando que era meu, que era de mim e dos meus filhos.
Construindo a sua vida.
Então, isso para mim, eu não perdi meu tempo. Isso foi uma coisa, que era alicerce muito forte para mim. Eu não perdi meu tempo. Olha, se eu pudesse ajudar a pessoa, eu estava sempre disposta, mas eu não perdi meu tempo sentando e falando mal da vida das pessoas, então tinha regras dentro da minha casa. Não tinha fofoca, nós não falamos mal da vida dos outros, nós não criticamos as pessoas e nós não falamos mal dos líderes da igreja.
Isso é ótimo.
É uma regra que até hoje tem na minha casa.
Marlene, muito obrigada por essa conversa, foi tão bom. E a sua energia, a sua experiência, a sua história, tem tanto para ensinar para as pessoas. Eu sou grata que você cavou esse
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tempinho para conversar com a gente. Agora, para terminar, eu tenho algumas perguntas rápidas. O que vier na cabeça, você responde, está bom? Qual foi a pior decisão financeira que você já tomou?
Quando eu vendi a minha casa.
A sua casa em Goiânia ou Você foi em Portugal? Em Goiânia.
Em Goiânia. A pior decisão financeira que eu tomei.
Porque você perdeu dinheiro nela?
Eu perdi dinheiro nela.
Qual foi a coisa mais sem utilidade que você já comprou na vida, se você lembrar?
Vou te contar. Foi muitas roupas desnecessariamente, mas hoje eu me perdoo. E muitos sapatos desnecessários, porque eu queria, aquilo era sonho meu, imagina. É verdade. Eu nem usei.
Aí aqui a última. Qual foi uma coisa que você comprou que acabou sendo melhor do que você esperava?
Uma coisa que eu comprei e acabou sendo melhor do que eu esperava? Olha, eu vou te falar uma coisa. As minhas viagens. Não é físico, não é material, mas... Você comprou.
Eu comprei as viagens. A experiência, não é?
E as experiências foram muito boas, porque eu sou muito de... Eu eu gosto muito de roupa, de calçado, Maralinda. E eu também não sou abusiva com dinheiro, eu sou uma pessoa assim- Desperdiça, não é? Não, eu não desperdiço. Igual às vezes, a pessoa pensa que eu desperdiço, não. Eu não desperdiço o dinheiro também. Mas uma coisa que eu gostei, que superou foram minhas viagens, eu quero continuar comprando as minhas viagens.
Gostoso, então está bom. Então está joia, Marleide. O meu carro, o carro zero que eu comprei também, de uma da minha.
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Eu comprei carro zero que eu comprei também, do Maralinda. Eu comprei carro que saiu da loja novinho, em plaqueta, e de lá tudo É? Tudo organizado. E no Brasil, você sabe que comprar carro zero, top, não é tão fácil assim.
Não, na verdade, não. Você financiou? Mata meu coração. Você financiou?
Não, olha, eu vou te falar a coisa, eu dei a metade.
Está vendo? Você é esperta.
Eu não financiei o carro, eu não financiei o carro, porque na minha... Não foi bem a metade, porque na minha visão, aquele de outro dinheiro você pode investir e pegar do investimento dele pagar a prestação do carro. Okay. Você entendeu? É o mundo pouco de investimento que a gente faz. Você pode investir em outras coisas. Eu sempre tive essa visão, isso sempre deu certo. É uma coisa mais, uma particularidade que você aprende que eu, por exemplo, não pego o dinheiro todo e dá certo para mim. Quando eu falo, eu sempre e eu vou investir em outra coisa que vai me dar o retorno, então vou continuar com o meu dinheiro e vou pagar as parcelas. E meu dinheiro está lá intacta, entendeu?
Entendi. Está joia, então. Obrigadou, Marlene, por essa conversa. Obrigado pela experiência, pela sabedoria que você passou aqui para gente hoje. Você tem uma última coisa para falar, alguma coisa que as pessoas possam entrar em contato com você?
Olha, Madeleine, é o seguinte: nunca desista dos seus sonhos, nunca pense e fique apegado a dinheiro. Vamos soltar isso da nossa vida, mudar essa concepção, porque quando nós fazemos isso, nós começamos a fluir na vida. As coisas começam a trabalhar a nosso favor. Então quando você fica muito focado, eu preciso fazer dinheiro, eu preciso isso, eu preciso... Eu estou devendo isso, não, viva dia de cada vez. Eu tenho uma frase que chamam que é de Detóde Christoffson, o pão nosso de cada dia. Tem discurso dele que fala: Então a gente tem que viver dia de cada vez. E viver realmente a vida, não é sobreviver, porque você fica tão preocupado. Então hoje eu estou aprendendo isso, que não é sobre dinheiro, é sobre você. Então quando você faz isso, essa energia muda a sua energia, que mesmo na dificuldade, você está ali aguentando todas as coisas, você está com o coração em paz, está usando não é só positividade, mas sentir aquela vida que você realmente quer, as coisas vão se transformando. Então é aquele negócio, tenha fé, faça a sua parte e deixa que Deus faça dele, e as coisas vão encaixando.
Está ótimo. Obrigadão, Marleide. Um prazer muito grande ter você aqui. Muito obrigada.
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De nada, minha amiga. Um prazer todo meu por participar do podcast. Tchau, tchau.
Então, terminamos aqui com essa conversa com a Marleide. Uma mulher batalhadora sofreu tanto, mas ela sempre deu a volta por cima. A fé dela foi sempre muito forte e ela estava sempre ancorada, mesmo durante os momentos difíceis da vida dela ou quando ela não estava muito perto do senhor, mas ela sempre esteve ancorada. Ela sabia que o que era certo, era certo. E você vê que apesar das dificuldades que ela teve na vida, ela sempre conseguiu ter talento para fazer dinheiro e para gerenciar negócios, e isso ajudou muito, porque ela precisou dessas habilidades para poder criar os quatro filhos sozinha. Muito feliz mesmo que ela faça tempinho aqui com a gente. Espero que vocês tenham gostado da nossa conversa e eu encorajo vocês também. Não precisa ter convite para participar de podcast para você refletir nas lições e nas experiências que vocês tiveram. Pega dia livre, domingo é ótimo dia para isso, senta num lugar bem bonito e escreve as coisas que vocês têm passado, e o que vocês têm aprendido com aquilo. Eu vejo vocês no próximo episodio do Dinheiro Não É O Seu Problema podcast. Até breve e obrigada.


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