Conexão sapiens

Está bem, socialidade é importante, mas o que eu faço a respeito? #24

Kald Abdallah Season 2 Episode 24

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Conexão Sapiens: a ciência desvendando você.

Podcast número 24, episódio da área socialidade.

Está bem, socialidade é importante, mas o que eu faço a respeito? 

Oi, pessoal, muito bom estar de volta hoje no episódio 24.

A partir do episódio anterior decidi mudar a estrutura do podcast. Ao invés de falar sobre cada área, eu irei discutir tópicos que considero mais urgentes e relevantes independente da área deste tópico. Como você deve lembrar, as áreas são sistema, socialidade, individualidade e cognição. Caso você queira mais detalhes sobre as áreas ouça o primeiro episódio de introdução. Hoje conversarei sobre um tópico da área socialidade.

Grande parte dos episódios do podcast conexão sapiens são estruturados na forma de um argumento científico que deve ser comunicado a uma população geral, construído com evidências e de forma sistemática. Porém o argumento que hoje eu defenderei é provavelmente mais bem classificado como uma opinião pessoal baseado no aprendizado científico das últimas décadas. Por favor interprete o texto de hoje como uma opinião. Entretanto eu acredito que a forma como apresentarei as ideias hoje busca criar uma reflexão a respeito de um problema grave devido a forma como a ciência evoluiu, está passando desapercebido pela sociedade e pela comunidade médica-científica. 

Caso você queira ver uma referência para a discussão de hoje, leia o artigo de revisão da pesquisadora Juliane Holt-Lunstad. Deixarei a referência no final deste episódio.

Uma socialidade saudável está integrada com a saúde biopsicossocial de inúmeras formas diferentes. Um relacionamento amoroso saudável, traz um profundo bem-estar e alegria com engajamento que propicia aprendizado e crescimento neurocognitivo, com alterações de biomarcadores específicos tais como ocitocina, vasopressina, endorfina, entre muitos outros. Um amor romântico saudável traz equilíbrio para a fisiologia do bem-estar. Entretanto, a rejeição social tem efeitos biológicos bem diferentes, causando uma dor profunda, que pode ser melhorada parcialmente com a utilização de analgésicos. Rejeição social dói e aumenta o risco de dependência por opioides. 

O isolamento social causa alterações e inúmeras aspectos da nossa fisiologia, com diminuição dos níveis de dopamina cerebral, dificultando o aprendizado. Também causa muitas outras consequências que desequilibram a fisiologia normal, tais como aumento do cortisol, imunossupressão, aumento do risco cardiovascular, depressão, entre muitos pontos. As alterações bioquímicas causadas pelo isolamento social podem ser mensuradas em diversos marcadores diferentes, inclusive citocinas e hormônios. Estes exemplos ilustram como relacionamentos sociais fazem parte do equilíbrio que o corpo humano precisa para manter sua fisiologia saudável. O corpo humano não funciona bem sem uma socialidade saudável. 

Considerando todo o entendimento que pode ser atingido hoje com a ciência já existente, várias mudanças deveriam ser implantadas na forma como a gente se comporta individualmente e dentro da sociedade. Já conversei anteriormente a respeito dos 2 hiatos que existem na interface entre a ciência e a sociedade. O primeiro hiato é a diferença entre o que não se sabe e o que se sabe, ou seja, a diferença do tamanho do conhecimento e da ignorância. A responsabilidade por acelerar a produção de conhecimento mora dentro da comunidade científica. O segundo hiato está entre o que se sabe e o que se aplica, ou seja, a

Por favor me enviem sugestões, críticas construtivas e perguntas. Me sigam no Instagram @kaldconexaosapiens e para concluir, caso você ache que este é um assunto que vale a pena, por favor espalhe essa notícia, tem um novo podcast - Conexão Sapiens: a ciência desvendando você.

o Um grande abraço do Kald.

Conexão Sapiens: a ciência desvendando você.

Podcast número 24, episódio da área socialidade.

Está bem, socialidade é importante, mas o que eu faço a respeito? 

Oi, pessoal, muito bom estar de volta hoje no episódio 24.

A partir do episódio anterior decidi mudar a estrutura do podcast. Ao invés de falar sobre cada área, eu irei discutir tópicos que considero mais urgentes e relevantes independente da área deste tópico. Como você deve lembrar, as áreas são sistema, socialidade, individualidade e cognição. Caso você queira mais detalhes sobre as áreas ouça o primeiro episódio de introdução. Hoje conversarei sobre um tópico da área socialidade.

Grande parte dos episódios do podcast conexão sapiens são estruturados na forma de um argumento científico que deve ser comunicado a uma população geral, construído com evidências e de forma sistemática. Porém o argumento que hoje eu defenderei é provavelmente mais bem classificado como uma opinião pessoal baseado no aprendizado científico das últimas décadas. Por favor interprete o texto de hoje como uma opinião. Entretanto eu acredito que a forma como apresentarei as ideias hoje busca criar uma reflexão a respeito de um problema grave devido a forma como a ciência evoluiu, está passando desapercebido pela sociedade e pela comunidade médica-científica. 

Caso você queira ver uma referência para a discussão de hoje, leia o artigo de revisão da pesquisadora Juliane Holt-Lunstad. Deixarei a referência no final deste episódio.

Uma socialidade saudável está integrada com a saúde biopsicossocial de inúmeras formas diferentes. Um relacionamento amoroso saudável, traz um profundo bem-estar e alegria com engajamento que propicia aprendizado e crescimento neurocognitivo, com alterações de biomarcadores específicos tais como ocitocina, vasopressina, endorfina, entre muitos outros. Um amor romântico saudável traz equilíbrio para a fisiologia do bem-estar. Entretanto, a rejeição social tem efeitos biológicos bem diferentes, causando uma dor profunda, que pode ser melhorada parcialmente com a utilização de analgésicos. Rejeição social dói e aumenta o risco de dependência por opioides. 

O isolamento social causa alterações e inúmeras aspectos da nossa fisiologia, com diminuição dos níveis de dopamina cerebral, dificultando o aprendizado. Também causa muitas outras consequências que desequilibram a fisiologia normal, tais como aumento do cortisol, imunossupressão, aumento do risco cardiovascular, depressão, entre muitos pontos. As alterações bioquímicas causadas pelo isolamento social podem ser mensuradas em diversos marcadores diferentes, inclusive citocinas e hormônios. Estes exemplos ilustram como relacionamentos sociais fazem parte do equilíbrio que o corpo humano precisa para manter sua fisiologia saudável. O corpo humano não funciona bem sem uma socialidade saudável. 

Considerando todo o entendimento que pode ser atingido hoje com a ciência já existente, várias mudanças deveriam ser implantadas na forma como a gente se comporta individualmente e dentro da sociedade. Já conversei anteriormente a respeito dos 2 hiatos que existem na interface entre a ciência e a sociedade. O primeiro hiato é a diferença entre o que não se sabe e o que se sabe, ou seja, a diferença do tamanho do conhecimento e da ignorância. A responsabilidade por acelerar a produção de conhecimento mora dentro da comunidade científica. O segundo hiato está entre o que se sabe e o que se aplica, ou seja, a diferença entre saber e aplicar. Para esta diferença entre conhecimento e ação bem-informada, a sabedoria. Sabedoria não é saber é aplicar o saber de forma efetiva para aumentar o bem-estar de todos. No caso da socialidade, há uma grande quantidade de conhecimento existente a respeito de como o ser humano é basicamente ultrassocial e uma socialidade saudável faz parte integral de uma vida plena.

Socialidade humana saudável é fundamental para o futuro da humanidade. Na minha opinião, grande parte do sucesso da humanidade no futuro depende de todos aplicarem este conhecimento com sucesso. 

Porém, o hiato entre saber e aplicar os conceitos da socialidade humana é bem mais complexo para corrigir, diferentemente do primeiro hiato cuja responsabilidade está dentro da comunidade científica, aplicar conhecimentos depende de inúmeros grupos diferentes dentro da sociedade como um todo. A responsabilidade de aumentar o conhecimento é da comunidade científica, a responsabilidade por aplicar este conhecimento para aumentar o bem-estar de todos e melhorar as condições do mundo que vivemos é de todos. Porém dizer que a responsabilidade é de todos, torna qualquer ação muito abstrata, quais são as intervenções que poderiam causar a transformação mais profunda com o objetivo de melhorar a socialidade humana?

Hoje irei descrever 3 ações específicas que na minha opinião podem ser transformadores. Estas 3 intervenções têm por objetivo 3 grupos. O indivíduo, ou seja, você. O sistema de saúde, ou seja, o hospital. E o sistema educacional, ou seja, a escola.

 

 

Todos, esta recomendação é para cada um de nós.

Para o indivíduo, a socialidade saudável é fundamental para o desenvolvimento psicológico da criança e do adolescente, para o crescimento e desenvolvimento pessoal dos adultos, com impacto tanto na felicidade pessoal quanto nosso sucesso profissional. Manter uma socialidade saudável é uma das intervenções mais transformadoras que cada um de nós pode fazer hoje. A boa notícia é que esta intervenção é praticamente gratuita. Recomendações mais importantes para o você buscar uma socialidade saudável:

·       Cultive um relacionamento social saudável e sincero com cerca de 50 pessoas mais importantes da tua vida. Esta é a sua rede social individual, cuide dela como você cuida de você mesmo e da sua própria saúde.

o   Reavalie como você utiliza o seu tempo é busque reduzir qualquer atividade que não propicie um aprofundamento da qualidade da sua socialidade, por exemplo, ao invés de dedicar a horas na mídia social cultivando centenas de relacionamentos superficiais procure utilizar esse tempo para cultivar os poucos relacionamentos importantes. 

·       Gradualmente, com sabedoria e calma, remova os relacionamentos tóxicos de sua rede social individual.

·       Um relacionamento social de qualidade envolve múltiplas camadas sendo que as palavras chaves são conexão emocional e cognitiva, intimidade, vulnerabilidade e confiança. Habilidade social pode ser treinada e desenvolvida.

·       Cultive uma relação especialmente íntima e profunda com as poucas pessoas que você considera seus melhores amigos ou amigas.

·       Procure ativamente evitar o isolamento social. Isto não significa ter atividades sociais o dia inteiro, você pode ter uma vida social riquíssima com poucas interações sociais por semana desde que estas sejam íntimas e valiosas para ambos. Estar sozinho é bem diferente de estar solitário.

·       Lembre-se que a abordagem descrita aqui se aplica a todos os seres humanos, pois todos são resultado de um processo evolucionário que nos tornou uma espécie ultrassocial diversificado.

 

 

Sistema de saúde, esta recomendação é para a o hospital.

Acredito que considerando todos esses aspectos da interface entre a vida social e a nossa biologia, os departamentos de fisiologia deveriam ter setores dedicados ao estudo das alterações fisiológicas decorrentes da socialidade. Os livros de fisiologia deveriam conter capítulos descrevendo o impacto da vida social na fisiologia humana saudável. Os livros de fisiopatologia deveriam descrever em mais detalhes a doença social. Caso toda a medicina incorporasse o entendimento da profundidade deste problema grave de saúde pública causada pela socialidade doente, acredito que teríamos uma abordagem muito mais saudável e muito mais holística quando cuidando da saúde humana. O sistema de saúde está cego para a dimensão do impacto da socialidade na saúde. Eu adoraria ver uma transformação profunda na forma como as equipes multidisciplinares trabalham, com a incorporação em um papel central da assistente social. Equipes multidisciplinares onde a assistente social tivesse um papel de liderança na coordenação das intervenções para o tratamento da saúde pública, poderia ter resultados muito além da melhora da socialidade, pois poderia também cultivar redes sociais mais profundas entre os pacientes, aumentando a aderência aos tratamentos, diminuindo a resistência de cada um dos pacientes, entre muitas outras transformações. Equipes multidisciplinares que tem um entendimento claro de como o ser humano está conectado a um sistema complexo e colabora, com diálogo e comunicação abertas e efetivas, poderiam ser transformadoras para a saúde humana. Infelizmente o profissional de saúde não tem tempo para conversar e a assistente social está isolada em algum canto do hospital. Para atingir tal objetivo, há a necessidade de se transformar a hierarquia do sistema de saúde e fortalecer a posição de cada um dos membros das equipes multidisciplinares. O papel do médico seria de coordenação e não comando, descentralizando e tornando o cuidado da saúde muito mais distribuído pelo sistema. O time passa a cuidar do paciente. O sistema de saúde precisa implementar o entendimento, pois não adianta nada entender teoricamente a importância da socialidade humana e da colaboração genuína e não aplicar em si mesmos. Existem inúmeros centros de excelência que conseguem já hoje aplicar esta abordagem no tratamento dos seus pacientes.

 

 

Sistema educacional, esta recomendação é para a escola.


Outro ponto importante, é o impacto de uma socialidade pobre traz a longo prazo na vida de um indivíduo. Para ilustrar esse ponto, imagine a diferença aos 30 anos de uma pessoa que foram expostas a uma vida social bem diferente entre os 5 e 10 anos de idade. Uma pessoa que tenha tido uma vida social rica entre 5 e 10 anos de idade, terá um desenvolvimento cognitivo muito mais profundo e desenvolverá a capacidade de teoria da mente. Uma habilidade sofisticada de teoria da mente permite construir modelos mentais de como as outras pessoas pensam e se sentem. Esta pessoa conseguirá conectar se com as pessoas, colaborar mais efetivamente no trabalho, construir relacionamentos mais íntimos, entre muitas outras habilidades sociais. Considerando que a habilidade de colaboração é um fator crítico para o sucesso profissional, a falta de uma socialidade rica quando criança pode ter um impacto profundo no resto da vida desta criança. É por isso que eu acredito fortemente que permitir a criança brincar mais livremente com outras crianças neste período dos 5 aos 10 anos é crítico para o futuro e saúde desta criança. Eu não estou nem aí para a nota na prova de matemática, mas acredito que uma criança brincando ativamente por horas todos os dias, se conectando socialmente com os seus parceiros e seus amiguinhos, é primordial para o futuro dessa criança. Este é somente um exemplo ilustrativo, e caso eu pudesse livremente repensar para a escola, aumentaria bastante o tempo em que as crianças conversam entre si, discutindo aspectos das próprias vidas, treinaria os professores para focar no desenvolvimento cognitivo moral, metacognitivo, cognição emocional e social. Eu utilizaria métodos que mensuram estas habilidades como métricas de sucesso da escola. A escola seria dramaticamente diferente. A escola teria um desenho físico diferente que permitiria mais conexão humana, mais convívio entre amigos, mais diálogo entre as pessoas, todas essas ações com o objetivo de desenvolver as habilidades subjetivas, do inglês soft skills, que mencionei acima. Sucesso é sair da escola sabendo pensar criticamente, refletir, conversar, com a cognição social, moral e emocional bem desenvolvidas. É por isso que eu fico horrorizado quando penso no impacto a longo prazo de uma criança entre 5 e 10 anos de idade, colada na tela do celular por horas todos os dias.

O modelo escolar que mais se assemelha ao que estou propondo é a escola Montessori. Caso você um dia conheça um adolescente ou jovem adulto que estudou em uma escola Montessoriana de qualidade, você entenderá o que o quero dizer.

Para aplicar estes conceitos todos, as organizações e cada indivíduo devem aprender o significado da palavra liderança, que na minha concepção não é dizer para os outros o que eles devem fazer, mas sim trazer todos juntos em uma direção que propiciará o bem-estar de todos, inclusive de si próprio. Sei que muitos líderes entendem racionalmente esta diferença, porém muito poucos aplicam esse entendimento nas próprias ações. Já conversei a respeito do papel crucial da liderança feminina e aprofundarei mais sobre o assunto liderança em breve com um episódio focado somente nas características mais essenciais de ser um líder genuíno do ponto de vista de desenvolvimento humano. 

 

É isso por hoje,

Conexão Sapiens: a ciência desvendando você

Um grande abraço do Kald

 Annual Review of Public Health
Social Connection as a Public
Health Issue: The Evidence and
a Systemic Framework for
Prioritizing the “Social” in
Social Determinants of Health
Julianne Holt-Lunstad

Annu. Rev. Public Health 2022. 43:193–213


Meu nome e Kald Abdallah, sou médico e tenho experiência atendendo pacientes de mais de uma década trabalhando principalmente no Hospital Sírio Libanês e HCFMUSP. Faz 24 anos que eu faço pesquisa e desenvolvimento de novos tratamentos para o câncer, com inúmeras publicações científicas. 17 anos atras eu mudei para os EUA e na minha carreira dentro da indústria farmacêutica, trabalhei em várias grandes indústrias como Merck, Sanofi, AstraZeneca, culminando com a posição de chefe mundial da oncologia médica, liderando centenas de ensaios clínicos e um orçamento anual de 1.2 bilhões de reais. Como executivo da indústria farmacêutica, fui pioneiro no desenvolvimento da imunoterapia em câncer, membro do time que desenvolveu e lançou o primeiro medicamento de imunoterapia que demonstrou aumento da sobrevida. Eu estive envolvido no desenvolvimento e lançamento de 7 novos medicamentos oncológicos, que hoje são utilizados em mais de uma dúzia de tumores em várias dezenas de indicações. A imunoterapia no câncer foi uma das causas que pela primeira vez na história houve uma redução da mortalidade do câncer e foi o racional do Prêmio Nobel de medicina de 2018 do Prof James Allison, com o qual trabalhei diretamente. Fui membro do NCPF, um grupo que faz parte da academia nacional de ciências dos Estados Unidos e aconselha políticas relacionadas ao câncer, também participei no board da sociedade norte-americana de imunoterapia no câncer, entre várias outras sociedades médicas. Liderei iniciativas pioneiras em compartilhamento de dados em Oncologia, que foram reconhecidas pelo renomado Think Tank FasterCures e pelo 41º Presidente dos Estados Unidos George H. W. Bush. Também liderei a resposta à crise da pandemia dentro de uma indústria farmacêutica, iniciativa que pela sua excelência, recebeu reconhecimento da academia nacional de ciências dos Estados Unidos. Recentemente, comecei um projeto que tem sido uma verdadeira paixão para mim: o Conexão Sapiens – A ciência desvendando você! É um podcast que busca ir além das estórias passageiras, oferecendo uma exploração profunda e duradoura com o objetivo de sintetizar a ciência no apoio a sua jornada de crescimento social, pessoal e cognitivo. Esta síntese é o resultado de mais de 2 décadas de estudo.

 

Convido você a participar dessa jornada de crescimento social, pessoal e cognitivo comigo! 

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