Conexão sapiens

Você quer emagrecer? Como criar o hábito de transformar saber em fazer #31

Kald Abdallah Season 3 Episode 31

Send us a text

Conexão Sapiens: a ciência desvendando você.

Podcast número 31, episódio da área individualidade.

Você quer emagrecer? Como criar o hábito de transformar saber em fazer.

 

Leonardo da Vinci disse: “Fui infectado pela urgência do fazer, saber não basta; é preciso aplicar. Estar disposto não basta; é preciso agir”.

 

 

Mas, afinal como eu posso ilustrar este ponto de transformar conhecimento em ação?

Um desafio comum hoje em dia é estabelecer uma alimentação saudável. Seja para perder peso, ou para melhorar a própria saúde, ou simplesmente aumentar o prazer ao comer, este é um objetivo comum. 

Para ilustrar a tradução do conhecimento em um plano de ação efetivo, vou usar o exemplo de como eu interpretaria a ciência para mudar o hábito de comer:

 

  1. Prática diária de análise metacognitiva: Desenvolva autoconsciência sobre todos os processos cognitivos relacionados ao ato de comer. Isto significa que você deve desenvolver uma habilidade mental de monitorar o processo de decisão relacionada à alimentação.
     
    1. Ação: Formar um hábito metacognitivo de rever todos os aspectos influenciando minha alimentação.
  2.   
    1. Objetivo: tornar-se um profundo conhecedor de todos os processos cognitivos que influenciam as minhas decisões relacionadas à alimentação.
  3.  
    1. Como?
       
      1. Coletar dados empíricos:
    2.  
      1. Estabelecer um diálogo entre o self atual e o self futuro: Mantenha um diálogo entre como você pensa hoje e como pensará amanhã. Informe seu futuro self sobre as decisões alimentares de hoje.
    3.  
      1. Reflexão sistemática: Desenvolva autoconsciência sobre os critérios usados para decidir o que e quanto comer. Identifique forças que influenciam sua alimentação, como cansaço, ansiedade, autoregulação, hábito, pressão social etc.
    4.  

    1. Para a maioria das pessoas, um hábito diário de metacognição aplicado às escolhas alimentares provavelmente terá consequências predominantemente positivas, levando a hábitos alimentares mais saudáveis, maior autoconsciência e melhor alinhamento com os objetivos de saúde. No entanto, é importante estar atento aos possíveis obstáculos, como a fadiga de decisão e o risco de desenvolver padrões excessivamente restritivos ou ansiosos. A chave é usar a metacognição como uma ferramenta para a conscientização reflexiva e tomada de decisões equilibradas, em vez de uma fonte de estresse ou controle rígido.
  4.  
  5. Refine a sua consciência corporal de todos os aspectos relacionados ao ato de comer, por exemplo fome, prazer de comer, cheiro da comida, textura, saciedade etc. 
    1. Formar um hábito de treinar a própria atenção diariamente.
    2. Mindful Eating: Pratique a alimentação consciente, prestando atenção plena a cada mordida.
    3. Fome
    4. Saciedade 
    5. Impulso 
  6. Tenha consciência da sua atitude em relação a si próprio. Perdoe-se e não desista: Seja paciente e gentil consigo mesmo. Celebre pequenas vitórias e retome a rotina no dia seguinte.
     
    1. Mas notícias são a norma...
  7.  
    1. Os resultados vêm devagar, lembre-se que leva semanas a meses para se mudar hábitos antigos.
  8.  
    1. Nunca desista, lembre-se que formar um novo hábito é a vitória da determinação

Por favor me enviem sugestões, críticas construtivas e perguntas. Me sigam no Instagram @kaldconexaosapiens e para concluir, caso você ache que este é um assunto que vale a pena, por favor espalhe essa notícia, tem um novo podcast - Conexão Sapiens: a ciência desvendando você.

o Um grande abraço do Kald.

Conexão Sapiens: a ciência desvendando você.

Podcast número 31, episódio da área individualidade.

Você quer emagrecer? Como criar o hábito de transformar saber em fazer.

 

Leonardo da Vinci disse: “Fui infectado pela urgência do fazer, saber não basta; é preciso aplicar. Estar disposto não basta; é preciso agir”.

 

 

Mas, afinal como eu posso ilustrar este ponto de transformar conhecimento em ação?

Um desafio comum hoje em dia é estabelecer uma alimentação saudável. Seja para perder peso, ou para melhorar a própria saúde, ou simplesmente aumentar o prazer ao comer, este é um objetivo comum. 

Para ilustrar a tradução do conhecimento em um plano de ação efetivo, vou usar o exemplo de como eu interpretaria a ciência para mudar o hábito de comer:

 

  1. Prática diária de análise metacognitiva: Desenvolva autoconsciência sobre todos os processos cognitivos relacionados ao ato de comer. Isto significa que você deve desenvolver uma habilidade mental de monitorar o processo de decisão relacionada à alimentação.
     
    1. Ação: Formar um hábito metacognitivo de rever todos os aspectos influenciando minha alimentação.
  2.   
    1. Objetivo: tornar-se um profundo conhecedor de todos os processos cognitivos que influenciam as minhas decisões relacionadas à alimentação.
  3.  
    1. Como?
       
      1. Coletar dados empíricos:
    2.  
      1. Estabelecer um diálogo entre o self atual e o self futuro: Mantenha um diálogo entre como você pensa hoje e como pensará amanhã. Informe seu futuro self sobre as decisões alimentares de hoje.
    3.  
      1. Reflexão sistemática: Desenvolva autoconsciência sobre os critérios usados para decidir o que e quanto comer. Identifique forças que influenciam sua alimentação, como cansaço, ansiedade, autoregulação, hábito, pressão social etc.
    4.  

    1. Para a maioria das pessoas, um hábito diário de metacognição aplicado às escolhas alimentares provavelmente terá consequências predominantemente positivas, levando a hábitos alimentares mais saudáveis, maior autoconsciência e melhor alinhamento com os objetivos de saúde. No entanto, é importante estar atento aos possíveis obstáculos, como a fadiga de decisão e o risco de desenvolver padrões excessivamente restritivos ou ansiosos. A chave é usar a metacognição como uma ferramenta para a conscientização reflexiva e tomada de decisões equilibradas, em vez de uma fonte de estresse ou controle rígido.
  4.  
  5. Refine a sua consciência corporal de todos os aspectos relacionados ao ato de comer, por exemplo fome, prazer de comer, cheiro da comida, textura, saciedade etc. 
    1. Formar um hábito de treinar a própria atenção diariamente.
    2. Mindful Eating: Pratique a alimentação consciente, prestando atenção plena a cada mordida.
    3. Fome
    4. Saciedade 
    5. Impulso 
  6. Tenha consciência da sua atitude em relação a si próprio. Perdoe-se e não desista: Seja paciente e gentil consigo mesmo. Celebre pequenas vitórias e retome a rotina no dia seguinte.
     
    1. Mas notícias são a norma...
  7.  
    1. Os resultados vêm devagar, lembre-se que leva semanas a meses para se mudar hábitos antigos.
  8.  
    1. Nunca desista, lembre-se que formar um novo hábito é a vitória da determinação sobre a inércia do hábito antigo. 

  9. Estudo crítico da ciência sobre alimentação saudável: Identifique fontes de referência de qualidade e estude a ciência de forma crítica e sistemática. Veja a referência no fim deste podcast.
  10. Cuide-se: Evite álcool em excesso, durma bem, faça pausas e atividades prazerosas.
  11. Busque adaptação e inovação continuamente:
     
    1. Melhore um pouco a cada dia. Faça ajustes diários com expectativas claras e simples de monitoramento contínuo.
  12.  
    1. Diário Alimentar Digital: Use um aplicativo para registrar suas refeições e reflexões diárias.
  13.  
    1. Grupo de Apoio: Participe de grupos online ou presenciais para compartilhar experiências e obter suporte.
  14.  
    1. Gamificação: Transforme suas metas em um jogo, com recompensas para cada objetivo alcançado.
  15.  


Seguindo essa orientação com disciplina por alguns meses, acredito que haverá sim uma transformação significativa na forma como você se alimenta, mudando totalmente a sua relação com a comida. Porém esta transformação provavelmente demorará de 3 a 9 meses.

 

Sou médico e cientista e conversar sobre a diferença entre estas 2 profissões sempre gera surpresa e reflexão. Esta diferença pode parecer sutil, mas é essencial para entender como evoluímos nosso conhecimento sobre o mundo e sobre nós mesmos. A medicina, com suas raízes em práticas empíricas e na observação da doença e da cura ao longo de milênios, surgiu muito antes da ciência formal que surgiu há poucos séculos. Essa distinção histórica nos lembra que a busca pela cura e pelo alívio do sofrimento nem sempre dependeu de um método sistemático e controlado de experimentação, mas sim de uma acumulação gradual de saberes transmitidos através das gerações.

Uma das minhas frustrações ao observar a sociedade contemporânea é a disparidade entre a valorização retórica e a compreensão prática do papel e do valor do conhecimento. É comum ouvir discursos nostálgicos sobre a importância dos livros e da leitura, como se o mero acúmulo de informações fosse uma solução mágica para todos os problemas. No âmbito intelectual, muitos indivíduos parecem priorizar a ostentação de erudição como um mecanismo de ascensão social e busca de status, frequentemente em detrimento da capacidade de aplicar esse saber de forma significativa. Sendo bem direto, a erudição não impressiona se esta não está trazendo bem-estar para as pessoas e o mundo. 

Agnosofobia - O FOMOK se manifesta como uma ansiedade ou apreensão persistente de não estar atualizado com informações cruciais, insights relevantes, novas descobertas ou tendências importantes em um determinado campo ou no mundo em geral. Impulsionado pela era da informação e pela constante proliferação de conteúdo, o FOMOK leva indivíduos a sentir uma pressão avassaladora para consumir uma quantidade cada vez maior de informação, muitas vezes de forma superficial e dispersa.

Características do FOMOK:

·       Sensação de estar sempre "por fora".

·       Necessidade compulsiva de consumir informação: Isso se traduz em verificar feeds de notícias, redes sociais, artigos especializados, podcasts e outras fontes de informação de forma incessante, muitas vezes em detrimento de um estudo aprofundado ou da aplicação do conhecimento já adquirido.

·       Ansiedade e estresse: A incapacidade de acompanhar o fluxo constante de informação gera ansiedade, frustração e a sensação de estar sempre sobrecarregado.

·       Superficialidade do aprendizado: A busca por cobrir uma vasta gama de tópicos impede uma imersão profunda e uma compreensão refinada dos conceitos. O conhecimento se torna fragmentado e superficial.

·       Comparação social intelectual: Assim como no FOMO social, o indivíduo com FOMOK se compara com outros que parecem estar mais "bem-informados", alimentando sentimentos de inadequação intelectual.

·       Dificuldade em priorizar: A urgência percebida de "saber tudo" dificulta a identificação e o foco nas informações verdadeiramente relevantes e importantes para seus objetivos.

·       Medo de ser irrelevante: No contexto profissional, o FOMOK pode se manifestar como o medo de se tornar obsoleto ou de perder oportunidades por não estar a par das últimas tendências e conhecimentos.

Em suma, o FOMOK não surgiu no vácuo. Seus antecedentes residem na confluência da explosão da informação digital, na cultura da atualização perpétua, na arquitetura persuasiva das redes sociais, nas pressões da competição profissional e no receio humano fundamental da ignorância. Compreender esses antecedentes é crucial para reconhecer a natureza complexa desse fenômeno e para desenvolver estratégias eficazes para mitigar seus impactos negativos em nossa saúde mental e em nossa capacidade de aprendizado profundo e significativo.

 

A verdadeira genialidade, contudo, não reside unicamente na capacidade de armazenar e regurgitar informações, mas sim na habilidade de transformar esse conhecimento abstrato em ação concreta e efetiva, capaz de gerar impacto real no mundo. Conheço inúmeras pessoas que possuem uma eloquência admirável, que articulam discursos belíssimos e repletos de sabedoria teórica, mas cujas ações contradizem a beleza de suas palavras. Essa desconexão entre o discurso e a prática é complexo, enraizado em barreiras psicológicas, sociais e ambientais. Hoje, meu objetivo é lançar luz sobre um conceito de importância capital na ciência e na vida pessoal: a tradução do conhecimento em ação, o processo crucial que transforma o saber inerte em resultados tangíveis.

No domínio da pesquisa científica, o caminho da tradução do conhecimento em ação, embora desafiador, geralmente se apresenta com um plano de ação relativamente claro e bem definido, seguindo etapas específicas e rigorosas dentro de um ambiente cuidadosamente controlado. A elaboração de protocolos experimentais detalhados, a coleta e análise de dados precisas e a interpretação cautelosa dos resultados são etapas cruciais nesse processo. No entanto, ao transpor esse conhecimento para a complexidade da prática clínica, emergem diversas diferenças significativas. O tempo dedicado a cada "experimento" (o tratamento de um paciente), o monitoramento clínico e laboratorial contínuo, e o volume e a diversidade dos recursos humanos envolvidos introduzem variáveis e desafios que não existem no ambiente controlado da pesquisa. Essas disparidades inerentes tornam a aplicação direta e irrestrita da ciência e do conhecimento, por mais sólidos que sejam intrinsecamente limitadas no contexto dinâmico e imprevisível da prática clínica e, de forma mais ampla, na complexidade da vida real.

A transposição do conhecimento científico para o intrincado domínio da vida pessoal revela-se um desafio igualmente árduo. Inúmeras pessoas possuem um conhecimento razoável sobre a importância da prática regular de exercício físico para a saúde cardiovascular e mental, sobre os benefícios restauradores de um sono de qualidade para a função cognitiva e o bem-estar emocional, e sobre o papel fundamental de uma nutrição equilibrada na prevenção de doenças e na manutenção da vitalidade. No entanto, a triste realidade é que poucos conseguem implementar consistentemente esses hábitos saudáveis em seu dia a dia. A desconexão entre o saber intelectual e a ação comportamental é frequentemente vasta e persistente, e a árdua tarefa de mudar atitudes profundamente enraizadas e hábitos de longa data invariavelmente exige tempo, esforço consciente e estratégias eficazes. Essa lacuna entre o conhecimento e a ação na esfera pessoal é um testemunho da complexidade da natureza humana e da miríade de fatores que moldam nossas escolhas e comportamentos.

Para superar esses desafios complexos, tanto na aplicação da ciência quanto na adoção de hábitos saudáveis, torna-se imperativo planejar meticulosamente e comprometer-se ativamente com a implementação das ações necessárias.

 

Desafios na Tradução do Conhecimento em Ação

Complexidade do Conhecimento: O conhecimento científico é complexo e cheio de nuances. Mesmo entre pesquisadores, sintetizar a ciência é difícil. A maioria das conversas sobre ciência vem de pessoas sem a capacitação necessária. Para entender um assunto, procure uma síntese bem-feita com metanálises ou revisões sistemáticas, não artigos isolados que visam apenas gerar tráfego na internet.

Falta de Planejamento e Compromisso: Aprender é diferente de implementar. A implementação exige recursos, objetivos específicos e planos mensuráveis. A complexidade aumenta quando se passa do aprendizado para o planejamento.

Vieses Cognitivos e Heurísticas: Nosso cérebro usa atalhos mentais que podem interferir na tomada de decisões. A urgência causada pela ansiedade pode paralisar a capacidade de planejamento. Muitas pessoas sabem o que está errado, mas não conseguem mudar devido a hábitos enraizados.

Falta de Autorregulação: A dificuldade em controlar impulsos dificulta a execução de um plano estruturado. A privação de sono, álcool e pressão social agravam essa situação.

Fatores Emocionais: Emoções como medo, ansiedade e estresse podem descarrilar nossos planos. É importante ter autoconsciência e autorregulação para manter o controle.

Fatores Ambientais e Sociais: Nosso ambiente e contexto social influenciam nosso comportamento. A falta de recursos, tempo e a pressão social podem dificultar a implementação de hábitos saudáveis.

Lacuna entre Intenção e Comportamento: Há uma diferença entre o que pretendemos fazer e o que realmente fazemos. Objetivos irreais e falta de planejamento sistemático contribuem para essa lacuna.

 

Por que ações e discurso frequentemente estão fora de sintonia:

  • Relembrando, temos 2 formas de pensar:
     
    • Automática: Rápida, intuitiva e movida por hábitos e emoções.
  •  
    • Controlada: Lenta, deliberada e racional.
  •  
  • Nossa fala vem do sistema controlado (pensamos no que dizer), enquanto nossas ações podem ser mais influenciadas pelo sistema automático (hábitos, emoções).
     
    • Self ideal/ futuro cria um ideal social, muitas vezes dizemos o que achamos que deveríamos fazer, em vez do que realmente fazemos, para apresentar uma imagem positiva.
  •  
    • Falta implementação, podemos ter uma intenção geral ("Quero me exercitar mais"), mas não temos planos específicos sobre como e quando colocá-la em prática. 

    • Autoeficácia fraca, existe uma profecia autorrealizável. Se eu acreditar que eu não conseguirei, não haverá um engajamento necessário e eu estarei certo.
  •  

 

 

Estratégias Baseadas na Neurociência para Formar e Quebrar Hábitos: Uma Abordagem Prática

A neurociência cognitiva oferece insights valiosos sobre os mecanismos cerebrais que governam a formação e a persistência dos hábitos, bem como os desafios inerentes à sua modificação. Ao compreendermos esses processos, podemos desenvolver estratégias mais eficazes para cultivar hábitos desejáveis e romper com aqueles que nos são prejudiciais. As seguintes estratégias, fundamentadas em princípios da neurociência, fornecem um roteiro prático para a mudança comportamental:

1. Manipulação de Sinais (Cues): O Ambiente como Arquitetura do Hábito.

Nossos hábitos são frequentemente desencadeados por sinais ambientais específicos – locais, horários, pessoas, estados emocionais ou a ação precedente na rotina. A manipulação desses sinais envolve modificar o ambiente para aumentar a proeminência dos sinais associados aos hábitos que desejamos desenvolver e minimizar a visibilidade dos sinais que disparam hábitos indesejáveis.

  • Para Formar um Hábito Desejável:
     
    • Tornar os sinais óbvios: Se você deseja começar a se exercitar pela manhã, deixe suas roupas de ginástica separadas ao lado da cama na noite anterior. Se o objetivo é beber mais água, coloque uma garrafa d'água visível em sua mesa de trabalho ou na bancada da cozinha.
  •  
    • Associar a um hábito existente: Para incorporar a leitura antes de dormir, coloque um livro no seu travesseiro como um lembrete visual assim que você se deitar.
  •  
    • Criar um ambiente facilitador: Se você quer comer mais frutas, mantenha uma fruteira cheia e em um local de fácil acesso, em vez de escondida na geladeira.
  •  
  • Para Quebrar um Hábito Indesejável:
     
    • Tornar os sinais invisíveis: Se você quer reduzir o consumo de doces à noite, evite manter guloseimas em casa ou guarde-as em locais menos acessíveis. Se o objetivo é diminuir o tempo gasto nas redes sociais, desative as notificações do seu celular e guarde-o fora do seu campo de visão durante os momentos em que você deseja se concentrar.
  •  
    • Quebrar associações: Se você costuma fumar ao tomar café, tente mudar sua rotina matinal, talvez substituindo o café por chá em um local diferente.
  •  
    • Evitar ambientes de gatilho: Se você tende a gastar dinheiro impulsivamente em shoppings, tente evitar ir a esses locais, especialmente quando estiver emocionalmente vulnerável.
  •  

2. Interrupção de Rotinas: Quebrando a Automação Comportamental

Os hábitos se tornam automáticos através da repetição, criando sequências de comportamento enraizadas em nosso cérebro. Interromper essas rotinas envolve introduzir obstáculos ou mudanças inesperadas no fluxo habitual de eventos para quebrar a execução automática do comportamento indesejado.

  • Para Quebrar um Hábito Indesejável: 
    • Introduzir um atraso: Se você tem o hábito de pegar o celular assim que acorda, coloque-o longe da cama para que você precise se levantar e ter mais consciência da sua ação.
    • Mudar a sequência: Se você sempre come um doce depois do jantar, tente fazer uma atividade diferente imediatamente após a refeição, como lavar a louça ou dar uma volta.
    • Tornar a ação mais difícil: Se você quer reduzir o consumo de televisão, esconda o controle remoto ou desconecte a TV da tomada, tornando o ato de ligá-la mais trabalhoso.
    • Usar um "interruptor de hábito": Desenvolva uma ação específica que você realiza sempre que sentir a vontade de executar o hábito indesejado. Por exemplo, respirar fundo três vezes ou beber um copo d'água.

3. Substituição de Respostas: Recompensando o Cérebro de Forma Alternativa

Os hábitos persistem porque atendem a uma necessidade ou fornecem uma recompensa, seja ela prazer, alívio do estresse ou satisfação de um desejo. A substituição de respostas envolve identificar a recompensa subjacente ao hábito indesejável e encontrar uma resposta alternativa que ofereça uma gratificação semelhante, mas seja mais saudável ou desejável.

  • Para Quebrar um Hábito Indesejável:
     
    • Identificar a recompensa: Se você come por estresse, a recompensa pode ser o conforto emocional. Encontre alternativas para lidar com o estresse, como praticar exercícios, meditar ou conversar com um amigo.
  •  
    • Substituir a ação: Se você fuma para aliviar a ansiedade, tente usar técnicas de respiração profunda ou alongamento quando sentir a necessidade de fumar.
  •  
    • Oferecer uma recompensa similar: Se você tem o hábito de navegar nas redes sociais por tédio, planeje atividades alternativas que também proporcionem prazer ou estimulação, como ler um livro interessante ou ouvir música.
  •  
  • Para Formar um Hábito Desejável:
     
    • Vincular a uma recompensa: Associe o novo hábito que você deseja desenvolver a uma recompensa imediata. Por exemplo, se você quer começar a correr, permita-se ouvir seu podcast favorito apenas durante a corrida.
  •  

4. Uso de Reforço e Recompensa: Sinalizando o Valor do Novo Hábito

O sistema de recompensa do cérebro, mediado pela dopamina, desempenha um papel crucial no aprendizado e na formação de hábitos. Alavancar esse sistema envolve fornecer reforços positivos e recompensas quando o novo hábito desejável é praticado, sinalizando ao cérebro que esse comportamento é valioso e deve ser repetido.

  • Para Formar um Hábito Desejável: 
    • Recompensas imediatas: Ofereça-se pequenas recompensas logo após realizar o novo hábito. Por exemplo, saborear uma xícara de chá especial após uma sessão de estudo ou ouvir uma música que você gosta depois de se exercitar.
    • Acompanhamento do progresso: Monitore seu progresso de forma visível, usando um aplicativo, um calendário ou um diário. Ver o acúmulo de seus esforços pode ser uma recompensa motivadora.
    • Celebração de marcos: Reconheça e celebre suas conquistas ao atingir pequenas metas ao longo do caminho.
    • Reforço social: Compartilhe seus objetivos com amigos ou familiares que possam te apoiar e celebrar seus sucessos.

5. Aumento do Controle Cognitivo: Engajando a Mente Deliberativa

O córtex pré-frontal, a parte do cérebro responsável pelo planejamento, tomada de decisões e controle inibitório, pode ser ativado para inibir respostas habituais automáticas e facilitar a adoção de novos comportamentos. Estratégias que aumentam o controle cognitivo envolvem o uso consciente da atenção plena e o planejamento deliberado.

  • Para Quebrar um Hábito Indesejável:
     
    • Atenção plena (Mindfulness): Pratique estar presente no momento e observar a vontade de executar o hábito indesejado sem julgamento ou reação imediata. Essa consciência pode criar um espaço para escolher uma resposta diferente.
  •  
    • Planejamento "Caso isso-Então aquilo" (If-Then Planning): Antecipe as situações de gatilho para o hábito indesejado e planeje uma resposta alternativa específica. Por exemplo, "Se eu sentir vontade de fumar depois do almoço, então eu vou dar uma caminhada de 10 minutos".
  •  
    • Visualização: Imagine-se resistindo à tentação de executar o hábito indesejado e, em vez disso, adotando o comportamento desejado.
  •  
    • Compromisso público: Compartilhe seu objetivo de quebrar o hábito com outras pessoas. A pressão social pode aumentar seu controle cognitivo e sua motivação para persistir.
  •  
  • Para Formar um Hábito Desejável:
     
    • Intenção de implementação: Defina claramente quando, onde e como você irá praticar o novo hábito. Ser específico aumenta a probabilidade de ação. Por exemplo, "Eu vou correr por 30 minutos no parque todas as manhãs às 7h".
  •  
    • Revisão regular de metas: Revise seus objetivos de hábito regularmente para manter sua atenção e compromisso focados.
  •  

Ao integrar essas estratégias baseadas na neurociência em nossos esforços para formar e quebrar hábitos, podemos aproveitar o poder do nosso cérebro para criar mudanças comportamentais duradouras e significativas, pavimentando o caminho para uma vida mais saudável, produtiva e alinhada com nossos valores. Lembre-se que a consistência, a paciência e a autocompaixão são elementos cruciais ao longo dessa jornada de transformação pessoal.

 

 

 

Por favor me enviem sugestões, críticas construtivas e perguntas. Para concluir, caso você ache que este é um assunto que vale a pena, me siga no Instagram @kaldconexaosapiens e por favor espalhe essa notícia - Conexão Sapiens: a ciência desvendando você. 

 

Um grande abraço do Kald

·       Leveraging cognitive neuroscience for making and breaking real-world habits. Buabang, Eike K. et al. Trends in Cognitive Sciences, Volume 29, Issue 1, 41 – 59.

·       Optimal dietary patterns for healthy aging. Nature Medicine (2025). Tessier, AJ., Wang, F., Korat, A.A. et al. https://doi.org/10.1038/s41591-025-03570-5 

 

PS – Nas últimas semanas, estou utilizando a inteligência artificial como referência e assistente administrativa na redação dos textos, todas as referências indiretas são confirmadas com artigos publicados em revistas científicas. Ou seja, este texto foi parcialmente criado com inteligência artificial, mas cuidadosamente revisado pela inteligência natural desse ser que vos fala.