
Duplo Clique
A Andrea Janer da Oxygen, e a Fernanda Belfort da Tribo de Marketing, são duas amigas apaixonadas por lifelong learning. Toda semana, elas se juntam para dar um Duplo Clique nos principais temas de tecnologia, negócios e tendências. Conversas gostosas e descontraídas, mas cheias de conteúdo para você ganhar repertório e estar sempre atualizado.
"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."
Duplo Clique
#3 Davos, Brasil e a Corrida Tecnológica: Desafios e Lideranças no Fórum Econômico Mundial
A edição deste ano do World Economic Forum em Davos refletiu sobre a interação entre as decisões políticas e os avanços tecnológicos em meio a um cenário global em mutação. As discussões abordaram a influência da nova presidência de Trump, as tensões em torno da tecnologia e a urgência por regulamentações que garantam um uso ético da inteligência artificial.
"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."
E aí ideia Diretamente de Londres Você de onde Você tá em Zurich, Eu tô em Zurich. Você passou por aqui ontem, não passou Muito rápido.
Speaker 2:Olha que coisa a gente quase se cruza, assim A gente poderia ter gravado esse…. Se a gente tivesse tido essa ideia antes, a gente poderia ter combinado de gravar fisicamente juntas em Zurich. Ia ser hilário. Já pensou Muito bom, Muito bom.
Speaker 1:Queridos, eu estou de férias, então estou em Zurique indo para Andermatt. Assim que terminar esta gravação sairei para Andermatt, e a Dea está chegando de.
Speaker 2:Davos, né Dea Chegando de Davos de uma semana intensa, né Porque as pessoas não têm ideia do quão intenso é aquilo lá Às noites. A gente dorme assim quatro horas por noite, três horas por noite. É uma loucura, porque as sessões começam 7h15 da manhã. Eu acostumada com o ritmo de SXSW Web Summit que tudo começa meio 10h, 9h30. Tipo, a primeira sessão é 9 e meia 10, e na voz é 7 e 15. Assim, com 10 graus abaixo de zero ainda por cima, então assim é difícil sair da cama para assim sei lá às 6.
Speaker 1:E com os horários do Brasil. Né Tipo bem fácil entendeu.
Speaker 2:É assim, mas é uma super experiência. É a minha segunda vez. Acho que a gente pode abrir o papo hoje contando um pouquinho como foi, né Acho que podia dar uma pincelada no que foi da voz, o que você acha.
Speaker 1:Acho que, sim, eu anotei várias coisas que acho que a gente tem que cobrir hoje. A voz, obviamente, acho que está no tema. Podemos começar por ele, e acho que depois o outro tema que a gente não pode deixar de falar é a posse do Trump, e eu acho que tem algumas coisas de A interessantes também. Né, eu acho que tem aí o anúncio da Stargate, que é importante, e toda essa discussão de que agora a China tem um modelo que parece estar à altura dos modelos americanos. Então vamos ver quantos assuntos a gente consegue cobrir hoje. Mas essa era a minha agenda inicial. Conta primeiro, dea. Conta o que você foi fazer em Davos, conta como é estar lá. Além de quais são os tópicos, o que é o conteúdo, conta tudo. Segundo ano você está lá ou não? Quantas vezes você já foi?
Speaker 2:Segundo ano, não Segundo ano que eu estou lá. Vamos, você está lá ou não? Quantas vezes você já foi? Segundo ano? né O segundo ano que eu estou lá, vamos lá. Eu vou para Davos a convite do Instituto Beija, da Cris Sultani, que é fundadora, uma investidora, uma filantropa que fundou o Instituto Beija. Eu sou conselheira, sou board member do Beija E a Cris é uma pessoa que acredita muito em expansão de repertório, conhecimento, inspiração.
Speaker 2:A gente vai lá buscar inspiração pra aplicar no Brasil coisas que a gente vê e ouve por lá e pra participar de conversas, entender do que as pessoas estão falando, pra gente poder se preparar pra entrar nesses diálogos mais profundos que eu acho que é uma missão pra gente do Brasil. Né Eu acho que o Brasil ainda tem uma participação muito tímida num evento do porte do World Economic Forum em Davos. Tinha muitos brasileiros lá. a gente tem uma presença até de pessoas bem relevantes lá, mas assim oficialmente o governo do Brasil passa ao largo de Davos. Esse ano a gente teve menos autoridades políticas ainda do que no ano anterior. No ano anterior a gente teve ainda Marina Silva.
Speaker 2:Esse ano não teve Especialmente um ano que era ano de COP. Eu achava super importante ela estar lá E ela não foi. Eu achei que isso mandou uma mensagem. Não é uma mensagem positiva para o mercado como um todo, mas enfim, vou contar um pouquinho como é para todo mundo entender O World Economic Forum, ou EF. Como contar um pouquinho como é para todo mundo entender o World Economic Forum, ou UF como as pessoas chamam lá? ele é como se fosse uma entidade, um clube que as grandes empresas, as maiores empresas multinacionais do mundo fazem parte. Elas pagam uma anuidade, que é super alta, e passam a usufruir dos conteúdos e dos benefícios de fazer parte desse seleto grupo de empresas E com isso elas têm acesso a autoridades políticas, figuras de influência, de alta liderança. Tudo isso foi idealizado pelo Klaus Schwab. O Klaus Schwab hoje já está com seus quase 90 anos. Ele criou esse modelo de associação de empresas. É hoje uma ONG, ela é uma organização sem fins lucrativos.
Speaker 1:Deixa eu só interromper para falar que eu adoro ele e que ele tem uma história linda. Porque ele é disléxico. Mas tudo bem, vai, Depois a gente conta Segue.
Speaker 2:E é uma coisa incrível porque é um family business. Ainda A esposa dele estava lá, faz parte de algumas mesas os filhos dele. Ele está tentando que o filho dele também siga esse legado. Agora tem uma grande questão quem vai fazer o papel do Klaus Schwab? quem é o sucessor do Klaus Schwab? tem lá um CEO no UF, mas não tem o carisma, a presença do Klaus Schwab. Ele é aquele cara que a gente chama de larger than life, o cara muito influente, muito importante, embora hoje já esteja mais só institucionalmente no negócio. Ele não está mais no dia a dia porque já está com uma idade mais avançada. E o que a gente vai fazer em Davos, o que as empresas vão fazer em Davos, é o principal evento do UEF. Ele tem vários eventos ao longo do ano, menores, regionais, então cada país tem os seus encontros. Eles tem vários outros summits, menores, mais técnicos, especializados em áreas, e o grande evento do UF é essa semana em Davos, que acontece já há muitos e muitos anos. Acho que desde essa é a 51ª edição ou 52ª, não tenho certeza.
Speaker 1:Então, assim acontece há muitos anos.
Speaker 2:Sempre foi em Davos. Talvez antes dessas 51 edições, talvez fosse em outro lugar, não me lembro, mas eu acredito que a primeira já foi. A primeira vez já foi em Davos. Davos é uma cidade, é uma estação de esqui na Suíça, muito pequenininha, muito pequenininha mesmo. Praticamente tem uma rua principal chamada Promenade E ali enfim, tem tudo que uma pequena cidade tem É padaria, supermercado, restaurante, tem pessoas que têm, tem alguns hotéis, tem pessoas que têm chalés nas montanhas e tudo mais. E essa cidade, durante quatro dias, praticamente todo mês de janeiro, recebem quase 18 mil pessoas. Porque isso é importante entender O fórum. O evento principal do fórum é um evento fechado para quem faz parte dessa associação que eu mencionei no início.
Speaker 2:Você tem que ser associado ao UF para participar. Fora isso, você pode ser uma figura política e aí você é convidado para participar. Você pode ser uma figura de interesse do UF ou seja. Se você é um ativista, se você é um influenciador, se você é fundador de uma ONG ou algo assim, você também pode receber esse convite do UF. Se você é um professor, um pesquisador, um autor, você também pode receber esse convite para participar. Ao todo o F distribui em média 3 mil ingressos, que são os white badges pra você participar desse evento. E esses white badges são, como você pode imaginar, super disputados. Muita gente quer, pouca gente tem. Ele é super exclusivo e dá acesso.
Speaker 2:Você tinha white badge Não não tenho white badge, nunca fui com white badge. por isso que eu acho esse disclaimer super importante aqui para a gente começar, porque eu não faço a programação do fórum. Por isso que eu estou explicando que existem na verdade três trilhas, por assim dizer, no fórum A trilha principal, que são as pessoas que têm esses badges e têm acesso a toda a programação que acontece no Congress Center, que são aquelas que a gente vê na televisão com aquele painel azul no fundo.
Speaker 1:Isso que eu ia perguntar são aquelas que a gente vê, aqueles painéis?
Speaker 2:né Presidente de um país com CEO de outro país. Tudo isso acontece no Congress Center, onde acontece toda a programação oficial do evento. Fora isso, então, essa é uma trilha. A segunda trilha que eu acho importante mencionar é uma trilha Desculpa. Voltando nessa primeira trilha, essas discussões que acontecem no fórum, elas são transmitidas online. Se você entrar agora no site do UF, você consegue assistir. Eu não sei se 100%, mas muitas das sessões principais que aconteceram lá são transmitidas online em tempo real, ao vivo, e depois ficam no site do EF onde você pode assistir os melhores momentos e coisas assim. Então essa trilha é uma trilha pública, digamos assim, de transmissão pública, mas só tem acesso para assistir presencialmente quem tem esse ingresso. Tem uma segunda trilha que essa a gente não vê. Eu chamo de trilha, mas na verdade são os encontros que acontecem a portas fechadas. Esse é o grande valor agregado para quem faz parte desse grupo. Você vai para lá, você encontra pessoas influentes, você encontra líderes e ali saem negociações, nascem acordos ou até conversas iniciais que lá na frente vão ter algum impacto. Muitas dessas conversas a gente nem fica sabendo o que acontece. Elas têm salas fechadas no Congress Center onde ninguém pode entrar, e também encontros que acontecem nos hotéis, em restaurantes fechados na cidade de Davos que a gente não tem acesso. Então essa é uma segunda agenda, digamos assim, de Davos. E tem uma terceira programação que a gente chama de os íntimos, a gente chama de Off Davos, que é uma trilha paralela que essa atrai mais ou menos 12, 13 mil pessoas todos os anos, o que isso consiste Em palestras, painéis, encontros patrocinados por empresas e por países para promover enfim conversas, networking, relacionamento, aproveitando todo aquele buzz que Davos gera. E é para essa trilha que eu e a turma do Beija fomos. Não fui sozinha, fui com a Maria Wurt, que é diretora do Beija, além da Cris Furtani e a Lia Riso, jornalista da Exame, e nós ficamos participando dessa trilha paralela onde muitos dos speakers são vários que estão na programação principal do fórum. Então, por exemplo, o Jonathan Haidt, o autor do Geração Ociosa, que é um livro que quem me conhece sabe que eu falo muito tempo dele porque eu acho que ele virou uma chave na cabeça das pessoas com relação à exposição de jovens e crianças às telas e às redes sociais. Ele estava lá, mas ele foi como speaker do fórum e acabou sendo aproveitado, por assim dizer, por várias outras iniciativas que estavam ali acontecendo de forma paralela, e eu tive a oportunidade de ver de falar com o Jonathan Haidt, de fazer selfie, que também eu tenho esse lado bem cafona de pedir selfie para as pessoas, que eu acho máximo. Então assim eu tenho, eu vou para renovar o stock de selfies.
Speaker 2:Então o Jonathan Haidt estava em duas ou três casas paralelas uma casa chamada Future House, que foi só para discutir essa questão de saúde mental, relação dos humanos com a tecnologia e tudo mais, e outras como casas de marcas, tem a casa da Accenture, tem a casa da Meta, tem a casa marcas, tem a casa da Accenture, tem a casa da Meta, tem a casa do Google, tem a casa da Palantir, tem enfim casa da Infosys. Várias marcas, principalmente as marcas de tecnologia, marcam presença com essas casas. Os países também fazem as suas casas. Então tem a da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes, tem a da Ucrânia, que é incrível todo ano eu vou, e tem uma terceira, um terceiro tipo, que são as casas dos veículos, que essas são as minhas favoritas essa casa do Wall Street Journal chamada Journal House, a casa da Axios, a casa da Bloomberg, a casa enfim do Financial Times. Então eles vão montando esses QGs, por assim dizer, e recebendo quem se inscreve.
Speaker 2:O meu papel é fazer essa curadoria, mapear essas casas, os speakers das sessões, mapear os temas e a gente faz uma pré-inscrição e você vai assistir essas sessões que são muito intimistas, porque as casas na verdade gente são os restaurantes e bares e supermercados da própria cidade, da própria rua, que eles alugam durante três, quatro dias. Então são ambientes normalmente muito pequenos, assim que cabem 40, 50 pessoas, e isso tem um charme. Né Você tá ali numa sessão pertinho, né Foi assim que eu vi o David Beckham, por exemplo, na porção de chat. Eu fui, era dentro de um espaço da CNBC que usa uma capela para fazer as sessões, é uma capela mesmo, o nome é Sanctuary da CNBC e a gente senta, coloca ali 30 cadeiras, 30, 40 cadeiras e você assiste ali pertinho. Então essa é uma tentativa de explicar o que acontece em Davos essa semana.
Speaker 1:Maravilhoso Dea E o que foram os temas. Eu acho que, assim, falando um pouco de Davos, nunca fui acompanho por aqui, mas eu sei que no fundo é uma organização e um encontro que existe para tratar alguns temas relevantes para a sociedade. Justamente, a gente já falou isso um pouco nos capítulos passados, de que hoje o mundo está com uma certa governança menor porque os Estados Unidos, que é um país muito poderoso com o governo Trump, agora mais uma vez abre mão de uma posição e a gente já vai começar a cruzar os assuntos. Mas é impossível não cruzá-los né da posse do Trump, com tudo que estava acontecendo em Davos. Mas os Estados Unidos tá realmente super America first e eu não quero ser um player relevante na organização do mundo, eu não quero exercer um papel né de a gente até nos primeiros atos.
Speaker 1:Ele já saiu do acordo de Paris, que é um acordo super importante para o combate de todo o efeito climático que está acontecendo no mundo. Ele saiu da OMS, que acho que é um processo um pouco mais lento. Mas a gente vê os Estados Unidos saindo de uma série de coisas e exercendo menos esse papel e acho que Davos está muito ligado a isso. Acho que, como você comentou, tem a agenda oficial do evento, que está muito ligado a esses temas importantes para a sociedade como um todo, que vão além de simplesmente somos capitalistas e queremos ganhar dinheiro, apesar de que, uma das coisas que atrai todo mundo para Davos, principalmente esses CEOs, os países e tudo, é fazer negócio, porque é uma das situações que você pode estar realmente ali, né tete a tete com várias pessoas superpoderosas. Imagina o que não acontece no extra, extra, extra oficial, né no jantar, no encontro, no café, na quantidade de coisas que acontecem. Você, ano passado, esse, esse já me mostrou, mandou foto um monte de coisa de você perto de um monte de gente super importante, tipo nossa.
Speaker 2:Encontrei o Sam Altman, nossa né tem selfie com o Sam Altman.
Speaker 1:Tem provas exato, então, quer dizer, é um lugar que permite encontros e que tá todo mundo bem ali na nata da sociedade, por mais elitista que seja, então por, e que está todo mundo pegando ali na nata da sociedade, por mais elitista que seja, então por mais que a agenda seja, vamos ter as conversas relevantes para o mundo, porque muitos dos problemas que a gente enfrenta hoje são problemas que precisam de muito mais do que uma nação para resolvê-los. Dependem dessa organização entre países. A gente está nesse momento super emblemático de ser a primeira semana com a posse do Trump. Na segunda-feira. Davos começou quando? Terça, segunda, não sei, e tudo acontecendo ao mesmo tempo.
Speaker 2:É começa a abertura oficial. É segunda, então sempre tem uma, um evento à noite, um show, um concerto, algo assim, e na terça-feira começam as sessões E ele dura três dias. As sessões duram terça, quarta e quinta. Então muita gente chega no domingo porque essa programação extraoficial já começa às vezes até no domingo. O extraoficial já tem bastante coisa acontecendo na segunda até no próprio domingo à noite, na sexta também, que na sexta não tem sessão oficial do F mas tem sessões paralelas, porque o objetivo das sessões paralelas é enfim também provocar conversas com um pouco mais de liberdade, porque vocês podem imaginar também que o que a gente vê no palco do Congress Center, nos palcos do Congress Center são conversas muito mais restritas, digamos assim. Existe um cuidado muito grande no que se fala um CEO de uma empresa enorme falando. Ele tem que tomar muito cuidado, é muito media training ali, porque ele não pode falar nada que possa ter um impacto no valor da ação. Então as conversas muitas vezes são conversas cordiais ou são conversas pouco profundas, porque existe ali uma agenda muito restrita para eles poderem cumprir. E nessas conversas paralelas, dependendo de onde elas acontecem, claro que se elas acontecem na Journal House, wall Street Journal, o CEO também tem que tomar muito cuidado com o que ele fala, mas tem lugares um pouco menos visados, assim que tem oportunidade de conversas melhores E as pessoas fazem perguntas. Isso é muito interessante das sessões paralelas. Né A maioria delas permite um Q&A no final, então as pessoas fazem perguntas que não foram previamente aprovadas pelo speaker. Então isso tem um valor muito grande, né Então às vezes elas têm cara, essas sessões ficam com cara de debate e fica muito interessante. Né.
Speaker 2:O que eu acho importante falar é que Davos tem sido, tem tentado ser mais inclusivo E talvez essa agenda da inclusão aconteça muito por essa programação paralela Que Davos, que o F sabe que existe. Ele não tem nenhuma ligação formal com essa programação paralela, mas para ele é bom, para o F é bom que isso aconteça porque traz pessoas de outros backgrounds, movimenta a marca, a gente está ali por causa do F e isso acaba indiretamente beneficiando como um todo aquele ambiente. Vão pessoas interessantes e tudo mais. Então eu acho que eles conseguem levar essa programação paralela, consegue levar muita gente importante.
Speaker 2:Eu por, por exemplo, na quarta eu tive a oportunidade de passar quase que o dia todo numa casa que é meio que trazida pelo MIT e, desculpa gente, eu estou numa sala aqui do hotel onde eu estou, então nos espaços eu passo umas pessoas aqui tem um barulho, mas essa sala do MIT levou simplesmente Sir Demis Hassabis, que é o Nobel de Química agora, que ganhou esse ano por causa do AlphaFold, que é o grande projeto do Google de catalogar todas as moléculas. Né, então, assim a gente consegue ver pessoas desse nível de estrelato. Assim, sir Demis Hassabis e o Osho Bendio, que é o cientista mais publicado hoje, mais citado em publicações do mundo hoje, ian LeCun também foi participou de outras casas também que é o chief de AI da Meta, enfim, são essas pessoas que estão lá. Bill Gates estava lá, todo mundo vai porque tem conversas importantes acontecendo. Né, então acho que ele ainda, apesar de ser acusado de Não encontrou Bill Gates.
Speaker 2:Não encontrei Bill Gates.
Speaker 1:Não encontrei Bill.
Speaker 2:Gates tá bom.
Speaker 1:Inclusive.
Speaker 2:Eu fico tchetando pela ideia entendeu, eu fico imaginando E sabe que é interessante, já entrando em algumas pautas aqui que você colocou na sua lista aí, fê, que são super pertinentes. O Bill Gates estava lá. O Bill Gates não foi na posse Porque, obviamente, o fato do EF ter começado praticamente no dia da posse do Trump e o Trump é um cara larger than life né Ele consegue se fazer presente, mesmo a um oceano de distância, né Ele estava virtualmente presente em Davos desde o dia 1. As medidas, as primeiras ordens executivas dele, na verdade já o discurso do domingo à noite já repercutiu muito lá E a presença dos moguls lá, dos tech moguls, na primeira fila, né Ou seja na frente, até do gabinete, eles tiveram mais destaque do que o próprio gabinete do Trump.
Speaker 1:Então, peraí, vamos fazer uma pausa em Davos, vamos falar do que está acontecendo ali. Enquanto isso, saindo dos Alpes Suíços, indo para Washington, boa Déa, tivemos a posse de Trump e acho que você já começou comentando uma das coisas que chamaram a atenção com certeza A presença massiva que tinha da indústria de tecnologia, dos principais CEOs, founders. Então o que mapeamos, que estava lá, né Dea, vamos lá juntas, mas acho que eu aprendi bem também. Mas estava lá O Elon Musk, obviamente esperado.
Speaker 2:First Buddy.
Speaker 1:Ele já tá sendo chamado aqui de First Buddy não é o vice-presidente, não é a primeira dama, mas é o First Buddy maravilhoso, né que tem um super bromance, que a gente tem esse termo nos Estados Unidos, que é o romance entre bros brothers. Então ele tem um bromance com o Trump. Mas então Alan tava lá, o Mark Zuckerberg tava lá, o Sindar Pichai, que é o CEO da Alphabet, não do Google, da Alphabet Do Google, agora não sei Do Google perfeito Que tava lá. O Jeff Bezos, que é da Amazon, estava lá. Não estava no gargarejo, ele com todo mundo, mas o Tim Cook e o Sam Altman também estavam, mas eles não estão na foto ali né, e parece que eles estavam num lugar provavelmente mais VIP, que poderiam estar todos juntos, depois a família do Trump e depois o resto das pessoas. Então acho que o Trump mostrou muito claramente que ele tem o apoio.
Speaker 1:A gente já comentou nos outros episódios tantos né gente, esse é nosso terceiro. Né Dea, aliás, quem estiver aqui, por favor faz um reviewzinho lá no podcast. Entendeu que ajuda a gente, mas a gente já comentou muito disso, do quanto finalmente o Vale do Silício pela primeira vez está presente no governo federal americano e um dos comentários que eu acho que existiu foi de que não existe um favoritismo tão grande assim ao Musk E teve esse anúncio que todo mundo falou cara o que tem com o Trump anunciando esse negócio, porque também não tem muito a ver com essa história, mas teve esse anúncio da Stargate toda hora eu esqueço esse nome porque é um nome meio genérico mas da Stargate, que é uma empresa que eles anunciaram para desenvolver a infraestrutura de inteligência artificial nos Estados Unidos. É uma joint venture entre o SoftBank, que é um grande investidor. Então é quem está colocando dinheiro a Oracle e a OpenAI? eu acho que, pelo que eu ouvi de comentários e tudo, a OpenAI precisa de muita capacidade de processamento e, apesar dessa parceria imensa com a Microsoft, a Microsoft também tem outros interesses além de simplesmente rodar as coisas da OpenAI como uma empresa gigante que é. Então eu acho que a Oracle conseguiu finalmente sentar.
Speaker 1:Ela estava totalmente fora dessa discussão de lá e eles conseguiram aparecer, sentar. Ela estava totalmente fora dessa discussão de lá e eles conseguiram aparecer e teve inclusive meio que né uma quase um bate-boca entre o Elon Musk e o Sam Altman no X gente. X é um nome que não pegou né pra mim vai ser Twitter o resto da vida. Você é aquela vovozinha. Sabe que todo mundo já fala outro nome. Fala o nome de 30 anos atrás, né, mas tudo bem. Teve até um bate-boca sobre isso e o quanto até que o Musk estava sabendo não estava sabendo. O Sam Altman voltando aí um pouco para a parada e para próximo do Trump, o próprio Bill Gates falando que teve uma conversa com o Trump que foi interessante, todos esses caras que criticavam muito o Trump agora estão tendo uma posição de eu não concordo com muitas das coisas que ele fala e tudo, mas eu vejo muitos benefícios. Eu acho que vai ser bom. Então tá todo mundo tentando voltar. Comente um pouco essa visão Deia, vai lá.
Speaker 2:Então eu acho interessante porque houve realmente uma divisão. Ali né A gente viu exatamente quem tá on board do governo, né Tem os defensores, os aliados e os simpatizantes ali, né Tem diferentes níveis ali que está certo, é isso mesmo. Todo mundo ali depende, quase todo mundo tem contratos com o governo, precisa defender o seu, outros dependem de regulação do governo. Então está todo mundo ali tentando entender como vai se desenvolver essa política do Trump e tentando ficar alguns, tentando ficar até um pouco mais distantes enquanto a poeira baixa. O Mark Benioff, por exemplo, seu chefe, inclusive estava em Davos.
Speaker 1:Importante disclaimer, gente, fernanda Belfort, até por pela regra da Salesforce, eu tenho que deixar claro que eu trabalho na Salesforce. então que fique claro esse disclaimer, mas que todas as opiniões, tudo que eu falo aqui não representam a opinião nem o endosso da Salesforce. é um projeto totalmente independente meu, mas sim Mark Benioff, o chefe do chefe do chefe do chefe, vai lá, daniel estava em Davos, fez uma bela apresentação.
Speaker 2:Eu não consegui chegar para a apresentação dele, eu estava em outra. Bill Gates não foi também Mark Benioff, bill Gates que foram empresários de tecnologia que não doaram para Trump. Então a gente está. Também lembra que nas vésperas ali da posse houve um movimento que ficou muito claro quem doou para a posse do Trump. Ele passou o Pires e vários empresários pingaram lá seus milhões para poder ajudar a montar a festa da posse.
Speaker 1:Eu achei interessante que alguns doaram o nome da empresa, outros doaram como pessoa. O Tim Cook doou não foi a Apple. Se não me engano, satya Nadella doou não foi a Apple. Se não me engano, o Satya Nadella doou e não a Microsoft. Mas realmente assim, na posse não estava o Satya, não estava o Bill Gates, que ainda de alguma forma representa a Microsoft.
Speaker 2:Mas interessante Então, e eu acho que isso diz muito sobre como eles vão lidar com esses próximos meses. Na verdade, eu acho que tem uma. Eu ouvi uma explicação. No primeiro dia a gente assistiu a apresentação do Edelman Trust Barometer, que é um report muito bom que a Edelman faz. Esse ano foi o 25º ano que eles fazem essa pesquisa. É uma pesquisa que envolve mais de 30 mil respondentes em, sei lá, 120 países. É um trabalho muito sério que eles fazem há muito tempo.
Speaker 2:É um clássico sim, saem dois reports bem importantes lá é o Edelman Trust Barometer e o Global Risks Report do próprio UF, que sai logo antes de começar o fórum, e eles são um pouco do termômetro do que a gente está falando lá e no Trust. E eles são um pouco do termômetro do que a gente está falando lá E no Trust Barometer. o Richard Edelman, que é o CEO da Edelman, falou muito sobre essa crise de confiança e o grieving. Ele fala que a população está grieving. a população está quase que enlutada Em luto, em luto com tudo isso que está acontecendo no mundo.
Speaker 1:Oda, você está muito chique, né esse negócio de ficar gravando do hotel em Londres. Gente, desculpa o barulho, acho que a Odéa deu até uma parada, porque eu vi uns passos atrás, percebi que ela deu uma paradinha, entrou uma pessoa aqui.
Speaker 2:Eu estou sem a minha plaquinha de On Air aqui no hotel vou carregar. A próxima vez que eu viajar e tiver que gravar podcast, eu vou levar a plaquinha On Air, porque daí a pessoa vai embora e não atrapalha Eu e a Deia.
Speaker 1:a gente tem um combinado que, assim como diz meu marido, é pra ser legal gravar esse podcast, que não é pra atrapalhar a vida. Então a gente fala meu é informal, gente Vai ter que ser assim, senão não rola. Imagina. Obrigada.
Speaker 2:Bom, o que eu ia contar é que o Richard Edelman esse ano fez a apresentação do do Trust Barometer numa daquelas sessões que eu comentei, que começava às sete e meia da manhã. Então eu tava lá sete e meia da manhã E então eu tava lá sétima da manhã e ele levou uma mesa de painelistas muito peso pesado. Tinha o CEO global da Heineken, o Brad Smith, que é o presidente da Microsoft, que a Microsoft tem, essa, essa figura, que é uma pessoa mais institucional, que é o Brad Smith, que tá na Microsoft há 31 anos, e eu fiquei até brother dele. Depois eu conto uma historinha lá, uma anedota que aconteceu, que a gente encontrou ali no restaurante que a gente foi jantar e eu puxei assunto com ele.
Speaker 1:Você ficou brother ou sister. O que que acontece nessa hora, aquelas piadas que dá, sério que quem me conhece, sabe que eu não resisto.
Speaker 2:Não juro, você é uma figura, mas eu puxo assunto. Gente, eu sou uma pessoa literalmente sem vergonha, então eu puxo assunto, mas depois eu conto essa história do Brad Smith. Mas o fato é que o painel tinha o Brad Smith, tinha o presidente global da Heineken, tinha Alison Chantel, que é uma jornalista também acho que da Forbes, se não me engano super boa, e Nikki Haley. Nikki Haley foi a primeira governadora mulher da South Carolina e foi pré-candidata republicana à presidência americana e ela não foi. Foi preterida, obviamente em função do Trump, e eles tem uma relação assim. Ele acabou de dar uma declaração muito pejorativa em relação a ela, daquele jeito bem Trump de ser.
Speaker 2:Ele falou que ela tinha o cérebro de passarinho, ou algo assim, e ela até foi bem elegante nessa. Ele falou que ela tinha o cérebro de passarinho, algo assim, e ela até foi bem elegante nessa apresentação. Achei que ela ia falar mal dele, mas na hora que ela foi falar nesse painel, depois que o Richard Edelman falou das principais conclusões desse estudo, né ela pegou a palavra e ela teve durante cinco minutos. Ela explicou a eleição americana inteira assim porque que o Trump ganhou, o que que levou o povo americano a votar nele e dar a ele esse poder que ele tá investido agora. Né de fazer essas mudanças todas e ela trouxe uma informação.
Speaker 1:Que coisa interessante. O que que ela contou Fala, você lembra?
Speaker 2:Ela contou uma coisa, ela me deu uma, uma explicação que para mim caiu uma ficha que eu não tinha me tocado. Ainda me perdoem aí os ouvintes que vão dizer Andréia, mas isso era óbvio. Mas ela fez essa ligação com essa pressa com a qual ele entrou no gabinete. Ele chegou já no primeiro dia, ele já tinha centenas de ordens executivas prontas para soltar e isso se deve ao fato de que ele teve maioria no Congresso.
Speaker 2:O Congresso hoje é maioria republicana e daqui a dois anos tem eleição para o Congresso. Então todo esse a casa pode mudar. Então ele tem que fazer tudo o que ele puder fazer nesses dois primeiros anos, porque ele não sabe o que vai acontecer nos dois últimos. E teve ontem um fato que passou desapercebido de muita gente fazer nesses dois primeiros anos, porque ele não sabe o que vai acontecer nos dois últimos. E teve ontem um fato que passou desapercebido de muita gente eu peguei isso num rodapé, embora eu acho que seja uma coisa extremamente importante e emblemática que ele passou uma beu para ser votada neste Congresso Republicano para permitir um terceiro mandato, para permitir um terceiro mandato É tarde, brincadeira Que vai beneficiar não apenas a ele próprio mas a todos os futuros presidentes que quiserem ter três mandatos daqui para frente, mas a gente tinha que ter visto isso vir A gente tinha que ter visto isso.
Speaker 2:Vir Se coming, como dizem os americanos, porque ele tem tanta coisa para fazer e ele tá tão investido desse poder que ele tem agora na mão esse momentum, né Pra conseguir se encastelar na Casa Branca e ficar lá pelo menos pelo próximo, por esse mandato inteiro e mais outro mandato pra ele poder fazer tudo o que ele deseja fazer.
Speaker 1:Mas aí, ele vai estar muito velhinho. Né Descul mandato inteiro e mais outro mandato pra ele poder fazer tudo que ele deseja fazer. Desculpa, gente, eu não tô querendo ser tarista, eu só tô fazendo uma piada. Mas você não achou uma vitalidade.
Speaker 2:Mas eu vou te falar. Eu achei uma vitalidade. Eu vi o discurso porque nisso tudo, o Trump fez um call, ele fez uma apresentação virtual no UF na quinta-feira. Ontem ele fez um address, um special address, às 5 da tarde, horário de Davos. Davos meio que parou pra ver eu tava indo de um lugar pro outro. Liguei no celular porque, como eu disse, tudo é transmitido no site do UF, então a gente podia assistir ao vivo. Foi aberto e eu fiquei muito impressionada. Primeiro, assim ele é um cara que exala poder. Ele tem uma figura intimidadora que eu vejo.
Speaker 2:Eu vi, por exemplo, a maioria das pessoas que fizeram o EF convidou cinco pessoas pra fazerem perguntas pro Trump e o CEO do Bank of America, brian Moynihan. Ele tava tão nervoso, coitado. Acho que deve ser uma situação muito intimidadora mesmo você é um dos quatro, cinco escolhidos para fazer perguntas para o Trump e ele fez uma. Teve uma postura tão assim, meio quase infantil diante da figura dele. E a melhor pergunta foi a Ana Botin, ceo global do Santander, que foi uma mulher, a única mulher, inclusive no painel, e se portou assim, com um profissionalismo, uma seriedade, falou muito bem.
Speaker 2:Mas de tudo isso, o que ficou para mim, o que mais me chamou atenção, foi essa coisa do poder que ele exala, a agressividade com que ele fala, a segurança com que ele discorre sobre assuntos econômicos, políticos. Ele tem muita firmeza no que ele fala e a vitalidade, porque no final da campanha eu estava achando o Trump também um pouco fora da casinha. A gente estava todo mundo criticando o Biden, achando que ele estava muito envelhecido, mas eu achei que o Trump também estivesse, só que nessa figura que ele mostrou essa semana ele remoçou não sei 20 anos.
Speaker 1:Eu tô impressionada com a capacidade dele de estar em vários lugares, eu também achei que ele tá muito bem.
Speaker 2:Ele tá muito bem. Agora o conteúdo desse discurso, gente, é uma outra história. Né Assim eu tô falando da forma aqui. Né O conteúdo foi assim realmente um balde de água fria. Nada aqui. Né o conteúdo foi assim realmente um balde de água fria. Nada ali, muito inesperado, né. Mas assim a gente vê ali a concretização, né a consolidação de um conjunto de ideias, de pensamentos que nos levam de volta ali pra 2017, 2018, né então é muito triste ouvir tudo aquilo e entender que aquilo soou tão bem pra tanta 2018, né Então é muito triste ouvir tudo aquilo e entender que aquilo soou tão bem pra tanta gente. Né Eu acho que, como tudo, tem várias coisas que ele vai fazer pela economia, provavelmente, que vão ser muito benéficas. Né, mas é as custas do quê? As custas de quem? né Ontem ele o que tá repercutindo muito aqui agora.
Speaker 2:Hoje, por sinal, eu tava até com o Financial Times aqui alguém levou, mas a capa do Financial Times é um call que o Trump fez com a primeira ministra britânica, desculpa, primeira ministra dinamarquesa. Ele ligou para ela ontem para insistir na compra, na aquisição da Groenlandia, a Groenlândia, e ela ficou surpresa porque ninguém estava levando isso tão a sério. A gente achou que todo mundo achou que era meio que um daqueles factoides, aquelas coisas que ele planta para gerar uma espuma e vai que cola, né. Mas não, ele está determinado. Parece que o call foi terrível que tinham pessoas participando do call. A notícia que está no Financial Times é que ele foi extremamente agressivo, intimidador, usou um tom ameaçatório e ela foi pega no contrapé assim de surpresa. E isso vai ser uma questão, uma das primeiras questões diplomáticas aí do governo dele vai ser essa.
Speaker 1:E até passando rapidinho pra quem não conseguiu acompanhar super de perto essa semana, mas eu acho que assim algumas das ordens executivas que ficaram na minha cabeça e vai complementando. Eu sei que até tem um post da Oxida citando algumas delas, algumas a gente já comentou Então a saída do Acordo de Paris, a saída da OMS. Eu acho que teve um outro assunto que dá o que falar, que foi o perdão que ele deu a todo mundo que invadiu o Capitólio há quatro anos atrás, e isso eu sei que foi uma coisa também que pegou até muitos dos apoiadores dele de uma forma ruim, porque todo mundo sabia que ele iria fazer isto, mas não que ele ia fazer da forma massiva que ele fez, que ele iria fazer isto mas não que ele ia fazer da forma massiva que ele fez, que ele iria realmente dividir ali um pouco o joio do trigo para tomar essa decisão. Parte do que eu ouvi a respeito disso é que existe hoje nos Estados Unidos uma coisa que é até uma característica das democracias que não são tão bem desenvolvidas coisas que eu aprendo com o Pedro Doria mas que é esse negócio de você não conseguir, você não ter acesso à mesma justiça.
Speaker 1:A lei para uns é diferente da lei para os outros. Isso é uma coisa que começou a acontecer nos Estados Unidos e começou a gerar uma percepção nessa parte, por exemplo, do Capitólio, de que por um lado existe um cuidado muito grande para não levar um monte de gente presa nos Estados Unidos. Isso, por exemplo, a lei da Califórnia que sei lá, roubos, shoplift, lá, essas coisas, furtos de até 950 dólares, sei lá, não levariam as pessoas para a cadeia e foi um mega problema. Acho que até foi revertido isso agora, mas foi um mega problema. Então por um lado assim tem um cuidado muito grande para não colocar todo mundo na cadeia e de repente nesse caso do Capitólio eles, todo mundo que tava envolvido, muita gente foi presa. Então acho que aí tem um ponto que me chamou bastante a atenção. Outra coisa que eu acho que aconteceu, que chamou a atenção, foi a parte de Iá, que ele também começou a des, a parte de A que ele também começou a desfazer as coisas que o Biden estava fazendo.
Speaker 1:Essa regulamentação de A não era uma regulamentação fácil de entender. É muito difícil regulamentar tudo isso porque as coisas estão movendo muito rápido. Eu acho que é muito mais criar realmente uma comissão, uma coisa assim, para fazer do que regulamentar. Mas ele está indo atrás. Eu acho que tem uma outra coisa que eu preciso e eu tenho até nos últimos dias dado uma mergulhada para tentar entender um pouco melhor, mas é esse meme coin, essa cripto que ele lançou e que parece que é uma super forma também de permitir corrupção, porque porque, cara ele vai, as pessoas podem ir comprar coins e fazer tudo isso. E esse é um assunto até que eu não sei o quanto você conhece dá pra comentar, senão a gente pode trazer no próximo episódio até trazer alguém pra conversar um pouco com a gente sobre isso, que entenda bastante, porque acho que tem bastante coisa aí que tá gerando uma certa revolta. O que mais te chama a atenção, bea?
Speaker 2:Uma coisa que me chamou muito a atenção lá, e acho que é um assunto que a gente vai ouvir falar muito esse ano, foi realmente esse projeto Stargate que foi lançado esse ano na quarta, então na terça estava todo mundo repercutindo as primeiras ordens a questão da imigração, a questão do Acordo de Paris, porque não vamos esquecer Davos. Uma das pautas fortes é a questão climática, a migração. A questão climática é muito forte, existem muitas.
Speaker 1:O Brasil inclusive fez muitos debates sobre isso já que estamos em ano de COP, o Brasil vai receber a COP30. Bea e até acho que vale a pena a gente explicar um pouco melhor o Acordo de Paris. Eu estava pesquisando aqui para a gente explicar, mas o Acordo de Paris foi feito em 2015 na COP21, que foi o encontro de mudanças climáticas que aconteceu. Onde gente Quem imagina Paris? porque é o Acordo de Paris E ele estabeleceu o limite de aumentar a temperatura global no máximo em 1,5 graus Celsius versus o nível pré-industrial e fortalecer toda essa resiliência climática e mobilizar financiamento para tudo isso. Então ele é o acordo até hoje, apesar de ser de 2015, ele é o acordo mais importante.
Speaker 1:Os Estados Unidos estavam no acordo de Paris. Depois, quando o Trump assumiu, ele tirou os Estados Unidos. Quando o Biden voltou, uma das coisas que ele fez no primeiro dia foi colocar de volta os Estados Unidos no acordo de Paris. E o que o Trump fez quando chegou no poder, tirou. E um dos comentários que eu estava ouvindo, até sobre Davos e tudo isso, é que existe uma corrida em relação à energia e na verdade não é que essa parte da energia é uma corrida de energia verde ou energia limpa.
Speaker 1:Existe uma corrida geral de energia. Isso que o Trump está querendo meio que ressignificar De falar não espera, aí, o importante é energia, não é energia limpa. Então acho que tem muita dessa discussão que quando o Trump vira e tira do Acordo de Paris é para falar olha, eu não estou comprometido em entregar um impacto ambiental menor como Estados Unidos, é isso, né Assim America first. No sentido, eu tô preocupado em fazer os Estados Unidos serem um país mais rico E obviamente ele governa para os ricos dos Estados Unidos. Acho que isso é super claro. Mas tem toda essa discussão a hora que ele tira, né, mas continua a ideia.
Speaker 2:É que a gente fez. Fizemos um parênteses aqui de clima, só pra fechar aqui. Acho que tem uma. Tem um dilema da transição energética que é o seguinte é bem interessante, a gente podia fazer um dia um papo só sobre isso é que ainda existe muito petróleo pra ser tirado da terra, né Combustível fóssil, e muitos países não estão prontos para simplesmente ignorar que esse dinheiro está lá parado, precisa tirar. Então ainda vai existir muito investimento no curto, médio prazo para assim make as much as possible, sabe Tirar todo esse petróleo e capitalizar essa fonte finita de energia enquanto é tempo né, porque daqui a pouco não tem mais, ela é finita. Então é um antagonismo. Né Até países como a Noruega, por exemplo, que ainda é que toda a sua meta de descarbonização da economia está super avançada, mas eles, por exemplo, que ainda é toda a sua meta de descarbonização da economia está super avançada, mas eles ainda produzem muito petróleo porque eles imaginam que esse dinheiro que eles estão usando, o dinheiro que eles estão ganhando com esse petróleo que eles estão produzindo, é o que vai de uma certa forma financiar a descarbonização da economia. É uma coisa super antagônica.
Speaker 2:Né, mas isso que o Trump falou no discurso dele, falou que os Estados Unidos têm muito petróleo no solo. A gente vai tirar tudo isso, vai tirar muito dinheiro disso e isso vai irrigar a economia como um todo. Então essa é a questão dele e ele está super fechado com isso e isso é uma pauta que a gente já sabia. A gente já sabia que ele ia tirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, que ele já tinha feito uma vez.
Speaker 2:Quando você falou, então isso surpreendeu um total de zero pessoas, mas é sempre um recado muito Surpreendeu, um total de zero pessoas é muito bom Então, mas assim é horrível de qualquer maneira, porque a gente retrocede aí várias casinhas do jogo, né muitas casinhas do jogo, muitas casinhas. Mas clima tem essa questão.
Speaker 1:Mas o que eu achei interessante, Oi, não, mas só um comentário rápido. Eu acho que esse lance da energia também eu não sei o quanto todo mundo aqui que está ouvindo a gente tem essa associação clara. mas um dos tópicos mais importantes que está acontecendo hoje é essa corrida de inteligência artificial E quando a gente fala dessa corrida, e até recentemente acho, e quando a gente fala dessa corrida e até recentemente, acho que esse é um assunto interessante para a gente comentar. mas a China sempre teve muito atrasada nessa corrida E a China, em dezembro, começou a soltar algumas empresas chinesas, alguns modelos que começaram a performar bem nesse mundo de LLM, que são esses Large Language Models, e esse novo modelo que eles chamam, que é o Large Reasoning Models, que são esses modelos que simplesmente não respondem a primeira coisa que aspas vem à cabeça, mas ele pensa antes de responder para dar a melhor resposta.
Speaker 1:Então, quando a OpenAI lançou, em setembro do ano passado, o O1, que foi esse primeiro modelo que raciocina, que conseguia acertar perguntas que são tipo quantos R's tem na palavra strawberry em inglês, que era o tipo de coisa que os modelos anteriores erravam, a China de repente começou a soltar modelos que também começaram a ir bem e essa semana uma empresa chamada DeepSeek lançou um modelo que em pela primeira vez performa tão bem quanto o A1. Então existe essa corrida de quem tem bons modelos. Existe uma segunda corrida que é a corrida de chips, porque para ter esses modelos precisa ter acesso a chips E acho que aí também tem uma discussão super interessante. a gente já comentou no episódio passado dessa parte toda de que os próprios Estados Unidos colocou embargos, de que a China não pode comprar os chips mais avançados ou não. Eu estava vendo uma entrevista que o Andrew Ross do New York Times, lá do The Book, estava fazendo com um dos caras super importantes de treinamento de dados e tudo que é um chinês lá em Davos e ele contando que a China não admite, mas eles têm um monte de chips inteiros da Nvidia.
Speaker 1:Então tem toda essa discussão também de como você consegue segurar o avanço na China pelos chips. Mas a terceira coisa, e uma das coisas que hoje tem uma relevância imensa, é que esses modelos precisam de muita energia e nenhum desses países gera energia suficiente para rodar esses modelos. precisam de muita energia E nenhum desses países gera energia suficiente para rodar esses modelos numa escala maior. Então existe uma corrida de energia hoje que não é mais simplesmente a energia eólica para você ligar o ar-condicionado da tua casa. Hoje a discussão de energia nunca teve tão em pauta e nunca foi um diferencial competitivo, até de dominância de um país no mundo como ela está sendo hoje. E aí não só tem esse ponto interessantíssimo que você está comentando do petróleo e tudo isso, mas os países estão até tentando virar e falar assim, que é o que os Estados Unidos estão fazendo, apesar de já ter tirado antes. cada vez isso está mais importante porque assim, cara, eu não quero depender só de desenvolver energia limpa, eu quero desenvolver energia pra Dedell então, assim, você gostou da colocação.
Speaker 2:Gostei da colocação, essa expressão, sou 90's, 80's, assim. Mas isso tudo me fez lembrar o nosso amigo Elon Musk, que um tempo atrás acho que ano passado, ano retrasado deu essa declaração que essa corrida pelo avanço da inteligência artificial, pela supremacia na inteligência artificial, só tinha dois obstáculos Chips e energia. Ele, como sempre, já estava ele está sempre três casinhas na frente do jogo, né, e ele falou isso. Acho que mais ou menos há dois anos atrás, ele falou que esses eram os dois únicos problemas que eles tinham que resolver energia e chip. Mas, aproveitando esse gancho e falando de corrida, uma coisa interessante que eu vi em Davos foram CEOs de empresas de IA, como Dario Amodei, que eu eu gosto bastante, que é o CEO da Anthropic, que é essa empresa de IA que faz o Claude.
Speaker 1:Não sei aqui quem usa, claude, é o meu modelo favorito, não sei qual o seu Fer, mas é o que eu mais gosto de usar O meu go-to, que eu estou super acostumada e que eu pago tudo é o chat de APT, então é o que mais uso. Eu gosto do Claude também, mas eu sei que pra você o seu primeiro sempre é o Claude.
Speaker 1:E teoricamente é mais ético apesar de todo o dinheiro da Amazon por trás. vamos ver onde ele chega, o que vai acontecer com ele no futuro, Mas é o que é mais preocupado, eu acho, com o impacto disso na sociedade.
Speaker 2:Sim, mas mudou muito o disc Paris e ele parecia bem mais, como eu posso dizer, preocupado, engajado, né em dizer que a gente que não que a história do AGI, que é Artificial General Intelligence, né que é esse momento em que a inteligência artificial vai superar a inteligência humana, esse modelo que todas as empresas estão trabalhando para chegar, ele achava que era uma coisa muito distante. Ele até desconversou isso no VivaTech quando ele foi perguntado E dessa vez não Eu, acho que ele fez as pazes com a realidade e entrou de corpo e alma na corrida pela ADI. Isso é o que me deixou mais preocupada nessa história toda, porque a ADI, gente, que é o cálice sagrado da inteligência artificial hoje, que é um debate, tem vários palpites. É sempre uma pergunta que os entrevistadores fazem Quando você acha que a AGI vai estar entre nós? Essa pergunta sempre acontece E cada um tem uma resposta.
Speaker 2:né E antigamente eles eram um pouco mais evasivos, não, não sei, acho que vai levar uns 10 anos e tal né Todos agora estão dizendo que é uma questão de no máximo dois anos, sendo que a gente pode ter já um cheiro de AGI esse ano ainda. e o que a gente começa a ver e o Tristan Harris falou muito isso em outra conferência que eu fui no passado que chama AI for Good. essa corrida ele chama de Race to Launch, uma corrida para o lançamento. a cada semana tem alguém lançando alguma coisa. ou é o Google lançando uma versão nova do Gemini, ou é o Google lançando uma versão nova do Gemini, ou é o Claude que vem uma versão nova, ou é a OpenAI que essa semana lançou o Operator, que é um como se fosse um agente de que. acho que esse é um assunto que você podia dar uma aula pra gente num próximo podcast.
Speaker 2:essa questão do Agente, que é um super tema, tava super forte em Davos que é quase que um estágio anterior a AGI. eu diria, se a gente fosse colocar dessa forma, seria um estágio anterior, um estágio intermediário na direção da AGI, e o que todos os CEOs que eu vi falarem lá eu também estive vendo uma outra palestra do Kevin Will, que é o CPO, o Chief Product Officer da OpenAI é que assim eles estão numa corrida desenfreada, gente, quanto mais dinheiro eles puderem obter para poder pagar, mais chips, melhores, mais talentos, para poder chegar nessa EDI mais rápido, eles vão fazer. E aí, quando eu vou na conferência do MIT que foi quarta-feira, que era o The Dome, e a pergunta é por que que a gente está tentando loucamente chegar num modelo que a gente não vai poder controlar? Na pergunta dos pesquis, olha que interessante a conversa dos CEOs das empresas que ganham O MIT.
Speaker 2:estava falando isso entenda não era o Yuval Harari entendeu, não exato, mas por que que é legal olhar isso? Porque assim, se você olha, ouve um CEO de uma empresa que está ganhando dinheiro com isso falar eles querem chegar lá e ficam contando maravilhas do quanto ela vai poder ser útil para você. Você vai poder reservar uma viagem inteira, você vai poder. Ele vai reservar seu restaurante, ele vai resolver sua vida inteira com esses modelos. Só que quando você vai ouvir a academia, o MIT, os pesquisadores, os professores, como Max Tegmark, que foi quem liderou uma mesa sobre isso, o Joshua Bendio, o próprio Demis Hassabis, que é o CEO da Google DeepMind, todos eles dizendo gente, isso é muito perigoso, isso é muito delicado.
Speaker 2:A gente precisava discutir muito mais isso do que a gente está discutindo. A gente precisa falar abertamente sobre esses riscos, sem parecer que a gente é fatalista ou pessimista. A gente precisa realmente colocar na mesa os riscos que isso implica, inclusive na questão dos empregos, das pessoas nas funções, na quantidade de pessoas que vão ser praticamente inúteis nesse futuro, em que esses agentes vão fazer várias coisas. Isso em massa vai ter um impacto gigante na sociedade, gigante, gigante na maneira como a sociedade se organiza. Então isso é uma conversa que a gente precisa ter e acho que em fóruns como o da Voas. Essa conversa vem Claro. Ela estava na academia ali num dos venues lá com muita gente participando. Gary Marcus estava lá. Eu falei com ele também. Ele é um crítico.
Speaker 1:Ah, e com ele eu falo muito. quando você tirou sua selfie, lembra, você lembra do Gary? Vimos o Gary no SX.
Speaker 2:Ele é um crítico. Você lembra bem um crítico. A esse ritmo alucinado com que as coisas estão sendo desenvolvidas. O que todos eles dizem é você não consegue desenvolver avião, remédio, comida sem aprovação do FDA, sem aprovação de uma federação de aviação. Enfim, existem órgãos reguladores para todas essas indústrias no mundo. Por que que não tem um FDA para IA? Enfim, existem órgãos reguladores para todas essas indústrias no mundo. Por que não tem um FDA para IA? Por que não existe um IPCC, que é um think tank de clima, por exemplo, um grupo de um dos maiores cientistas do mundo para alertar o planeta sobre as questões climáticas. Por que não existe isso de IA até agora? Não é tão novo assim para a gente dizer ah, mas começou. Agora, ainda tá amadurecendo. Não, já se desenvolve há décadas. Agora, com a generativa que começou em 22, a gente entrou num outro momento, mas isso já existe há muito tempo.
Speaker 1:Então, assim, Mas eu acho que antes era menos assustador assim, né Não tinha tanta essa ameaça.
Speaker 2:A generativa popularizou e colocou a IA na mão de pessoas comuns. Antigamente ela ficava fechada em laboratórios, centros de pesquisa, nas próprias empresas que usavam isso pra criar suas aplicações pro usuário. Né A Netflix já usava, a Spotify já usava, mas isso ficava contido lá dentro. Só que a partir de novembro de 22, quando saiu o chat 3.5, que eu acho que foi o primeiro, aquilo virou uma ferramenta que qualquer um pode usar, inclusive a OpenAI contou muitas vezes lá do seu 1.800, que eles fazem agora que todo mundo pode usar Enfim. E só para fechar esse tema que é vastíssimo. E eu acho isso fascinante porque o que mais me chamou atenção, onde eu mais fiquei esse ano em Davos, foram nessas trilhas de IA e desinformação. Nem falei de desinformação aqui, mas é um outro tema super importante que eu acho que a gente não podia deixar de mencionar e de repente falar mais no próximo É que eu tenho uma insider, assim information.
Speaker 2:Eu estava almoçando na quinta-feira, porque Davos é isso. Né, você está almoçando e você olha pra mesa do lado tá o Kevin Will da OpenAI almoçando com uma pessoa não vou citar o nome aqui, mas é uma a CEO da enfim. Vou dar o nome mesmo a Jennifer Morris, que é CEO da Nature Conservancy ou seja. Provavelmente tava ali tentando levantar uma. É uma.
Speaker 1:ONG né uma verba. Eu achei ele uma simpatia. Assisti uma entrevista dele pro Wall Street Journal, assim no YouTube. Achei ele uma simpatia.
Speaker 2:Ele é ótimo.
Speaker 1:Dea me mandou uma foto. Eu falei estou almoçando do lado dele, falei. Mas ok, tirando a chetagem vai.
Speaker 2:E aí acho que é isso, né As empresas de IA, tentando fazer só a média com as empresas de proteção, com as ONGs de proteção ao clima, porque elas serão as grandes vilãs. A gente só vai falar disso agora. Se a gente falava de aviação como grande vilão do clima, agora vai ser certamente as empresas de ar, mas só para fechar Davos. E acho que é um assunto que tem muito a ver com o que a gente conversou aqui, porque nessa semana a meta não foi na semana passada que a meta tirou a checagem, de fato, mas essa semana teve a repercussão disso tudo, com o Zuckerberg lá ao lado do Trump, então mostrando que de fato ele está nesse grupo de apoiadores e está on board. Muito se falou lá sobre isso. Eu tive oportunidade de ver duas vezes o Frank McCourt, que é um bilionário americano que está tentando comprar o TikTok, e essa história é muito boa. A gente já estava acompanhando o Frank McCourt há uns dois anos, quando ele foi no Web Summit de Lisboa.
Speaker 2:Ele tem um projeto chamado Project Liberty, que tenta criar uma nova internet, Uma internet que beneficie de fato as pessoas. Essa conversa a gente tem ouvido já há algum tempo O próprio Sir Tim Berners-Lee, que é o criador da World Wide Web hoje é um ativista para criar uma internet que beneficia a humanidade. Não tem essa concentração de poder e a gente teve a oportunidade de vê-lo em Davos. Ele foi em vários palcos. Ele vai estar no South by Southwest Fê. Ele é um dos keynote speakers que foi anunciado essa semana para falar sobre o Project Liberty e essa tentativa de comprar o TikTok para criar um TikTok 2, que vai estar na blockchain e que vai ter uma alta relação com anúncios.
Speaker 1:Vamos pedir um pouco de paz e um pouco de monotonia nessa próxima semana pra gente conseguir semana que vem entrar em alguns tópicos que ficaram faltando.
Speaker 2:Eu acho que a gente precisa Tentar fazer um podcast em menos de uma hora também, né, porque acho que a gente já passou aqui do nosso tempo. Não, não, mas isso aí não vamos conseguir.
Speaker 1:né Meu marido tá lá embaixo, tipo, e aí meu amor já acabou, Posso pegar a mala. Você vai entrar no carro. Calma, gato, calma, Mas vamos lá. eu acho que ficaram alguns temas, né Eu acho que dá um duplo clique nessa parte, Duplo clique, gente, Vamos dar um duplo clique nessa parte de A, Porque eu acho que tem essa parte né Explicar um pouco melhor o que é A A gente, sim, O que é a gente, o que que tá acontecendo. então acho que isso tem, pelo menos aqui no Duplo Clique, a gente ainda não abordou essas ideias todas e eu acho que, falando em paz e monotonia, a gente também não entrou num outro tema que é um tema super quente, que é o acordo né que tá rolando agora de paz na guerra ali de Israel, Gaza. acho que tem alguns desdobramentos aí eu Eu vi o Ian Bremmer.
Speaker 2:Vou poder contar o que eu vi dele lá, porque também foi bem.
Speaker 1:Adoro ele gente. O canal do YouTube dele tá ótimo.
Speaker 1:Amiga, precisava muito te contar Ian Bremmer demais mas ele tá postando direto super bem vídeos curtos interessantíssimos. Tô gostando bastante dos conteúdos dele e acho que tem também toda essa parte do TikTok. A gente falou bastante disso nos outros episódios. Né Vocês devem ter acompanhado pessoal que o TikTok não foi banido nos Estados Unidos ainda porque uma das executive orders que o Trump assinou foi dando mais, se não me engano, 75 dias pra essa coisa toda acontecer E tem, acho que, vários desdobramentos que podem acontecer por aí E acho que estamos entrando numa fase turbulenta. Né falei ai gente, não sei se eu tô com estômago pra esses primeiros dias de Trump. Pelo menos vai aguentar quatro anos dessa loucura toda, mas eu acho que muita coisa tá acontecendo. Esse vai ser um ano, assim Fê isso foi um consenso em Davos.
Speaker 2:Esse ano as notícias serão driven by Washington, tipo Washington. Esse ano as notícias serão driven by Washington tipo Washington. Esse ano o Trump vai fazer barulho o ano inteiro e vai ser o centro do noticiário, centro de tudo. Vai ser, vai ter muita coisa acontecendo. Vai ser um ano difícil pra todo mundo. Esse foi um consenso, assim talvez em Davos, e pro Brasil também. Pro Brasil também não vai ser fácil.
Speaker 1:Mas eu acho que temos tudo isso aí acontecendo, o Trump com essa coisa toda, e eu acho que ele veio dessa vez no outro governo. Ele tava um pouco mais tímido, dessa vez ele veio com tudo. Eu tava vendo uma comparação da quantidade de executive orders que os presidentes americanos, quando entram no governo, fizeram nos últimos anos, da quantidade de executive orders que os presidentes americanos, quando entram no governo, fizeram nos últimos anos, e assim é uma loucura. Né Vou até puxar aqui, posso até comentar super rápido, mas o Trump, o Biden, quando ele entrou para desfazer um monte de coisa que o Trump tinha feito no primeiro dia, ele assinou nove executive orders na primeira semana, 22. O Trump assinou 26 no primeiro dia versus 9. Ele na primeira semana assinou 31 até agora, versus 22.
Speaker 1:Então assim é uma loucura, a quantidade de coisas que estão acontecendo lá e que ele está revertendo, e então acho que vai ser, vai ter muita emoção e eu acho que, além dele estar vindo com uma força nunca antes vista de querer fazer um monte de coisa rápido, com a certeza de que ele pode fazer tudo isso, ele está muito mais destemido agora que ele voltou para o poder. Depois de tudo que ele fez e tudo que aconteceu. Eu acho que a resistência entre aspas também diminuiu muito, porque antes a gente tinha as empresas de tecnologia, a gente tinha uma série de organizações de alguma forma dando freio para ele e essas empresas não estão mais fazendo isso e tem muita coisa acontecendo que mal está sendo comentada. Essa parte do meme coins, por exemplo, ninguém está falando tanto disso.
Speaker 1:Eu acho que hoje tem um cenário aí no mundo mas essa resistência vai vir. Então a gente tem que entender de onde que ela vai vir, mas ela vai. Então é isso, pessoal. Semana que vem eu vou estar gravando o Jandermato, onde você vai estar. sexta-feira que vem, béa, em que lugar do mundo?
Speaker 2:São Paulo. Ah, você vai estar em casa, são Paulo. Vou estar em casa botando a minha vida em ordem, organizando, começando a organizar a SXSW, porque aqui o negócio não para que termina um festival, começa outro. então já vamos estar aí na reta final pro SX. Fevereiro é mês de preparação de tudo e muitas dessas discussões provavelmente vão aparecer muito fortemente por lá.
Speaker 1:Maravilhoso estaremos lá juntas. É isso aí. Imagino que vocês devem estar mil por hora vendendo aí todas as coisas, os pacotes da Oxygen e tudo.
Speaker 2:Mas agora já estamos começando Essa amizade com a ideia e essa admiração.
Speaker 1:Eu estou sempre colada na ideia nesses festivais.
Speaker 2:Nós juntas, vamos de mãos dadas Juntas também te admiro demais E é uma delícia poder fazer esse papo aqui que a gente estaria tendo de alguma forma no telefone, né ou por áudios.
Speaker 1:Então a gente tá a gente tá tendo mais ainda agora né tô amando muito mais.
Speaker 2:A gente tá trocando as pautas por WhatsApp. Gente, é isso, fê ótimas férias, descansa. Semana que vem a gente volta. Enfim, você vai estar em Andermatt, mas a gente marca aqui no offline o nosso próximo debate local.
Speaker 1:Eu espero que eu consiga um fundo mais bonito pra falar com vocês do que esse, mas eu vou estar aqui Maravilha, obrigada, obrigada, miguel.
Speaker 2:nosso produtor Tá aqui com a gente, obrigada. Um beijo, turma, até semana que vem.