Duplo Clique

#7 SXSW: O Que Esperar + Os Robôs Estão Chegando

Andrea Janer e Fernanda Belfort

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O episódio explora o impacto das tecnologias emergentes de Elon Musk, como o Grok 3 e o chip Majorana da Microsoft, enquanto examina a interseção da tecnologia com a política, como o alinhamento de Trump com Putin e as atuais eleições na Alemanha. Através de uma análise profunda dos avanços robóticos e as tendências destacadas no SXSW, o podcast oferece uma visão instigante sobre o futuro da interação humano-tecnológica.

Links citados:

https://www.instagram.com/p/DGNY0tjMIVJ/?igsh=XzQ5OF9kWVFE

"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."

Andrea Janér:

Olá, é um prazer ter você ouvindo a gente aqui no Duplo Clique. No episódio de hoje a gente faz um roundup das notícias da semana. Falamos obviamente de Elon Musk e Donald Trump, do lançamento do Grok 3, do Majorana, que é o novo chip da Microsoft, sobre a questão da guerra na Ucrânia, a eleição alemã E entramos mais a fundo na curadoria do SXSW, que começa daqui a duas semanas e terá como um dos seus principais temas robótica. E aí a gente deu aqui uma super aprofundada nesse tema e espero que vocês curtam acompanhar a gente no episódio de hoje.

Fernanda Belfort:

Alô, e aí Tudo bem, bem-vindos a mais um Duplo Clique. Oi Déia, tudo bom, tudo bom Fê. Tudo bem, tudo bem Semana de comemorações aí de aniversário.

Andrea Janér:

Pois é, foi tão ocupada que a gente teve que passar o podcast por um sábado. Né Todo mundo no bloquinho e a gente aqui gravando.

Fernanda Belfort:

Né Exato, mas vamos combinar que a gente nem tá triste né Porque a gente tava conversando, que a gente não é do tipo que ia estar no bloquinho.

Andrea Janér:

Mas tá tudo certo, semana também teve muitas coisas. A gente vai começar aqui com um apanhado das notícias mais engraçadas, interessantes da semana. Tivemos aí, no mundo da tecnologia, o lançamento do Grok 3, que, segundo o Elon Musk, é a inteligência artificial mais completa existente no mercado hoje. Enfim o que você achou disso.

Fernanda Belfort:

Eu acho que assim agora a gente tem mais um player só para a galera saber, do mesmo jeito que a gente tem a OpenAI, que tem o GPT, o chat GPT, a gente tem os principais players que são o Google com Gemini, a Anthropic com Claude e a Meta com Lhama. Agora a empresa do Elon Musk de inteligência artificial lançou seu primeiro modelo e eles também têm esse GROK, que é um produto para usuário final que está no app, no aplicativo do X, antigo Twitter. Tem um nome que não pegou na vida, foi esse, né Eu não conheço ninguém que não se refira a isso e fale o Twitter.

Fernanda Belfort:

O antigo Twitter pior ainda, exato né E ele está lá. O que eu acho é que sempre com certeza essa notícia é importante no ponto de vista de que tem mais um player grande no mercado. Né, além de todos esses que eu falei, tem o DeepSeek, então esse a gente falou aí há umas duas, três semanas atrás, então o DeepSeek, que foi o primeiro, né da China que entrou e agora a gente tem um outro grande competidor. Eu acho que é uma corrida, isso, e sempre vem um e lança uma tabela com os benchmarks que falam que ele é o melhor. Aí o outro tem uma outra que em outra coisa é um pouco melhor E eu acho que atualmente, mais do que esses detalhes, é realmente o fato de que agora tem mais uma empresa no jogo E isso para mim consolida essa visão de que cada vez mais vai se comoditizar esses modelos.

Fernanda Belfort:

A gente vai ter um monte de modelos. Tem toda essa defesa O próprio Sam Altman, quando saiu do IPC, que comentou que acha que talvez esteja do lado errado da história no ponto de vista de ter um modelo fechado e não aberto. Eu acho que tem uma força grande de cada vez ter mais modelos abertos porque, do mesmo jeito que energia elétrica é um diferencial enorme para um país em N aspectos. Se todo mundo tem acesso a isso, isso de alguma forma se equaliza E acho que a gente cada vez mais está indo para um cenário em que não é que uma empresa vai chegar na superinteligência e vai ter todo o poder, porque todas as empresas estão mais ou menos evoluindo juntas e tendo acesso a isso. Então acho que esse é o meu comentário geral, o que você sentiu.

Andrea Janér:

Enfim, a minha primeira leitura foi lá vem ele. Né, lá vem ele de novo. Eu juro, gente, a gente sempre tenta, quando a gente faz o alinhamento dos temas do podcast, a gente pensa assim vamos tentar falar menos do Trump e do Musk, mas espero que vocês compreendam que não está difícil. Né, eles estão em todas. E o Grock enfim vem com toda essa força do Elon Musk de novo. E é até interessante, porque é meio louco pensar que o dia tem 24 horas para todos nós, né, mas para ele, não sei, parece ter 52, né, porque ele está na Tesla, tendo que administrar essa queda nas ações da Tesla essa semana. Ele está enfim com a SpaceX Tesla, tendo que administrar essa queda nas ações da Tesla essa semana. Ele está enfim com a SpaceX.

Andrea Janér:

Ele tem o X, onde ele fica boa parte do dia, né escrevendo e interagindo com as pessoas E está running the country, né Ele está lá também como vice-presidente dando entrevista coletiva, enfim, tomando decisõesetiva, enfim tomando decisões. Então isso acabou causando uma, Ganhando presentes no palco Exato. Ganhou uma motosserra essa semana do Milley na Convenção dos Conservadores, uma cena realmente assim curiosa, para dizer o mínimo um cara erguendo a motosserra que foi dada de presidente.

Fernanda Belfort:

O presidente da Argentina deu para o Elon Musk nessa convenção uma motosserra e vocês conseguem ver, a gente vai deixar, podemos deixar o link aqui, mas é super fácil de achar o vídeo e aparece ele com a motosserra porque ele está cortando os custos e fazendo os cortes no governo para de alguma forma.

Andrea Janér:

E ele, com aquele jeito meio desengonçado dele, ele ergue a motosserra como se fosse um troféu e grita e aí, isso aí Chainsaw, de um jeito assim muito, quase como diriam meus filhos cringe, muito cringe, mas enfim são essas c meus filhos cringe né Muito cringe, mas enfim é o. São essas cenas que estão marcando a história. Né A gente tá assistindo coisas muito chocantes, assim nesse começo, e eu acho que outra coisa que aconteceu interessante com o Musk, que tem a ver com esse comentário, né De que como que ele consegue estar em tantas frentes ao mesmo tempo, tendo o mesmo número de horas diárias que a gente tem. Né O cara tem 13 filhos. Não sei se todo mundo acompanhou, mas essa semana apareceu mais um, não Dé conta melhor isso dos 13 filhos vai que as pessoas não sabem.

Andrea Janér:

Tem um contexto aí, gente que ele falou há muito tempo atrás que ele era pró-natalidade. Alguns, uns dois anos atrás ele começou a falar sobre a população mundial estar em declínio que também é uma informação bem contestável. tem várias visões sobre isso E ele começou a dizer que o mundo precisava que as pessoas tivessem mais filhos, que senão a economia do mundo ia entrar em colapso se as pessoas não tivessem mais filhos.

Andrea Janér:

Então ele resolveu fazer a parte dele e ele acabou fazendo vários filhos. Ele tem 13 filhos. Agora eu estou até na dúvida se esse filho que apareceu essa semana é o décimo quarto ou é o décimo terceiro. Eu preciso confirmar isso. Mas ele teve um filho com uma influenciadora, ashley alguma coisa, e ela hoje de manhã anunciou na People que ela vai processá-lo porque ela tá criando o filho sozinha. Eu não sei que expectativa ela tinha, né tem um comentário engraçado nesse post da People. É, querida, o que você esperava. Ele está muito ocupado presidindo o país. Ele não pode, não tem tempo para ser pai né. Isso também teve muita repercussão essa semana esse papel do Musk como pai de vários filhos com várias mulheres diferentes, inclusive algumas ele teve por fertilização in vitro, sem ter necessariamente um relacionamento com a mãe dos filhos. Teve uma engenheira da SpaceX que teve, se não me engano, três filhos com ele, dessa forma ou seja. Não é que tenham sido relacionamentos conhecidos do Musk, sim, apenas, talvez acordos que ele tenha feito com essas pessoas. Né, mas essa semana teve um episódio perturbador, assim, né A Grimes, que é uma artista que é mãe de três filhos com ele, também uma artista super diferente que trabalha com tecnologia, inteligência artificial na música e tudo mais.

Andrea Janér:

Fez um post no Twitter no X lá vou eu chamando de Twitter. Fez um post no X chamando a atenção do Musk, pedindo para ele responder as mensagens que ela estava tentando mandar para ele porque um dos filhos deles teria uma doença e ela precisava que o Musk respondesse as mensagens dela porque eles tinham que tomar alguma decisão juntos sobre a saúde deste filho. Ela não disse que filho é só lembrando que o ex, que é aquele filho que apareceu no gabinete do Trump semana passada, é um dos filhos do Musk, com a Grimes. Então ela tem o ex e mais dois filhos e um desses filhos estaria enfrentando algum problema de saúde e ela, cansada de tentar entrar em contato com o Musk sem sucesso, teve que recorrer a um post público.

Andrea Janér:

Ainda disse eu detesto ter que fazer isso publicamente, mas talvez seja a única maneira de chamar sua atenção, já que você passa boa parte do seu dia aqui no X. Logo depois ela deletou esses dois posts, mas muita gente obviamente tirou print e isso também viralizou ali durante algum tempo no X. Depois provavelmente o Musk ligou lá, mexeu nos algoritmos e fez essa história desaparecer também dos feeds de todo mundo.

Fernanda Belfort:

Odé, e uma das coisas que eu vi você mandou essa notícia no nosso grupo aqui de pautas e algo que me chamou a atenção foi o que ela falou se você não quiser falar comigo, por favor designe alguém ou contrate alguém que possa fazer isso para que a gente possa seguir em frente para resolver Isso é urgente. Então, quer dizer, tem pratinho caindo, né, ele não está dando conta de tudo.

Andrea Janér:

É impossível, impossível. É uma pessoa E assim eu acho que daqui a pouco esse cara vai acabar sendo interditado. Não é possível, né As demonstrações.

Fernanda Belfort:

Não vai virar o cara mais rico do mundo.

Andrea Janér:

Né, amiga, Não sei, eu fico pensando se não tem aqueles shareholders ativistas. Sabe, A Tesla despencou o preço da ação, despencou, eu não sei se não vai ter daqui a pouco talvez um motim aí de ativistas, acionistas ativistas, que podem fazer alguma coisa com eles. Sabe, Isso aconteceu em várias empresas.

Fernanda Belfort:

Preciso entender como que é a parte societária da empresa. Eu sei que o Mark Zuckerberg, por exemplo, tem o jeito que está estruturado ele não pode ser tirado da empresa Mas eu não sei como que é. Mas quando você fala de Tesla eu acho que essa foi uma notícia que chamou atenção também nas últimas semanas A Tesla está sofrendo a BYD, aquela Build Your Dream. A Tesla está sofrendo a BYD, aquela Build Your Dream, aquela empresa chinesa está crescendo muito, inclusive nos Estados Unidos, e tem muita gente que tem Tesla, porque Tesla começou com uma coisa super bacana da pessoa que estava preocupada com o planeta, algo que hoje é provavelmente o outro extremo do posicionamento que o Elon tem. Estava até rodando na internet um carro adesivado tipo assim desculpe, eu comprei esse carro antes do Elon virar um louco. E muita gente que está vendendo seus Teslas e está começando a não comprar Tesla e rejeitar Tesla por um posicionamento político, porque não é para o cara de extrema-direita mediano americano que é o público-alvo da Tesla hoje. Então acho que isso realmente vai começar a ter algumas implicações.

Andrea Janér:

E teve uma história muito interessante que eu li hoje de manhã numa newsletter, falando que esse ímpeto do Musk de cortar os recursos de várias entidades do governo americano que ele considera enfim mau uso do dinheiro público. Ele próprio foi beneficiado por um desses empréstimos a juros baixíssimos do Departamento de Energia americano que fez lá em 2009, 2010, quando a Tesla estava quase quebrando. Ele tinha vendido 700 carros até então. Ele estava quase quebrando. Ele conseguiu um empréstimo de meio bi do governo americano a juros super baixos para poder salvar a empresa e executar todos os planos que ele tinha.

Andrea Janér:

Ele conseguiu, com esse empréstimo, transformar a Tesla no que ela virou. Ele pagou todo esse empréstimo com juros corretamente. Mas, de novo, olhando pelo ponto de vista da eficiência que ele tanto agora defende, talvez esse empréstimo não tivesse sido considerado um investimento eficiente do departamento de energia. Era uma empresa que não tinha muita perspectiva de fazer um turnaround, então provavelmente ele não teria sido beneficiado pelo empréstimo que transformou a empresa dele, a vida dele, caso ele estivesse fazendo isso hoje, porque ele está tesourando todos esses recursos e provavelmente inibindo outras iniciativas, como a Tesla de 2009, que poderiam se tornar grandes negócios, grandes empresas nos Estados Unidos. Então, dois pesos e duas medidas, também para ele.

Fernanda Belfort:

E é o que falo no fundo é uma oligarquia quando você junta as pessoas mais ricas do país com poder político para defender seus próprios interesses. Odea e fora isso. Acho que muita coisa aconteceu essa semana. Acho que tem os cortes, chegaram no exército, na parte militar, então acho que tem muita gente ali que está sendo influenciado. Apareceram várias notícias, até muito parecidas com o que aconteceu no Twitter. Quando o Elon Musk comprou de gente, sei lá, equipe que cuidava da parte de gripe aviária nos Estados Unidos, que estão super em atenção em relação a isso porque tem um potencial risco de ter um problema, mandou todo mundo embora. Aí recontratou as pessoas que não deviam ter mandado embora.

Fernanda Belfort:

Porque é meio essa loucura, né, eu lembro que no Twitter também teve uma época que quando começaram esses cortes ele mandou um monte de gente embora e de repente ele mandou embora as pessoas que faziam a cobrança e não tinha quem fizesse cobrança. Aí ele teve que pegar e mandar recontratar as. Então eu acho que tem muito essa coisa de go fast, break things e agora também está entrando nessa parte militar e aí tem o lance da conversa com o Putin. Não é Bea? Comenta um pouco disso, nossa.

Andrea Janér:

É, eu acho que essa semana também teve um avanço importante com relação à guerra na Ucrânia, o Putin, o Trump. Um avanço importante aí com relação à guerra na Ucrânia, o Trump se alinhando aí com o Putin, que na verdade me fez lembrar uma teoria que a gente conversou aqui acho que no segundo ou terceiro episódio do podcast que eu trouxe uma teoria que foi apresentada por um jornalista da Bloomberg na época, que dizia que o mundo ia se dividir em três grandes blocos A Europa ia ficar com o Putin, a Ásia com o Xi Jinping e as Américas com o Trump, e que os três fariam uma espécie de um acordo entre si em que um não ia atrapalhar o cercadinho do outro. Cada um fica com o seu território e os três compartilham muitas características em comum no seu estilo de governar no seu sede por poder, e essa ânsia expansionista que os três têm, mas cada qual no seu quadrado. Então me fez me lembrar muito disso. Todo mundo surpreso que o Trump se alinhou com o Putin para tentar pressionar o Zelensky.

Andrea Janér:

Ao mesmo tempo o Trump assinou com o Zelensky acho que ontem ou anteontem um acordo em que a Ucrânia vai ceder alguns minerais importantes para os Estados Unidos em troca da ajuda militar que já foi dada enfim desde o início da guerra. Então assim a pressão está toda sobre o Putin, sobre o Zelensky mesmo. Não sei como isso vai se desenvolver nas próximas semanas.

Fernanda Belfort:

E o que até para o pessoal acompanhar quem de repente não leu sobre isso. Mas o Trump fez a gente até comentou na semana passada ele já tinha feito esse telefonema para o pessoal acompanhar quem de repente não leu sobre isso. Mas o Trump fez a gente até comentou na semana passada ele já tinha feito esse telefonema para o Putin, que eu até comentei que ele sabe ser muito calmo e não explosivo e cuidadoso em alguns posts quando envolvem a Rússia, a China. Então isso tudo acontecendo Essa semana a Europa ficou realmente super abalada com isso. Fizeram reuniões e tal para tentar entender como isso pode acontecer, porque tem que envolvê-los E o grande ponto é que nesse acordo os Enem que não foram envolvidos, provavelmente esse acordo que está querendo ser feito tem aí perdas, como por exemplo a parte do território que ninguém acredita no cenário atual que seja possível um acordo em que a Rússia aceite devolver para a Ucrânia a parte que ela dominou do território.

Fernanda Belfort:

Então tem vários pontos aí. Tem a demanda de que a Ucrânia não entre na OTAN, então acho que isso também é uma coisa grande, de que a Ucrânia não entre na OTAN, então acho que isso também é uma coisa grande. Imagina também a preocupação na Europa com o risco de invasão e tudo isso, e o Trump fez alguns statements também, meio que colocando nessas mentiras que ele fala, mas meio colocando a culpa da guerra no Zelensky e na Ucrânia. Então, quer dizer, essa distorção de verdade misturada com tudo isso é super preocupante.

Andrea Janér:

Pois é, vamos observar o que vai acontecer nas próximas semanas. E essa semana também aconteceu um outro fato, um anúncio importantíssimo que a Microsoft fez sobre um novo chip, o Majorana, que foi nomeado em homenagem a um físico que descobriu essa substância em 1937, essa partícula subatômica, o Hétor e Majorana, conta mais para a gente, fê.

Fernanda Belfort:

Essa parte quântico e computação é super complexa. Mas trazendo um pouco aqui só o básico para a galera entender o potencial disso, os computadores todos funcionam em cima de 1 e 0, né, então, sempre essa coisa binária 1 e 0. Quando você vai para a computação quântica, pode não ser 1 e 0, pode ser uma série de coisas. Então ele abre um potencial exponencial, num grau nunca antes visto, do que um computador vai ser capaz de fazer. O Google já teve um avanço de tecnologia que ele comunicou esse ano. A ação subiu e tudo porque isso é uma coisa super importante. Agora veio a Microsoft. Eu também preciso estudar para trazer para vocês detalhes, porque esse é um assunto hiper complexo, mas eu acho que continua sendo algo super importante, porque muito do que a gente está falando de inteligência artificial e tudo só foi possível porque houve uma mudança de patamar do que é possível processar no computador Está diretamente ligado todos todos esses avanços à capacidade computacional E a hora que a gente fala em computação quântica, realmente vai ser algo assim brutal de diferença e as capacidades que isso vai trazer são enormes. Eu estava hoje de manhã ouvindo um podcast do Satya Nadella super interessante.

Fernanda Belfort:

Né, ele estava comentando um pouco dos impactos na indústria de inteligência artificial. Ele até comenta que ele nem está tão preocupado né Em se vai chegar no AGI, né Nessa super inteligência ou não. Ele fala pô eu estou preocupado em quando isso vai realmente ter um impacto positivo no mundo. Né Vai ser usado desse jeito. E até interessante porque ele vai falando também do quanto tecnologias no passado, quando uma empresa precisava fazer lá, sei lá o forks, a projeção de quanto ela ia vender, o que ia produzir e tal, eles faziam isso de uma forma super manual.

Fernanda Belfort:

De repente veio uma nova tecnologia que é a planilha. Eles falaram pô então peraí o e-mail, então dá pra gente pegar e fazer um modelo numa planilha. Isso de repente gerou um segmento. Essas tecnologias foram gerando um segmento, uma nova parte da sociedade de gente que trabalha nesse tipo de coisa. Então o que a computação vai trazer de diferencial e a quantidade de oportunidades que isso vai abrir, porque vão nascer segmentos de fazer coisas que hoje a gente nem imagina. E é interessante.

Fernanda Belfort:

Eu acho que a gente olhar para o passado e ver essas mudanças Muitos dos empregos que vão desaparecer com sei lá veículo autônomo, puxa, mas e o motorista do Uber? Há 10 anos atrás não existia uma categoria de alguém ser motorista de Uber, motorista de aplicativo. De repente isso passou a existir porque uma categoria apareceu, então não necessariamente aparecem empregos, mas aparecem oportunidades. Então essa parte de computação quântica vai destravar e acelerar uma série de mudanças que a gente nem tem muita consciência ainda do que vai ser, mas com certeza vai ser chave até para a gente conseguir desenvolver coisas, talvez até nos robôs que a gente vai chegar aqui daqui a pouco.

Andrea Janér:

Não, e esse assunto de computação quântica. Ele veio, esse anúncio da Microsoft veio numa semana em que eu estava mergulhada nas curadorias do SXSW. Né, eu estou emergindo agora depois de quatro dias trabalhando só nessas curadorias do festival que vai começar daqui a duas semanas.

Fernanda Belfort:

Né Estaremos juntas lá né Fê. Já recebi minha caixa da Oxygen. Eu vou na quarta-feira. Quinta-feira estou lá. Fico até outra.

Andrea Janér:

Quarta e uma décima conta, conta tudo. A gente vai ter que a gente inclusive vai ter que pensar como é que a gente vai gravar o duplo clique de Austin. Vamos ver como é que a gente vai conseguir se organizar a gente vai dar um jeito.

Andrea Janér:

Mas enfim, voltando a programação do SX, esse ano esse tema, a computação quântica, é um tema que está super em alta na curadoria. Devem ter mais ou menos umas oito palestras sobre esse tema. Grandes nomes, inclusive o Google, vai estar falando sobre isso E eu acho que esse é um assunto que, assim, dependendo de quem vai fazer a palestra, vale muito a pena mergulhar. Acho que devem ter algumas pessoas muito técnicas que vão falar sobre esse tema de uma forma que a gente mal vai conseguir entender, e eu lembro que em 2018 ou 2019, o SX fez uma palestra sobre quantum computing com o Hurley, que é um cara lá do Texas que é super expert. Ele vai estar lá de novo esse ano E eu confesso que eu saí da palestra sem entender nada. Eu me esforcei muito mas eu entendi pouquíssimo.

Fernanda Belfort:

Tem fim da minha vida que trabalha com tecnologia.

Andrea Janér:

Mas esse ano eu espero estar um pouco mais familiarizada e entender um pouquinho melhor. E aí eu achei que a gente podia bater uma bola sobre o que vai ter no SX esse ano. Todo mundo deve estar fazendo já as suas agendas, a sua curadoria e, como eu já fiz umas 15 curadorias para os nossos clientes Oxygen, eu posso dividir um pouquinho do que a gente viu de mais recorrente, temas que acho que vão ser muito importantes. Esse ano Me chamou muita atenção a trilha de Creators. Todo ano tem, mas esse ano está.

Andrea Janér:

Né Me chamou muita atenção a trilha de creators todo ano tem, mas esse ano tá bem importante. E dentro da trilha de creators uma coisa interessante são creators B2B, ou seja criadores de conteúdo de LinkedIn, que é uma rede que tá crescendo muito e agora tão nascendo os influenciadores de LinkedIn com mais força. Né Começou com o LinkedIn Top Voice, aquela coisa, e hoje em dia existe todo uma, um jeito de falar no LinkedIn pra ganhar seguidores e likes e tudo mais. Também vi muita saúde feminina, muitas coisas ligadas à menopausa, a novas formas de bem-estar, wellness, longevidade também.

Fernanda Belfort:

Aí tem um tema interessantíssimo também.

Fernanda Belfort:

Né Dea Super e muito mercado tá bombando desse assunto, né muitas startups E essa descoberta até acho que a gente nunca comentou isso aqui, né, mas essa descoberta toda da menopausa e de que isso é uma coisa muito maior do que as mulheres imaginavam, né então assim a quantidade de coisas do que as mulheres imaginavam Então, assim a quantidade de coisas, até que não faz sentido um ginecologista cuidar da menopausa, porque, no fim do dia, a maior parte das coisas e toda essa relação que isso tem com o cérebro da mulher, com né Nossa, eu me senti acolhida com essas teorias Porque eu falei meu Deus, brain fog é uma coisa.

Fernanda Belfort:

Não é Porque pra mim misturou tudo, né Porque era químio. Eu falava gente, eu não sei se é quimofoga, não é quimobrain que é a expressão, né Se é quimobrain, se é, não sei o quê, não sei o que tá acontecendo, mas não tô mais conseguindo dar conta do jeito que eu dava antes E acho que isso tem uma série de implicações aí, discussões que estão acontecendo hoje e que estão sendo uma revolução, então bem interessante, super Vai ter bastante. Que marca que dá conta.

Andrea Janér:

Vai ter muito game. Sempre tem uma trilha de gaming forte, mas esse ano está mais forte do que nos outros anos. Muito advertising no ambiente de gaming, que acho que vai ser muito interessante. Novas formas das marcas se relacionarem com o seu público, principalmente marcas de bens de consumo que falam com geração Z. Então como construir relações nesse universo dos games. Muitas palestras sobre podcasts Fea tipo, sobre como fazer o seu podcast acontecer, como divulgar, como fazer ele explodir. Então essas vão ter provavelmente a nossa presença. Voltou muito forte o tema de storytelling. Fazia uns dois anos que eu não ouvia isso tanto no SX como está esse ano. Muito storytelling, técnicas de storytelling, como fazer o storytelling a seu favor, a favor da sua marca, sem dúvida redes sociais também vai ser um tema. A Jay Graber, que é a CEO do Blue.

Fernanda Belfort:

Sky é uma keynote.

Andrea Janér:

Esse tema está sempre presente também, sempre sempre presente, e acho que, com a presença da Jay Graber da Blue Sky, acho que isso vai falar um pouco do futuro das redes sociais, também super importante. Sustentabilidade está com uma trilha boa esse ano. Eu achei que ano passado estava um pouco fraca, mas esse ano tem bons temas ali descarbonização da economia, cidades resilientes, que é um tema que eu também estou falando há bastante tempo na Oxfam, depois que eu frequentei vários festivais ano passado, muitos falando sobre cidades resilientes, como preparar as nossas cidades para os eventos climáticos extremos que são cada vez mais frequentes. A gente está sentindo isso na pele o tempo todo, aqui em São Paulo, no Rio, no Brasil, em vários lugares do mundo Chuvas fora de época, chuvas intensas, torrenciais, calor extremo, frio extremo. Então esse tipo de coisa impactando a forma como as pessoas vivem e pedindo para que governos trabalhem para tornar as cidades mais resilientes.

Fernanda Belfort:

Isso é interessante até né, dé. A gente estava até conversando você até com o caso pessoal, mas do quanto isso está mudando. De repente, essas chuvas, lugares que nunca tinham alagado antes, de repente estão alagando a implicação que isso tem em real estate, o quanto que você, hoje, quando você vai comprar um imóvel você estava me contando, não sei se eu vi numa aula sua ou se foi numa conversa até né do quanto tem gente que recomenda, que fala assim você não deve mais comprar um imóvel.

Andrea Janér:

Sim, esse é um super tema, é conta isso que acho que é super interessante, é essa coisa de hoje, você não saber mais onde vão acontecer os próximos eventos climáticos extremos, porque realmente eles podem acontecer onde a gente menos imagina. Acho que esse ano passado teve vários exemplos de lugares que foram atingidos e que não se achava que tinham, que eram propensos a esse tipo de evento climático extremo, como, por exemplo, incêndio em LA. Né Sim, incêndio em LA. Eles acontecem com uma certa frequência, mas nunca com essa força que foi esse ano, né. Mas cidades como Asheville, north Carolina, que foram devastadas o ano passado por um furacão, nunca passaram por isso, né Então, e nunca não eram cidades que estavam, digamos assim, em alerta para eventos assim. Então, acho que isso que está mudando E isso está fazendo com que alguns especialistas recomendem que as pessoas Que não é um bom momento para comprar imóvel, porque você não sabe o quanto aquele lugar está exposto a eventos climáticos extremos e o seu patrimônio pode sofrer um golpe na medida que aquilo pode se tornar algo.

Fernanda Belfort:

Tem lugares que todo mundo já fala. Né Tipo aquelas casas a beira-mar em Miami, né Fort Lauderdale.

Andrea Janér:

Fort Lauderdale total.

Fernanda Belfort:

Aquelas coisas, assim que você fala meu Deus, gente investindo milhões né nessas propriedades e tudo que a gente não sabe o que pode acontecer daqui a 10 anos, 20 anos.

Andrea Janér:

Mas acho que entra essa nova esfera E a lei que você trouxe. muito bem, é um pouco isso. Já existem os incêndios florestais naquela região. Acontece há muitos anos e as pessoas, ainda assim, continuaram construindo. A cidade foi se espalhando na direção das montanhas, onde inclusive algumas seguradoras nem faziam mais seguro, sabendo que aquilo era uma área de risco, e as pessoas construíram mesmo assim. Os terrenos estavam lá, as pessoas compravam ignorando muitas vezes esse risco que já existia naturalmente. Então isso é uma coisa para a gente ficar atento, todo mundo aqui que está planejando comprar, sei lá, uma casa de praia, pensar um pouco nisso, isso é uma coisa relativamente nova. Mas nos Estados Unidos você vê um site como o Zillow, por exemplo, que é um site de imobiliário. Eles têm rankings já em que eles mostram o risco que determinadas cidades têm ou determinados lugares têm para sofrer eventos climáticos extremos e para você pensar duas vezes na hora de investir.

Andrea Janér:

Então isso é uma disciplina nova é um assunto novo para a gente pensar E de fato saiu recentemente no Wall Street Journal uma matéria, uma matéria de opinião, na verdade um artigo de opinião de uma especialista dizendo não compre imóvel, não compre mais imóvel. O ideal é você alugar e você enfim se proteger de um derretimento, aí, do seu patrimônio.

Fernanda Belfort:

E uma coisa Dé que eu penso né Você comentando esse negócio desse site de imóveis que de repente passa a ter um índice, né Um nível de risco E é muito doido o impacto que isso tem né Porque de repente é um algoritmo E esse algoritmo está de alguma forma considerando que uma área tem maior risco e daí, naturalmente, se esse site tem uma importância grande no mercado, os preços vão cair.

Fernanda Belfort:

Quem já tem um imóvel nessa área quer dizer imagina você ter um apartamento. De repente pega um grande site, um algoritmo, e fala que a minha rua agora, ou meu bairro ou o que for, é uma área de alto risco, o negócio cai. E eu lembro até uma época que eu tinha uma conversa com uns amigos e tudo sobre o Waze, tipo assim poxa, o Waze não deveria te colocar uma rota por um, um bairro que é perigoso ou uma rua que é perigosa. Por que que faz isso? por que que de repente te coloca no Morumbi, aqueles casos clássicos que de repente faz um caminho só passar no meio da comunidade, algum lugar que é perigoso. E aí tem toda a implicação disso, ética.

Fernanda Belfort:

Você vai pegar Ética, então você vai pegar e vai marcar uma região como uma região perigosa. Daí, consequentemente, você vai tomar a decisão de que aquele lugar é perigoso e inferir naquela comunidade todas as implicações que isso tem de desvalorização de um monte de coisa, por mais que tenha. Vamos pegar o índice da polícia, de taxa de criminalidade. Então é muito interessante também o quanto você vê, principalmente nesses mercados que são meio the winner takes it all, tipo sei lá Waze. Você não vai ter 30 apps em que você sabe o trânsito, porque você está sabendo o trânsito, porque as pessoas estão lá usando o aplicativo e você sabe que tem muitos carros parados, então é um app, são poucos apps que ganham, aí o impacto que um algoritmo pode ter na sociedade do ponto de vista ético, muita coisa interessante Muitos, e acho que outro assunto que está em alta no SX esse ano é robótica.

Andrea Janér:

É um tema que eu sou fascinada desde 2018, que eu comecei a trazer isso em 2019, quando a gente começou a auction, comecei a trazer esse tema. Desde então eu acompanho essa indústria e o desenvolvimento dos robôs humanoides, que acho que é um aspecto é apenas um dos aspectos da robótica. Acho que vale explicar um pouquinho o que são os robôs humanoides, porque robôs existem nas indústrias há muitas décadas. não é novidade, mas o que a gente está vendo nos últimos talvez cinco anos é um crescimento muito significativo nos investimentos nas empresas que produzem robôs humanoides. Então acho que isso é uma coisa para a gente dar um duplo clique aqui, né.

Fernanda Belfort:

Adorei o tema. Você sabe que a gente fala de robô humanoide. Não tem como alguém que é jovem há muito tempo, não pensar nos Jetsons, né Bea É total. Tem aquela robozinha a Rosie né, e ela fazia as coisas da casa e tudo, e eu acho que esse foi um dos insights dessa indústria toda. Né A gente falava em robôs no passado, e não necessariamente o robô principalmente o robô que é feito para uma atividade específica, numa fábrica, alguma coisa, assim. Ele é humanoide no sentido de que ele não tenta replicar um ser humano, ele simplesmente vai lá e faz uma tarefa. Quando você faz um robô e acho que é isso que a tentativa agora e o investimento é para chegar nisso que você fazer um robô que possa ajudar as pessoas a fazerem coisas no mundo. E o mundo foi feito, foi designed para humanos, a altura que as coisas ficam, a forma de interagir, foi feito para seres humanos, em que altura está a maçaneta da porta, onde que ficam as coisas na casa. Tudo isso foi feito por humanos, para humanos, e a gente quer de repente começar a ter robôs e coisas feitas para os robôs, porque daí o humano fica em segundo lugar. Então é super importante esse tema, começando nessa categoria de robôs humanoides. Mas assim a ideia de ter robôs humanoides é você ter um robô que consiga, por exemplo, se a gente for falar em casa, estar na sua casa e fazer várias tarefas, aquelas que provavelmente a gente adoraria não ter que fazer sempre. Aqui no Brasil a gente ainda tem maravilhosos funcionários e tudo que ajudou a gente muitas vezes, mas assim consegue não só limpar o chão que a gente já pode ter um robôzinho aspirador mas consegue um exemplo clássico lavar louça. Deveria ser uma coisa simples. Se você for pensar no passado, todo mundo esperava que fosse primeiro, a gente fosse ter robôs para fazer coisas como lavar louça, para fazer coisas como trocar o pneu de um carro. Até o dia que a gente ia chegar numa tecnologia ou num robô que consiga passar na prova de matemática mais difícil que existe, a gente sempre achou que a tecnologia primeiro ia disruptar os colarinhos azuis para depois disruptar os colarinhos brancos. E o que acontece hoje é que isso se inverteu. Hoje a gente fala tudo que é paperwork, que é knowledge e tal.

Fernanda Belfort:

Esses empregos vão diminuir E a gente brinca vamos aprender encanamento eletricista, cuidado humano de lá, cuidar de uma pessoa idosa, de coisas assim. Porque isso não tem tecnologia ainda. E eu acho que o grande ponto dos robôs humanoides é de conseguir ajudar nisso, e não só. Acho que tem um segmento enorme, né que é pra ajudar na casa e tem segmentos enormes, tipo nos Estados Unidos, por exemplo, tem uma falta de enfermeiros, né existe uma falta de um monte de empregos, até essa parte toda de imigrantes.

Fernanda Belfort:

Tava vindo também outro dia uma discussão de ah, super legal, agora a gente tem que reconstruir Los Angeles. será que não é o motivo para fazer uma Heaven City, uma cidade que não vai ir atrás de imigrantes ilegais, para atrair uma mão de obra que os Estados Unidos não tem em abundância, no tamanho que precisa e para pagar o preço que eles querem pagar pelo salário nessas reconstruções? e acho que tem coisas que os robôs passam a ser uma opção no futuro para os trabalhos que os humanos não querem fazer. Já deixei um monte de coisa para você comentar, béa. Vai que eu me alinei.

Andrea Janér:

Muito bom. Não, eu acho que é isso aí. Acho que a grande questão As pessoas têm muito preconceito quando viralizam aqueles vídeos mostrando robôs fazendo tarefas as mais diversas dentro de casa e tal. As pessoas falam que não querem viver nesse futuro em que as pessoas vão ter robôs dentro de casa e tal. Mas é que a gente sempre tem que olhar as coisas em perspectiva. Né Tudo tem um contexto, né, por exemplo, a gente tem visto muito robôs de companhia, que é uma coisa que na Ásia já existe há muito tempo, seja em formato de cachorrinho, seja em formato de um bichinho de estimação qualquer, seja às vezes até uma quase um iPad que fica em cima da mesa e de uma certa forma é um robô também que se mexe e tal. São recursos que muitas vezes fazem companhia para pessoas que vivem na absoluta solidão. Então é claro que o ideal de uma vida é você ter, sempre que a gente pensa, sei lá em terceira idade, que você tenha netinhos, que você tenha netinhos, que você tenha filhos, que você tenha sobrinhos que vão te visitar. Mas em sociedades onde a família vive de uma forma um pouco mais dispersa, como é o caso do Japão, gente no Reino Unido, no Reino Unido existe o Ministério da Solidão, por exemplo, tem status de ministério para lidar com essa epidemia da solidão que a gente vive no mundo hoje.

Andrea Janér:

Muitas vezes um robô é melhor que nada, né Claro que se você tiver uma pessoa de carne e osso para visitar você e conversar e fazer companhia, tanto melhor. Mas a gente precisa lembrar que existem várias situações em que isso não é possível. Então o robô surge como uma opção viável e até escalável, por assim dizer. Claro que eles ainda são caros, mas eventualmente esse preço cai, como toda tecnologia sempre foi, e você consegue ter pessoas ali tendo uma companhia e até, por que não? uma supervisão, porque alguém remotamente pode inclusive acessar essas câmeras e ver o que está acontecendo naquela casa. Então eu sempre gosto de colocar as coisas dessa forma, porque a gente já pula no ataque de certos novos comportamentos e coisas assim sem parar para pesar muitas vezes os outros lados dessa história, mas o fato é que robôs Fala Fê.

Fernanda Belfort:

Não, eu acho que você trouxe um ponto maravilhoso E eu concordo que às vezes não é o ideal, mas entre o não ter ninguém e ter o ideal, muitas vezes a gente precisa de uma solução. E tem um outro lado que são trabalhos que ninguém quer fazer. Né Dea, ninguém acha legal limpar a privada, ninguém acha legal né ir lá tirar o cachorro e limpar o banheiro do Sani e do Ted, dos meus cachorros, entendeu, E tal. Então acho que também tem vários aspectos disso tudo. Mas E aí entra nos desafios, né Dea. E aí entra nos desafios né Dea, porque o que eu tenho ouvido muito é tem um desafio muito grande, uma teoria que eu gosto bastante, né que foi até o Ian LeCun acho que foi num dos Lex Friedman que eu tive paciência de ouvir duas horas porque estava muito bom, mas o Ian LeCun, que hoje é head de IA da Meta, ele estava comentando acho que até já comentei isso aqui no podcast alguma vez que fazer um LLM, fazer um modelo tipo um chat GPT é relativamente simples.

Fernanda Belfort:

Por quê? Porque no fim do dia é um modelo autoregressivo, quer dizer é um modelo que prevê a próxima palavra, alimenta o modelo de novo, prevê a próxima, alimenta o modelo de novo, prevê a próxima e vai tentando adivinhar. É surreal quando você pensa o nível de entrega que esse modelo tem em comparação a esse método, que parece uma coisa tosca que jamais chegaria nesse nível de acuracidade. Não sei se existe essa palavra em português, então assim é impressionante. Mas você está falando de um universo limitado de palavras, que são as palavras que estão num dicionário.

Fernanda Belfort:

Isso é muito diferente de você entender o world model, o que é o mundo, o que, quando bate um vento no cabelo, o que acontece com esse cabelo, o que acontece com a garrafa d'água, se ela está cheia ou se ela está vazia, qual é o peso, o que tem, tem uma série de coisas que esses modelos não tem nenhuma capacidade. E por isso que eu acho que, no fundo, o trabalho do colarinho branco tá indo muito mais rápido do que o trabalho do colarinho azul. Mas imagina, quando você vai pros robôs, que você precisa ter um lado, que é um lado de você entender o que ele precisa fazer. Então assim, né Rosie, eu fui pesquisar aqui qual era o nome da robozinha dos Jetsons.

Andrea Janér:

Ela chamava Rosy. Estava achando essa memória boa demais, Imagina negada.

Fernanda Belfort:

Sei que essa memória é boa, mas falei nossa, isso é lá dos primórdios.

Fernanda Belfort:

Fui procurar. E uma coisa. Você fala Rosy, me pegue um copo d'água por favor. Isso é uma coisa que é um LLM. Né Ela vai entender, puxa, o que a Fernanda pediu. Ela pediu para eu pegar um copo de água. Ela vai rodar um planejamento ali. Né É uma coisa, já super de agente.

Fernanda Belfort:

Né Fala ok, o que eu preciso para pegar um copo de água, onde tem o copo, onde está a água, como que eu pego o copo, como que eu pego a água, o, o que são coisas que eu posso já inferir que ela vai querer uma água É para beber porque está num copo, então tem que ser uma água filtrada. Provavelmente ela quer uma água da geladeira. Então tem coisas que você consegue meio ter de inferência. Tem um outro lado de uma leitura de contexto que precisa ser visual, não vai ser dita em palavras que é ok, agora eu preciso entender que tem uma cama de um cachorro no caminho ali da cozinha que eu preciso desviar. Eu preciso entender, na hora que eu abrir a porta, que talvez a garrafa de água esteja vazia e eu tenha que encher no filtro e colocar gelo nisso.

Fernanda Belfort:

Tem um monte de inferências do que acontece no meio do caminho que são super difíceis E tem o lance também de como que esse robô, os robôs se movimentam hoje, mas não simulando o andar. Isso é uma coisa super difícil ainda de ser feita. E toda essa parte fina né Tem mil testes de robô, que é isso assim. Né Puxa, pega a faca, pega sei lá um morango, aí você vai cortar a parte da coroazinha do morango. Tem muita coisa fina, que força você coloca pra pegar um morango versus pegar uma laranja, pra você não estragar o morango? toda essa parte fina também é um desafio.

Andrea Janér:

Sim, sim, eu acho que esse avanço, a meu ver, está indo muito bem, está indo muito rápido E esse ano que passou 2024, eu fui a uns seis ou sete festivais ao todo no mundo todo E assim em todos eles praticamente teve robô humanoide no palco. Se antes esses robôs ficavam na programação quase colateral, tinha assim às vezes um stand com um robô ainda meio tosco e tudo mais. Porque eu vejo isso nos festivais desde 2018, já comecei a ver isso no Web Summit principalmente, eles sempre levavam robôs Do ano passado pra cá. Esses robôs acabaram no palco principal mostrando as suas funcionalidades, a sua capacidade. Eu lembro que a gente estava juntas no SX no ano passado quando a gente viu o robô da Aptronic.

Andrea Janér:

Aptronic é uma startup de robótica que nasceu dentro da Universidade de Austin, no Texas, a UT Austin, e acabou de levantar semana passada 350 milhões de dólares numa série A para desenvolver o robô que eles apresentaram lá, e era um robô que dançou no palco, lembra? Ele dançou, ele interagiu, ele conversou com o apresentador. Foi muito impressionante aquela demonstração E outras demonstrações como essa aconteceram no SX do ano passado, no VivaTech, no AI for Good, que foi um dos grandes eventos que eu fui no passado de inteligência artificial. Tinha nove robôs no AI for Good, robôs humanoides. Muito engraçado que muitos são mulheres. Tem a Ada, tem a Desdêmona, tem a Sofia, tem a Mika e a Nadine.

Fernanda Belfort:

A Mika eu lembro que tem a chocaria toda bonitinha.

Andrea Janér:

Sim, algumas têm corpo, outras têm só o busto, por assim dizer. E eu me lembro que eu conversei muito com a cientista que criou a Nadine, porque era uma coisa muito louca. A Nadine era uma robô feita à imagem e semelhança da cientista que a criou. Ela tinha o mesmo cabelo, ou seja uma peruca, ela tinha pele, ela tinha unha pintada, ela tinha brinco e se vestia como uma mulher mesmo. Uma cena muito engraçada, porque você via a robô, a réplica brinco e se vestia como uma mulher mesmo. Uma cena muito engraçada porque você via a réplica da cientista que chama Nadine, que é uma cientista super respeitada, inclusive na Europa. E ela disse que criou a Nadine para colocá-la em casas de repouso para conversar com pessoas idosas, porque ela disse que o maior desafio para quando a pessoa envelhece é ter alguém que faça companhia, que escute as suas histórias, porque é tudo que uma pessoa mais velha quer. Ela quer conversar. Ela não tem mais muita liberdade de movimento, não tem muita autonomia, então o que ela gosta é de sentar e conversar E ela programou a Nadine para ser uma robô que conversa com uma pessoa mais velha, fazendo interjeições, assim.

Andrea Janér:

Ah, é mesmo. Conte-me mais sobre isso. Então é muito bonitinho de ver assim como a Nadine interage de uma maneira claro ainda um pouco robótica, né com o perdão aqui do trocadilho, o movimento ainda é um pouco duro e tal, mas é muito interessante. E a Nadine contar que fez a robô quando ela começou a pensar na velhice dela. Ela, Nadine, ela falou eu sei que meus filhos gostam muito de mim, me dão muito bem com eles, mas cada um tem a sua vida, cada um mora na sua casa com a sua família e eu vou acabar numa casa de repouso. Então eu pensei como que eu posso melhorar a experiência de quem está numa casa de repouso, e aí ela criou a Nadine e contava essa história para quem ia lá no stand deles no AI for Good, que foi assim muito, muito impressionante.

Andrea Janér:

Então eu passei a olhar para esses robôs de outra forma. Acho que jamais vão substituir o ser humano, mas podem ser um recurso valioso quando a gente pensa em situações em que o humano ou não vai poder ou não vai querer trabalhar. Acho que você trouxe muito bem essa questão dos enfermeiros, por exemplo nos Estados Unidos, que tem uma escassez grande de enfermeiros lá. Então é uma das principais aplicações que estão sendo desenvolvidas E são vários robôs. A gente vê a própria Tesla lá. Vamos falar de novo do Elon Musk. Mas o Elon Musk é um player importante nesse setor porque o ano passado ele anunciou que esse mercado de robôs humanoides vai valer 10 trilhões de dólares. Então ele acredita que essa é a próxima grande fronteira, tanto que a Meta duas semanas atrás também anunciou que está entrando nisso e a Apple também. Então quando entra na mira, Com a Apple.

Andrea Janér:

eu me animei, entendeu, Porque a Apple é a que consegue Quando entra na mira dessas empresas, quando entra na mira dessas empresas, quando entra na mira dessas empresas, é sinal que isso já já vai ser mainstream. Eu não sei se você lembra o CEO da Apptronic, essa empresa, essa startup que nasceu dentro da UT Austin que eu comentei, que tem esse robô Apollo, que fez a demonstração no palco da SXSW. Eu me lembro que o entrevistador perguntou para ele quando que ele achava que um robô humanoide, que uma família americana teria um robô humanoide em casa, qual seria esse momento. Ele disse que achava que mais ou menos dentro de 4 ou 5 anos e que o custo de um robô humanoide desses nesse momento seria de mais ou menos 50 mil dólares. Se você olhar para a economia americana, é o preço de um carro americano, é um carro de intermediário, digamos assim. um carro de intermediário para luxo é uns 50 mil dólares.

Andrea Janér:

Então ele acha que mais ou menos vai custar isso e isso obviamente vai impactar primeiro as famílias ricas, que poderão ter acesso, ter um privilégio e poderão ter acesso a um robô como esse para fazer as tarefas domésticas, liberar a família, para trabalhar em outras coisas, e depois, na década seguinte, provavelmente o preço disso ia cair até chegar no momento que o Elon Musk disse que não só toda casa vai ter um robô humanoide, mas toda pessoa vai ter um robô humanoide mas toda pessoa vai ter um robô humanoide.

Fernanda Belfort:

Gente, vai ser maravilhoso, eu vou adorar. Vai quem O Dea. Então, quando você falou primeiro né Quatro, cinco anos, eu falei até parece vai quatro anos. Mas da hora que você fala que vai custar 50 mil dólares, eu já falo bom, né Aí, realmente, eu tenho certeza que nossos filhos vão ter robôs, não tenho nenhuma dúvida. Eu acho que a gente ainda vai ver, talvez a gente fique velhinhos com robôs. Acho que tem uma boa chance.

Andrea Janér:

Sim, acho que, sem dúvida, sem dúvida ficaremos.

Fernanda Belfort:

E você estava falando isso, né Achei super interessante a tua analogia de um carro, porque quando você fala vai custar 50 mil dólares, a minha reação é nossa, não pago nunca 50 mil dólares por esse negócio, né A hora que você pensa que é um carro, que de repente é uma coisa que vai ter uma função. talvez tenha uma utilidade maior do que um carro tem pra uma família hoje, com certeza, com certeza, porque um carro Você pega um Uber e vai para os lugares, você tem outras soluções.

Fernanda Belfort:

Imagina se tem alguém. Imagina o impacto que isso vai ter nas relações humanas. A maior parte dos conflitos que eu tenho com o meu amado marido é em relação a temas mundanos. Entendeu Quem fez isso? O que a Enel fez? Está atrasado para limpar o cocô do cachorro, não São coisas assim. Imagina que a gente contratou agora uma assistente remota maravilhosa, a Suzy, que mudou minha vida, melhorou meu casamento, porque agora a gente tem uma terceira pessoa, não é só um com o outro, porque eu falava amor, cada uma coisa que você deixou de fazer, você jogou em mim. Então assim, tipo entenda a relação. Agora a gente tem alguém, a gente falou a gente tá com um universo muito escasso, a gente precisa de mais abundância, a gente precisa de alguém que não seja nós dois pra pedir, pra fazer. Então a Suzy já ajuda a nossa vida imensamente. E imagina você ter um robô aí em casa? né, assim. Eu tava agora entrando no podcast e me mandei pedir pra minha filha pela quinta vez pra ela pôr o nosso na máquina.

Andrea Janér:

Né, então acho que é assim, pode ser uma revolução mesmo. Acho que isso que você falou dos imigrantes que reconstroem, às vezes né trabalham na construção civil e tantas coisas, e eu acho que assim nós, no ocidente, a gente tem uma, uma rejeição quase que natural a esse tipo de coisa né. Mas voltando repetindo o que eu falei no começo, na Ásia isso já é muito comum. As pessoas não têm essa barreira natural contra esse tipo de tecnologia né. E eu acho que o Ocidente vai evoluir, para que no Ocidente os robôs vão evoluir para ficarem cada vez mais com cara de humanos. Né Por isso que a Nadine gera menos estranheza do que um robô todo cinza, com luzes em vez de olhos e coisas assim.

Andrea Janér:

E essa semana teve também um acontecimento super curioso Uma empresa chamada Clone Robotics, que é meio polonesa, meio americana, também lançou um robô que tem quase que uma camada de músculos muito perturbador. Esse vídeo também viralizou nas redes sociais. É algo que chamou muita atenção das pessoas porque ele tem uma configuração corporal mais próxima do que a gente tem como seres humanos das pessoas, porque ele tem uma configuração corporal mais próxima do que a gente tem como seres humanos, inclusive no lugar do coração ele tem uma bomba que joga água para o corpo do robô. Então, ao mesmo tempo que a tecnologia tem que avançar para melhorar as funcionalidades do robô, como você mesma falou, a coordenação motora fina, o jeito de caminhar, a capacidade de se virar, de poder interagir com o mundo real de uma forma mais natural como a nossa, mais orgânica, também existe uma preocupação de tornar o robô algo mais palatável para nós humanos, para que a gente não se assuste. E aí vem essa dúvida será que é melhor que ele pareça um robô Ou é melhor que ele pareça com alguém, enfim, alguém humano?

Fernanda Belfort:

né, e eu acho que você sabe que uma dessas robozinhas que você falou é que estava nessa XSW e tinha meio que um rostinho que era uma projeção. Ela parecia um pet, né Uma coisa assim. Sim, me lembro. Eu acho que começam até essas analogias e até quando você comentou, puxa, interessante, que muitos desses robôs são mulheres. Tem um lado até da gente olhar isso que é, puxa, olha só que sociedade machista. A pessoa que vai ficar servindo na casa é uma mulher. Mas tem um outro lado que também faz parte da nossa sociedade machista, e tudo isso de que o homem é percebido como uma figura muito mais aspas, perigosa, do que a mulher.

Andrea Janér:

Sim, a maioria. A gente já teve essa discussão, por exemplo, com os assistentes digitais. Era Siri, era Alexa, eram sempre vozes femininas, e aí a explicação era de que poxa. A mulher é considerada mais carinhosa, mais cuidadosa. A atenção é uma coisa mais feminina do que a do homem. Né? Será que é isso mesmo? Não sei se a gente não está reforçando estereótipos também né.

Fernanda Belfort:

Mas eu acho que é interessante. você estava me falando dessas coisas. agora veio um outro aspecto que é tem esse lado de colocar a mulher no plano secundário, de servir, que é um pouco de que é a minha assistente que trabalha para mim, que resolve todas as minhas coisas mundanas e tudo é uma mulher. Mas tem um outro lado que assim eu, por exemplo, tenho duas filhas mulheres tem uma professora de matemática mulher que vem em casa. ela já vem há algum tempo. ela fica em casa sozinha. se a Naná vai embora, não sei o quê, se o professor é homem, a Naná não vai embora de jeito nenhum. Ela não vai nunca deixar um homem dentro de casa com as minhas filhas. Tá, certo, é pra ficar, por mais que seja um fofo e um querido. Mas quer dizer, tem uma coisa a partir do momento que você tem um robô que fisicamente tá na sua casa, existe.

Fernanda Belfort:

eu acho que uma associação humana de se sentir mais seguro com uma mulher do que com um homem, que é uma coisa que é um bias, é uma coisa pré-programada. Então acho que tem alguns pontos interessantes também E como que você E quando eu falo puxa me animo da Apple, por exemplo é porque a Apple sempre foi a empresa que melhor conseguiu entregar tecnologias feitas e desenvolvidas pensando no ser humano, o design intuitivo, a coisa, e conseguiu puxar esses aspectos E acho que muito disso vai acontecer. E acho que é super interessante também o fato de ter muitas empresas que estão trabalhando nisso e estão nessa vanguarda dela.

Andrea Janér:

Então acho que tem uma chance boa Super tem muitas E a gente vai ver muito disso nesse ano, com certeza. Mas é isso, vamos acompanhar. Estamos aqui já wrapping up up, aqui no finalzinho. Essa semana teremos eleição na Alemanha. amanhã, domingo, eleições na Alemanha. Vai ser importante observar porque a gente está de olho nessa volta da extrema-direita. Enfim isso também está tendendo.

Andrea Janér:

Não acompanhei bem isso. Quem está liderando é um centro-direita meio do mesmo partido da Angela Merkel, antiga líder. Mas tudo pode acontecer. O Musk está super envolvido nessa eleição também. Enfim, gente tem muita coisa preocupante acontecendo lá. Vamos observar e a gente comenta isso. Na semana que vem eu já vou estar viajando. Eu vou quinta-feira viajar, Vou precisar dormir, mais cedo. A gente tenta encontrar um horário pra gente gravar nosso duplo clique, pra gente não perder nosso embalo. E é isso, vai ser muito bom.

Fernanda Belfort:

O outro vai ser diretamente de Austin, né Diretamente de Austin. Vai ter vários episódios muito interessantes, cheios de coisas novas, que a gente vai ver pela SX.

Andrea Janér:

Muito bom. Obrigada, fê, por mais um papo ótimo. Obrigada, amig, pelo nosso podcast, nosso de cada dia e pela produção sempre atenta.

Fernanda Belfort:

De cada semana. Muito obrigada, obrigada, déia, obrigada, amig. Até mais, até semana que vem, galera Beijo.

Andrea Janér:

Tchau, tchau.

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