Duplo Clique

#9 Guerra de Tarifas e SXSW

Andrea Janer e Fernanda Belfort

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Navegamos pelas políticas de tarifas de Trump e pelo panorama do SXSW, revelando como o festival de Austin se tornou epicentro global de inovação e mantém sua essência progressista mesmo enfrentando transformações. Esse ano o SXSW enfrenta novos desafios com a demolição do Austin Convention Center, mas continua sendo vital para quem busca se antecipar às tendências e expandir seu repertório de inovação.

Links comentados:

https://www.youtube.com/watch?v=oYpaHwYErHU

https://www.instagram.com/austinnasso/

"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."

Fernanda Belfort:

e aí galera, bem-vindos a mais um duplo clique. Semana passada a gente não conseguiu gravar porque a gente estava em Austin. Eu brinquei que a gente meio que traiu vocês. Né fiquei eu e a Dea fofocando sem estar ali no microfone, mas estava realmente insano. Mas não se preocupem que agora o duplo clique volta toda semana para vocês. Hoje, sobre o que a gente vai falar, bastante sobre as tarifas, tudo o que está acontecendo nos Estados Unidos, então esse é um assunto que rolou um Duplo Clique.

Fernanda Belfort:

A gente vai fazer o roundup rápido do que aconteceu na semana envolvendo o armamento da Europa, o Musk, com todo o impacto que está acontecendo aí na Tesla e as manifestações que estão tendo contra a Tesla. O estudante que tem visto legal nos Estados Unidos, o Mahmoud Khalil, mas que está preso como se fosse um terrorista, que também está sendo um assunto super polêmico lá, além da gente, obviamente, falar do SXSW, a Dea, que é uma expert nesse assunto, vai contar pra vocês um pouco o que é esse festival. A gente vai contar algumas das impressões e algumas das coisas que a gente viu por lá e a importância de cada um de nós investir a gente mesmo na nossa carreira, no nosso conhecimento e em tudo isso, porque no fim do dia, isso não é responsabilidade da empresa que a gente trabalha, isso é algo que beneficia cada um de nós. E é isso aí, galera, vamos pra mais um Duplo Clique. E aí, dea, você chegou bem de Austin.

Andrea Janér:

Cheguei, cheguei agora. tô ainda vou me recuperar do jet lag nos próximos dias. aí, duas semanas viajando né Bastante coisa, mas tô feliz de estar de volta.

Fernanda Belfort:

Duas semanas e muito trabalho. Né, galera, desculpem que a gente não gravou na semana passada, mas estava eu e a Dea no meio do SX e a gente não vamos gravar. Só que a Dea né, você levou quantas pessoas desse ano? Nossa deu mais de cem.

Andrea Janér:

Mais de cem pessoas.

Fernanda Belfort:

Você imagina que a Deia tava bem tranquila pra gravar duplo clique. Né, É tranquilo, Tipo, eu tava trabalhando, quase nada Entendeu. Aí, eu ia até gravar uma sozinha só com algumas notícias principais. Mas gente, a gente tava tão envolvido lá com tudo que do que tava acontecendo É muito intenso, é muito intenso, não dá, são muitas coisas acontecendo.

Andrea Janér:

Acho que a gente até pode contar um pouquinho depois sobre o que é o SX, que, enfim, se tem alguém que tá ouvindo e não conhece muito bem o que é o festival, a gente pode dar uma palinha e contar alguns números, dar uma situada, porque realmente pra gente da Oxygen a gente brinca que é a nossa Copa do Mundo, então assim que a gente brinca que é a nossa Copa do Mundo, então assim é um evento que realmente absorve muito a nossa energia, nosso tempo E por isso que a gente não conseguiu gravar. Foi bom pra dar uma saudade, não foi.

Fernanda Belfort:

É que Copa do Mundo, eu acho. Eu recebi mensagem de gente assim, amiga, tipo cadê o duplo clique, é sábado, cadê Cadê o de hoje. Pelo amor de Deus, não desiste. Você viu que a gente mandou uma mensagem.

Andrea Janér:

Por favor não desiste.

Fernanda Belfort:

Entendeu, então acho que foi super legal, mas é Copa do Mundo a cada quatro anos, né É só Black Friday.

Andrea Janér:

Exatamente, é a nossa Black Friday. boa Mal acaba, a gente já tem que pensar no próximo Exato.

Fernanda Belfort:

Bom, hoje, pessoal, a gente pensou em fazer um roundup, passar em algumas notícias principais e depois mergulhar em que assunto, Qual, qual, qual SX, né Bela.

Andrea Janér:

SX.

Fernanda Belfort:

Que é o que a gente tem muito para falar essa semana, passando um pouco pelos assuntos, né Bom, até voltando onde estávamos há duas semanas atrás. Há duas semanas atrás estávamos no bafafá do Zelensky e do Trump. Como a gente imaginava, a Europa se uniu depois disso. Tudo começou a se reunir e começou realmente a assumir que eles precisam cuidar da segurança dos territórios europeus. Começaram a anunciar uma série de investimentos militares que estão sendo feitos e voltaram inclusive a falar em arma nuclear. Então acho que esse foi um assunto. A gente está no movimento de armamento nuclear e alta de investimento militar, que a gente já comentou em outros Duplo Cliques no passado, super forte, e uma das coisas interessantes é que, na hora que tem uma ruptura entre Estados Unidos e Ucrânia, a Ucrânia deixa de ter acesso a uma série de tecnologias que trazem ali para o sistema de defesa deles a capacidade até de ataques de longa distância e muita coisa de inteligência. Então realmente não é só uma questão de ajuda financeira, é uma questão de acesso a coisas que estavam sendo usadas no dia a dia.

Andrea Janér:

Inteligência, também dados.

Fernanda Belfort:

E agora a gente está com um acordo que está sendo debatido, que os Estados Unidos já deu o ok dele. O Zelensky, que realmente depois de tudo que aconteceu passou a ficar muito próximo dos líderes europeus, também já deu ok e agora está com o Putin. Então vamos ver como que essa coisa avança. Mas existe esse movimento de armamento, a França falando que pode usar o poderio nuclear deles para defender outros países, que a decisão seria da França exclusivamente usar ou não. Mas quer dizer, existe aí uma corrida armamentista num grau que a gente não via. Acho que desde a Guerra Fria né Dan.

Andrea Janér:

Sim, sim, isso é muito fácil da gente apurar, porque os números de investimento em defesa aumentaram. Todos os países estão aumentando, todos os países europeus estão aumentando seus investimentos em defesa. Aumentaram, todos os países estão aumentando, todos os países europeus estão aumentando seus investimentos em defesa. Então assim vão pegando um pedacinho maior do seu PIB e aplicando em armas nucleares Enfim, armas gerais E armas nucleares na Europa. A gente não tinha ouvido ainda. Acho que isso foi uma talvez uma escalada aí, que a gente não tinha ouvido falar nos últimos anos E eu acho que é importante a gente lembrar disso porque a gente viveu, todos nós aqui. Né Quem tem a minha idade, tua idade, a gente tem ali. Eu tenho 52 agora, assim eu não me lembro de viver um período como esse. Né Porque quando houve a Guerra Fria a gente era criança ainda e a gente viveu muitas décadas de progresso global porque o mundo estava em paz.

Fernanda Belfort:

Você não lia o New York Times quando você era criança, já Não O New York Times Kids. Tô brincando né Devem achar que a gente era duas criancinhas que ficavam no jornal, né Assim dos nerdzinhos Tamb também não liam, tô brincando.

Andrea Janér:

Não, mas eu acho interessante porque a gente viveu muitas décadas de paz E por isso que o mundo se desenvolveu tanto, por isso que a gente progrediu tanto como sociedade. Né A gente conquistou teve muitas conquistas, embora o mundo não esteja hoje num lugar muito positivo mas nas últimas décadas a gente teve muitos avanços Porque a energia, o investimento, o tempo dos países estava sendo gasto em coisas mais úteis. Então, quando você tem épocas de paz, é quando realmente a gente se desenvolve como humanidade, como civilização. E quando a gente começa a ter ameaças como essas que a gente está vivendo agora, obviamente isso vai ocupar um espaço mental dos líderes políticos, dos governantes, das empresas de todo mundo. Né A gente vai ocupar um espaço importante desse espaço mental para gastar isso com algo tão estúpido quanto guerras e defesa. Então a gente deve.

Fernanda Belfort:

A gente já achou que estava superado.

Andrea Janér:

Né Que estava superado que a gente não ia mais cair nessas mesmas armadilhas, né, mas esse é o ponto de alerta. Quando a Europa está no ponto que está enfim as conversas a geopolítica global, está conversando sobre este tema. É um sinal de que a gente vai viver aí um período muito parecido com o que a gente viveu na Guerra Fria ali nos anos 60, 70.

Fernanda Belfort:

E aí, por outro lado, a gente vê o Musk continuando todas as atividades. Tem uma preocupação nos Estados Unidos que o número de acidentes aéreos, por exemplo, aumentou muito e até tem discussões se isso não tem a ver com as ações do Doge de equipe e tal. E uma das coisas que o Musk tá fazendo é instalando Starlink no sistema E daí aquela coisa, né gente, o conflito, né Quem é dono da Starlink, que é aquele sistema de comunicação via satélite, é o Elon Musk. Então começa assim ah, entendi, então você tá melhorando um sistema que de repente vai ter um contrato gigantesco do governo americano com o Starlink. Então, assim como as coisas, todas vão se misturando.

Fernanda Belfort:

E outra coisa que ficou clara dessa mistura toda foi a Tesla. Então a Tesla é a empresa de carro elétrico do Musk. A Tesla já vinha com as ações caindo e as vendas aqui nos últimos meses, em janeiro, por exemplo, na Europa as vendas caíram muito, a ação começou a cair muito. quem tinha Tesla começaram a colocar adesivos, que começaram a aparecer na internet tipo eu comprei esse Tesla antes do Elon Musk ficar louco, porque as pessoas que usavam Tesla eram muitas pessoas que estavam preocupadas com o impacto climático. era quase uma bandeira de valores democratas ter um Tesla.

Andrea Janér:

E progressistas. né E progressistas Pessoas com pautas progressistas.

Fernanda Belfort:

Perfeito. E agora a coisa tá cada vez mais séria porque não só a ação tá caindo muito e o mercado então tá tendo um efeito aí muito forte disso. E fizeram uma pergunta numa entrevista pro Elon Musk, tipo ué, mas você tá super focado no Doge, as suas empresas não estão meu largadas. E ele deu uma mega engasgada em como responder E ele né o próprio Trump fez um evento na Casa Branca com vários Teslas e falando não, eu vou comprar um Tesla, ele que era né drill baby, eu vou comprar um Tesla Ele que era né Drill baby, drill, vamos tirar petróleo, vamos pra quê Esse negócio de carro elétrico e tudo. Agora tá assim né Não comprem um Tesla Porque o Tesla é do meu amigo Elon Musk. E isso não sei se foi esse fato em si ou se foi né Coincidência, mas assim os atentados e ataques à Tesla têm aumentado.

Fernanda Belfort:

Então a gente tem visto notícias aí né de assim quem tem Tesla tentando vender de alguns né algumas revendedoras Tesla, né algumas concessionárias sendo sofrendo ataques assim de passarem a noite e atirarem na vitrine da loja coisas assim jogarem ovo, desenharem swastika e até atirarem na vitrine da loja coisas assim jogarem ovo, desenharem suástica e até cocô de cachorro em Teslas, nos carros que vão vindo pela rua. Então, de repente uma pessoa que tinha um Tesla está começando a ser atacada de diversas formas. Eu já ouvi gente que vinha e falava não, eu vou lá, vou pegar um Uber, entendeu. E se for Tesla, eu não vou, entendeu. E daí, for Tesla, eu não vou, entendeu. E daí ele fala eu sei que tá errado, coitadinho do dono do Uber, mas não vou. então quer dizer, tá começando um negócio sério e a Tesla tá virando um dos ícones. eu acho né do Musk de deixar clara essa repulsa do que tá acontecendo teve alguns movimentos engraçados.

Andrea Janér:

Né a Sheryl Crow, aquela cantora americana, ela fez um super. Isso viralizou também online porque ela vendeu o Tesla que ela tinha. Porque de novo uma pessoa que também tinha esses valores alinhados com o meio ambiente, tudo mais carro elétrico comprou um Tesla lá atrás e depois de tudo isso ela vendeu e ela fez um filme do Tesla embarcando num caminhão pra ser levado pro seu futuro dono. Né E ela contava orgulhosamente no filme que ela vendeu o Tesla e o dinheiro que ela levantou com a venda do carro ela ia doar para a NPR, que é uma rede de mídia que está sendo atacada pelo Trump, pelo Musk. Então ela usou o dinheiro que ela enfim ganhou com a venda para financiar uma rede que está sendo atacada por eles. Então foi um protesto duplo. Ela não só protestou vendendo seu carro, mas também doando, mostrando apoio, apoiando uma das redes atacadas. Então tem muito esse tipo de movimento nos Estados Unidos. Agora Eu confesso pra você que eu vi muito Cybertruck. Dessa vez Eu passei por Nova York, passei por Enfim, ficamos bastante em Austin. Eu vi muito Cybertruck.

Fernanda Belfort:

Não sei se é porque o Cybertruck chama muita atenção. Nossa, eu vi vários, sabe o que chama muita atenção.

Andrea Janér:

É um carro que não tem, como você não notar, porque enfim, eu vi ele de várias cores. Eu vi ele laranja, vi ele branco, vi ele de aço escovado, assim meio metal. Mas vi bastante Cybertruck lá. Achei interessante isso.

Fernanda Belfort:

Muito interessante E você viu o Waymo que você adorou também, que você foi filmar o Waymo. A gente tentou muito pegar o Waymo, né Nossa, Eu filmei você filmando. Depois eu tive que te mandar um vídeo do Waymo, que foi incrível.

Andrea Janér:

Só pra todo mundo saber, o Waymo é um carro elétrico autônomo, né da Waymo, que é uma das subsidiárias da Alphabet, que é a empresa mãe do Google. E isso é uma história que mexeu muito comigo, porque quando eu fui pro SX em 2018, eu assisti uma palestra do CEO, o então CEO da Waymo, que não é mais enfim, John Kravtik ou algo assim. Não me lembro exatamente sobre o nome dele. Era algo desse tipo.

Fernanda Belfort:

Não, você estava achando surreal você lembrar o nome dele, de falar realmente o que você toma pra memória.

Andrea Janér:

Me marcou muito a palestra dele, porque era 2018, isso. Ele estava falando sobre os planos da Waymo e disse ele decretou ali, naquele momento, que até 2028, ou seja, dentro de 10 anos a partir daquele momento ele acreditava que as pessoas iam poder chamar um Waymo quando chegassem numa cidade, num aeroporto, iam poder abrir seu aplicativo e chamar um Waymo em vez de chamar um Uber ou chamar um táxi. Isso, em 2018, parecia assim tão distante, tão impossível, né.

Fernanda Belfort:

Quase utópico né.

Andrea Janér:

É, e esse efeito já acontece pra quem mora em São Francisco, pra quem mora em Phoenix e agora pra quem mora em Austin. Você já pode chamar um Waymo. Nesse caso de Austin, eles fizeram quase que um soft launch. Eles fizeram uma parceria com a Uber. Então você chamava um Uber pelo aplicativo da Uber mesmo e se você desse a sorte de ter um Waymo dando sopa, eles te ofereciam.

Andrea Janér:

Você aceita ser buscado por um Waymo E aí você dava sim ou não, e várias pessoas que a gente conhece conseguiram pegar. Eu não consegui, não dei essa sorte, mas várias pessoas conseguiram e falaram que é uma experiência muito legal você entrar no Waymo sem nenhum motorista, do ponto A para o ponto ponto B, tudo funciona perfeitamente. Então vimos vários rodando ali pela cidade de Austin e muito em breve isso vai acontecer, ou seja 3 anos antes da previsão do próprio CEO, o antigo CEO da empresa, a gente já tá vendo os Wemos rodarem por aí. Então isso é uma das coisas pelas quais eu amo o SX. Né você vai lá e assiste uma palestra sobre uma coisa que você, quando você menos imagina aquilo realmente se torna realidade, vira muito concreto.

Fernanda Belfort:

Maravilhoso. Isso é uma das coisas que falam, que uma das coisas que pode de alguma forma salvar a Tesla é porque a Tesla tem outras tecnologias e outras coisas, mas nessa parte de carro autônomo ela está para trás Porque realmente o Eimo, o Google estão super na frente, mas tem várias coisas aí E a BYD tá crescendo muito nos Estados Unidos também E a gente viu, né, os dois patrocinadores do SX eram o Itaú, orgulho nosso brasileiro, e a.

Fernanda Belfort:

Riveon, que é uma empresa também de carro autônomo, carro elétrico, carro elétrico. Desculpa, é verdade, autônomo carro elétrico. Então, estava super presente.

Andrea Janér:

Outra coisa, gente É uma marca que surge inclusive como uma opção à Tesla. né Porque ela também é independente, também é uma marca cool, com carros super bacanas, e agora se torna aí uma super alternativa para quem não quer necessariamente comprar um Tesla, mas também não quer cair numa das grandes montadoras, né Não quer um carro elétrico da Ford ou da GM ou da Volvo, né Então quer ir pra uma coisa diferente, uma coisa alternativa.

Fernanda Belfort:

Ou um carro chinês como a BYD. Né A cara Swisher fala bastante do BYD que ela adora. Então quer dizer, é uma marca que aqui no Brasil a gente vê muito, né, mas mesmo mas mesmo nos Estados Unidos parece que está ganhando muito.

Andrea Janér:

Temos até fábrica aqui. Eu acho que a BID está vindo, como tudo. Os chineses, quando entram, não entram para brincar.

Fernanda Belfort:

Então certamente vai ganhar muito espaço, E eu estava vendo um gráfico sobre exportação de carro. Quanto a China, nos últimos anos realmente está crescendo muito. Bom, outro assunto que não dá para deixar de comentar é que está começando também nos Estados Unidos uma super comoção, porque o Mahmoud Khalil, que é um estudante que tem um discurso super pró-Palestina, parece que é um líder de alguma forma universitário e que até liderou protestos lá na Universidade de Colúmbia pedindo rompimento dos laços financeiros, educacionais com Israel, foi preso e ele foi detido, transferido para uma instalação de detenção lá, sem acesso a um advogado ou a sua família. Ele é um morador legal nos Estados Unidos E gente de novo, tá, eu acho um absurdo o antissemitismo. Eu amo meus amigos judeus, eu quero a paz, eu quero o bem dos palestinos, eu quero a paz, né o bem de todos os judeus. Mas existe uma coisa nos Estados Unidos que é o que esses caras defendem como sendo liberdade de expressão, free speech. Que a hora que a regra é eu posso fazer um negócio lá nazista, que tudo bem, isso é free speech.

Fernanda Belfort:

Mas um cara que está falando e está de alguma forma com o discurso pró-Palestina, contra Israel, por mais que seja um discurso extremo, ele não pode falar E ele foi preso sem nenhuma acusação formal em cima de uma lei que é uma lei relacionada a imigrante, até olho aqui para falar para vocês e não tem nada relacionado a isso que realmente justifique o que está acontecendo. O Trump chamou ele de um estudante radical estrangeiro pró-Ramás, mas é isso, por mais que ele esteja sendo, estejam dizendo que ele tinha atividades alinhadas ao Ramás, ele não foi acusado de nenhum crime, de nada relacionado a terrorismo e ele está tendo um tratamento lá totalmente diferente. E o governo citou achei aqui para comentar com vocês. Ele citou uma cláusula da lei de imigração e nacionalidade que permite a expulsão de um estrangeiro cuja presença e atividade nos Estados Unidos o secretário do Estado acredita que possam causar consequências adversas graves à política externa dos Estados Unidos, mas assim ele era um imigrante legal.

Fernanda Belfort:

Então aí está tendo uma mega discussão e eu acho que de novo, o que a gente está falando é de direitos civis e a preocupação de que muitas das vezes que começam processos de alguma forma deteriorar a liberdade de expressão e a liberdade das pessoas. Isso acaba começando muitas vezes com grupos marginalizados e depois se expandem. Então acho que ainda estou aqui, acho que foi um filme premiado brasileiro também, porque trata um pouco disso E só existe equilíbrio, acho que só existe direito quando os poderes todos funcionam. E a hora que para mim pode tudo porque eu acredito e eu quero tudo pode Porque eu não quero, eu passo por cima do que for.

Fernanda Belfort:

Então eu acho que esse desrespeito legal é uma coisa que preocupa muito os Estados Unidos e que está sendo também um dos estopins para tudo o que está acontecendo e a população começando a realmente se revoltar. Bom, e aí o último tema, antes da gente entrar do SXSW né Dea, as famosas tarifas. Eu acho que esse é o principal tema do que está acontecendo agora. Gente, eu juro que eu estava tentando acompanhar para contar para vocês Tipo ah não, agora tem tantos por cento com a China, agora tem tantos com o México. Agora não sei o que do Canadá, agora veio do Aço. Agora não sei o que Está impossível, né confesso que eu estava no SX, lá também milhões de outras coisas acontecendo. Mas assim está muito difícil acompanhar porque as coisas estão mudando o tempo todo e eu acho que o que isso traz é justamente a instabilidade e a incerteza. E a bolsa americana está derretendo, a gente está vendo a bolsa cair. Então agora se tem uma coisa que tem poder de arrumar toda essa situação louca que está vivendo a política americana. Eu acho que é o capitalismo. A gente pode ser aqui, ficar acreditando em um monte de coisa, ser otimista, mas no fim do dia money talks, my body walks Onde tem dinheiro.

Fernanda Belfort:

E a hora que isso começa a afetar a bolsa americana, então o Jamie Dimon, que a gente até comentou outro dia que é do JP, se posicionou pela primeira vez colocando que é um absurdo o que está acontecendo com as tarifas. A gente teve agora recentemente a troca do primeiro ministro canadense. O primeiro ministro que estava no Canadá antes, fez um discurso super impactante, falando primeiro para a população americana e falando que a gente não quer brigar, a gente é parceiro, a gente é vizinho, a gente tudo, e depois se colocando falando com o Trump e falando que era um absurdo tudo isso que estava acontecendo. Mas a gente está vendo aí uma série de brigas E isso traz Eu até estava ouvindo um podcast também do Daily, um podcast do New York Times, falando um pouco de um dos caras que é a fonte de toda essa teoria do Trump e tal de tarifas. E assim, gente, até para dar um duplo clique e voltar um pouco para trás, a teoria de colocar tarifa de importação é a teoria de que se você está competindo com um produto importado que é mais barato e você não consegue produzir localmente, você passa a não produzir localmente e importa tudo, e aí você tem menos emprego, menos indústria e tudo nos Estados Unidos.

Fernanda Belfort:

Então a teoria do Trump é eu vou colocar tarifas de importação acho que tem claramente aí uma medida de negociação também de outros temas com os países e a hora que tiver esse imposto, o que vai acontecer? Vai subir o custo e as empresas vão passar a olhar para produções internas E até parte dos acordos. Então o iPhone, por exemplo, a Apple estava fazendo um acordo de investir não sei quanto na parte de cadeia produtiva nos Estados Unidos para não ter os seus produtos impactados pelas taxas de importação. Então acho que muita coisa está acontecendo nisso tudo E aí com essa teoria você aumenta a produção interna, aumenta a taxa de emprego e acelera a economia. Então essa é a teoria. Mas obviamente esse é um processo que é super doloroso porque quem paga a tarifa é o consumidor. Que doloroso, porque quem paga a tarifa é o consumidor que de repente aumentou o custo do produto.

Fernanda Belfort:

Ele vai ter que pagar mais caro E além disso existem vários estudos e obviamente isso é uma coisa super polêmica, mas tem muitas teorias e muitos economistas e o mercado, o próprio Wall Street e tudo que fala. Assim, cara, não é isso que vai acontecer. O que vai acontecer é vai subir o custo. A hora que sobe o custo, sobe o preço. A hora que sobe o preço, menos gente compra, cai a demanda e a hora que cai a demanda, a economia entra em recessão.

Fernanda Belfort:

Então tem aí uma série de economistas falando sobre o risco de recessão que existe hoje no governo dos Estados Unidos E lembrando que uma coisa que as empresas não gostam, e nem a gente como pessoa, quando a gente vai tomar a decisão de investir em alguma coisa, é incerteza. Se você está achando que talvez você pegue seu emprego, não é a hora que você vai pegar e vai investir para mudar de casa. Se uma empresa não sabe se vai ter uma tarifa amanhã ou não, como que vai estar sua cadeia produtiva, o que vai acontecer, ela não vai investir. Então a gente já está começando a ver sinais de queda de investimento em publicidade, em propaganda e uma série de coisas. Então já existem traços indicando uma recessão por causa dessas tarifas todas E acho que isso é o grande tema do momento do que está rolando no mundo.

Andrea Janér:

Sim, que vão afetar todos os países em maior ou menor grau. Vão afetar enfim comércio exterior, cadeia de suprimentos e, em última análise, o bolso de todo mundo, porque no final das contas isso aí vai acabar impactando todos os setores, o Brasil inclusive. O Trump acabou de anunciar também tarifas sobre o nosso aço e o alumínio. Isso também vai impactar, mas, enfim, acho que ainda tem muita água que vai rolar. Ele às vezes dá um tempo para aumentar essas negociações. Ele teve essa questão com o México, com o Canadá, depois acabou ampliando o prazo para as negociações continuarem. Ele agora está numa situação engraçada com a presidente do México, a Cláudia, com quem ele teve um início meio conturbado. Agora ele está elogiando ela para caramba, dizendo que ela é ótima, que ele está se dando muito bem com ela. Vamos ver o que vai acontecer. São interessantes essas interações.

Fernanda Belfort:

E esse negócio do México também foi uma coisa que me chamou a atenção, porque eu até fui pesquisar o que é esse tal desse fentanyl, que em português é fentanyl, que parece que é uma droga opióide Da mesma família do oxicodona, que é aquele oxicodone, que é a droga que começou toda a crise de opióide que existe nos Estados Unidos.

Fernanda Belfort:

E hoje parece que essa crise e a droga mais frequente é essa que é uma droga sintética, feita em laboratório e que é uma droga que parece que é 100 vezes mais poderosa do que a morfina, 50 vezes mais poderosa do que a heroína, mas que é uma droga que, mesmo com uma quantidade pequena, pode te levar a ter uma overdose. Então é uma droga super perigosa, que é um problema E o Trump desde o começo falou muito desse negócio da droga e que ele estava fazendo isso com o México porque o México precisava controlar a fronteira e tem o lado da imigração e tem o lado dessa parte de droga e do Canadá. Parece que o Canadá, sim, já teve uma ocorrência ou outra de droga vindo de lá, mas pontual, não é de onde está vindo, mas por outro lado o México que tem os cartéis, que tem tudo isso é a grande coisa E eu ouvi, eu vou até deixar o link desse para vocês aí, gente, porque foi um interessante, né Porque eu ouvi um podcast do The Daily também falando sobre uma matéria de uma jornalista que tinha ido em Serra Lioa, sei lá, num lugar que era meio que um laboratório assim, de fazer droga e tudo, e depois que começou a sua coisa toda. Ela voltou lá os contatos, todos dela para querer saber o que tinha acontecido. E ela, assim, gente, new York Times é super democrata. A galera que já quer ir lá para falar está vendo tudo o que o Trump está fazendo errado e tudo E ela mesma fala, gente, eu fui para provar um ponto e descobri outro. Eu descobri que eles fecharam todos os laboratórios lá. Eles estavam mudando as operações para outros lugares porque o governo estava fazendo um mega cerco indo atrás de todo mundo por ali.

Fernanda Belfort:

Obviamente isso quer dizer que isso vai ser eficiente versus a droga. Não, porque não é que o cara vai parar de fazer. Imagina a força que o cartel de drogas no México tem. Mas eles estão tendo que ir para outros lugares fazer outras coisas. Então quer dizer assim ela está dando um aperto lá para outros lugares fazer outras coisas. Então quer dizer assim ela está dando um aperto lá que nessa matéria foi uma surpresa de ver que está tendo algum efeito, se está sendo um efeito grande ou não. Então talvez até a alegria do Trump de falar que ela é uma nice lady e que não sei o que, não sei o, que ela esteja ligada a isso.

Fernanda Belfort:

Mas me chama muito a atenção quando eu vejo, e eu acho que o mundo hoje está tão polarizado e tem alguns veículos que são tão pró-democratas e outro republicano que eles acabam sempre olhando com uma lente com baias tão forte que eu tento até respirar fundo e consumir algumas mídias e algumas coisas de uma galera que é mais republicana, e tudo para ter outros pontos de vista. E me chama atenção quando os veículos E é super interessante porque os únicos que fazem essa ponderação são os mais progressistas democratas. Os outros nunca ponderam a verdade, mas esses que são mais democratas ponderam a verdade E acho que é interessante também quando eles falam nossa, me surpreendi, mas nisso aqui tinha um fundamento. Acho que algumas coisas, que A intenção de algumas coisas que estão sendo feitas, até de aumentar a eficiência do governo, é maravilhosa, mas os caras estão perdendo a mão completamente.

Andrea Janér:

Sim, sim, acho que esse é o grande, a grande dúvida nos Estados Unidos Até onde eles vão com esses cortes que agora começam a ameaçar o sistema universitário americano? o ensino superior, que sempre foi na verdade uma das fortalezas americanas, é o ensino superior. Eles têm aí algumas das universidades mais respeitadas do mundo. Entre as suas principais Agora o Trump. Esses programas dele estão chegando nas verbas que o governo repassa para pesquisas e todos aqueles programas de doutorado, mestrado, etc. Então Colúmbia é uma das primeiras vítimas. Aí a Universidade de Colúmbia já estão fazendo protestos e tentando conter aí o corte a tesoura do Doge. Vamos ver como é que isso vai ficar aí nos próximos dias.

Fernanda Belfort:

E é isso aí. Vamos entrar agora no assunto da semana Dea. Já demos um certo duplo clique em tarifas e alguns assuntos da semana. Agora vamos falar do SX Dea, você que prega a palavra do SX, que a primeira vez que eu te conheci, a gente foi almoçar no Pão Cotidiano, que agora já até mudou de lugar, que era lá na Afonso Brás, e você me convenceu que eu precisava ir pro SX, que era incrível. Aí veio a pandemia e eu não consegui né Isso foi em 2019, eu acho, entendeu, você devia ter ficado, não brava comigo, imagina.

Fernanda Belfort:

Jamais. Mas conta né O que é o SX. A gente tomou um café.

Andrea Janér:

A gente tomou esse café em janeiro de 19. E mal sabíamos, nós né, que dali a dois meses ia começar uma pandemia E aquele SX nunca ia acontecer.

Fernanda Belfort:

E seis anos depois a gente ia ter um podcast juntas E a gente ia se amar. Falando dele.

Andrea Janér:

Entendeu Muito bom, ah, entendeu, ah, muito bom. Bom, eu falo que eu sou suspeita pra falar do SXSW porque eu mudei minha vida, né Minha vida profissional, mudei de carreira por causa desse festival E eu sou uma fã incondicional do conteúdo do SX. Acho que eles continuam com uma curadoria excelente, Uma das melhores curadorias que eu conheço de conteúdo, e por isso que a gente volta todo ano. né Ele existe desde 87, então já faz mais de 35 anos que o festival acontece. ele sempre acontece em Austin e ele acontece em Austin por um motivo que esse ano ficou muito claro né Austin é um oásis progressista no meio de um estado super republicano, né O Texas é um estado super republicano, o Texas é um estado super republicano. Austin é um lugar bom, uma cidade cujo lema é Keep Austin Weird. já diz muito assim sobre o que essa cidade pensa sobre as coisas.

Andrea Janér:

é uma cidade muito sui generis, muito diferente, muito diferentona e a Califórnia do Texas exato é a Califórnia do Texas, muito bem lembrado, e de uns tempos pra cá também tem vivido uma situação um pouco diferente. Uma cidade que cresceu muito depois da pandemia, atraindo também muitos trabalhadores de tecnologia, escritórios de empresas de tecnologia e até o Elon Musk. Né Dizem que ele tá meio que morando ali em Austin, né Então ele está montando uma cidade, tem fábrica da Tesla ali perto de Austin. Então é uma cidade que ainda luta um pouco com essa, com o fato de ter se tornado tão popular. Né Eu lembro que quando eu comecei a ir para lá, eu via o pessoal usando umas camisetas assim ou tinha adesivos no carro Please don't move here, sabe, era muito engraçado porque as pessoas sabiam que a cidade tinha um apelo. A cidade é muito divertida, é muito engraçada, é uma cidade realmente com muita personalidade, essa mistura da coisa meio cowboy, com tecnologia, com arte, com música, então é um caldeirão cultural mesmo E isso faz com que muita gente queira morar lá.

Fernanda Belfort:

Então acho que essa brincadeira de E num estado que do ponto de vista de imposto faz um mega sentido, então tem um monte de gente fazendo essa movimentação para lá também. Sim.

Andrea Janér:

Mas enfim, o SX é esse grande acontecimento anual. Ele só não aconteceu em 20 e em 21, sendo que em 20 ele não aconteceu de todo. Em 21 ele teve uma versão online E em 22 ele voltou. Hoje ele não é mais uma empresa independente, ele pertence a um grupo, o mesmo grupo que tem a revista Rolling Stone, por exemplo. Então ele tem hoje investidores por trás que obviamente demandam. Porque ele quase quebrou com a crise quando não teve em 2020.

Andrea Janér:

Quase quebrou com a pandemia ele tinha teve que enfim reembolsar. Muita gente teve que enfim, sofreu processos, então ele está realmente tentando encontrar um fôlego para continuar. Ele começou a acontecer em outras cidades. Eles têm algumas negociações para levar a marca SX para outros lugares. Hoje já existe um SX na Austrália, em Sydney Vai ter pela primeira vez o de Londres agora em junho desse ano E ele continua muito fiel às suas origens, embora muita gente critique o festival dizendo que ele está se voltando, está se dobrando um pouco ao mundo corporativo. De fato a gente vê ativações de marca com as empresas enfim, as multinacionais, todas lá, e eu acho que é uma luta que eu acho que é muito digna de você manter a sua essência, que sempre foi uma essência transgressora, rebelde. Ele é um festival que dá pra gente dizer que é de esquerda. Eu tava fazendo a conta todo dia olhando fazendo uma pesquisa com certeza é progressista.

Andrea Janér:

Coloquemos assim com certeza é progressista nunca levou um político republicano para os seus palcos, então assim ele leva muitos políticos. A gente sempre conta que o Barack Obama fez uma palestra no SGSW enquanto presidente dos Estados Unidos ou seja. Foi assim um endosso para o festival. Gigantesco você ter o presidente se mobilizando para ir falar num evento como esse e levou Joe Biden. Já falou Alejandro Ocasio-Cortez. Gigantesco você ter o presidente se mobilizando para ir falar num evento como esse e levou Joe Biden. Já falou Alejandro Ocasio-Cortez. Agora, esse ano a gente teve Elizabeth Warren, também senadora americana democrata. Então é sempre um festival mais à esquerda que traz pautas progressistas. Fala de meio ambiente há muito tempo. Fala de DEI há muito tempo. Fala de cannabis. Fala de psicod há muito tempo. Fala de DI há muito tempo.

Andrea Janér:

Fala de cannabis, fala de psicodélicos, traz temas que são considerados rebeldes e transgressores e traz muitas coisas antes delas explodirem, antes delas estourarem. Então tem muita coisa que a gente hoje consome, que a gente hoje considera normal, que começou lá, a exemplo do Twitter. O Twitter foi lançado lá, lá no início dos anos 2000 acho que foi 2008, 2009 que o Twitter foi lançado. Foi lançado lá, foursquare foi lançado lá. Então ele sempre foi esse lugar de lançamento de tendências, lançamento de plataformas, que está sempre um pouco à frente do seu tempo, então acho isso muito interessante.

Fernanda Belfort:

Como histórico, eu acho maravilhoso e um número que me surpreendeu, dea, a frente do seu tempo, né. Então acho isso muito interessante como histórico. Eu acho maravilhoso. E um número que me surpreendeu, déa, é que assim a gente fala pras pessoas que é um festival grande, só pra vocês terem ideia teve 1.700 sessões esse ano.

Andrea Janér:

Então assim não é que é um festival, só conference, fora músicas, cinema e comédia que são festivais paralelos, né Então vamos lá, né Cara 1.700.

Fernanda Belfort:

Não é que assim. Nossa, a conferência é enorme, teve 200 sessões de assuntos, Cara 1.700. E aí, né Dé, acho que tem um lado super interessante que tem né o tal do Ballroom D, que é a maior sala de todas, que estão as principais coisas. Aí vão as pessoas que são super famosas no nosso mundinho, né Assim quem ouve a gente bastante, ou também, então você pega né O Scott Galloway, a Cara Swisher, quem mais que são, né Todos os queridinhos ali que estão lá, e depois tem uma série, né Esther Perel Tava, né Quem A Amy Webb, que tá todo ano lá. Então tem um monte de gente E a gente tem depois uma série de outras sessões, eu e a Dea, a gente foi numa super interessante. Daqui a pouco a gente pode talvez comentar Dea as mais interessantes que cada um foi né Mas a gente foi numa super interessante de imigrantes climáticos E o quanto esses imigrantes muitas vezes estão se mudando só assim ali, né da beira do mar para alguns quilômetros para dentro. Quais são as implicações disso tudo O que está acontecendo hoje nessa parte toda de seguro desses ativos, desses imóveis? Quais são as cidades que têm segurança climática e que por outro lado, também tem uma população mais velha que já está vendendo seus imóveis.

Fernanda Belfort:

Então os preços de habitação estão caindo, que é um mega problema nos Estados Unidos. As pessoas conseguem comprar casas. Então, assim de repente eu entrei num super interessante também sobre, assim, bank Central Digital Currencies, contando o caso do que está acontecendo assim na Nigéria e na China, com as moedas né que são meio que para aspas, concorrer com Bitcoin e com tudo isso, mas que são emitidas pelo Banco Central versus, sei lá, uma stablecoin, que são essas moedas digitais que têm lastro na moeda. Então assim uma vale um dólar E tem os benefícios, mas elas não são a moeda oficial. Então assim tem exceção que eu entro só para eu sair do que eu não sei, que eu não sei, para o que agora eu sei que eu não sei E agora eu vou começar a ler desse assunto que eu achei superinteressante. Então a cadeia fala né, a gente depois fica se alimentando de alguma forma do SX o ano inteiro, né Dé.

Andrea Janér:

Sim, sim, eu acho que para a gente ele é sem dúvida ele pauta muitos dos temas que a gente vai mergulhar ao longo do ano. Ele tem essa capacidade de colocar no nosso radar coisas que a gente não estava pensando. Eu acho que esse é o grande E eu acho que ele ainda consegue fazer isso, por mais que ele tenha que se equilibrar ali entre mundo corporativo, os grandes patrocínios que ele precisa para se viabilizar, mas ele ainda consegue trazer muitos temas que são muito novos. Uma das palestras que tinha esse ano era sobre como a gente precisa tornar os enterros mais sustentáveis, mais friendly para o meio ambiente. Então não vamos mais enterrar as pessoas, vamos jogar os corpos no mar. Então coisas desse gênero que a gente não para pra pensar, mas que quando você assiste a palestra você fala caramba, faz sentido né? Então assim.

Fernanda Belfort:

Nossa, essa eu não tinha nem sabido. Jogar no mar é bom, jogar no mar, meu Deus É tem todo um ritual Fiquem nisso.

Andrea Janér:

Não é assim jogar no, provocando a gente a repensar É pensar rituais que não são mais compatíveis, não são mais condizentes, talvez, com o momento que a gente está vivendo. Então, assim muitas pautas, assim a gente volta realmente com a cabeça fervilhando de ideias e leva uns dias até a gente colocar essas ideias em ordem. Então assim, isso que a gente está contando aqui ainda é muito fresco, ainda é muito recente, porque a gente ainda não fez as sinapses, né Tem que ter quase que um distanciamento aí de tempo mesmo para a gente poder digerir melhor as informações, decantar o que a gente ouviu lá, juntar algumas informações com o repertório que a gente já tinha né E começar a entender para onde vamos. né Eu acho que tem Foi muito interessante a abertura desse ano. né O Hugh Forrest, que é o Chief Curator Officer e hoje em dia ele é o CEO também do South by Southwest, fez uma abertura bem bonita, assim que ele falou que tinha dois elefantes na sala.

Andrea Janér:

né Um deles era O governo Trump. ele não nomeou esse elefante, mas ele fez uma fala muito econômica, digamos assim. ele não se alongou nesse tema, mas ele reforçou a importância do SX como um palco para que ideias continuassem sendo levadas adiante, pautas importantes para a sociedade, a busca por um mundo melhor. tudo isso precisava continuar existindo, quase como se o SX fosse essa resistência que precisa continuar existindo para fazer frente a um governo que está tentando sepultar muitos temas que são caros a toda aquela comunidade que está ali todos os anos, porque o SX é formado muito por pessoas que vão todos os anos, ele é quase realmente um culto, eu diria As pessoas que vão todo ano e estão ali ouvindo e tentando voltar para os seus círculos de influência e tentar aplicar um pouco daquelas coisas.

Andrea Janér:

E o segundo elefante na sala foi a demolição do próprio Austin Convention Center, que é o espaço, o centro de convenções onde acontecem, eu diria, uns 70% das palestras do festival. os outros 30%, 40% acontecem nos hotéis ali no entorno. e por uma decisão que já tinha sido tomada mais ou menos dois anos a gente já sabia que isso ia acontecer esse local, esse centro de convenções vai ser demolido dentro de duas semanas E demolido totalmente. Não é que ele vai ser reformado ou retrofitado, ele vai ser completamente destruído. É bem coisa de americano, né Béa. Vamos destruir o negócio inteiro e reconstruir. Ele vai ser completamente destruído E vai ser construído do zero.

Fernanda Belfort:

Bem, coisa de americano. né Déa, Vamos destruir o negócio inteiro. e reconstruir Não é uma coisa que na Europa jamais aconteceria, Não jamais.

Andrea Janér:

Você tem tantas opções hoje de retrofit dos lugares.

Fernanda Belfort:

Não é mais sustentável você colocar baixo uma construção daquele tamanho Do ponto de vista ambiental, né Derruba tudo e faz de novo.

Andrea Janér:

E vão fazer, certamente vão fazer um centro de convenções super ultramoderno. Austin é uma cidade que recebe muito esse tipo de convenção, não é apenas SXSW, tem muitos festivais de música, é uma cidade realmente que está no mapa de tecnologia, econômico também americano, cultural, cultural. Então certamente vai nascer ali um espaço assim incrível. Porém, durante os próximos três a quatro anos o festival não vai mais poder contar com aquele espaço. Então é uma dúvida até dos próprios organizadores o Rio mesmo falou isso como que eles vão acomodar as tais 1.700 sessões, né Fê, que a gente sabe que acontecem todos os anos, que vão ter que ser espalhadas pela cidade, talvez o evento acabe se ficando mais descentralizado, mais espalhado. Por outro lado, eles já anunciaram redução em um dia.

Andrea Janér:

Então, em vez de Primeiro fechou tinha oito dias, depois passou a ter sete, agora vai ter seis E existem boatos que talvez eles usem a Universidade do Texas, né UT Austin, que é uma universidade de ponta nos Estados Unidos e tal E que é belíssima. Eu já fui lá visitar. Na verdade, eu já fui lá assistir uma palestra do Seinfeld que eu amo, uma palestra, não, gente, o stand-up do Seinfeld que eu amo, que foi no auditório da UT Austin, que é uma faculdade espetacular, considerada assim tipo top 50 nos Estados Unidos, e certamente tem. Eles devem ter tentado, imagino. Eu aqui fiquei pensando combinar a data do festival do ano que vem, que já foi anunciada, com o Spring Break, porque aí a faculdade tá vazia, ah, a faculdade para Tá vazia, e aí eles podem usar as salas as instalações da universidade.

Andrea Janér:

É isso aí É porque eu tenho filha morando nos Estados Unidos e a gente fica super ligado nessas datas do Spring Break. Inclusive a Laura estava esse ano em Austin e foi pro SX com a gente pela segunda vez porque ela estava em Spring Break.

Fernanda Belfort:

Então eu já imaginei que podia ter alguma coisa a ver. Foi maravilhoso.

Andrea Janér:

Fazer o SX em família marido e filha Muito bom.

Fernanda Belfort:

Em alguns momentos eu infiltrada, odé, mas você sabe que uma coisa que me que Odé, mas você sabe que uma coisa que me Que eu acho que é importante falar pra todo mundo, assim, né Eu acho que quando você vai em festival de inovação, a gente, quando a gente faz coisas pra gente aprender, tem coisas que a gente faz pra ter um conhecimento específico. Né Eu vou lá fazer um curso de IA pra eu entender como que eu vou usar o chat de EPT, quais são os prompts, e você sai de lá com uma lista de coisas que você já sabe quando você vai aplicar, como você vai aplicar, e tudo Tem essas outras coisas que é tipo um festival de inovação, que você não tá indo atrás de um conhecimento específico, uma coisa que depois você vira e fala nossa, legal, agora que você me voltou, me conte exatamente o que você aprendeu. A pessoa até fica meio ah, deixa eu pensar aqui o que eu aprendi, porque na verdade você repertório de uma série de assuntos diferentes, perfeito, perfeito, acho que ganhando muita coisa. Então acho que é isso Uma provocação que a gente sempre faz, mas a gente nunca fez um duplo clique né Déia, mas que a gente acredita, e foi uma das crenças que talvez até tenha nos unido, mas é a de que cara. Quem tem que investir na sua capacidade, na sua inteligência, no seu conhecimento é você.

Fernanda Belfort:

Eu trabalho na Salesforce, empresa maravilhosa. Minhas opiniões aqui não tem nada a ver com as da Salesforce e tudo mais. A Salesforce libera para eu ir, mas eu pago 100% da minha viagem. Eu paguei meu hotel, eu paguei meu avião, eu paguei meu ingresso, eu paguei tudo. E no passado eu tinha uma coisa assim se a empresa não vai pagar, eu também não vou. Não vai pagar, eu também não vou, tipo meu. Isso não é sobre a empresa pagar ou não, né Isso é sobre o quanto você investe em você.

Fernanda Belfort:

Então acho que tem essa coisa que é super interessante, né De repertório e desse tipo de conhecimento. E tem um lado também né Dé, que assim a gente de repente sai do corredor, aí você encontra uma outra pessoa que você conhece, aí você começa a bater um papo daquela pal troco. Uma ideia super legal. Tem algumas coisas né que são as conversas que acontecem sobre aqueles temas, é juntar pessoas que estão interessadas naqueles assuntos. Então acho que tem uma coisa um pouco maior acontecendo E a ideia que é muito modesta aqui gente, mas assim teve lá no primeiro dia um happy hour da galera da Oxygen e tudo, e tava o próprio Hulk lá né.

Andrea Janér:

Que é o CEO do festival?

Fernanda Belfort:

Então, assim que é o CEO do festival, né, então, assim a Deia já tava chamando ela pra fazer os eventos lá. Precisamos fazer reunião com a Deia pra contar do SX de Londres, entendeu? Então ela é super respeitada e tudo lá, né, dan?

Andrea Janér:

Nossa, fiquei até vermelha. Agora Pode ficar. Eu acho que eu fui bem. Eu fui numa época que assim claro 2018, que é quando eu comecei a ir já tinha bastante gente do Brasil, mas não era como é hoje. Hoje a gente é a segunda maior delegação do festival, só ficamos atrás dos próprios americanos. Então assim é uma quantidade. Não sei se quem nos ouve aqui também ficou com essa sensação de que essa semana todo mundo estava assistindo, tipo o feed do Instagramação, de que essa semana todo mundo estava no SX, tipo um feed do Instagram, um feed do LinkedIn, todo mundo lá e todo mundo emitindo opiniões.

Fernanda Belfort:

Eu vou abrir a geladeira e vou ver uma pessoa que tá em host, né Exatamente.

Andrea Janér:

Ficou até cansativo. Acho que deve ter gente que deve estar dizendo ah não, não quero nem ouvir esse podcast aqui do Duplo, esse episódio do Duplo Clique aqui que vai falar sobre a SX porque eu não aguento mais esse tema, Não aguento mais ver post da Emweb, da Brené Brown, etc. Porque tem até um certo status também né.

Fernanda Belfort:

Ah, isso tá em Austin. Todo mundo quer mostrar que isso tá em Austin, né.

Andrea Janér:

É o Brasil assim Engraçado que a gente lá né Fê, a gente pegava Uber? assim é a pergunta que não quer calar, assim. Acho que tem muitas possíveis explicações pra isso. É realmente muito impressionante a quantidade de brasileiros que vai, até porque a gente sabe que é longe, é caro, é caro, é longo né Você ficar uma semana fora, ainda mais esse ano que emendou com o Carnaval. Então esse ano vai ser mais difícil até voltar para a vida real, porque a gente está duas semanas praticamente emendando uma coisa na outra E assim, por que os brasileiros gostam tanto, a gente pode ficar horas aqui loucubrando, porque é música, porque é filme, porque é entretenimento, porque é social, é sobre conexões. Mas o fato é que gente até na Feira do Móvel de Milão os brasileiros invadem Web Summit, nrf. Tradicionalmente esses festivais que acontecem sejam de inovação, sejam de criatividade, sejam festivais de outros setores mais específicos, vai muito brasileiro.

Fernanda Belfort:

Mas né eu acho que tem um traço cultural maravilhoso também do Brasil, que assim o Brasil né tem uma galera no Brasil extremamente antenada, consumindo o que tá acontecendo.

Andrea Janér:

Eu acho que Cânia me lembrei agora, cânia também. Cânia, a gente não só vai pra participar, mas é pra ganhar prêmio. Né o que o Brasil ganha de prêmio em Cannes não tá escrito.

Fernanda Belfort:

E eu vejo assim. Gente, por exemplo, dá seus forces. Né Americano que vem pra cá e fica impressionado assim, né Com o que é o Brasil, com o que os clientes fazem, com a tecnologia, com o nível de maturidade de algumas coisas. Claro, é 100% do Brasil que é assim? Não, Mas existe um polo de excelência no Brasil que é assim encantador. Meu cachorro resolveu participar gente.

Andrea Janér:

Então eu acho que isso do SX é muito impressionante. Acho que esse foi um dos temas esse ano, assim que eu vi na cobertura de quem estava lá, todo mundo também falando muito sobre o fato do Brasil ter tido uma presença tão relevante. Esse ano a gente também teve a SP House, que é uma casa mantida aí pela Inves de São Paulo, pelo governo, ligada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Então assim muitos brasileiros nos palcos da SP House fazendo dobradinhas com grandes nomes. Tivemos também na SP House Emi, web, steper, l enfim, uma série de uma programação muito interessante que também mostra para os estrangeiros o que o Brasil tem de melhor em termos de produção de economia criativa.

Fernanda Belfort:

Então, acho que assim O SX.

Andrea Janér:

Fala.

Fernanda Belfort:

E o que foram as coisas que você gostou E até gente. Vamos lá, a Dea não fala porque ela não quer fazer jabá, mas falo eu. Então né, assim como você pode, sabe os gringos que falam How you can support this show, entendeu Como você pode suportar esse show. Você pode comprar seus foros e vai ajudar a leite nas crianças aqui em casa, né Eu vou agradecer. Ou você pode assinar a Oxygen, que é a empresa da Adela, e a Oxygen vai ter um download que ainda dá tempo de você assinar, e você pode inclusive assinar e desistir em sete dias. Então você pode fazer um trial a Adela. Vai me matar depois que ela fica dentro é genuíno.

Fernanda Belfort:

Mas só pra vocês saberem e eu amo a Oxygen, é parte da nossa amizade. Também veio dos conteúdos que eu fazia na tribo, dos conteúdos que a Dea faz na Oxygen, e tudo isso. Mas tem tudo isso. Então a Dea tá organizando um download maravilhoso, realmente, com quais são os temas e tudo. Mas conta aí nesses últimos 10 minutinhos que a gente tem Dea, o que foram os temas principais, vai O que você viu.

Andrea Janér:

Ah, nos temas principais vai O que você viu. Ah, então Eu tento, porque eu já vou há muito tempo também. Bom obrigada, fê pelo Jabá. tá Jabá da amiga é o melhor que tem, né Valeu.

Fernanda Belfort:

Mas o melhor é a amiga, né pra vender a gente Exato.

Andrea Janér:

Pra que a pessoa tem que se apresentar se ela tem um amigo pra apresentar, né É de assistir. A gente vai fazer ele presencial e online, então dá pra fazer as duas coisas caso você não esteja em São Paulo, mas o que a gente faz na Oxygen, se você quiser dar um abraço.

Fernanda Belfort:

Quentinho na feira deixa.

Andrea Janér:

Mas o que a gente faz, a gente tenta fugir um pouco das palestras mais famosas né Mais esperadas, porque todo dia existe um keynote. Todo dia tem um keynote por dia, que são nomes que o festival aposta as fichas né Que são as pessoas mais não são necessariamente as mais conhecidas, mas são pessoas que vão ter um status no festival. Então esse ano tinha atrizes, cantores, cientistas, o CEO da IBM foi um keynote, por exemplo, E os keynotes, inclusive para quem está ouvindo, muitos deles vão ficar disponíveis no canal do SXSW no YouTube. Então tem muito conteúdo do SX que está liberado no canal deles. Featured Sessions também, que é um outro nível de status de palestrante. Tem os keynotes que são os principais, em seguida tem os featured sessions, então tem muita coisa que você pode assistir Agora. Vai ficar disponível por bastante tempo. Então muitas coisas que a gente, se eu for falar nas redes sociais, vale a pena assistir a palestra inteira. Então a gente tenta, a gente a Oxygen, tenta ir um pouco mais para as coisas paralelas.

Fernanda Belfort:

A ideia é que eu preciso fazer uma piada rápida E tem palestra. Tinha uma com os astronautas da NASA Ano passado. Teve de falar direto que os astronautas estavam fora dessa vestinha. Aí de repente eu tava, eu no corredor. Eu tava até com o Lars porque a gente tava voltando da livraria, porque a gente não já conseguia entrar numa sessão. Aí de repente um cara vestido de astronauta. Ele olhou pra mim e falou hi, good morning. Eu tipo hi. Aí eu me dei conta, eu falei Dé, eu cruzei com um astronauta cara E depois que eu pensei que eu não tirei selfie, e a Dé, nossa, isso no Sul chama faísca atrasada, só se toca depois. Né, só se toca depois. Mas é isso, né né. É o paraíso das selfies.

Andrea Janér:

É o paraíso das selfies, porque essas pessoas estão circulando pelos corredores ou estão nos bares. né, eu tenho várias selfies que eu falo que eu sou, né Eu não tenho vergonha de pedir selfie, gente. Então eu vou hoje em dia eu tenho várias dessas pessoas que estão lá E eu acho que assim a gente tenta fugir Davos.

Fernanda Belfort:

Você tem vergonha, mas tudo bem, é porque Davos tem que ser chique, né.

Andrea Janér:

Davos também já perdia vergonha. Faz tempo já vou lá e peço, peço a selfie na hora, mas enfim, eu acho que o SX tem realmente nomes muito incríveis. Esse ano, eu acho que o maior nome, talvez o mais esperado, o mais hypado, tenha sido o Michelle Obama que foi anunciado aos 47 do segundo tempo.

Fernanda Belfort:

Entendeu Muita gente.

Andrea Janér:

Muita gente foi pega de surpresa, porque o festival É que a gente que acompanha o festival há muito tempo, a gente sabe que eles fazem um anúncio pegadinha, um anúncio assim três, quatro dias antes do evento eles despejam mais de cem sessões no calendário Pra deixar quem faz curadoria, como vocês, loucos né.

Fernanda Belfort:

Porque daí você fica no meio do carnaval, tentando descobrir quais são as sensações a mais, e foi o que a gente fez.

Andrea Janér:

A Oxxent faz dessas coisas. Agora eu vou fazer meu auto-jabá aqui. A gente parou terça e quarta-feira de cinzas pra atualizar todas as curadorias. A gente queria que os nossos clientes tivessem a curadoria mais atualizada possível. Então a gente passou terça e quarta-feira de cinzas olhando na lupa todas as sessões novas que entraram para a gente incluir nas curadorias dos nossos clientes E tinha muita coisa bacana.

Andrea Janér:

Michelle Obama foi obviamente o nome mais citado, mas teve também Brian Johnson, que é aquele biohacker que ficou famoso porque ele quer reverter o envelhecimento. Então ele faz uma série de procedimentos em si próprio. Ele é cobaia de vários experimentos pra poder ficar mais jovem. Então ele ficou muito famoso. Hoje em dia ele tem uma empresa que faz isso e ele fez uma palestra surpreendentemente boa. Muita gente foi pra porque era a última. Mesmo não tinha mais nada naquele horário. Eu fui porque eu gosto dele, apesar de ser malucas algumas coisas que ele faz. Eu acho que ele tem um ponto muito interessante Longevidade é um tema super legal que a gente não fala tanto quanto a gente deveria E o festival sempre foca muito nisso. Esse ano tinha três nomes assim incríveis, pra dizer o mínimo nomes de três papas da longevidade.

Andrea Janér:

Peter Atia, David Sinclair. o Peter Atia escreveu Outlive, David Sinclair escreveu Lifespan e o Brian Johnson, que hoje é um dos maiores nomes aí porque ele tá investindo muito em técnicas, em tecnologias pra reverter o envelhecimento.

Fernanda Belfort:

Então são três nomes super importantes E que foi a pessoa que eu peguei né Fui embora e a Dévia me mandou uma mensagem Fê sem querer ser aquela sacana que fala agora que você foi embora, teve a melhor pal palestra de todas, mas você não pode perder essa. Eu falei ah, entendi. Pelo menos quando ela me falou isso já estava no YouTube.

Andrea Janér:

Eu não consegui terminar de ver, mas já vi metade.

Fernanda Belfort:

E uma das coisas. Aliás, eu acho que tem alguns assuntos pra gente deixar aqui pra próximos duplo-cliques. Né Um é quantum computing, que eu acho que foi uma coisa que apareceu bastante, que estão falando agora. O outro é longevidade. Também tem E ele tem uma visão que aliás eles têm né De que a gente tem que treinar para o esporte, né Assim treinar como se fosse um esporte à longevidade. Não é assim. Ah, eu treino pra maratona, ah eu treino pra não sei o quê. Não assim, eu treino para envelhecer bem E você, ter todas as coisas focadas nisso, sim, sim, é uma vida intencional, é viver com intenção e viver dentro de alguns parâmetros.

Fernanda Belfort:

Achei muito bonita essa sua frase Uma vida intencional.

Andrea Janér:

Uma vida intencional. Não é deixa a vida me levar, é não, eu vou fazer tudo que tiver ao meu alcance, porque obviamente tem muitas coisas que fogem ao nosso controle. A vida surpreende muitas vezes, mas trata-se de você fazer tudo que está ao seu alcance pra ter uma vida mais longeva E principalmente uma vida longeva com saúde, porque ninguém quer ficar, ninguém quer viver até os 100 anos sem saúde. A gente quer viver até os 100 anos bem produtivo.

Andrea Janér:

Que é a diferença de health span e life span? O life span é o tempo total de vida que você tem e o health span é o tempo total de vida com saúde Ou seja com autonomia Enfim. E health span é o tempo total de vida com saúde Ou seja com autonomia Enfim. E o que ele quer trazer é essa vida com saúde, mas ela requer obviamente, como vocês já devem estar imaginando, uma série de sacrifícios e de mudanças de comportamento. Ele falou da bebida, ele falou do sono.

Fernanda Belfort:

Eu adorei que ele fala coisas do tipo assim Ah, é a melhor de todas, é o sono, né gente. A gente precisa dormir mais. Isso foi um presente na minha vida. Foi foi Sair desse mundo de que você tem que ser hiper produtivo. 5am club e não sei o quê. Eu não sou da pessoa que acorda e vai correr às 5 da manhã. Mas assim, gente, eu preciso dormir Isso muda a vida.

Andrea Janér:

Sim, e ele, eu sou um professional sleeper E você tem que ser. Essa definição dele muda tudo, gente. Você tem que ser um professional sleeper, o que é um professional sleeper, gente o Rodrigo vai amar isso.

Fernanda Belfort:

Rô. Você tem que ser um professional sleeper. O Rô tá aqui com a gente gravando no domingo. Então hoje o Rô tá aqui perto.

Andrea Janér:

Você tem que dormir no mesmo horário, acordar no mesmo horário, no matter what E mesmo horário, acordar no mesmo horário, no matter what, e medir os seus indicadores de sono pra você poder ir melhorando a qualidade do seu sono. Então ele deu a primeira parte da palestra. Acho que ele falou 10 minutos ou 15 minutos só sobre sono. Então acho que só esse pedaço já vale a pena pra gente começar a levar o sono mais a sério. Eu levo o sono super a sério, na verdade, de tudo que ele falou pra gente fazer, que obviamente ele passou por exercício, alimentação, estresse, ele passa por uma série de dimensões da nossa vida, né que ele acha que a gente pode fazer pequenos ajustes pra ganhar mais longevidade. Mas eu acho que de todas essas coisas que ele citou, pra mim é mais fácil o sono, porque eu sou realmente uma professional sleeper. Quem me conhece sabe Eu sou capaz de dormir na mesa às 11 da noite. Se eu estiver num restaurante. Eu tenho muito sono.

Fernanda Belfort:

Durmo procuro dormir acordado no mesmo horário, seu pique, sua energia, não você tinha meia hora. Você ia não sei onde ficar a launinha, aí você não sei o que lá Aí assim né Falei Dé, eu tô com saudades. Ela falou não, a gente vai agora num comediante super legal que eu descobri naquele dia. Falei Dé, você tá muito profissa, cara, você tá fazendo curadoria de humor. Agora, pra minha vida entendeu.

Andrea Janér:

É que eu já seguia esse cara. Eu cruzei com ele na rua.

Fernanda Belfort:

Olha, que coincidência do câncer que eu tive. Porque eu foco tanto em qualidade de vida hoje e saúde no seu canal, esse aqui difícil, mas eu tive um câncer de mama super sério uns anos atrás. Graças a Deus sou super bem hoje, mas né Viver e sobreviver passou a ser uma meta A, b, c, d, 1, 2, 3, 4, 5, 6 na minha vida, obviamente, e o segundo de por que a Dea é chamada de musa na minha casa. Mas tudo bem tá, depois a gente vai contar tudo isso As intimidades, as intimidades, as intimidades.

Fernanda Belfort:

Mas aí, dentro disso, tudo Dea me leva para Austin. Nassau, nassau, gente, eu chorei de rir, né? Então a gente pode deixar o link, mas ele faz umas imitações do Trump, do Elon Musk, do Mark Zuckerberg, não sei o quê. Ele trabalhou na Microsoft.

Andrea Janér:

Ele é incrível. É um garoto que se formou em ciências da computação no UCLA. Ele é um geniozinho E a paixão dele era fazer os outros rirem. Então um belo dia ele largou a carreira Depois de 10 anos de mercado de tecnologia, trabalhou na Microsoft e tudo mais e virou comediante, o stand-up comedian E o SX. Ele também tem, em paralelo com todas essas palestras que a gente assiste, ele tem um festival de comédia. Então ele atrai muitos comediantes pra lá durante essa semana. E aí eu tava saindo do Convention Center e me deparo com o Austin Nassau na calçada entrevistando pessoas e fazendo uns sketches ali.

Fernanda Belfort:

Precisava juntar ele com o Menzinho. né, o Menzinho tava lá também. O Menzinho também tava lá, gente, o Menzinho tava lá O Menzinho virou pro André e falou e você, com essa cara de gringa, você fala português.

Andrea Janér:

Fiz foto, também fiz selfie com o Meizinho. O Meizinho tava lá assim tipo reinando, os brasileiros lá todos em volta dele, ele tava divertidíssimo lá, os esquetes que ele fez, assim eu acho que tava essa festa gente, porque é isso, né A cidade inteira para pro festival. Então, assim, sair de um hotel para ir para outro para assistir uma palestra, você no meio do caminho acontece as coisas mais improváveis.

Fernanda Belfort:

Então, é essa intensidade que faz a gente ficar lá, nessa grande micareta.

Andrea Janér:

Bom, gente, a gente vai ter que parar por aqui, porque o Mig já falou que está com uma hora e um, então a gente vai ter que parar Béa semana que vem vai ter duplo clique. Com certeza gente Vai ser no meio, sempre no meio da correria da vida, mas agora a gente, as duas no Brasil, mas semana passada foi uma exceção. E assim a gente tava as duas juntas.

Fernanda Belfort:

Se a gente tivesse uma com saudade da outra, a gente teria dado um jeito de marcar, entendeu. Mas eu confesso pra vocês, que vocês, que a gente traiu vocês e ficou fofocando, só a gente. Mas a gente não vai fazer mais isso, né Bé, a gente vai voltar a fazer bonitinho. Tá, a gente não desistiu, vamos continuar no Duplo.

Andrea Janér:

Clique. É, era muito difícil parar lá pra fazer isso com calma. A gente é muito intenso, mas ficou um monte de pauta pendente e eu acho que a gente vai cobrir também um pouco desses temas nos próximos capítulos.

Fernanda Belfort:

Temos muito assunto pra duplo clique. Agora Nosso repertório tá ainda mais cheio pra gente ter conversas bacanas pra vocês Obrigada galera Até a semana que vem.

Andrea Janér:

Beijo Gente, obrigada. Beijo Tchau.

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