
Duplo Clique
A Andrea Janer da Oxygen, e a Fernanda Belfort da Tribo de Marketing, são duas amigas apaixonadas por lifelong learning. Toda semana, elas se juntam para dar um Duplo Clique nos principais temas de tecnologia, negócios e tendências. Conversas gostosas e descontraídas, mas cheias de conteúdo para você ganhar repertório e estar sempre atualizado.
"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."
Duplo Clique
#16 Fim da Festa da Shein, Apagão na Europa e Ataques Cibernéticos
O mundo do comércio global está em ebulição! O governo americano acaba de derrubar a isenção fiscal para compras de até $800, afetando diretamente gigantes como Temu e Shein. Mergulhamos a fundo nessa nova guerra comercial entre EUA e China que promete abalar estruturas econômicas e mudar a forma como consumimos. Especialistas já preveem o possível desemprego de até 16 milhões de chineses. Será que o planeta agradecerá com menos produtos desnecessários cruzando oceanos?
Em outro front alarmante, o mega apagão que atingiu Espanha e Portugal nos faz questionar nossa preparação para emergências. Compartilhamos dicas essenciais sobre o que ter em casa para sobreviver 72 horas sem energia ou serviços básicos - desde rádios recarregáveis até dinheiro em espécie. Em tempos onde ataques cibernéticos ameaçam infraestruturas críticas, como usinas e sistemas de água, será que estamos preparados para o impensável? Descubra por que "o luxo é sobreviver" pode ser a nova tendência em um mundo cada vez mais imprevisível.
"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."
E aí galera, bem-vindos a mais um Duplo Clique. Essa semana a gente vai fazer um roundup rápido, que às vezes a gente não resiste e quer comentar um pouquinho das principais notícias, E depois a gente vai fazer um Duplo Clique na mamata que acabou para Temu Shen e outras empresas chinesas nos Estados Unidos que vendiam produtos direto para o usuário final e que, a partir de hoje, quando a gente está gravando, 2 de maio acabou com a isenção que tinha de compras até 800 dólares E todo o bafafá que está acontecendo não só com isso, mas com a Amazon, que estava querendo falar das tarifas impostas pelo governo para os usuários e a Casa Branca reagiu dizendo que é um ato político hostil. Então, muito bafafá por aí. E a gente também vai falar da falta de energia na Europa, o risco de ataques cibernéticos, que não foi o caso do que aconteceu essa semana, mas poderia ter sido, e como você deve se preparar para uma situação assim, Vamos lá.
Andrea Janér:E aí Dea tudo bom, Tudo Fê, e aí no meio do feriado lá estamos nós de novo com o nosso duplo clique, hein É?
Fernanda Belfort:sempre, sempre aqui. Né Se bem que essa semana foi bom, porque a gente conseguiu já estar junto, então a gente já conseguiu colocar muita fofoca em dia, entendeu, Porque nem tudo dá pra gente conversar aqui, né gente Lamento, mas nem tudo dá.
Andrea Janér:Chamei de reunião de pauta ali pra disfarçar, mas no fundo foi uma grande.
Fernanda Belfort:Um grande atualizado da vida.
Andrea Janér:É muito bom, foi uma delícia. Mas essas semanas muito curtas. A gente tá Enfim sei lá três semanas que a gente tem feriado toda semana. Né que a gente tem feriado toda semana, né Tá difícil de retomar o ritmo aqui.
Fernanda Belfort:Por um lado é maravilhoso né Amo o feriado Por outro lado a gente tem que trabalhar tudo que precisava trabalhar em três dias E não sei o quê.
Andrea Janér:Então fica desesperador, né Super corrido né. Mas enfim, vamos lá que a gente tem um assunto muito interessante pra tratar hoje.
Fernanda Belfort:Vai ser muito legal parou vários pontos de pauta super bacanas que a gente já contou para vocês na intro. Então tudo bem. Mas vamos lá. Começando pelo nosso roundup, eu e a Dé a gente está tentando cada vez mais ter o comecinho em que a gente comenta algumas coisas de uma forma mais rápida, porque é tanta coisa acontecendo que acho que vale a pena comentar, e depois a gente realmente dá um duplo clique em alguns temas e a gente escolheu três temas para hoje. Começando o nosso roundup. Me chamou a atenção teve os 100 dias do Trump, do novo governo, e ele estava dando uma entrevista em que perguntaram para ele o que era a diferença entre o primeiro e o segundo mandato E ele respondeu falando na primeira vez eu tinha duas coisas para fazer governar o país e sobreviver e na segunda eu governo o país e o mundo. Saiu isso no The Atlantic e eu acho que é um bom resumo que ele mesmo dá uau uau, é uma autoestima realmente surpreendente.
Andrea Janér:Acho incrível que ele tenha que ele se sinta assim. Né Acho que primeiro eu achei muito interessante essa coisa de 100 dias. A gente não tem esse hábito de analisar governos com esse recorte dos primeiros 100 dias. Isso foi uma coisa que começou lá no governo do Roosevelt com o New Deal. Né, então ele também entrou, assumiu o governo e fez uma série de mudanças muito rápidas. Foi tanta coisa ao mesmo tempo que ele foi a partir dali, que começou a se contar os primeiros 100 dias. Né E nunca acho que desde o Roosevelt que não houveram 100 dias de governo como os do Trump. Então essa semana Não, sim, essa semana teve muitas matérias na The Atlantic, no New York Times. A capa da Time inclusive também foi Todos esses veículos fazendo uma análise sobre os primeiros 100 dias do Trump E alguns inclusive conseguiram entrevistá-lo No caso da Time, no caso da Atlantic Foi interessante o caso da Atlantic Quem foi entrevistar o Trump no Salão Oval?
Andrea Janér:foi o Jeffrey Goldberg, que foi aquele repórter colocado por engano no grupo do Signal com a alta cúpula da Segurança Nacional Americana E o Trump tinha posto até uma. Ele tinha anunciado isso nas redes sociais dele. Ele falou adivinha quem vem me entrevistar?
Fernanda Belfort:O Jeffrey Goldberg Tipo assim oval people de todo mundo vem ele me entrevistar E ele conta no começo da matéria o Jeffrey de que ele não ia na matéria, ele não ia na entrevista e aí a Casa Branca pediu que ele estivesse E que foi até uma surpresa pra ele, foi super interessante.
Andrea Janér:O Trump foi muito bem trabalhado nas mídias, super interessante.
Andrea Janér:O Trump foi interessante. Sabe muito bem trabalhar as mídias, né Sabe sabe gente. Ele sabe ele é muito bom nisso E a entrevista é muito boa porque é uma entrevista muito honesta, muito direta. Eles fizeram perguntas difíceis pro Trump, ele respondeu daquele jeito dele que ele também não tem papas na língua. Então acho que foi Vale aí pra todo mundo que quer ter um entendimento um pouco maior do que está acontecendo nos Estados Unidos, resgatar aí na imprensa essas matérias interessantíssimas que saíram sobre os primeiros 100 dias do Trump Deá e falando sobre o Signal, pelo menos a gente viu essa semana que o Signalgate teve um impacto.
Fernanda Belfort:Então o Mike Watts, que era o security advisor dos Estados Unidos, saiu por causa do escândalo todo do Signalgate e quem temporariamente está ali na posição dele é o próprio Marco Rubio que é o secretário de Estado. Então acho que pelo menos aí é uma tranquilidade de que a gente está vendo tanto absurdo acontecendo e depois entra no negacionismo imagina não foi isso, nada acontece, pelo menos teve uma consequência.
Andrea Janér:É difícil ele admitir alguma coisa que ele tenha feito errado, né, mas enfim, nesse caso acho que foi aí uma admissão de que houve ali uma quebra mesmo de protocolo de segurança e que não pode se repetir.
Fernanda Belfort:E seríssima. Né Outra novidade é que a Meta lançou um aplicativo, o Meta AI, nos Estados Unidos Teve um evento essa semana chamado Llamacon, em que eles apresentaram isso, e o que acontece é que nos Estados Unidos a percepção é de que a Meta está muito atrás, por quê E eu vi uma entrevista com o Mark Zuckerberg essa semana e ele falando isso assim cara aqui nos Estados Unidos, como muito da presença da IA, da meta acontece através do WhatsApp, nos países que o WhatsApp não é tão forte, existe essa percepção de que a gente está muito para trás. E o lançamento desse app está acontecendo para mercados como os Estados Unidos e o Canadá, ou seja mercados em que realmente o WhatsApp não tem uma presença grande.
Fernanda Belfort:E ele roda em cima do Lhama 4, que é o modelo da meta, e ele fala que ele na verdade promete oferecer respostas mais relevantes ao se integrar com dados compartilhados pelos usuários no Facebook e Instagram. Então esse meu tom de voz, que já coloca com certa dúvida e algumas interrogações em volta, é justamente isso que reacende o debate sobre a privacidade e o uso de dados. E é um modelo multimodal, ou seja, ele não é só de texto, ele também tem voz, também tem imagem. É interessante porque o Mark até fala nessa entrevista e chama muita atenção de que tudo que ficam falando do deep seek, deep seek, no fim do dia deep seek é só texto. Então isso também é um ponto. Mas existe aí essa disputa por qual vai ser o app realmente presente e significativo.
Andrea Janér:É um pouco do que aquilo que a gente falou na semana passada no último episódio sobre esse app fatigue, esse cansaço da gente ter que ficar navegando entre diferentes aplicativos. Ah, esse é melhor pra uma coisa, esse é melhor pra outra coisa. A gente vai aprendendo a usar as ferramentas, mas assim é mais um e eu acho que, no caso da meta, declaradamente é uma tentativa de disputar o mercado com a OpenAI e fazer frente ao famoso Chad PT que virou quase que um sinônimo de categoria. Eu acho que esse é um branding bem interessante e mostra por que as marcas estão correndo tanto para enfim lançar seus updates e acelerar o desenvolvimento desses apps para o usuário final, porque no fundo é quem chega antes. O rato que chega antes é que come o queijo, né? Então assim eles estão tentando ser esse meio one-stop-shop, esse app que faz tudo, esse super app, se a gente for até usar um termo que já existe no mercado, usado para outras coisas, mas esse super app em que a gente vai confiar para resolver todas as nossas demandas de texto, vídeo, som tudo.
Fernanda Belfort:E eu acho que não só. Eu acho que assim, primeiro, esse mercado de A não é um mercado de the winner takes it all. Quando você fala em mensageria é, você não tem nenhum valor. Se você está lá sozinho no Signal e todos os seus amigos não estão lá, então você tem que estar onde está todo mundo. O Waze é um outro que, como ele, se baseia na localização que cada um está compartilhando, de onde está. Se não tem outras pessoas, não tem nenhum valor. Nesse caso, tudo bem. Se você conversa com o Claude, eu converso com sei lá o Gemini ou o ChatGPT, mas existe isso de que realmente o diferencial não vão ser os modelos, o diferencial vai ser os aplicativos. E eu estava assistindo um outro podcast e até quem está vendo a gente no YouTube. Eu estou mostrando no meu celular, bem caseiro, mas um gráfico de quanto tem de monthly active users, então de usuários ativos mensais, e a diferença entre o ChatGPT e o quanto ele cresce versus o Gemini. Então você vê que enquanto o Gemini, que é do Google, tem sei lá 27 milhões, o chat GPT tem 428. Então assim é desproporcional e é uma surpresa, porque o Google é tão grande e tem tantos produtos em que eles podem alavancar esse crescimento do Gemini. E eu acho que na verdade tem uma coisa meio adormecida ali. Eu acho que tem um lance de que obviamente o Google está querendo tomar cuidado até nesse Innovator Dilema, esse dilema da inovação que é até para explicar isso, de que quando uma empresa sabe que tem uma outra coisa nova, tipo buscar numa ferramenta GLLM como um chat GPT, é melhor do que eu fazer uma busca no Google porque ele já me dá a resposta.
Fernanda Belfort:Ele me dá um monte de site para eu ir procurar, mas por outro lado o negócio do cara está ligado nisso. Então se ele também for o primeiro a quebrar essa história, ele desmonta a própria empresa dele e a receita dele. Então esse é o dilema do inovador Até que ponto você é audacioso e você mesmo disrupta o seu negócio, ou se você não faz nada e espera alguém vir e disruptar. Mas a conversa que eu estava ouvindo, que era super interessante, era do quanto o Google tem outros produtos, como o Gmail, como o YouTube, como N outras coisas que não são produtos que vivem de você clicar no linkzinho azul para ir para uma página que eles já poderiam estar alavancando mais.
Fernanda Belfort:Então acho que tem muito potencial do Google crescer nos próximos anos, meses. Eu vejo muitos feedbacks positivos em relação aos produtos do Google também e do Gemini, e a gente estava até comentando, eu e a Dé, a gente estava fazendo aqui na nossa reunião rápida de pauta antes da gravação, e eu busquei uma coisa no Google e o Google já está dando respostas, já está mostrando um resumo de coisas, já está começando a evoluir para dar uma experiência melhor para o usuário eu acho interessante duas coisas aqui nesse ponto.
Andrea Janér:Primeiro, que o quanto que o chat EPT é desproporcional em relação aos concorrentes por ter sido o primeiro e ter virado sinônimo de categoria. A gente fala coloca no chat EPT. Muitas vezes a pessoa vai estar usando o Gemini ou ela vai estar usando sei lá o Copilot, mas ela usa o chat EPT como uma quando as pessoas querem se referir à inteligência artificial generativa elas usam o chat GPT.
Fernanda Belfort:É igual a tela de letra.
Andrea Janér:Exatamente. Então assim o quanto disso aqui não é uma coisa de um first mover, né o primeiro, e que levou todo o mercado junto com ele. O que a gente também tem que lembrar é que o chat APT é muito bom mesmo, né Ele tá indo muito rápido, ele tá fazendo updates, então o produto não é só isso. Claro, teve a vantagem de ser o primeiro, mas o produto é muito bom. Eles continuam assim investindo muito. Não sei até quando eles vão ter fôlego pra continuar investindo pesadamente nesses updates e tudo isso. E o segundo ponto que eu queria falar especificamente sobre o Gemini. Eu concordo, eu acho que tem alguma coisa ali sendo criada. A gente sabe da capacidade do Google pra criar enfim produtos que mudam totalmente a categoria, mas tem um fato interessante que foi a chegada a mudança que eles fizeram interna em outubro, novembro do ano passado, se não me engano que o Sir Demis Hassabis, que foi apenas Nobel de Química no passado, cofundador da DeepMind, que era uma potência de inteligência artificial que foi comprada pelo Google em 2017 por muitos bilhões E aí nesse momento a DeepMind passou a fazer parte, entrou no Google.
Andrea Janér:Mas a turma da DeepMind, que é uma turma muito vanguarda, são pessoas que estão realmente na liderança de inteligência artificial no mundo ficavam numa célula isolada dentro do Google, e essa mudança aconteceu bem recentemente. Tem mais ou menos seis meses que a turma da DeepMind passou a responder por toda a área de inteligência artificial do Google. Então o Demis Hassabis agora é o Head. Eu não sei exatamente o cargo que ele tem agora, mas ele se tornou o Head de inteligência artificial do Google como um todo. Isso me leva a crer que vem alguma coisa muito impactante por aí, porque ele é um gênio.
Andrea Janér:Ele é um dos nomes mais respeitados quando se fala de inteligência artificial no mundo. Ele é um precursor e está à frente de momentos muito significativos na história da inteligência artificial no mundo. Mas ao mesmo tempo ele também é uma pessoa muito preocupada com a questão da ética dos vieses e de todas as ameaças existenciais à humanidade que a inteligência artificial pode oferecer. Eu já tive a oportunidade de vê-lo em Davos esse ano. Ele vai estar no South By Londres, que vai ser enfim daqui a um mês.
Fernanda Belfort:Então ele é uma pessoa muito referência. E aí a Fernanda chora porque ela não vai estar lá. Mas tudo bem, eu tô mandando a Dea pra me contar tudo.
Andrea Janér:Sim, ele vai ser talvez o maior nome, um dos grandes nomes que vai estar no SXSW Londres.
Fernanda Belfort:Se alguém quiser ir, a Dea está indo e dá pra ir pela Oxygen né Dea, é gente já dá.
Andrea Janér:Eu tenho que fazer propaganda da.
Fernanda Belfort:Oxygen para a Andréia. Entendeu, daqui a pouco vai ser isso Ela vai vender seus foros. Eu vendo Oxygen.
Andrea Janér:Mas é isso. Estamos montando um pequeno grupo pra ir pro SXSW, londres, pra ver pessoas como Sir Demi Sassabes. Pelo que eu conheço dele, vive um dilema ali né de trabalhar pra uma big tech que precisa se engajar nessa corrida pra acelerar produtos, serviços de inteligência artificial, brigar com chat de PT, brigar com Antrop, com tudo isso, mas tá ali tentando criar algo que seja enfim benéfico pra humanidade. Então eu acho bem interessante essa história. E só pra terminar, eu sei que eu nem devia estar me alongando aqui porque a gente ainda tá no Roundup, a gente nem entrou no tema principal.
Fernanda Belfort:Gente, esse é o desafio. A gente todo dia fala assim vamos passar rápido pelo Roundup, mas tem tanta conversa boa, mas é por isso que eles gostam da gente, né Vamos em frente vai Segue, founder da DeepMind.
Andrea Janér:Lá atrás foi o Mustafa Suleiman, que é outro assim ídolo muso. Eu gosto até mais dele do que o Demis Assabes, porque E que tá, onde, onde, onde, na Microsoft Exato. Então, olha que interessante. Então assim eles foram indo pra essas Big Tech. Então, assim, gente, é uma panela de poucos líderes que estão nas principais empresas, porque essa turma é o Ian Lecan, que tá na meta, que tá na meta Exato.
Fernanda Belfort:Um desses caras que eram super acadêmicos e tudo são os caras né.
Andrea Janér:E aí entra naquela história que a gente já falou várias vezes aqui, que hoje o canto da sereia é irresistível, né As empresas de tecnologia oferecem salários, assim astronômicos, e é o que euicos né E eles saem das universidades, eles saem dos centros de pesquisa e acabam indo pra Big Tech.
Fernanda Belfort:Odé, mas é o que eu sempre falo. Sim, tem milhões de dólares em jogo, óbvio, Mas também tem a capacidade computacional. Eles não iam estar conseguindo evoluir, ter acesso a isso se eles não estivessem nas grandes empresas.
Andrea Janér:Sim, tem uma ambição ali, mesmo se o cara acha que ele já é rico o suficiente.
Fernanda Belfort:Ele não consegue avançar a pesquisa, ele não consegue estar ali na frente dessa revolução se ele não tiver uma big tech.
Andrea Janér:Tem toda razão. Acho que esse é um ponto para se levar em consideração, porque são ambições que não são financeiras. Muitas vezes são ambições mesmo de negócio.
Fernanda Belfort:Óbvio que dinheiro deve contar, mas Claro de ver aquilo acontecer.
Andrea Janér:Claro, eles têm que ver aquilo acontecer e onde eles podem fazer isso, tem quatro ou cinco empresas no mundo onde eles podem realmente implementar essas ideias e ver isso acontecer. Tem toda razão, pronto terminei.
Fernanda Belfort:Amei, amei, amei, bom gente. Então, tudo bem, passamos por AI, que eu e a Dé amamos e que eu sei que vocês amam também, porque sempre que a gente fala coisa GI, teve gente mandando mensagem que tinha instalado humanos e não sei o quê, não sei o que lá, não sei o que vocês adoram, e só para a gente fechar o roundup. Acho que uma outra coisa importante que aconteceu é que teve eleições no Canadá e o Mark Carney, que é do Partido Liberal, foi eleito primeiro-ministro. É o quarto mandato do Partido Liberal lá. Porém, entretanto, todavia, há pouco tempo atrás, o Partido Conservador estava muito à frente E depois que o Trump começou todo esse estresse de alguma forma com o Canadá, falando que ele fosse anexado aos Estados Unidos, colocando as coisas de tarifas e tal, isso trouxe realmente uma união ali no Canadá, um nacionalismo, tudo isso e o Partido Liberal com um discurso muito forte anti-Trump e do quanto o Canadá tem que se unir e tudo.
Fernanda Belfort:E a gente viu. Então é interessante porque a gente fala muito dos Estados Unidos aqui, né Déa? por vários motivos. Primeiro, ele realmente é o líder do ponto de vista cultural e tal que impacta o mundo inteiro nos nossos tempos, mas adecem falar isso também muita coisa que a gente está vendo nos Estados Unidos acaba depois se repetindo em outros países do mundo, acaba tendo impactos no Brasil. Então tem um lado um pouco de tendência e ver o que está acontecendo nos outros países e a gente está vendo que a direita nos Estados Unidos e o Trump foi por um lado tão extremista em algumas coisas que outras eleições que já estão começando a acontecer e estavam realmente com uma tendência forte dos partidos mais de direita ganharem. Estão se revelando, estão acontecendo de outra forma.
Andrea Janér:Né Dea É isso e acho que a gente precisa prestar atenção porque de fato estamos em hemisférios diferentes, mas é impressionante a semelhança de alguns casos, né.
Fernanda Belfort:Então acho que a gente precisa prestar atenção e estudar muito por causa disso né Na Alemanha, né Já tem algumas coisas acontecendo aí E a gente daqui a pouco tem eleição, né gente Vai ser divertido.
Andrea Janér:É amanhã na prática, né A gente já tá muito mais perto do que muita gente se dá conta, né.
Fernanda Belfort:Dea. Então agora chega de Rambap e vamos começar pro primeiro assunto do nosso Duplo Clique, que é o fim da mamata do Temu e da Shen nos Estados Unidos. Conta pra gente, dea.
Andrea Janér:Bom, esse é um tema que a gente acha no mínimo muito divertido e depois contem pra gente, mandem mensagens pra contar se vocês por acaso também caíram nessas, também nessa sedução das marcas chinesas como Shein Shopee, temu. E eu confesso aqui que eu quando fiz minha mudança de casa eu acabei me enredando no Temu gente, e aí eu preciso falar sobre isso que eu acho um tema assim muito interessante do ponto de vista cultural. Né Porque o Temu na verdade a gente vai falar aqui um pouco dele, ele é uma plataforma chinesa que pertence a Pinduoduo, né A PDD Holdings, mas no fundo pra mim a Temu tem um O que ela entrega mesmo é algo que eu tô cham de holdings, mas no fundo pra mim a Temu tem um O que ela entrega mesmo é algo que eu tô chamando aqui de entertainment shopping, o que não é sobre comprar no fim das contas, né A Temu cria uma experiência que é de entretenimento. Desde o momento que você abre o aplicativo, aí começam a aparecer umas roletas, uns presentinhos, umas caixinhas de presente.
Fernanda Belfort:A Bea tava me mostrando no nosso jantar essa semana, entendeu, também teve um pouco de pauta no nosso jantar. Né, e eu fiquei impressionada. Né, bea, não, assim você ganhou um item grátis. Não, não é um item, são quatro itens dessa lista E a Bea tava me mostrando essa parte desse entertainment de como eles agarram os consumidores.
Andrea Janér:É, é um misto de entertainment com gamification, é entretenimento e jogo. Você está ali, gira a roleta. A roleta invariavelmente vai cair sempre no 100% Quando você Oh, que surpresa, ganhei 100% dos meus produtos grátis. Mas na verdade não é bem isso. Aí você é jogado pra uma página onde você pode escolher sei lá quatro ou cinco itens daquela página que vão ser de graça, só que de graça, mesmo assim você tem que comprar outras coisas.
Fernanda Belfort:Né Eu ainda não consegui unlock this level. Eu me entrei no Temu. Eu coloquei várias coisas no carrinho, fiquei ventando. Não comprei nada. Ainda preciso finalizar a primeira compra. Ele não me mostrou a roleta. Eu já entrei três vezes desde o nosso jantar agora a gente tá fazendo uma análise do algoritmo a gente tá fazendo uma análise algorítmica aqui, Não o algoritmo é bizarro.
Andrea Janér:De bom segue a lógica do TikTok, entendeu Ele vai te mostrando, você não precisa nem buscar algo no Temu. Se você não quiser, você vai pelas categorias, você pode escolher, sei lá best sellers, mais vendidos, e aí você vai. Eu acho divertido fazer isso. Eu confesso que eu não entro pra procurar nada, eu não entro com um produto em mente, eu vou pros mais vendidos ou pros best picks, coisas do gênero. E aí gente é muito divertido porque as coisas que os chineses inventam, elas são assim divertidíssimas.
Andrea Janér:Né Coisas do tipo um colarinho pra você colocar por baixo de um suéter, né Aí tem colarinhos tipo de camisa social, assim branco, azul, preto e juro, é uma coisa arredondada. Parece uma pala que você coloca por baixo da blusa. Tem um elastiquinho pra você colocar embaixo do braço e você veste um suéter por cima e só aparece aquela gola. Aí tem um outro produto que é tipo só uma sainha pra você, pra parecer que você tá com uma camisa longa por baixo de um suéter. Aí você coloca uma como se fosse um short, só que não é um short, é uma sainha que aparece só a parte de baixo da camisa com os botões.
Fernanda Belfort:Tem alfinetinho pra limpar chuveiro, caixinha pra você colocar, pensa, no mercado de nicho é assim e muito bem produzido. aí a Dé tava mostrando um lugar pra você apoiar, sei lá, um secador de cabelo, um Dyson, e aí vídeos que a Déa tava fazendo, tudo feito por IA, e a gente tava não é possível, que foi feito por IA, não foi feito por IA.
Andrea Janér:Olha a mão, porque é tanto produto é tanto produto que não dá tempo de fazer vídeo produção. Então eles fazem com IA Várias fotos. As fotos, todas exibem o tamanho, eles explicam qual é o material. A compra é uma compra informada. Se você vira rato de temor, se você começa a entender como funciona, dificilmente você vai comprar algo que você vai se decepcionar Porque as primeiras compras dão errado. Você compra um monte de porcaria, você fica arrasado, joga tudo fora. Na segunda compra você começa a entender onde é que eles divulgam qual é o material, eles colocam tamanho, medida, o tempo de entrega. Está tudo super explicado para você fazer uma compra realmente muito bem informada. Só isso. Eu já acho um serviço que eles prestaram para a indústria fenomenal, porque a gente cansa no Brasil de comprar coisas que você chega. Quando você recebe não é nada do que você imaginou né. Então eles colocam vídeos, eles colocam muitas fotos. As fotos são feitas de vários ângulos pra você realmente ter a noção. Tem várias cores pra você escolher, enfim e tem. Eu acho um algoritmo fenomenal que você começa a ver algo que você mesmo, que você esteja procurando algo especificamente ou você esteja só navegando pelos best picks, best sellers, coisas, assim ele vai te mostrando.
Andrea Janér:De repente ele joga no meio de um monte de coisas de casa. Por exemplo, ele joga uma roupa E aí ele vê, se você clica na roupa, se você clica na roupa, ele vai continuar te mostrando mais roupas E ele entende que você, que tipo de roupa você quer ver. Não é uma roupa qualquer Tipo. Uma vez eu cliquei num blazer de veludo lindo que custava, assim sei lá, 90 reais. Aí ele começa a mostrar o blazer de veludo e começa a mostrar coisas de marca, porque ele provavelmente entendeu que eu gosto de roupa um pouco mais elegante, porque o blazer é de veludo e tal. Então ele começa a mostrar umas bolsas de marca e mostra bolsas, inclusive falsificadas, de marcas francesas. Né, sei lá, mostra aquela bolsa Goiá famosa, mostrou bota de aquelas galochas de borracha da Hunter, algumas coisas assim que eventualmente eu poderia, né Eu seria esse público-alvo dessas coisas.
Fernanda Belfort:Nossa, eu nunca vi essa Que interessante né?
Andrea Janér:E aí, assim daí você vê de onde vem todo esse mercado de produtos falsificados. Tá ali no meio, não é que?
Fernanda Belfort:você pode procurar pela marca. Você que contou. acho uma vez desse negócio né, eu não lembro se eu vi isso em alguma aula da Oxygen, mas acho que foi você, de que tem gente que compra coisa falsificada, não pra fingir que é de verdade, mas assume que é né As dupes. Conta isso, que é super interessante.
Andrea Janér:vai Tá bom você ter trazido isso, porque o dupe é outra coisa. O dupe não é o produto falsificado. O dupe é um genérico daquele produto, mas ele não carrega a marca do produto.
Fernanda Belfort:Tipo, ele não pode ter a marca lá Hermès. carrega a marca do produto Tipo. ele não vai ter a marca lá Hermes. É só o mesmo modelo, do mesmo jeito e beijo.
Andrea Janér:Eu acho que o melhor exemplo de um dupe que fez muito sucesso e que foi muito repercutiu muito. No finalzinho do ano passado foi quando o Walmart importou, fez uma importação gigante de um lote de bolsas que imitavam a Birkin da Hermes E o nome. Inclusive as redes sociais piraram com essa bolsa Porque ela era exatamente igual, era idêntica, inclusive vinha com espuma dentro, vinha super bem embalada. As pessoas piraram, custava 70 dólares E o pessoal começou a apelidar de Working Porque era Birkin do Walmart. Então ela não tem a pretensão de ser uma Hermes, ela não tá escrito Hermes.
Andrea Janér:Ela é igualzinha, mas ela não é. Então as pessoas?
Fernanda Belfort:no ano passado começaram a Gente. Só pra quem não sabe, essa Burke é uma das bolsas mais icônicas do mundo, porque aquela bolsa que a Hermes só vende para alguns clientes que já tem um nível de compra, eles te oferecem e daí parece que se eles te oferecem e você não aceita comprar a bolsa daquela cor daquele jeito que eles te ofereceram, eles nunca mais te oferecem. Cada bolsa custa sei lá 50 mil dólares ou mais, então é uma bolsa que tem todo um negócio. Aí, imagina o Walmart vendendo essa dupe da bolsa, mas interessante.
Andrea Janér:Mas então?
Fernanda Belfort:não são dupes. Eles estão tentando vender falsificações mesmo. Sim, falsificações mesmo e tal.
Andrea Janér:Mas ali no meio. Assim eu nem olho pras falsificações, mas eu acho divertidos os produtos que eles oferecem, porque eles realmente pensam em tudo E aí enfim, leva três semanas pra chegar, três a quatro semanas pra chegar. Se não chega no prazo, eles te dão um bônus que você pode gastar na próxima vez que é sei lá 10 reais. E é nessa rede que eles te prendem, porque toda vez que você compra você ganhou alguma coisa de graça. Seja lá, gira a roleta ou destrava um bônus e aí você fica sempre. As pessoas compram assim toda semana no Temu, né? então tem sempre alguma coisa que você ganhou e que pra realmente você receber você precisa destravar comprando alguma coisa. Então é muito bem feito, o algoritmo é muito bem feito, é muito inteligente o jeito que eles vão fazendo as coisas. E de fato as coisas custam. Tem coisas que custam 14 reais, tem conjunto de 10 tupperwares por sei lá 20 reais. É um negócio muito surreal. Então as pessoas vão se empolgando porque os preços unitários são muito baixos.
Andrea Janér:As pessoas colocam tudo no carrinho e na hora que você vai fechar o carrinho ele tem lá o valor do imposto que agora. É isso que a gente vai falar aqui hoje. Ele torna mais visível o valor do imposto que agora é isso que a gente vai falar aqui hoje. Ele torna mais visível o valor do imposto. Agora mudou. Acho que todo mundo aqui deve lembrar, fazendo uma retrospectiva aqui, da taxa da blusinha.
Andrea Janér:Isso gerou muita conversa, muita controvérsia no ano passado porque produtos até 50 dólares eram isentos de imposto de importação no Brasil. Por isso que o nome ficou Imposto da Blusinha ou Taxa da Blusinha, porque era o auge da Shein no Brasil, né Aquelas blusinhas que custavam sei lá 20 reais, 30 reais, era uma febre, todo mundo comprando loucamente as blusinhas da Shein. E aí a Temu veio logo em seguida. A Shein já tem tempo que entrou no Brasil, mas a Temu entrou logo em seguida. A gente tem ainda a Shopee no Brasil, tem o AliExpress, tem várias dessas empresas operando aqui. Mas o que aconteceu, o motivo pelo qual a gente trouxe essa pauta aqui hoje, é que no dia de hoje, nessa sexta-feira 2 de maio, acabou a isenção para compras de até 800 dólares nos Estados Unidos. Era uma taxa, um imposto chamado The Minimis, é uma regra, na verdade, chamada The Minimis, que significava Too Small to Matter, pequeno demais pra importar, importar no sentido de fazer a diferença.
Fernanda Belfort:Pra fazer a diferença, tipo não vamos ficar contando o copo. O copinho da água é aquela coisa cara, vai dar mais trabalho gerenciar esse negócio do que trazer dinheiro. Então, se é pequenininho deixa entrar e tudo bem Exato.
Andrea Janér:Era uma burocracia, acabava inundando ali o departamento de alfândega com todas essas coisas. Então tinha essa regra nos Estados Unidos que até 800 dólares não tinha imposto, e foi assim que o Temu entrou lá e os Estados Unidos acabou se tornando o maior mercado do mundo para Temu. E aí isso mexeu com a Amazon, porque quando a Amazon percebeu que a Temu estava avançando, só para explicar o modelo de negócio a Temu ela conecta o fabricante.
Fernanda Belfort:O fabricante na China com o usuário final.
Andrea Janér:Com o usuário final nos Estados Unidos. Não é mais uma plataforma onde você compra de alguém. Você está comprando diretamente de quem fabrica, por isso que não tem atravessador e o preço fica minúsculo. Não tem aquele monte de cada um colocando a sua margem, vários intermediários, colocando a sua margem até chegar no produto final. Então você compra realmente algo que está praticamente saindo a preço de fábrica, né Por isso que o preço é tão baixo E isso incomodou tremendamente a Amazon. E a Amazon começou a se transformar quase numa espécie de um temu, também americano.
Fernanda Belfort:E aí essa semana, porque usou o Marketplace, né Começou a falar o quê, e é o que a gente vê isso hoje. Né Mesmo no mercado livre no Brasil e tudo Você faz uma busca pra alguma coisa, tem os produtos que podem até não ser brasileiros, mas já estão no Brasil à venda E aparece assim compra internacional pra você comprar direto. Então começou a ter essa dinâmica de marketplace em todos esses né Sim, super bem lembrado, e deu uma confusão essa semana. Né Deu, deu uma confusão ótima.
Andrea Janér:Porque o deu deu uma confusão ótima. Porque o Bezos, a Amazon, anunciou que ia começar a tornar visível no carrinho das pessoas, quando comprassem produtos chineses, o valor agora impactado pelo aumento nas tarifas do Trump. Então a Amazon queria quase que dizer pro consumidor olha, o preço do produto aumentou, mas a culpa não é minha, tá, o produto continua custando a mesma coisa. O que aumentou foram as taxas do governo. Então ele ia tornar isso visível como é hoje em dia nessas outras plataformas chinesas. E o Trump chamou o Jeff Bezos, deu um presta atenção nele. E essa iniciativa morreu, né Ficou por isso mesmo. Todo mundo criticou muito o Jeff Bezos por não ter bancado a ideia por ter voltado atrás por ter recuado, mas enfim, são essas relações das big tech com o governo que são bem obscuras, odeia.
Fernanda Belfort:Isso pra brasileiro não é uma novidade né, porque a gente paga imposto de importação desde sempre, entendeu, e sempre que a gente compra um item de fora do Brasil. E eu acho que tem um lado até de como as plataformas de e-commerce funcionam, porque se você está comprando um item fora do Brasil você tem que pagar a taxa de importação e está lá no checkout quanto isso vai custar, que é a mesma coisa que faz um Temo ou uma Shem. O que acontece de diferente é que se você for comprar de uma loja brasileira, que for comprar de uma loja brasileira que importou este item antes, isso não fica transparente pra gente. Então eu acho que parte dos casos são esses casos em que realmente a consumidora, o consumidor final tá entrando lá e querendo comprar um negócio que tá fora dos Estados Unidos e vai aparecer mesmo a taxa de importação, até porque é o jeito que o sistema tá programado pra fazer, e os outros de quando você tá comprando localmente. E eu até comentei com você numa entrevista que eu estava vendo com o Mark Cuban, em que ele tem uma iniciativa de tornar os medicamentos dos Estados Unidos mais baratos, em que ele deixa claro quanto que é a importação, porque parte da estratégia deles é abrir, decupar o custo das coisas para as pessoas conseguirem entender quanto custam e por que custa.
Fernanda Belfort:E parte da discussão que está tendo nos Estados Unidos hoje é se as empresas vão colocar um markup em cima desse valor de custo ou não. Também Porque o que acontece markup, gente, é a margem que as empresas colocam em cima dos custos dos produtos. Então se antes eu ia vender sei lá um, o que a Dea falou aí, o negócio de limpar o chuveiro, entendeu Isso ia custar R$3,00 e agora isso vai custar R$4,00 e eu colocava 30% em cima do preço de custo como margem ou o valor que fosse. Agora você vai considerar que essa taxa de importação aumentou o seu custo e daí você vai ter um número absoluto mais alto de margem. Vai ganhar dinheiro em cima do consumidor, em cima do aumento de custo, ou você simplesmente vai colocar o aumento de custo mas não vai aplicar a markup em cima. Então tem todas essas discussões acontecendo.
Andrea Janér:Sim, e acho que esse é um movimento que enquanto perdurar, enquanto essa, essa enfim, essa imposição do Trump se mantiver, porque ele recua tanto nas decisões, às vezes ele vai, né Com muita força Falou que está fazendo negociações com a China, a China falando que não estava.
Fernanda Belfort:Até agora nada mudou né. Vamos ver na semana que vem no próximo Duplo.
Andrea Janér:Clique Sim, sim, mas isso vai ter um impacto enorme na China também. Né A gente aqui fala muito que os Estados Unidos têm muito a perder, mas a China também tem muito a perder com essas mudanças. Os especialistas já estimam que nesse primeiro momento, ou seja imediatamente, já deve haver um desemprego de quase 5 milhões de chineses por conta de fechamento de fábricas, por desmontar toda essa logística para fazer com que esses produtos baratos saiam da fábrica e cheguem direto ao consumidor final. Então isso é de fato vai ter um impacto bem grande na China, lembrando que, como eu falei há pouco, os Estados Unidos eram o maior mercado mundial para ter mu. Então vai ter um impacto grande no primeiro momento. E dizem estimativas de especialistas que o desemprego pode chegar a 16 milhões de chineses. Então isso é sem dúvida um baque, um golpe nessa guerra que está mais um golpe nessa guerra entre Trump e Xi Jinping.
Andrea Janér:E enfim, a gente aqui no Brasil tem 20% dessa taxa, tem uma taxa de 20%, hoje em dia é bem menor Os Estados Unidos, imagina, a taxa vai ser de 120% Ou uma flat rate aí de né Uma taxa padrão de 100 dólares por compra. Então para você comprar coisas que são, digamos assim, praticamente inúteis, né Você vai pensar duas vezes. Então, se por um lado o Trump com isso alega estar tentando revitalizar o parque industrial americano ou seja querendo que as pessoas voltem a consumir coisas produzidas nos Estados Unidos, obviamente não se monta uma fábrica dessa da noite para o dia, não é algo que vai ser tão fácil montar. Então acho que o efeito mais provável disso tudo é um efeito interessante Fê, que é provavelmente uma ressignificação do consumo, porque tem muita gente criticando essas plataformas que facilitam e o mundo vai agradecer do ponto de vista de impacto ambiental.
Fernanda Belfort:Sim, o planeta vai agradecer, porque tem muita gente. Hoje em dia você entra no Temu não precisando de nada, aí você compra um monte de coisa. Vem um produto da China que metade você fala não gostei e joga fora tipo os Estados Unidos.
Andrea Janér:Já ouvem isso é uma grande engrenagem que sustenta uma indústria de inutilidades. Assim São A maioria dos produtos da Temu. Vamos ser bem sinceros eles resolvem necessidades que não existiam né. Quando você olha algo assim no site, você fala nossa, que boa ideia ter isso, tipo uma mini máquina de lavar mini, mesmo assim, uma mini máquina de lavar para roupa íntima e meia para você ter no seu banheiro. Você fala nossa, genial. Mas gente, a gente viveu até hoje sem isso né. E evitar que alguém produza uma coisa como essa e faça essas coisas, viajarem até o seu destino. Porque o problema da sustentabilidade está na cadeia inteira, está lá na produção, que muitas vezes usa mão de obra escrava, produtos, usa recursos da natureza para produzir coisas que, sinceramente, todo mundo podia muito bem passar sem. Ainda tem que fazer isso viajar do outro lado do mundo e chegar aqui E ainda chegar aqui e movimentar enfim Correio, fedex e todas essas coisas para chegar na sua casa. Então é esse tipo de comércio que de tudo que o Trump está fazendo. Talvez isso tenha um impacto positivo no mundo.
Andrea Janér:A gente discute isso há muito tempo, né? Porque quando a gente pensa nessa onda de consumismo que a Temu, a Shein, o Shopee surfam, são coisas que são muito ruins pro planeta produzindo produtos, fazendo produtos que a gente na verdade não precisa. Eles criam necessidades que a gente nem sabia que a gente tinha. Isso tudo complica toda essa relação que as pessoas têm, desde os materiais, a matéria-prima, até a viagem, a logística para chegar na casa das pessoas. Então essa é uma medida que talvez tenha aí, como os americanos dizem, um silver lining, um lado bom que é fazer as pessoas pensarem duas vezes antes de comprar coisas que elas não precisam e coisas que vão vir de tão longe e que vão gastar, criar tanto problema pro planeta.
Fernanda Belfort:E que parte do que o planeta tá sofrendo é isso, né Assim. a gente tá tendo cadeias produtivas e tudo não sustentáveis. Que é esse negócio? eu vou produzir o mais barato possível do outro lado do mundo. eu vou vender pra gente banana aqui. eu não sei o quê. a coisa não vai, mas né eu não sei o quê, a coisa não vai, mas né. eu preciso confessar pra você que eu fiz uma compra essa semana Eu comprei um rádio recarregável com energia solar Para o apocalipse Entrando.
Fernanda Belfort:Não para o apocalipse, né, amiga, porque eu não acho que a gente vai ter um apocalipse zumbi, como alguns amigos nossos. Porém, entretanto, todavia eu fiquei assustada com o que aconteceu na Europa, e daí a gente entra no nosso segundo tema aqui de Duplo Clique. Tivemos um mega apagão na Europa essa semana. Num primeiro momento a show, pelo menos os grupos todos ai, meu Deus. será que foi um ataque cibernético? Será que não foi? E aí eu tenho algumas coisas que eu quero até contar um pouco desse tema. Mas o que aconteceu foi parte da. Acho que em alguns lugares da Europa, mas principalmente Espanha e Portugal, ficaram sem luz por quase um dia inteiro. Pararam os aeroportos, semáforos a rede de celular, parou o metrô, parou os trens ficaram presos nos túneis, então realmente, assim O meu filho ficou.
Andrea Janér:Meu filho estava dentro do metrô quando acabou a luz. Fê Acredita.
Fernanda Belfort:E aí Quanto tempo a passagem.
Andrea Janér:Era o meu maior pesadelo, porque quando a gente ficou sabendo que acabou em Madrid eu tenho um e ele explicou que o trem parou e aí apagou. As luzes apagaram e o trem andou devagarinho até chegar na próxima estação então tem um sistema que anda devagarzinho.
Fernanda Belfort:Graças a Deus, provavelmente um gerador, alguma coisa assim, pra poder levar o trem até no meio dos ratos, aquelas coisas de filme, já pensou nossa, ele tá bem, tudo bem. Mas exatamente vieram piadas, né Tipo, assim deu congestionamento na cadeira, na escada rolante, entendeu Assim, naquelas piadas, todas Muitos memes como a gente vê no mundo, mas teve isso No final não tem nenhum indício né Nenhuma teoria de que tenha sido um cyber ataque. Então não foi. Isso Existe né.
Fernanda Belfort:Eu acho que ainda não tem uma causa clara né Déa, mas pelo que eu entendi, aconteceu um tema aí, climático, muito calor, que acabou gerando oscilações na rede. Eles tiveram que desligar para não ter danos maiores e que potencialmente e acho que isso não sei se você tem informações pelo que eu dei umas pesquisadas aqui, acho que isso não sei se você tem informações pelo que eu dei umas pesquisadas aqui acho que não existe ainda uma causa super clara e tudo. Mas potencialmente pode ser impacto da mudança, da emergência climática e da temperatura. Mas o fato é que cada vez mais, até porque a gente tem um nível de dependência enorme energia elétrica e tudo a gente precisa estar preparado para talvez viver períodos em que a gente vai ficar sem luz. Isso já tem acontecido no Brasil, isso já tem acontecido com as chuvas surreais que tem tido e aí cai a árvore e daí demora não sei quantos dias para estabilizar toda a rede. Então eu comecei a montar meu kit de emergência Déia.
Andrea Janér:Sim, é uma coisa que os europeus já vêm avisando há um bom tempo seus cidadãos. Alguns países fizeram isso já no meio do ano passado. Suécia começou a fazer isso, depois França, portugal, sempre avisando as pessoas que o kit serve para várias situações, desde uma guerra até um evento climático extremo. Então é tentando preparar os seus cidadãos para poder viver por pelo menos 72, aliás até 72 horas com água, um rádio recarregável para poder saber o que está acontecendo e tudo mais. Eu acho que isso gera um clima de tensão, um clima de incerteza nesses países. Isso está vindo para outros lugares também. E interessante que você já começou a montar o seu. A gente deu na Oxygen essa semana uma notícia de que está aumentando muito o número de pessoas procurando construir bunkers nas suas casas ou seja porões lugares para elas se abrigarem no caso de um colapso. Então, assim.
Fernanda Belfort:Eu vi isso, achei maravilhoso. na Oxygen a expressão o luxo é sobreviver Exato.
Andrea Janér:Assustador, sim, mas É. então isso mostra como realmente isso é uma pauta para as pessoas. né, as pessoas tem muita gente com medo de não ter pra onde fugir, de não ter onde se esconder. e construindo esses lugares aí com Tem obviamente desde de bunkers muito básicos até bunkers extremamente luxuosos que parecem um quarto de hotel cinco estrelas, com todos os requintes que alguém pode desejar. Então existe sim agora essa economia da sobrevivência, economia do pânico também um pouco, uma indústria que vai crescer.
Fernanda Belfort:Odéa, eu até lembrei e até circulei de novo nos grupos e tudo. Uma imagem que a gente recebeu na Oxygen, no grupo da Oxygen né Que era uma imagem do governo francês dizendo quais eram os itens que você precisava ter. Eu vou até passar rapidinho aqui vou colocar um outro meu, mas assim você precisa ter um rádio a pilha. Isso é uma coisa que de repente você fica com o celular descarregado. Eventualmente a rede de celular sobrecarregada não funciona, como você tem notícias. Isso eu não tinha gente comprei. Você precisa ter medicamento, algumas coisas de primeiros socorros, então isso eu sempre tenho em casa ferramentas básicas, abridor de lata, coisas assim ok, né alimentos não perecíveis e que não precisam de cozimento. Então a gente ainda no Brasil tem uma infraestrutura muito grande de fogão a gás, mas né em alguns países tem muita parte que é tudo elétrico e você tem assim tem gente que não tem quase nada em casa, então assim tem lataria, tem coisas assim tem lanterna, pilha extra, vela, isqueiro, fósforo. Tem gente que só tem o fogão que liga, não tem fósforo em casa.
Fernanda Belfort:Então é importante né Carregador de celular, ter dinheiro, né Isso é uma coisa que meu marido cara sempre põe dinheiro, assim Você tá sem dinheiro, toque dinheiro, parece pai. Né com a minha cunhada. A gente foi parada na rua com um cara que falou que tinha derrubado a comida dela mega confusão e tal e queria que a gente pagasse a comida. Sabe aquelas situações. E eu falei meu Deus, ju, como a gente vai contar pro Rô que eu tava sem dinheiro, porque eu tenho até medo de falar pra ele que eu tava andando sem dinheiro. Mas assim a gente precisa ter dinheiro, né Pelo menos um, um pouco de dinheiro em casa, como diz meu marido, em alguns momentos, até pro dinheiro não ser aceito, mas pra você ir lá e falar eu quero comprar isso, mas eu não tenho troco, não, mas tá aqui o dinheiro, então você me vende fiado, então qualquer coisa. Mas a gente precisa ter água potável. Isso é uma coisa também que eu não me preocupo em ter água potável. Então acho que é uma coisa que precisa ter e além disso, ter balde, garrafa, coisas assim.
Andrea Janér:Ter álcool em gel Complexo. Achei grande esse kit aí.
Fernanda Belfort:É grande, mas é um mindset um pouco Claro. Eu preciso ter algumas coisas de lata de comida em casa. Eu preciso ter algumas coisas, Algumas garrafas de água mineral, Então acho que é interessante.
Andrea Janér:Quero ver como é que a garotada vai viver sem air fryer gente, Como é que os jogos.
Fernanda Belfort:Vão viver sem air fryer, É, mas aí é sobreviver na gata, não é viver com luxo, entendeu. E uma coisa que eu achei interessante também cópias de documentos importantes, né Que às vezes você não vai ter o celular para mostrar seu RG virtual ali, né E jogos para passar o tempo.
Andrea Janér:Também gostei dos jogos para passar o tempo O meu filho, quando conseguiu sair do metrô e subiu na superfície, não sabia o que tinha acontecido, né As pessoas não sabem exatamente a dimensão do que aconteceu. Ele conseguiu pegar um táxi e na hora de pagar o táxi ele não conseguiu fazer o Bizum. Bizum na Espanha é tipo o nosso Pix né Não conseguiu fazer. Então ele pegou o telefone do taxista para mandar o Bizum. mais tarde Pagou lá o taxista. mas é exatamente isso você não consegue usar os aplicativos, as ferramentas e realmente tem que ter dinheiro em casa. Uma das coisas.
Andrea Janér:E as lojas fecharam em várias situações, né Então foi Uma coisa interessante que está começando a ventilar aí na imprensa a gente ainda vai aprofundar esse tema mas que uma das explicações para esse apagão é a forte dependência, principalmente da Espanha, de energias renováveis. Então já vi que vem por aí toda uma teoria aí de que E um backlash contra a Clean Energy, Total, total. Então vamos aguardar, mas essas foram as primeiras explicações aí.
Fernanda Belfort:É, e daí eu achei que era um bom gancho para eu contar um pouco de uma sessão que eu vi no SXSW que fala de cyber attack E de novo, gente, o que aconteceu não foi um cyber attack, tá, mas podia ter sido, e que, aliás, eu estava louca para te contar. Mas eu te contei, acho que rapidamente só, mas eu fui numa sessão no SXSW que falava justamente sobre esse tema Ataques cibernéticos à infraestrutura de água e energia, essas infraestruturas básicas dos países. Quem fez é um cara chamado Robert M Lee. Ele é fundador e CEO de uma empresa chamada Dragos. Dragos escreve E ele começa até falando da diferença entre TI e OT.
Fernanda Belfort:Então, assim, it, que é tecnologia de informação, é o que mantém na empresa o e-mail funcionando, as coisas todas, é toda essa infraestrutura que lida com dados, software, rede, processos administrativos. Esse OT, que é Operational Technology, é o que conecta com o mundo físico usinas, fábricas, transportes. E ele conta que essa tecnologia toda de OT é uma tecnologia que geralmente está defasada, tem muitas que tem 20, 40 anos, elas são difíceis de serem atualizadas. E ele estava contando. É um cara que começou como militar. Hoje ele vai nos hearings no governo americano. Ele foi um cara que começou como militar, hoje ele vai nos hearings no governo americano. Ele foi um cara que quando começaram as primeiras ataques à infraestrutura elétrica, sei lá na Ucrânia, ele foi chamado. Então ele é um cara que está realmente ali no centro disso tudo E ele contando que no passado, se virassem e falassem que queriam planejar um ataque a uma sei lá usina elétrica, precisava saber qual era a usina, gastar uma mega grana, um super tempo pra pensar como invadir aquele sistema, porque eles eram muito heterogêneos, os sistemas eram muito diferentes.
Fernanda Belfort:E você falava meu não vou gastar uma mega trabalho desse jeito pra algo que eu vou desenvolver pra um lugar que depois você vai falar não, não quero atacar esse lugar, eu quero atacar outro. Ah, então vamos ter que começar do zero. Então isso não era uma realidade. Hoje os sistemas estão mais digitais, estão usando infraestruturas e coisas de software de terceiros e coisas assim, que em alguns momentos dão mais vulnerabilidades ou possibilidades de vulnerabilidade ali nas arquiteturas e fazendo com que uma coisa planejada possa ser usada em diversos alvos. Então isso está tornando esta indústria do ataque cibernético de alguma forma mais viável, que foi um tema que eu achei interessante. E aí ele conta que cada vez mais estão tendo essas tentativas de ataque e cada vez mais elas estão sendo patrocinadas por países tipo a Rússia atacando a Ucrânia, que em 2015 aconteceu o primeiro ataque que derrubou uma rede de energia na Ucrânia E em 2017 teve o primeiro ataque ameaçando vidas.
Fernanda Belfort:Então foi uma tentativa de explodir uma planta petroquímica, acho que na Arábia Saudita, e eles acabaram não conseguindo ter sucesso, não porque a planta estava mega protegida, mas porque eles fizeram alguns erros no código e aí no fundo o sistema flopou, entendeu, e por isso que eles conseguiram não fazer, mas mesmo assim teve um prejuízo de sei lá 300 milhões de dólares. E que hoje tudo isso que esses grupos, por exemplo, suportados pela Rússia para atacar a Ucrânia, estão compartilhando isso com outros grupos criminosos E eles acabam tendo muitas vezes tem empresas muito grandes que acabam estando mais bem protegidas, mas eles acabam buscando os elos mais fracos na cadeia ali pra atacar. E eu achei super interessante no fundo ele fala de uma forma muito mais otimista, que ele acredita que 6% das vulnerabilidades realmente são críticas e precisam ser resolvidas. Então tem tudo, tem uma indústria que vive disso e que protege. Mas ele comentou algumas coisas que eu achei interessantes também.
Fernanda Belfort:Eles atacaram um sistema de aquecimento que controlava 600 edifícios E aí tirar o aquecimento no meio do inverno é uma arma política, vira um estresse, e mesmo outro ponto que é o sistema de contaminação de águas, então os ataques que tem, porque é outra coisa que gera um mega pânico de repente, contaminar a água dos lugares.
Fernanda Belfort:Então é interessante para a gente pensar o quanto tem uma indústria toda não só de atacar as empresas mas também de protegê-las. E o número de ataques só de ransom, de pedir resgate, falar pô, entrei no seu sistema, aqui quero pedir resgate, que não necessariamente está ligado a essas coisas. No ano passado aumentou 87%, foram 1.693 ataques nos Estados Unidos a indústrias e empresas falando poxa, assumi o controle aqui dos seus dados e vocês têm que me pagar um resgate pra pegar de volta. Então gente na dúvida, depois de ler tudo isso, eu comprei meu rádio analógico lá MFM, entendeu, eu vou comprar água, vou colocar aqui os cinco itens que faltavam, porque vai que a gente fica sem energia dois, três dias, entendeu, pode só ter caído uma árvore na frente da minha casa, mas é, eu acho que cada vez mais nesse mundo digital que a gente tem, a gente precisa estar preparado pra isso.
Andrea Janér:E tem uma questão também, fê, que acho que é da Existe. acho que por lei as empresas são obrigadas a reportar ataques cibernéticos, né Porque existe uma questão de reputação envolvida com isso né. Por exemplo, acho que semana passada, semana retrasada, não me recordo bem, a XP foi, teve um vazamento gigante também e que vazaram dados, assim nome, endereço, saldo, milhões de coisas, e se falou muito pouco disso. né Eu acho que saiu meio que nos grupos de WhatsApp as pessoas meio que comentaram, e acho que isso tem a ver com uma tentativa muitas vezes das empresas de abafar o caso mesmo, de encobrir esses ataques, porque isso tem um impacto direto, ainda mais quando se fala de uma instituição financeira, a gente tá né falando aqui de banco, todo mundo começou a falar nossa.
Andrea Janér:a gente está falando aqui de banco, todo mundo começou a falar nossa, a lista dos sequestráveis já está circulando. Então isso afeta tremendamente a reputação da empresa na medida em que a culpa de não ter protegido os dados dos clientes é da própria instituição. Então acho que isso é uma questão muito delicada e eu acho não tenho certeza que hoje é obrigado por lei a reportar isso Ou seja as empresas não podem simplesmente ignorar ou ocultar o fato de que elas sofreram um ataque.
Fernanda Belfort:Eu não sei detalhes, eu não sei se tem LGBT ou que tem ou se é mercado bancário, mas tem. E teve um caso ano passado de um banco no Brasil também, ou que tem ou se é mercado bancário, mas tem. E teve um caso ano passado de um banco no Brasil também, em que o hacker deu uma entrevista. Roubei os dados, achei uma vulnerabilidade, avisei a empresa, a empresa me ignorou. Avisei a segunda vez, a empresa me ignorou. Aí não sei o quê, aí eu entrei e peguei todos os dados. Só que aí sabe o que eu fiz? Eu simplesmente mandei para a empresa que eu tinha apego e comecei a mandar para cada um. Então peguei a Fernanda e mandei uma mensagem para a Fernanda, mas fez isso para um monte, centenas e centenas, se não milhares de pessoas. Falou oi, fernanda, consegui entrar na sua conta. Você sabia porque? e o que nessa entrevista desse hacker? o que ele falava é que existe uma indústria dos hackers que tentam ficar encontrando vulnerabilidades e, quando encontram, avisam a empresa da vulnerabilidade que elas encontraram. E eles são remunerados por isso, por não ter usado isso de uma forma ruim. Né, então é meio que uso do bem e isso de alguma forma melhora a segurança das empresas, porque é uma regra que está lá e falando ó, encontrei uma coisa aqui, essa semana inclusive estava rolando uma vulnerabilidade e tal, falando sobre o AirPlay no iPhone que estava com uma vulnerabilidade. Parece que eles conseguiram resolver uma parte nos updates, mas outras coisas não. Então vira e mexe, alguém descobre que teve alguma coisa ali que está conseguindo acessar E daí eles correm para corrigir E que essa empresa ignorou, ignorou, ignorou, não remunerou, não deu atenção, não nada, e daí ele foi para essa segunda ponte. A gente até estava tendo uma conversa aqui em casa, eu e meu mar, as informações e tal, e obviamente ele falando, eu não tenho medo de ser encontrado. O cara se acha muito seguro de que o que ele faz tá tão bem protegido que ele sabe usar a dark web e tudo isso tão bem que não vão chegar nele, entendeu, e ele deu uma entrevista sobre isso. Então tem muita coisa aí nesse mundo de segurança e muito da minha vida tá ligado um pouco a isso também, porque a segurança dos dados tá assim na transmissão que você faz, na integração dos sistemas. Não adianta você ter um super sistema, super protegido e de repente mandar pra um sisteminha ali que vai enviar o e-mail do não sei o que que não tem uma segurança, então tem todaancidade da arquitetura, de que peças você põe, do quanto que tem esses padrões de segurança em cada uma delas. E é o que você falou.
Fernanda Belfort:Né Dea Você, se eu tenho um bem, se você me dá algo de valor seu, né Eu sou um banco, por exemplo, você me dá alguma coisa sua pra eu guardar E eu usei tudo que existe de melhor e de mais seguro pra guardar isso. Né eu de alguma forma não sou responsável. Não sei se a palavra é essa, né tô usando palavras aqui, mas eu não tive dolo, né eu fiz um, eu cuidei bem. Se você me dá uma coisa e eu não tenho todo o esforço que eu precisava. Né se você me dá uma coisa só pra guardar e tá na minha casa dentro do cofre, trancada na casa, trancada com câmera, aí alguém entrou e pegou pô, não é que eu fui, né Eu não fui irresponsável, nisso. Se eu larguei na sala com a porta aberta, cara, aí não dava né.
Andrea Janér:Mas é isso, Gente, foi uma ótima semana, apesar de curta. tivemos um feriado aí no meio, mas teve coisa pra caramba. né Aconteceu muita coisa essa semana e a gente conseguiu aqui a duras penas caber dentro dessa horinha aqui que o Mig nos dá, hein, Porque ele já fica aqui avisando A gente, é mais um assunto, mas a gente vai ter que deixar pra semana que vem, né Nem coube.
Fernanda Belfort:Escrevam pra gente se o ritmo tá bom ou se vocês gostariam de mais temas. Né Dea, acho que o Instagram é um bom lugar pra vocês. Escreverem Pra gente saber o ritmo. Mas é isso aí, e até a semana que vem, né Déa.
Andrea Janér:Até gente. Um beijo pra todos. Boa semana Tchau.