
Duplo Clique
A Andrea Janer da Oxygen, e a Fernanda Belfort da Tribo de Marketing, são duas amigas apaixonadas por lifelong learning. Toda semana, elas se juntam para dar um Duplo Clique nos principais temas de tecnologia, negócios e tendências. Conversas gostosas e descontraídas, mas cheias de conteúdo para você ganhar repertório e estar sempre atualizado.
"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."
Duplo Clique
#22 Israel Bombardeia Irã, Trump Desafia a Democracia e a IA Muda de Continente
O ataque israelense ao Irã marca uma nova fase no conflito do Oriente Médio. Esta ação calculada ocorreu justamente quando negociações sobre o programa nuclear iraniano estavam previstas, revelando uma estratégia sofisticada de Israel para reafirmar seu poder regional e impedir avanços nucleares iranianos. Analisamos as motivações por trás deste ataque, sua precisão cirúrgica e as possíveis consequências para a estabilidade global, incluindo impactos nos preços do petróleo e a redefinição de alianças.
Nos Estados Unidos, testemunhamos o surgimento do movimento "No Kings" em resposta às ações do presidente Trump, que enviou a Guarda Nacional para a Califórnia sem consentimento do governador. O episódio mais alarmante desta semana foi a prisão do senador Alex Padilla quando tentava questionar uma secretária de governo durante coletiva de imprensa – cena que chocou até mesmo observadores experientes da política americana. Este incidente simboliza preocupações crescentes sobre tendências autocráticas no governo e tem mobilizado protestos em diversas cidades americanas.
Por fim, mergulhamos no coração da revolução tecnológica com os destaques do festival VivaTech em Paris. Jensen Huang, CEO da NVIDIA, emerge como possivelmente "a pessoa mais poderosa do mundo" ao fornecer a infraestrutura fundamental para o desenvolvimento da IA. Seu conceito de "soberania de inteligência artificial" sugere que países precisam desenvolver capacidades próprias para não dependerem de outros – introduzindo assim uma nova dimensão na geopolítica global.
Links:
Why Israel chose to strike Iran now
Sending the National Guard to LA is not about stopping rioting
Liquid Glass, Spotlight, and the rest of WWDC 2025 | The Vergecast
NVIDIA CEO Jensen Huang Live GTC Paris Keynote at VivaTech 2025
"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."
Oi pessoal, essa semana no Duplo Clique a gente bateu um papo, obviamente, sobre o ataque de Israel ao Irã. O segundo tópico são os protestos de Los Angeles e toda a confusão que está acontecendo nos Estados Unidos com a Guarda Nacional, o Gavin Nelson, o Trump e todos os protestos do No Kings. E a gente também vai falar de IA. A Dea vai contar do VivaTech de Paris, do que ela viu com a Nvidia, lá, e a gente vai fechar falando das novidades que a Apple acabou de anunciar e se ela está ou não ficando para trás na inteligência artificial. Bora lá, eu sou a Fernanda Belfort E eu sou a Andréa Janer, e bem-vindos a mais. Um Duplo Clique E aí Dé, enquanto a gente está congelando aqui em São Paulo, você está vivendo o verão europeu.
Andrea Janér:Ah, é uma delícia, gente, O Cânia é sempre uma boa ideia, vivendo o verão europeu. Ah, é uma delícia, gente, Cânia é sempre uma boa ideia. Né Estou aqui. Cheguei ontem para o festival, para o International Creativity Festival, o Cânia Lions. Vou passar a semana aqui. Ah, é um privilégio estar aqui, é muito bom. Fico muito contente de voltar meu terceiro ano aqui em Cânia.
Fernanda Belfort:Ai, que delícia. Eu nunca consegui pra Cannes no festival. Quem sabe, um dia eu vou com você.
Andrea Janér:Vamos, vamos. Acho que é uma super oportunidade pra entender pra onde o marketing a comunicação. Acho que você tinha que estar aqui.
Fernanda Belfort:Sabia, eu também acho, né É que nesse meu tempo eu preciso trabalhar, vender muito seus fotos.
Andrea Janér:Alguém tem que pagar os boletos né.
Fernanda Belfort:Precisa pagar o lifestyle, entendeu A obra e tudo isso. Mas gente, por isso que nós estamos gravando no domingo, eu já recebo mensagens. Amo que tem gente que fica esperando o duplo clique, sair né, e daí já chega o fim de semana e fala cadê, porque geralmente a gente grava na sexta. Mas às vezes a vida acontece né Dé A Dé tava entre Londres e Cannes e tudo, e a gente prefere gravar de manhã.
Andrea Janér:Não, eu tô, é, eu tô dando Confundindo aqui um pouco as gravações. Né, Realmente é na sexta de manhã que a gente normalmente grava, mas nessas últimas semanas a gente tá nessa rota dos festivais europeus. Então teve SX, londres Semana passada, viva Tech em Paris e agora Canylines. A semana que vem eu vou estar no Brasil, ai que delícia.
Fernanda Belfort:Finalmente eu vou ter a Dea de volta. É isso, né, gente, ter essa dupla que eu tenho aqui, a Dea famosa, viajando pra todos os lugares trazendo esses conteúdos. Tem disso, né? Mas tudo bem, ela não abandonou a gente e ela está gravando de todas as cidades, maravilhosa. De A vamos lá. Muita coisa aconteceu essa semana, né? Você sabe que no começo da semana eu estava super nerd.
Fernanda Belfort:Já comecei a fazer toda a pauta do que aconteceu, da Apple, do que está acontecendo de A. De repente essa escalada de tudo o que está acontecendo nos Estados Unidos com a Califórnia, os protestos de Los Angeles e tudo isso, e depois ainda veio o ataque à Miran. Então realmente, daí você fala nossa a Apple falou alguma coisa essa semana que eu nem lembrava mais. Então eu tô um pouco com essa sensação. sabe de que a gente tá sendo assim, né?
Andrea Janér:É, e a gente, quando faz a pauta do podcast, a gente fica mais, acho que mais atento a isso. Né Porque você começa a pauta no começo da semana achando que aquele vai ser o assunto dominante e aí chega quarta-feira, quinta-feira, coisas acontecem. Né Aí a gente vai reorganizando as prioridades, né Até difícil a gente, quando começa a gravar o podcast, definir quais assuntos merecem um duplo clique, porque tem muita coisa acontecendo, coisas que a gente precisa prestar atenção e estando aqui na Europa também as pautas mudam um pouco. As pautas são um pouco diferentes dependendo do que a gente é impactado aqui. O algoritmo muda, a geolocalização, a vida que a gente está aqui, as notícias vão sendo um pouco diferentes. Então a gente vai trocando um pouco e montando essa pauta da nossa conversa agora.
Fernanda Belfort:É verdade, mas bom, indo numa ordem talvez cronológica, de trás para frente, ou talvez pelos assuntos que são literalmente os mais bombásticos, eu acho que a gente pode começar falando com esse ataque que pegou pelo menos nós cidadãos normais todos de surpresa, que foi o ataque de Israel à Irlanda.
Andrea Janér:Pois é, eu acho que ele também pegou o Israel, também pegou a Irlanda de surpresa. Acho que esse foi o primeiro ponto interessante dessa história, porque esse domingo, hoje, na verdade iam acontecer novas conversas, ou seja mais uma rodada de conversas em Oman, essas negociações que os Estados Unidos estavam liderando sobre o programa nuclear de Israel. Então, por mais que o Irã soubesse que isso podia acontecer em algum momento, eles não imaginavam que esse ataque fosse acontecer antes desse novo capítulo das conversas. Então esse foi o elemento surpresa, foi o fator aí que deu essa vantagem a Israel e que pegou realmente o Irã de surpresa. E quando a gente começa a entender por que agora todo mundo prestando atenção nessas questões mais humanitárias que se tornaram mais fortes nas duas últimas semanas, a gente viu muitos a mídia, muitas pessoas, muitos protestos no mundo inteiro, falando, invocando as Nações Unidas para que tivesse uma atuação um pouco mais pesada, para que Israel de fato parasse esses ataques à região da faixa de Gaza. E no meio disso tudo Israel toma essa outra atitude, muda um pouco a conversa, muda o tom.
Andrea Janér:Isso inclusive seria um dos motivos numa matéria muito boa que saiu do Financial Times essa semana, que esse talvez tivesse sido um dos motivos numa matéria muito boa que saiu do Financial Times essa semana, que esse talvez tivesse sido um dos, uma das razões para o ataque mudar um pouco a conversa e garantir um pouco de goodwill com relação a Israel, porque esse ataque tem sido apoiado pela maioria dos países europeus, pelos Estados Unidos, inclusive, por boa parte da população iraniana que vive ali, refém de um regime horroroso há muitos e muitos anos. Então Israel, de uma certa forma, está buscando um protagonismo positivo ali, nessa região, e está tentando se estabelecer, se consolidar como um novo, talvez a nova liderança dessa região. Então isso é um assunto muito interessante de entender por que Israel está fazendo isso agora. Teve já o ataque do Líbano que Israel fez há um tempo atrás, que mostrou que ele tem poderio militar, que ele tem essa capacidade de liderar a região e de redesenhar a geopolítica da região. Eu acho que ele se tornou mais eu não gosto muito dessa palavra mais empoderado, talvez depois desse ataque ao Líbano no ano passado.
Andrea Janér:E a sensação de que Israel vive, mesmo sentado ali numa panela de pressão, porque o poderio nuclear do Irã, embora ninguém saiba exatamente qual é, estava muito próximo de se tornar real. Eles estavam muito próximos de ser capazes de construir uma bomba atômica. Então isso para Israel é uma ameaça existencial, é o maior oponente ali na região. Então acho que isso para ele era muito importante, evitar que isso. Para ele era muito importante evitar que isso acontecesse. E também o fato de que Israel não estava acreditando muito nessas negociações lideradas pelos Estados Unidos. Acho que estava se arrastando já há muito tempo. Acho que essa via diplomática ou a via por sanções não estava surtindo muito efeito né, e então Israel resolveu atacar.
Fernanda Belfort:O Dea.
Fernanda Belfort:Eu estava assistindo uma entrevista do Scott Galloway com um cara chamado Dan Senor e ele estava até falando um pouco disso que tem um lado até de branding, nisso tudo né E que o que acontece é que também Israel estava muito se posicionando ao longo do tempo, nos últimos anos, como Davi, como a vítima, e agora ele está realmente se posicionando como Golias, como uma força estabilizadora, e ele acabou mostrando toda a capacidade que o país tem de realmente tomar decisões, fazer operações autônomas aos Estados Unidos. Existe uma discussão de que, sim, os Estados Unidos sabiam que isto ia acontecer, estavam aware de alguma forma, mas não à magnitude, não exatamente como seria.
Fernanda Belfort:Então acho que tem um ponto interessante E me chamou a atenção também que parece que o serviço de inteligência israelense está tão bem infiltrado no Irã que eles conseguiram realmente colocar a localização de quem são as principais pessoas, os líderes militares, onde estão as principais cabeças e os principais professores ou arquitetos de uma possível bomba nuclear, e que foi um ataque bastante centrado, nisso de tirar essa capacidade de avanço nuclear e também de acabar com a cadeia de comando de alguma forma militar para esse tipo de ataque, e que eles não foram em cima do governo, efetivamente das lideranças políticas, mas sim dessas coisas e também protegeram toda a parte de infraestrutura de petróleo que é um dos problemas grandes. Também o que vai acontecer agora com essa potencial guerra que está cada vez mais crescendo ali no Oriente Médio e o impacto que isso vai ter no preço do petróleo na economia mundial, que também tem uma outra esfera aqui.
Andrea Janér:Sim, sim, os desdobramentos são muito preocupantes. Acho que a gente não sabe até no começo, a gente não sabe quanto que é que isso vai levar, se isso deve escalar ainda mais, se outros países vão se envolver. A gente sabe que, por exemplo, o Irã pode querer atacar bases dos Estados Unidos na região, como no Catar ou no Bahrein. Enfim alta nos preços do petróleo é um temor mundial. Isso pode acontecer E até nos países vizinhos como Egito, arábia Saudita também podem entrar nessa confusão. Né Enfim também tem uma dúvida sobre como os Estados Unidos vai se posicionar nessa história, porque no começo ficou até uma discussão se foi a revelia dos Estados Unidos ou não.
Andrea Janér:Depois a gente entendeu que havia, como você falou, uma expectativa, mas não sabia se exatamente no momento que isso ia acontecer. Mas acho que essa é mais uma cartada do Benjamin Netanyahu, mais uma cartada importante em que ele, como você falou, se reafirma, se consolida como uma autoridade na região a ser temida. Então acho interessante esse momento porque tira um pouco o foco, de fato, dessa conversa sobre a crise humanitária em Gaza. Acho que foi uma jogada muito inteligente da parte dele também. Acho que ele mexeu várias peças aí nesse xadrez.
Fernanda Belfort:E uma coisa é que assim, né Bem ou mal, é uma guerra. Tem gente morrendo E obviamente é muito triste ver o mundo de novo passando por isso, ampliando todos esses conflitos nesse momento que a gente tá. Eu lembro muito de que Tem um seriado que a gente assistiu, dea você também, que eu esqueci o nome, mas que eles falavam que planejavam fazer um ataque tão sério contra Israel e os judeus que não ia ter outra alternativa que não fosse Israel contra-atacar de uma forma tão bruta que aos poucos ia fazer com que um monte de países e um monte de gente se virasse contra. Eu lembro tanto disso, déa.
Andrea Janér:Falda, falda é uma aula Falda.
Fernanda Belfort:Exato.
Andrea Janér:Falda é uma aula Pra quem quer entender um pouquinho e participar um pouquinho. Um pouco mais de contexto sobre isso. Falda é uma aula, é um seriado que acho que teve três temporadas. Eu sei que eles estão gravando outra, então depois eles fazem muito intervalado, assim tem muito tempo entre uma temporada e outra. É uma pena, porque é um seriado muito bom. Eu já assisti a primeira temporada, acho que umas duas vezes. Eu acho que eu vou reassistir.
Fernanda Belfort:E é muito realista.
Andrea Janér:Ele é muito realista, né Ele tem. Ele foi. Enfim a equipe que trabalha, desde os roteiristas até os atores, são pessoas que participaram do Exército Israelense, então eles sabem exatamente que tipo de iniciativas enfim os inimigos têm. Fazem como que eles resolvem. É muito realista. Eu acho que é muito interessante para quem quiser aprender um pouco mais sobre o post-meto.
Fernanda Belfort:E uma coisa que me impressionou muito em fauna, impressionou no sentido de assim, eu já sabia que isso acontecia, mas o drama e a ficção, e tem esse poder a arte, tem esse poder de trazer para as pessoas, é o quanto tudo isso é muito pessoal para eles porque ao longo do tempo é isso, é o amigo que morreu num ataque, é o outro parente que a gente de longe acaba vendo com um certo distanciamento, mas para eles tudo isso é muito, muito, muito pessoal. E eu acho que para mim foi impressionante ver as cenas dos ataques, do ataque iraniano contra Israel. e você vê as bombas ali, o Iron Dome, o domo de aço protegendo e destruindo grande parte disso, mas mesmo assim algumas bombas furando e caindo, e eu acho que essas cenas são muito impressionantes e tem aí um conflito com um risco muito grande para todos os lados acontecendo.
Andrea Janér:Sem dúvida a gente vê enfim já teve um saldo de 9 a 13 mortos em Israel, mais de 100 feridos e do lado do Irã cerca de 78 mortos, dezenas de feridos e acho que a angústia da população sem saber o que vai acontecer. Eu acho que Israel, tel Aviv, tem essa região que se sente protegida pelo Iron Dome, mas lembrando que o Iron Dome não protege contra todos os tipos de mísseis. Existem mísseis que não conseguem ser interceptados por essa cortina de aço de ferro que eles chamam. Então acho que vão ser dias muito difíceis para quem está lá. Eu acho que tem muita gente que nos ouve, provavelmente tem parentes familiares na região. Então acho que vai ser muito difícil. Vamos acompanhar o que vai acontecer. Espero que isso seja resolvido de forma diplomática, eventualmente Um novo regime no Irã, algo assim nos próximos dias.
Fernanda Belfort:E uma coisa que eu acho interessante, que eu li no The Atlantic também, foi a definição do que é um ataque. O chat do GPT me ajudou a traduzir gente. Ele traduziu como preemptivo Não sei se essa palavra existe, mas vem certamente do inglês o preemptive de você esvaziar um ataque que na verdade isso é uma reação legal. Então isso é entendido como algo legal no mundo militar e geopolítico, que é quando você está esvaziando uma ameaça iminente de ataque. Então eles dão exemplos de que um exemplo disso foi a Guerra dos Seis Dias, por exemplo, e que existe um outro que é um ataque preventivo, que é quando você ataca com base numa ameaça futura, mas que não tem nada iminente, e que existem uma série de guerras os Estados Unidos para o Iraque, o Japão em Pearl Harbor, em que isso aconteceu, e que esse tipo de ataque não é considerado, é geralmente visto como um ataque ilegal. Então acho que também tem esse ponto que é interessante.
Fernanda Belfort:Eu acho que quando a gente fala em desenvolver arma nuclear, é uma coisa que assim não é do dia para a noite, não tem uma iminência de ah, vai ser agora, porque eles querem impedir que o Irã tenha, mas com certeza eu estava até ouvindo opiniões de que daqui para frente o Irã vai ser muito cuidadoso e vai ter bases subterrâneas para desenvolver essas coisas. Então realmente eu acho que a escalada começa a ficar maior ainda, porque começa a entrar numa situação que simplesmente lá machucar um pouco o inimigo e voltar para casa é mais perigoso no médio prazo. Então eu acho que por isso que é tão preocupante também quando essas coisas acontecem, a gente sabe que isso tudo vai ter desdobramentos muito maiores, porque a coisa com certeza não vai parar aqui. Então a gente precisa entender. Eu acho que eles deram uma parada, agora que é a ideia de voltar para a mesa para negociar, mas a gente sabe que isso começa a ter desdobramentos cada vez maiores.
Andrea Janér:É interessante observar também o tipo de tecnologia que cada lado tem. Eu acho que Israel tem nesse sentido, no sentido de poderio militar, eles são muito mais avançados tecnologicamente. então eles têm desde drones e outras ferramentas muito mais sofisticadas drones leves, baratos, super eficazes. eles têm uma logística aérea super inovadora que dispensa reabastecimento, pode voar por muito mais horas, tem muitas startups, uma logística aérea super inovadora que dispensa reabastecimento, pode voar por muito mais horas, tem muitas startups. Israel é conhecida como a Startup Nation, então tem muita gente trabalhando nessa área militar, desenvolvendo inovação. E lembra um pouco a estratégia da Ucrânia, que a Ucrânia sempre foi um país muito menor, com muito menos capacidade do que a Rússia. sempre foi um país muito menor, com muito menos capacidade do que a Rússia, mas que surpreende o inimigo com muita criatividade, agilidade, inovação, como foi agora recentemente com esse ataque a uma base aérea russa, em que ele destruiu 40 aviões russos usando uma estratégia extremamente surpreendente.
Andrea Janér:Ele colocou sei lá 150 drones num caminhão e transportou esse caminhão por terra até a Sibéria, até chegar perto dessa base aérea ou seja um lugar onde os drones tinham autonomia para voar, e de lá eles saíram e fizeram esse estrago na força aérea russa, realmente gerando um prejuízo gigante para os russos. Então acho que essa guerra vai ser uma guerra que a gente vai ver um pouco melhor essa capacidade também de Israel de responder com muito mais tecnologia do que o Irã. E os Estados Unidos também estão em meio a mil protestos e mil acontecimentos assassinato de parlamentares americanos, manifestações nas ruas. Fê conta pra gente um pouco o que está acontecendo lá.
Fernanda Belfort:A coisa escalou bastante. Então acho que tudo começou com essas ações do ICE, do pessoal lá que cuida de migração e tudo, indo em lugares tipo uma Home Depot que é uma loja de material de construção, uma sei lá plantação de morango, e mostrando um monte de cenas e situações deles. irem lá meio que prenderem todo mundo E obviamente eles sempre falam que as pessoas lá estavam envolvidas ou aqueles negócios estavam envolvidos em crimes ou atividades ilícitas. mas por outro lado, ouvindo depoimentos de uma série de imigrantes que trabalham nos Estados Unidos há muitos anos e a grande verdade ideia é que assim nos Estados Unidos ninguém, os americanos, ninguém quer ir limpar banheiro, ninguém quer ir fazer o trabalho ali de base e eles contam com muitos imigrantes que vão para os Estados Unidos de uma situação de vulnerabilidade, pobreza e tudo e acabam prestando uma série de serviços, seja de alimentação, de um monte de coisa para essa população e que existe esse negócio de que tem muita gente que está há muitos anos fazendo um trabalho correto, pagando imposto e tudo, e que deveria ter um caminho para essas pessoas se tornarem cidadãs e que são pessoas importantes, tanto que tem cidades que são os lugares, que são mais os santuários que teoricamente, se você não faz nada de errado.
Fernanda Belfort:existe uma certa noção de que tudo bem se você não é undocumented, se você não tem sua documentação, e que eles foram, começaram a ir atrás das pessoas em geral E os imigrantes estavam com medo de sair de casa e aí começaram uma série de protestos. No meio desses protestos, obviamente, uma parte dos protestos mais tranquila, sem violência, e alguns protestantes fazendo realmente confusão como a gente vê em todo tipo de protesto. assim, e aí o Trump mandou a Guarda Nacional para a Califórnia para ajudar com os protestos. E aí começou uma discussão grande porque teoricamente a Guarda Nacional não pode ser enviada sem o consentimento ou o acordo do governador.
Fernanda Belfort:O Trump fez isso e começou uma disputa ali do governo federal contra o governo da Califórnia e do Gavin Nelson, que é conhecido publicamente uma liderança democrata, o governo da Califórnia e do Gavin Newsom, que é conhecido publicamente uma liderança democrata com uma mentalidade que se posiciona sempre contra o Trump e tudo. E começou uma grande disputa em cima disso, em que obviamente, a partir do momento que você está vendo a Guarda Nacional lá fazendo a segurança de uma forma super ostensiva, isso também gera uma revolta maior. Então eles falando puxa, no fim tudo que o Trump quer é que isso escale, que comece a ter mais violência e que com isso a situação meio que saia do controle pra ele ter a narrativa de que precisou dele, de que a Califórnia é mal gerenciada e dele ser o mártir no meio dessa situação toda. Então acho que esse foi o começo da conversa.
Andrea Janér:O Trump inclusive, aliás, o Gavin Newsom inclusive, fez até alguns apelos à população da Califórnia, alguns apelos à população da Califórnia pedindo para que ela não se envolvesse em confrontos físicos, que não fizessem arruaça, que evitassem a escalada dos conflitos, porque esse era o jogo do Trump. Então era um apelo. Assim não vamos jogar esse jogo, não façam nada agressivo, fiquem em paz, porque se vocês fizerem, escalarem isso. A gente está dando a ele o que ele quer, né. Então ele fez esse apelo, que foi muito importante. Assim foi muito interessante ver isso né.
Fernanda Belfort:E se sabe, dé me lembrou um pouco quando teve aquelas manifestações do Black Lives Matter, que teve assim manifestações muito bonitas nos Estados Unidos e algumas que obviamente foram menos bonitas e começaram a ter violência e até algumas manifestações que já aconteceram no Brasil também, que tinha um pouco o negócio. se começar a dar confusão senta, porque daí a polícia consegue saber quem são as pessoas que estão na confusão, quem não é e consegue de alguma forma manter essa narrativa de que está sendo uma manifestação pacífica, mas de qualquer forma começou essa situação toda. ficou famosa uma cena essa semana, de uma repórter australiana que tomou uma bala de borracha na perna. entendeu, no meio de uma confusão então é assim a violência acontecendo ali, a justificativa da Casa Branca é que eles estavam restaurando a ordem, que eles eram arroaceiros pagos, uma esquerda radical Parece, pelo que eu ouvi, que existe um pouco uma situação em que a Guarda Nacional pode proteger prédios públicos. eles estavam fazendo isso na frente do prédio ali da AIS.
Fernanda Belfort:Então teve algumas coisas assim, mas o entendimento é de que realmente esse envolvimento foi ilegal e realmente um espetáculo, mais um espetáculo do Trump. E aí o Gavin Newsom numa declaração pública falou que o Trump não é rei e que ele tem que parar de agir como um rei E esse envolvimento da Guarda Nacional foi realmente entendida como ilegal e parte do espetáculo político autoritário. E aí durante a semana, na quinta-feira, um serador que é um serador pela Califórnia chamado Alex Padilha ele parece que estava tentando respostas da secretaria ali de Homeland Security, em que a secretária é a Kristi Noem, que é uma mulher que está sempre de cabelo comprido, boné, toda bonita e tal que ficou de alguma forma famosa porque ela que fez as cenas gravando dentro do presídio de El Salvador e falando que se você for para os Estados Unidos ilegalmente, você iria parar ali.
Andrea Janér:Então ela acabou virando uma pessoa, Nossa super lembro. Você lembra Por isso que falam que ela é a Barbie, a Barbie simbólica. Exato, mais simbólica né Exato.
Fernanda Belfort:E ele descobriu ele estava, parece que, fazendo algumas perguntas, tentando respostas dessa secretaria. E aí ele ficou sabendo que a secretária estava fazendo uma coletiva de imprensa no prédio onde ele estava e ele resolveu ir até a coletiva de imprensa para fazer algumas perguntas para a secretária. E ele chegou lá. Era uma coletiva de imprensa, então isso foi filmado de todos os ângulos possíveis e imaginários. E ele chegou lá querendo fazer essas perguntas. A segurança pegou ele, arrastou ele pra fora da sala e a Christie, o governo americano, todo mundo fala que não, ele falhou em se identificar. Ele deveria ter se identificado como senador antes e tudo. É um absurdo o quanto eles mentem descaradamente, porque você percebe, está em todos os lugares esse vídeo e ele fala eu sou o senador Alex Padilha e eu tenho uma pergunta para a secretária. E eles pegam o cara, arrastam ele para fora da sala, deitam ele no chão e algemam ele. E foi uma cena extremamente pesada Aqui em casa, eu, com os meus advogados, meus familiares, assim meu Deus, estava no exercício como senador a hora que ele se identifica.
Fernanda Belfort:Então, assim, esse é o tipo de forma que o governo trata os seus opositores. E aí começou aquela coisa. Gente, se eles fazem isso com um senador, imagina o que ele não faria com você, e teve uma matéria no The Atlantic em que o Gavin Newsom fala que ele acordou um homem diferente depois que ele viu essa cena do Alex Padilha, porque isso realmente foi uma coisa que assim acho que tirou a galera do sério em um outro patamar né, e que ele já tinha feito uma declaração falando que o Trump não é rei e que ele tem que parar de agir como um, e acho que daí esse tema agora né de falar e associar o Trump a um rei virou um tema muito grande Conte para a gente das manifestações.
Andrea Janér:Sim, eu acho que desde sábado que começaram a acontecer várias manifestações nos Estados Unidos inteiro, principalmente em cidades como Austin, cidades consideradas mais progressistas, austin e a Filadélfia também, manifestações com a frase No Kings, muitas vezes a hashtag No Kings, fazendo uma referência ao fato de que os Estados Unidos foi fundado como uma república antimonarquista, onde o poder tem que ser limitado e distribuído, sem reis, sem coroas, sem líderes absolutistas, e isso é uma resposta a esse empoderamento do Trump, essa maneira como ele se comporta de forma surpreendente, a cada dia todo mundo vendo ele tomar atitudes realmente autocráticas dentro de uma república que sempre foi considerada muito estável.
Andrea Janér:os Estados Unidos, sempre como um exemplo de distribuição de poder, inclusive, é um lugar onde os estados têm muito poder em relação à federação. a gente sabe que os estados têm poder de legislar, tem uma série de iniciativas que eles podem tomar independentemente do governo federal. Então isso está gerando uma série de manifestações, está se tornando um movimento no Kings E isso aconteceu ontem, principalmente durante um desfile. A gente até comentou aqui num duplo clique anterior que os Estados Unidos, que o Trump chamou, criou aí uma grande demonstração militar no dia da bandeira, que foi ontem, e foi o dia do aniversário dele.
Andrea Janér:Uma coincidência incrível, né Ele fazer essa comemoração, essa celebração militar, no dia do aniversário dele.
Fernanda Belfort:O dia do aniversário do rei. né É uma aventura, gente, Nada mais comum do que uma grande comemoração nacional, né Nada mais natural, nada mais natural.
Andrea Janér:O dia que ele fez 79 anos foi celebrado com uma parada militar em Washington. Né anos foi celebrado com uma parada militar em Washington. Então é muita nossa, é muita coisa junto, ao mesmo tempo, realmente reforçando esse posicionamento dele. Né E esses movimentos, esse movimento do No Kings aconteceu, como eu falei, em várias cidades americanas. Tá acontecendo nas redes sociais também. As pessoas tão fazendo isso, viralizar fotos, frases, cartazes, tentando dar isso uma importância maior para que isso se torne algo que possa incomodar de fato o Trump.
Fernanda Belfort:Então achei bem interessante isso acontecer nesse dia de ontem, tentando frustrar essa iniciativa dele de ganhar todo esse protagonismo aí no dia da bandeira E eu acho que assim precisa ter tudo isso, né Precisa ter o marketing, né Eu acho que quando você começa a falar isso, né De no kings, né Vamos lá e vamos detron, meu Deus do céu, como se falasse em português. a gente né com a nossa discussão aqui em inglês e português só dá hora como derrubar como interromper?
Fernanda Belfort:tirar ele do reinado. Então acho que começa. Tem algumas analogias que são mais poderosas do ponto de vista de comunicação. Existe sem dúvida Black.
Andrea Janér:Lives Matter. Black Lives Matter começou assim foi um assassinato do George Floyd E aquilo começou né Nas redes sociais, essa hashtag Black Lives Matter, e isso começou a ganhar uma super, o Me Too também. Acho que são vários movimentos que começam, tem um gatilho sempre, mas aquilo vai ganhando, vai crescendo e vai ganhando esse poder de movimentar as pessoas, de unir as pessoas em torno de uma mesma causa. Eu acho que o No Kings talvez possa vir a ser algo assim.
Fernanda Belfort:Eu acho que essa semana a gente viu esse nascimento do No Kings e a gente está vendo o Gavin Nelson se tornar uma voz muito importante nacionalmente para a liderança democrática. Eu acho que ele não é Ele era um cara que talvez fosse um pouco woke demais Vamos ver o que vai acontecer Mas eu acho que ele está ganhando uma força grande. E der um ponto que para mim sempre vem, e todo mundo que ouve o Duplo Clique há mais tempo ouve que para mim sempre vem, e todo mundo que ouve duplo clique há mais tempo ouve a gente falar sempre. É assim o poder nesse momento, que as mídias sociais têm.
Andrea Janér:E que os bilionários.
Fernanda Belfort:E tudo isso Porque a direita radical acaba dominando a narrativa, porque ela usa uma linguagem super emocional, visuais super fortes, um monte de desinformação e fake news e tudo isso E essa manipulação das massas que pode fazer com que isso não vire um movimento como o Black Lives Matter, porque no fim do dia os caras falam não, os mexicanos estão botando fogo em Los Angeles, é isso que o Trump está indo fazer. E a quantidade de gente que acaba acreditando numa narrativa super enviesada e está mostrando o quanto isso pode colocar em risco a democracia do país que simbolizava a democracia no mundo.
Andrea Janér:É liberdade, liberdade né. Acho que o país sempre é muito marcado pela liberdade, mas interessante isso que você falou, porque a gente sempre né quando vê essas discussões sobre o papel. Essa semana teve uma discussão interessante sobre onde está Obama. Foi tema de um podcast dos nossos queridos uma matéria no Atlântico, porque eles estavam assim?
Andrea Janér:tipo cadê, cadê o Obama talvez seja a única talvez seja a única A gente precisa, né Talvez seja a única pessoa que pudesse se levantar ou liderar um levante contra o Trump E no entanto, o Obama está jogando golfe, o Obama está jantando com celebridades, o Obama está curtindo a vida, né Ele não parece estar muito interessado em fazer oposição a isso tudo que está acontecendo. Então achei super interessante esse ponto onde está Obama e porque ele está tão desengajado desse debate, onde a gente precisa de vozes importantes. Então achei super legal isso que você trouxe do Gavin Newsom de repente ser um potencial opositor, alguém que vá conseguir levantar outros políticos e tentar fazer com que o Partido Democrata saia dessa letargia. Eles estão letárgicos, eles não conseguem fazer frente ao Trump. Ninguém se organizou. Se a gente pensar a Kamala Harris, também sumiu Alejandro Ocasio-Cortez. Essas vozes, Bernie Sanders.
Fernanda Belfort:Elizabeth Warren, a EOC, ainda tava nos comícios, todos com Bernie Sanders, que eles estavam indo, né, mas que era Fight Oligarchs. Agora eu acho que No Kings talvez comece a ser um pouco mais forte, mas eles tão tentando se articular, mas não é uma voz forte né assim. Eu acho que parece que o negócio do Obama é mas eles são nomes que não estão.
Andrea Janér:São nomes fortes, mas que assim de alguma forma eles não estão conseguindo se organizar. Não sei se existe dentro do partido alguma alguma questão aí de quem vai liderar isso, se tem Richard dentro do partido, o fato é que assim tá demorando muito. Já, gente, estamos em junho, quase julho né o Trump tomou posse em janeiro e até agora ninguém conseguiu.
Fernanda Belfort:O cara está demorando mas assim são seis meses de quatro anos, faltam três anos e meio. O que vai acontecer com os Estados?
Andrea Janér:Unidos, mas é muito tempo para deixar ele governar sozinho exatamente.
Fernanda Belfort:Se isso tudo aconteceu em seis meses, o que vai acontecer em três anos e meio, entendeu, é surreal. E o Bernie Sanders, eu estava assistindo. Se isso tudo aconteceu em seis meses, o que vai acontecer em três anos e meio, né Entendeu, é surreal. É surreal. E o Bernie Sanders, eu estava assistindo um. Ele fez um pronunciamento, acho que desse jeito, e ele faz até uma comparação com Martin Luther King de como que eles aprenderam que é importante. Ele usa um termo de consistência e não sei se é responsabilidade, é uma segunda palavra, mas querendo dizer assim, é conseguindo manter os atos e as coisas e não transformar a narrativa e trazer tudo isso que a mudança vem. Ele querendo dizer assim a gente tem que continuar, tem que continuar com os comícios, tem que continuar trazendo, porque os democratas tem. E eu estava. Pode que eu ache que você não estava gata, mas gostei que você ouviu Aquela entrevista com a Ezra Klein e tudo que eu comentei no podcast. Tem sim, e eles falam quantos democratas acabam sendo muito processuais, eles confiam no sistema. Então vamos lá, vamos treinar a próxima liderança, vamos chegar nos eleitores para o próximo ciclo eleitoral. Tem uma coisa toda assim acontecendo, mas tem ameaças iminentes que estão acontecendo agora E eu acho que até quando o Gavin Newsom vira e fala eu acordei um outro homem, todos eles estão entendendo que assim não está mais.
Fernanda Belfort:No momento de você falar. Não, não sei se eu vou me posicionar tão forte porque eu não sei qual vai ser a aceitação disso ou não. E acho que isso, que também é o pedido de alguma forma para o Obama se posicionar, existe quase que uma regra de bons modos de que depois que a pessoa é presidente, ela sai um pouco do meio político e ela vai para uma posição de alguma forma realmente behind the scenes e deixa para os novos o espaço. Mas essa não é uma situação qualquer, é uma situação muito diferente que os Estados Unidos nunca já viveu.
Andrea Janér:Odea e antes da gente entrar em ar, então só um comentário rápido.
Fernanda Belfort:Antes de entrar em ar eu estava conversando com alguns amigos que estavam falando ah, mas vocês só ficam falando dos Estados Unidos no Duplo Clique. Vocês não falam do Brasil, vocês não falam de outras coisas, Vocês não vão falar o que aconteceu no STF e tudo, E eu acho que existe um lado que a gente está olhando tudo isso dos Estados Unidos e isso é uma forma muito interessante de a gente refletir sobre temas muito importantes sem tanta paixão. Se a gente começa a falar aqui de política nacional, vai ter gente que vai concordar com um ponto, tem gente que não sei o quê e para de ouvir, E eu acho que, no fundo, algumas coisas que estão acontecendo no mundo acabam sendo formas da gente falar de temas e princípios super importantes e essas coisas acabam replicando e acontecendo por aqui. Nem combinei de falar isso com a Dea, mas eu sei que é um pouco o que a gente pensa, mas acho que a gente está vendo movimentos e a gente também está vendo um momento na história da humanidade.
Andrea Janér:Muito do que está acontecendo hoje em termos de geopolítica global é muito impactante, que muito do que está acontecendo hoje em termos de geopolítica global é muito impactante em todos os setores, em todas as regiões. Então, talvez cinco anos atrás não fosse assim, mas eu acho que neste momento que nós estamos vivendo hoje, a história está sendo escrita. Né Déa É, e eu lembro de estar em Davos esse ano e eu vi numa das primeiras palestras que eu assisti em 2025, o noticiário vai se originar em Washington E eu falei nossa, será que todo mundo acha que tudo vai girar em torno de Trump. E é o que a gente está assistindo.
Fernanda Belfort:Se você pegar qualquer jornal, Israel está conseguindo ter o seu papel. nisso tudo Desculpa piadas à parte. Uma situação está conseguindo ter o seu papel, nisso tudo.
Andrea Janér:Desculpa, piadas à parte, com uma situação tão séria, desculpa, ouvintes amados, mas eu acho que assim o Trump a cada semana toma iniciativas, toma decisões que impactam todo mundo e nós também aqui no Brasil de alguma forma. Então acho que é uma presidência que está indo muito além das fronteiras americanas e a gente precisa entender esse jogo geopolítico. Então acho que tem muito a ver com E, como você falou, concordo plenamente, a gente já falou isso muitas vezes também entre nós o Brasil está sempre uns dois ou três anos atrasado em relação aos Estados Unidos. A gente segue culturalmente uma agenda americana. Eu, quando estou na Europa, sinto muito isso. O Brasil segue muito desde a cultura, desde a ética de trabalho da gente. A gente segue o jeito americano de trabalhar.
Andrea Janér:Eu acho que a gente segue uma cultura, talvez por ter sido consumido muito tempo, uma cultura americana. A gente está hoje muito atrelado, eu acho, aos Estados Unidos em vários sentidos. Então eu acho que a gente está hoje muito atrelado, eu acho, aos Estados Unidos em vários sentidos. Então eu acho que para a gente estudar não é só porque o Trump é importante, o que ele está fazendo é importante para o mundo, mas é importante para a gente também no Brasil.
Fernanda Belfort:Perfeito Dea E a gente. quando a gente começou esse podcast, a gente começou falando vamos falar um pouco das notícias, das tendências, e algumas dessas notícias estão desenhando, como a Dea falou, todo o cenário geopolítico e vão ter desdobramentos em todas as esferas. E aí, usando essa deixa de grandes movimentos e da história sendo escrita, agora também temos novidades do campo de tecnologia. IA, né, dea, mas eu quero que você comece contando da Vivatec, mas eu quero que você comece contando da Vivatec.
Andrea Janér:Então eu fui no meu segundo Vivatec. O Vivatec é um festival de tecnologia e economia, inovação, criatividade que acontece sempre em Paris. É organizado pelo Publicis Group, que é o maior grupo de comunicação hoje do mundo. Já está na sua nona edição. Ano que vem eles vão comemorar 10 anos E desde que eu comecei a acompanhar o VivaTech, sempre me impressionou a qualidade dos speakers. Ele tem realmente um conteúdo raro da gente encontrar por aí. Eu acho que ano passado eu vi o Dario Amodei falar, eu vi o Elon Musk falar, ian Lecum e todo um ecossistema europeu que a gente não acompanha tanto do Brasil. A gente acaba acompanhando mais o que acontece nos Estados Unidos, só para complementar o que eu falei agora há pouco. A gente olha muito para o que está acontecendo no Silicon Valley, o que está acontecendo em Nova York, e a gente olha menos para o que está acontecendo na Europa. E também porque a Europa não é considerada hoje um player de destaque quando a gente fala de tecnologia? E isso historicamente acontece a gente também já falou disso várias vezes aqui no podcast porque a Europa tem um ambiente muito mais regulado.
Andrea Janér:Sempre nascem na Europa as primeiras legislações a respeito de novas tecnologias, então a Europa tem uma preocupação de preservar a privacidade dos cidadãos, de evitar que a tecnologia seja usada para enfim explorar vulnerabilidades dos menos favorecidos. Então existe uma postura da Europa muito mais pró-regulação E de uma certa forma isso inibe sim o ambiente competitivo aqui. Por isso que os Estados Unidos tem aquela frase famosa que eles adoram, que a gente prefere pedir desculpa do que pedir licença. Então os Estados Unidos é move fast and break things. Primeiro eles vão fazem, disruptam categorias inteiras, indústrias inteiras, e depois eles vão lidar com as externalidades. Então essa é uma maneira de pensar e que deu aos Estados Unidos, talvez esse protagonismo aí na corrida tecnológica e deixou a Europa um pouco preocupada agora e esse sentimento que eu vejo acontecer aqui. Eu estava no SXSW de Londres na semana passada e agora no VivaTech. Então você sente que existe uma tensão no ar, né De assistir essa polarização da inteligência artificial entre Estados Unidos e China. E Europa Vai fazer o quê? Vai ficar assistindo.
Fernanda Belfort:Odea, eu acho que quando a gente fala de Europa, né A única empresa que chamou atenção nos últimos anos foi a Mistral, que é uma empresa que com pouquíssima gente, pouquíssima gente, é bonita, né pouquíssimas pessoas foi capaz de fazer modelos que competem com os modelos americanos.
Fernanda Belfort:Então acho que essa foi uma empresa que teve uma importância muito grande e isso que você está falando um pouco desse ambiente sobre regulação e tal, a gente viu a Europa liderando e fazendo durante dois anos o AI Safety, que começou em Londres e tudo, e que nesse ano, quando aconteceu em Paris, já deixou de ser Safety o tema principal e virou AI Action, Porque realmente o que eles há dois, três anos atrás estavam falando gente, vamos com calma, vamos regulamentar, vamos entender como que a gente vai fazer isso para não ter uma disruptura negativa. Nesse ano todo mundo já entendeu de que essa briga já era, A coisa já está acontecendo e agora eles têm que voltar para a corrida para não ficar para trás. Então foi a sensação que você teve Super E o fato de ter estado uma semana em Londres e na semana seguinte em Paris para não ficar para trás.
Andrea Janér:Então foi a sensação que você teve Super, e o fato de ter estado uma semana em Londres e na semana seguinte em Paris também fica nítida uma tentativa aí de É uma competição. Paris e Londres sempre tiveram uma certa rixa como metrópoles e tal qual era mais avançada.
Andrea Janér:Até a guerra do passado Mais visitada. É exato, e hoje existe uma tentativa de se posicionar ali como protagonista da inteligência artificial na Europa. Então, como agora depois do Brexit, o Reino Unido se coloca como quase que um país independente ali. E Londres tradicionalmente sempre foi considerada uma capital de startup, sempre foi considerada uma capital de startup, sempre foi considerada talvez a capital europeia da inovação. Agora Paris está correndo por fora.
Andrea Janér:O Macron já tem um tempo que ele está promovendo vários incentivos e vários investimentos em inovação e nesse ano especialmente, o Macron estava no Vivatec. Ele foi. Não é a primeira vez que ele vai, ele já esteve lá em outras E nesse ano especialmente, o Macron estava no VivaTech. Ele foi. Não é a primeira vez que ele vai, ele já esteve lá em outras ocasiões, mas o ano passado inclusive, ele foi anunciado. Acabou não indo na última hora porque ele teve uma outra agenda, mas ele acabou estando esse ano no palco do VivaTech no primeiro dia para participar de um painel junto com Arthur Mensch, que é o CEO e fundador da Mistral AI, que é a principal empresa francesa de inteligência artificial. Hoje é onde o governo e todo mundo está colocando todas as suas fichas. Ela é a Open AI francesa. Digamos assim É a Open AI francesa. Ótimo, exatamente A Open AI francesa. Jensen Huang, que é o fundador e CEO da NVIDIA já vou falar dele aqui rapidamente O Maurice Levy, que é o chairman do Publicis Group, que é o organizador desse evento, e o Macron estava no palco.
Fernanda Belfort:Os quatro para anunciar essa.
Andrea Janér:Presidente da França. Então acho que o VivaTech tem esse poder de levar na verdade é o Maurice Lévy que tem esse poder de levar os maiores CEOs da França, alguns dos maiores CEOs mais importantes da Europa, e o presidente da República para o palco do VivaTech.
Fernanda Belfort:Você conseguiu assistir esse painel, amiga. Consegui, consegui Você viu o Macron lá, eu sou imprensa. O painel, amiga, consegui, consegui. Consegui porque eu sou imprensa. Né Ai você imprensa, você é muito chique, você só não conseguiu a selfie do Macron né Mas tudo bem, vai Essa daí.
Andrea Janér:eu sei que é difícil Enfim, dessa vez eu não consegui, dessa vez eu não consegui. A segurança dele é muito ostensiva ali E ele caminhou pelos pavilhões. Ele chegou, verdade, bem lembrado A importância que esses festivais estão ganhando, que está muito além de ser realmente um evento para um público ali de nicho, estão virando realmente eventos super prestigiados e super importantes. Fiquei muito feliz com a presença deles porque acho que dá um endosso realmente para esses eventos. E uma coisa que foi super interessante a NVIDIA esse ano, a NVID, que foi super interessante a Nvidia esse ano.
Andrea Janér:A Nvidia, todos os anos faz a sua GTC, que é a GPU Technology Conference, que é onde eles apresentam os seus produtos para toda a comunidade de desenvolvedores, para os seus principais clientes no mundo e tal. Esse GTC acontece tradicionalmente na Califórnia, mas esse ano, excepcionalmente, eles fizeram uma versão, digamos, extraordinária da DTC durante o Viva Tech, no primeiro dia do Viva Tech. Então você tinha até um credenciamento especial para quem ia só assistir o DTC, só essas palestras, no primeiro dia, porque ia ser uma agenda de dia inteiro com todos os lançamentos da Nvidia do ano. Então foi super rico porque o Jensen Huang se apresentou pela primeira vez na Europa depois que a Nvidia se tornou, acho que, uma das empresas mais valiosas do mundo. E ele, ele é um showman. Essa palestra, inclusive para quem tiver curiosidade de assistir, tá no Youtube. É só colocar lá GTC em vídeo a Vivatec 2025, a palestra dele. Acho que tá na íntegra. Ele falou durante uma hora e meia. Ele é um rockstar.
Fernanda Belfort:Ele chega lá com aquela sua jaqueta de couro sempre com a jaqueta de couro preta, sempre com a jaqueta de couro, sua calça preta, justa, sempre com a jaqueta de couro preta, porque ele tem que ficar falando de hardware, que é uma coisa chata pra Dedéu né. Então eles fazem mil animações pra trazer vida à coisa.
Andrea Janér:Não, ele mostra o hardware. Ele mostra as GPUs, né Como se elas fossem produtos de consumidor final, é como se fosse sei lá o Tim Cook mostrando o novo iPhone. Né Ele pega uma placa cheia de transistores ali e mostra e apresenta. Ela sobe, ela sai do chão, sobe como se fosse num balcão. A luz vem por cima e aí no fundo dele, uma tela mostrando aquilo Jura como se fosse uma apresentação de produto final, e na plateia tem muito desenvolvedor, tem muito cliente, que eles ficam assim excitadíssimos com aquelas possibilidades. Ele mostrou uma nova linha de chips chamada Blackwell, que são de ultimíssima geração, custam 3 milhões de dólares, é algo assim muito sofisticado. Eu imagino a segurança para esse voar até Paris para poder ser apresentado por ele. E ele mostra, ao longo dessa uma hora e meia, todos esses produtos e para que eles serão empregados, quais são os potenciais usos disso tudo. Mas ele mostra também. Ele traz um lado também que eu achei muito, muito interessante, que é enfim da Nvidia como líder dessa revolução tecnológica que a gente está viv, que eu achei muito, muito interessante, que é enfim da NVIDIA e como líder dessa revolução tecnológica que a gente está vivendo. Ela se coloca realmente como o motor dessa revolução. Se a gente parar para pensar todas essas empresas de tecnologia são clientes da NVIDIA. A NVIDIA está na base do que a OpenAI consegue fazer. A NVIDIA está na base do que a OpenAI consegue fazer. A Nvidia está na base do que a Anthropic pode fazer. São essas GPUs, são esses chips, em última análise, que permitem que essas empresas estejam construindo essa nova era de inteligência artificial. Então eu acho o Jensen Huang hoje a pessoa mais poderosa do mundo. Ele é muito discreto, muito humilde, ele não se coloca como tal, mas sem dúvida nenhuma, para mim ele é a pessoa mais importante do mundo porque ele está realmente no centro de toda essa corrida tecnológica. E o fato de ele estar lá com o Macron também tem uma outra, tem uma outra, uma outra informação que a gente precisa prestar atenção. Ele está trazendo a invidia para cooperar, para colaborar com os governos. A narrativa dele agora é que os países precisam ter soberania de inteligência artificial. Elas não podem depender de outros países, porque a gente está vivendo, como a gente disse nesse podcast várias vezes hoje um novo momento geopolítico no mundo. Então ele está trabalhando ao lado do Macron.
Andrea Janér:Ele está se tornando parceiro da Mistral AI. Ele já era investidor da Mistral, agora ele é um parceiro para turbinar a inteligência artificial na União Europeia para que ela tenha autossuficiência, possa ser capaz de construir inteligência artificial, principalmente alinhada com o EU AI Act, que é essa nova legislação europeia de proteção do desenvolvimento da inteligência artificial, e mostrando que esse é o caminho do futuro para os países, é ter soberania da inteligência artificial. E mostrando que esse é o caminho do futuro para os países, é ter soberania e inteligência artificial. Isso eu achei muito interessante, esse tema, eu achei fascinante assim, e eu acho que ele vai com isso ganhar novos clientes aí no mundo inteiro. Todo mundo vai querer conquistar essa soberania para não depender enfim das empresas americanas nem das empresas chinesas.
Andrea Janér:E ele fez isso de verdade, tá, o Macron, o Jensen Huang, contou no palco que ele, costurando esse acordo com a Mistral, ele disse para o presidente, para o Macron, presidente, você vai precisar apoiar a Mistral, que é uma empresa jovem, tem três anos de vida, você vai precisar apoiar essa empresa. E ele, assim como eu faço isso, aí ele, assim, fazendo com que as empresas francesas e europeias apoiem a Mistral também. E ele falou e quem são essas empresas? Aí, ele deu uma lista e o Macron passou a mão no telefone, ligou para os CEOs dessa empresa e mandou todo mundo apoiar financeiramente comprar produtos da Mistral. E a gente ficou na plateia pensando assim que boa essa área de vendas aí da Mistral, hein Presidente, liga pro CEO, manda pro CEO do cliente, manda o cliente comprar, você não precisa fazer mais nada, é só abrir enfim os pedidos. Então essa foi.
Fernanda Belfort:Acho que o que mais me chamou atenção nessa palestra do Jensen Wang, esse conceito da soberania e inteligência artificial que eu acho que a gente vai ouvir falar muito nos próximos anos E lembrando que tudo isso tem a ver com a discussão, inclusive, que estava acontecendo há poucas semanas atrás, não tantas assim, sobre a guerra de tarifas, toda a guerra que estava tendo, que agora tanta coisa aconteceu que a guerra de tarifas, toda a guerra que estava tendo, que agora tanta coisa aconteceu que a gente de alguma forma esqueceu, mas toda a guerra que também estava acontecendo entre a Europa e os Estados Unidos sobre as tarifas de importação e se essas tarifas iam ser só sobre bens, de produtos reais, ou se isso também ia ser sobre serviços, sobre tecnologia, a dependência desses países todos para empresas americanas. Então, quando a gente fala em soberania, em IA, esse assunto nunca esteve tão quente, porque existe não só essa discussão toda que a gente está falando agora do poder que o Trump também usa desta forma, mas toda essa vulnerabilidade que não pode existir. Dea, eu concordo com você, eu não sei se a gente vai substituir o telefone, mas com certeza a gente vai ter um outro gadget que vai ser muito importante. Do mesmo jeito que teve um dia que a gente só tinha computador, a gente passou a ter computador e celular, teve gente que até nem tem mais computador, mas a maior parte das pessoas tem. Eu acho que vai ter um outro elemento aí e parte do que a Apple. Eu vi algumas entrevistas depois com os executivos da Apple em que eles foram super questionados e eles falaram coisas do tipo a gente ainda não estava feliz o suficiente com o que a gente conseguiu alcançar com base no que a gente tinha mostrado no ano anterior. A Apple é famosa no mercado por algumas coisas.
Fernanda Belfort:A Apple não mostra vaporware tem essa terminologia no mundo de tecnologia que não é nem hardware nem software, é vapor. Sabe aquela coisa. Assim o cara foi lá, fez uma demo, colocou lá umas telas, dá a intenção do que ele quer que isso seja. Mas isso não é já um aplicativo ou um software que está operando Geralmente. O que eles mostram já está sólido e eles entregam o que eles mostram. Então eles têm uma reputação muito grande disso, o que gente devia ser básico, mas não é básico no mundo de tecnologia. Tem alguns eventos de tecnologia que até são assim. Olha, isso aqui é a visão E é importante.
Fernanda Belfort:Você vai fazer um investimento numa empresa por exemplo eu que trabalho com tecnologia pra empresa. Você vai fazer um investimento numa plataforma, numa aplicação, alguma coisa? você tem que saber pra que lado aquela empresa tá desenvolvendo as suas tecnologias. Aquela coisa cara, eu vou casar com você, mas vamos lá, você quer ter filho, não quer ter filho. Qualquer coisa, a gente pode se separar, pode, mas eu, em princípio, tenho um investimento.
Fernanda Belfort:Você comprar um telefone, você fazer um investimento pra instalar uma aplicação, aprender a usar isso em outra empresa, fazer um monte de coisa, e esse investimento tem que evoluir pra direção certa. Então, defendendo uma parte dessa visão da indústria, porque tem algumas coisas que é realmente assim deixa eu te mostrar a direção para a qual a gente está indo. Mas essas demonstrações da Apple sempre foram muito concretas E dessa vez eles não entregaram E eles falaram que o que eles apresentaram, sim, já era um software que estava operando, mas que eles não estavam contentes que eles chegaram no nível que eles precisariam para entregar uma experiência que é uma experiência que condiz com a da Apple. A Apple não é uma empresa que ficou famosa por desenvolver as primeiras tecnologias. Muita coisa que a Apple popularizou, aperfeiçoou e ficou famosa por eram tecnologias que já existiam em outras no mundo de alguma forma.
Fernanda Belfort:Tem um monte de coisa que Android está na frente da Apple, tem funcionalidades e coisas, mas a Apple acaba sendo muito conhecida por entregar essas coisas numa experiência muito melhor. E aí, a hora que você está falando em A generativa, ainda é difícil. A tecnologia não é confiável no sentido de você saber que a resposta quando você tem, por exemplo, um assistente de voz em que você pode perguntar tantas coisas, é diferente de você falar. Olha, se você pegar um print de uma tela, você consegue circular e acontecer uma coisa. A quantidade de possibilidades que a pessoa pode pedir para você naquele contexto é muito limitada versus um assistente de voz.
Fernanda Belfort:Ninguém na indústria conseguiu até hoje entregar um assistente de voz que realmente você consiga pedir coisas e ele vai executar essas coisas de uma forma efetiva. Então eu acho que talvez eles tenham se adiantado achando que iam conseguir entregar alguma coisa e daí deram uma segurada. E a verdade é que isto não é tão fácil quanto se imaginava. A gente está vendo muitas demos e muitas possibilidades, mas isso ainda não está aprimorado e entregue com o nível de experiência que a Apple realmente tem. Então acho que, defendendo um pouco a minha queridinha Apple, mas eu acho que tem um pouco desse lado E eles lançaram várias coisas interessantes, com certeza algumas coisas que a gente está vendo no mercado como um todo, mas tradução simultânea em várias situações diferentes que eu acho que é super interessante Várias coisas de personalização, então você ter um trainer, por exemplo, que você está saindo para correr, ele sabe como está o tempo, ele sabe se você está cansado, ele sabe para onde você está indo, ele sabe E ele consegue interagir com você, te motivar ao longo dessa jornada de uma forma muito mais personalizada.
Fernanda Belfort:Então, acho que tem várias coisas interessantes que eles estão lançando, mas todo mundo esperava algo revolucionário, incrível, que não chegou E eu acho que a gente já barrou que não chegou E eu acho que a gente já barrou, já rompeu barrou, não, já rompeu ali o limite de mostrar o que a tecnologia é capaz de fazer. Mas para muitas dessas coisas e para um assistente pessoal, a gente ainda não chegou lá. Nenhuma empresa chegou. E eu ouço você falar do óculos e eu penso nossa, estou esperando o óculos da Apple, porque a Apple é famosa por quando entregar a experiência, entregar a experiência realmente com um dispositivo que tem um design e tem uma entrega de experiência e uma usabilidade que é realmente acima da média.
Andrea Janér:Pois é, mas eu confesso que eu traí a Apple dessa vez.
Fernanda Belfort:Você pode super trair. Eu acho o máximo a gente testar todas essas coisas, amiga.
Andrea Janér:E eu adorei. Confesso que eu tô amando, depois eu vou aprender melhor. Eu tô começando a mexer nele agora. Acho que tem muita coisa pra descobrir. Mas dá pra ouvir música, dá pra fazer call. Você faz vídeo call com a família, a família vê o que você tá olhando. É muito legal, muito bom, amei eu quero.
Andrea Janér:Quando você chegar em São Paulo, eu quero ver Dé, quero que você me mostre a gente faz um café pra gente, brincar, você vai destrinchar ele muito mais rápido do que eu né, mas enfim você me ensina, o Lar já deve saber tudo tá, tá com ciúmes, traz logo pra eu ver como é que mexe mas é isso né.
Fernanda Belfort:Vamos lá, queridos, já passamos de uma hora, mas essa semana tinha muito assunto.
Andrea Janér:Né, amiga, não deu desculpa mas não deu.
Fernanda Belfort:Era muito assunto, bom, mas é isso aí, você vai gravar. De onde o próximo episódio, déia me conta não o próximo.
Andrea Janér:Eu tô no Brasil, acho tá bom talvez a gente deixe pro domingo. Vamos bater agendas agora talvez tem que ser pro domingo de novo porque eu vou estar chegando no sábado, tá bom pessoal.
Fernanda Belfort:Muito obrigada por mais uma semana valeu, nos vemos na próxima beijo.