Duplo Clique

#23 Cannes Lions e EUA Atacam Irã

Andrea Janer e Fernanda Belfort

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Os contrastes extraordinários do mundo moderno são escancarados neste episódio fascinante. De um lado, mergulhamos na atmosfera dourada e glamourosa do Festival de Cannes, onde o Brasil foi coroado como "Creative Country of the Year" e bateu seu recorde histórico de premiação. Exploramos como os criadores de conteúdo (creators) estão revolucionando o marketing mundial, evoluindo de simples influenciadores para verdadeiros investidores e parceiros estratégicos de marcas.

O episódio culmina com uma análise das tensões geopolíticas que atingiram um ponto crítico quando Trump ordenou o bombardeio de instalações nucleares iranianas, utilizando as poderosas bombas GBU-57. Investigamos como esta ação contradiz suas promessas de campanha e quais podem ser as consequências econômicas globais, especialmente se o Irã cumprir a ameaça de fechar o Estreito de Ormuz. Uma visão única e multifacetada de um mundo em transformação acelerada, que não encontrará em nenhum outro lugar.

Links:

Louvre museum shuts its doors as staff say they are overwhelmed

A Conversation with President Barack Obama | The Connecticut Forum

"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."

Fernanda Belfort:

Eu sou a Fernanda Belfort e eu sou a Andréa Jané, e bem-vindos a mais um Duplo Clique. Bom, gente, como a nossa vida nunca é fácil. A gente já estava com a pauta praticamente pronta. Estamos gravando no domingo porque a Dea acabou de desembarcar, voltando de Cannes, e o que acontece enquanto Andréa está voando sobre o Atlântico, os Estados Unidos, isso foi o que estava acontecendo para o marido da Andrea, entendeu?

Andrea Janér:

E para as filhas.

Fernanda Belfort:

Para o resto da família. não estou brincando, gente, no meio disso tudo os Estados Unidos bombardearam o Irã, então a gente vai falar disso? Sim, mas a gente resolveu começar com a parte mais leve. né ideia, porque senão a gente não fala de outra coisa. a gente só fica falando do Trump, do não sei o que, do que tá acontecendo e tem sido uma coincidência, né toda vez que a gente grava um podcast.

Andrea Janér:

Alguma coisa acontece na véspera já é piada. Já virou piada vou falar rapidamente aqui da nossa, da minha última semana. Eu passei uma semana no VivaTech em Paris, depois fui pra Cannes e cheguei hoje de manhã e foi meu terceiro Cannes. Então tô cada vez navegando com mais segurança, e com mais segurança e com mais também senso crítico. Aquele mundo né a gente fica vivendo uma semana naquela bolha, né da publicidade, do entretenimento, das novas plataformas primeiro naquela bolha do sul da França.

Fernanda Belfort:

Né, já é assim, meu Deus, eu não vou mentir.

Andrea Janér:

Eu amo nasci pra ser rico como diz a minha amiga Cris Nalmoves, ela Não que já é assim. Meu Deus, eu não vou mentir. Eu amo Nasci pra ser rico. Como diz a minha amiga Cris Naumovs. Ela fala assim a vida que eu levo é outra, mas a que eu gosto mesmo é essa aqui Exatamente.

Fernanda Belfort:

Adorei essa da Cris.

Andrea Janér:

É muito bom, né Assim Cannes tem aquela luz dourada, a cidade fica linda, tem um lado assim que a gente até tava discutindo esse final de semana que é muito, que é uma pena, assim porque a cidade agora é tomada pelos, principalmente pelas marcas, né durante esse período do festival do Cany Lions e assim aqueles hotéis lindos da Cosette, tipo o Majestic, o Carlton, o próprio Martinez, eles são né tomados pelas plataformas ricas, né tipo sei lá LinkedIn, netflix, e eles forram a fachada desses hotéis, que são fachadas pensa assim na fachada do Copacabana Palace, que é linda, né super bonita, clássica e tal e eles envelopam esses lugares. Então assim enfeiam a cidade. A gente tava comentando jantamos aí.

Fernanda Belfort:

acho que no sábado Quem nunca foi pra Cannes sem ser no festival não conheceu Cannes. É, é isso que a gente tava falando.

Andrea Janér:

As famílias que.

Andrea Janér:

Tão lá Eu já fui, sem ser no festival, entendeu, mas As pessoas que tão lá desavisadas, né Que escolheram uma semana pra ir pra Cannes e escolheram justamente essa semana, coitadas, né Dá pena porque a cidade tá Bom, o trânsito é uma coisa assim inacreditável. A cidade não anda, tá tudo parado, tudo né Transformado, transmutado, né Nesses lugares. A gente tava falando de algum hotel, a gente jantou sexta-feira, eu, gabi Onofre ideia e Fernandes da Publicis e o Michel Conforado. A gente estava jantando e falando sobre, realmente hotéis que inclusive interditam a piscina, ou seja o hóspede do hotel não tem nem direito a usar a piscina durante aquela semana. Então tem esse lado meio over.

Fernanda Belfort:

Mas espero que dizem né um relis mortal, que queira se entendeu.

Andrea Janér:

mas anyway, às vezes a pessoa só tá lá naquele dia, faz uma viagem que mal bem, é junho, já é alta temporada, né lá, então é uma data realmente que a cidade fica totalmente em função do festival e que acho que as marcas perderam um pouco a noção. Assim acho que a coisa ficou saiu um pouco de controle, no sentido de invadir e de interferir no que deveria ser sagrado, ali que é a cidade, a forma como a cidade está, mas pelo menos conceitualmente é esperado.

Fernanda Belfort:

Né, porque, como estamos no maior festival de publicidade do mundo, no fim pelo menos a publicidade invadir é de alguma forma esperado. E esse fenômeno da Europa ser invadida no verão é um problema maior do que Cannes.

Andrea Janér:

Né Dé Não então a gente estava em Paris no domingo passado. Eu fui embora de Paris no domingo passado para ir para Cannes e na segunda-feira a gente também amanheceu com a notícia de que o Louvre fechou as portas no meio do nada, no meio do dia, por uma greve dos seus funcionários. Não é a primeira vez que isso acontece. Eu acho que foi dois anos atrás que os funcionários tomaram a mesma medida, num dia que tinha filas homéricas do lado de fora. O calor era terrível e os funcionários tomaram essa medida como uma forma de protesto e numa tentativa também de proteger o acervo do museu, porque são 30 mil pessoas por dia. Nem o ar-condicionado dá conta de proteger as obras que estão lá, as pessoas, a quantidade de gente vis-à-vis a quantidade de seguranças que estão disponíveis ali para proteger o acervo.

Andrea Janér:

O Louvre virou um termômetro do over-tourism, que é algo que a gente vem falando já há algum tempo. Algumas cidades, alguns monumentos realmente sofrendo com esse excesso de turistas em várias partes do mundo, desde a Fontana de Trevi em Roma e o Louvre é um lugar muito Até o Pico do Everest já foi vítima também do overtourism. Então é algo que a gente sabe que existe. Ninguém está conseguindo combater isso da forma correta. A gente vê que alguns lugares, por exemplo Veneza, instituiu recentemente uma taxa para tentar limitar o número de visitantes por dia, porque também se acredita que daqui a pouco a ilha vai afundar ali por causa da quantidade de turistas. Daqui a pouco a ilha vai afundar ali por causa da quantidade de turistas E na falta de um governo que faça algo a respeito, os moradores desses lugares estão fazendo justiça com as próprias mãos.

Andrea Janér:

Então a gente viu de novo na semana passada, na semana retrasada, os moradores de Barcelona indo às ruas fazer um grande protesto, de novo com armas d'água, tentando afugentar os turistas que também estão invadindo as ruas da Espanha. Então as cidades europeias no verão estão ficando super, até perigosas para os turistas porque está havendo uma hostilidade com relação aos tur turistas e a gente nem chegou ainda em julho, né ainda estamos a duas semanas da altíssima temporada que é julho. Então a gente pode esperar que vem coisa muito pior por aí.

Fernanda Belfort:

E isso numa situação também no momento em que, com todo aquecimento global né ondas de calor extremo acontecendo Nos Estados Unidos, está com alerta de que nos próximos dias ou semana que vem vai ter uma onda de calor extremo, que a previsão passa de 40 graus Celsius em várias cidades. Então Austin, por exemplo, acho que Chicago estão nessa faixa de que é perigoso, e extrema cautela em cidades como Nova York, por exemplo. Aí você está de repente de férias passeando no calor extremo. tudo que você quer é entrar num museu refrigerado ou em alguma coisa assim. Então aqui é o que você falou um calor escaldante a galera tentando entrar lá. De repente você foi para Paris para ver e visitar o Louvre e você não consegue.

Andrea Janér:

É, acho que esse é um risco. O Macron já disse que vai fazer ele vai lançar um pacote. Ele lançou inclusive um pacote de medidas pra tentar enfim mudar um pouco essa dinâmica no Louvre. Inclusive, eles querem colocar a Mona Lisa numa sala própria. né, porque grande parte desse frenesi é pra ver a Mona Lisa E as pessoas reclamam que você chega lá e não consegue ver a Mona Lisa. Você vê um mar de celulares, de cotovelos, de braços levantados.

Fernanda Belfort:

E você consegue ver um pedacinho da Mona Lisa. A sala não é grande e você precisa caminhar bastante dentro do Louvre pra chegar lá. Se o problema todo é a Mona Lisa, de repente já põe o Louvre numa sala especial, a Mona Lisa numa sala especial ali mais próxima da entrada. Entendeu Assim que consegue de repente tirar o fluxo de quem só quer ver a Mona Lisa e deixar o resto do museu pro resto né.

Andrea Janér:

A ideia é que ela fique numa sala separada e que tenha um ingresso separado, que só vai poder ver a Mona Lisa com hora marcada. Você vai ter que fazer um agendamento pra poder vê-la, então essa é uma das medidas que vai resolver o problema do.

Fernanda Belfort:

Overture no.

Andrea Janér:

Louvre, mas melhora um pouco, já que ela tem esse status de uma obra mítica. Muita gente vai lá só pra ver realmente a Mona Lisa e fazer aquela selfie com a Mona Lisa. Então é algo que Enfim. Esse overtourism é um alerta aí pra quem estiver planejando as suas férias no verão europeu Preparem-se, porque o clima tá útil.

Fernanda Belfort:

Você já tá saindo da época das férias escolares, entendeu. Mas o problema é esse é férias escolares, a gente precisa mudar as férias no mundo. Eu já falei isso. A gente precisa mudar as férias pro outono e pra primavera. Problemas né White rich people, problem, gente, exatamente Qual que é o meu problema? Não tá uma boa época que meus filhos têm férias, ou tá muito frio ou tá muito calor. Vamos mudar as férias. A gente prometeu um início de episódio mais leve antes de falar da guerra do verão. Né, Então estamos entregando.

Andrea Janér:

E assim é isso mesmo. A gente estava agora lá. Quem já foi à França no verão sabe como é Não tem ar-condicionado em todos os lugares, O refrigerante é servido quente, A água é servida quente, A cerveja é servida quente. Tudo é caríssimo, Tudo é lotado. Então assim é pra gente pensar duas vezes mesmo se você puder ter outras épocas e tiver essa flexibilidade.

Andrea Janér:

Claro que quem tem filho não tem. Mas se você tiver essa flexibilidade, pense duas vezes, pense dez vezes. Eu lembro de uma outra onda que a gente pegou três anos atrás, que eu tava na França, também no verão, e as sorveterias estavam fechadas porque elas não conseguiam refrigerar o sorvete na temperatura ideal, tamanho era o calor que estava lá fora. Então assim também se soma a isso essa dificuldade que a Europa tem de lidar com enfim o calor.

Fernanda Belfort:

Mas uma coisa que me chama muito atenção. Eu lembro sei lá, já está em Roma um calor docão e os lugares, tipo as sorveterias, os lugares, todos tem o ar-condicionado, mas portas abertas. Não é como nos Estados Unidos, que tudo tem uma porta fechada, separando o ambiente interno do externo. Então, além de ter um ar-condicionado muito mais potente e tudo também tem isso, tudo o portão vai levar assim gente. Óbvio que não vai dar conta nunca, né Tá tentando refrigerar o universo aqui Tipo não vai resolver, entendeu.

Andrea Janér:

E eu acho, eu sempre fico pensando que a gente avança tanto, a tecnologia avança tanto em tantas frentes, em tantas indústrias, mas a indústria da climatização, por assim dizer, né eu acho que ela não avançou. Eu acho que o modelo de ar-condicionado que funciona no mundo inteiro é o mesmo, não sei há quantas décadas. eu queria até pesquisar isso E eu acho que a gente vai entrar numa fase com o mundo que esse vai ser um fator assim crítico pra hospitais, pra shoppings, porque a gente pensar na energia que é gasta hoje para refrigerar esses ambientes.

Fernanda Belfort:

A gente fala muito na energia limpa, mas realmente a tecnologia das coisas assim não sei o quanto Sim da refrigeração de ar ela tinha que ter evoluído.

Andrea Janér:

A gente deveria poder ser capaz de refrigerar ambientes com menos gasto de energia e com uma tecnologia talvez diferente. Porque isso? e às vezes você tem esses contratos, como você mesma falou, nos Estados Unidos você entra num shopping, é gelado.

Fernanda Belfort:

É o contrário, até né É gelado, você passa até frio.

Andrea Janér:

Brasileiro fica doente lá É e não precisa ser tão gelado assim também. Né Deveria existir algum critério, né, como na Europa, você entra num hotel e você acha que o quarto não está tão gelado. Você vai lá naquele ar-condicionado central e tenta baixar a temperatura. Não baixa de 20 graus, 21 graus. Em alguns países, como a Suíça, é proibido, você, colocar ar-condicionado.

Fernanda Belfort:

Lembra das Olimpíadas na França, De que parte dos atletas só tinha o ar-condicionado o resto ninguém tinha o ar-condicionado pra dormir, um calor infernal.

Andrea Janér:

E o quanto isso afeta a performance do atleta. Isso no fundo não deixou de ser uma forma de doping, né Você colocar o ar-condicionado não deixa de ser, de uma certa forma, um doping. Porque se ele dorme, melhor se ele consegue relaxar mais num ambiente refrigerado do que uma outra pessoa que não teve acesso. Então é uma Para mim essa questão da refrigeração. Num planeta que está aquecendo cada vez mais, ela vai ser cada vez mais crítica.

Fernanda Belfort:

Eu acho que era uma boa maneira de investir recursos os VCs que estiverem me ouvindo financiar empresas de refrigeração, porque isso vai dar muito dinheiro, e a gente fala muito em energia limpa e energia, que é um dos grandes gargalos do mundo hoje. Quando a gente fala até em energia limpa e energia, que é um dos grandes gargalos do mundo hoje, quando a gente fala até em inteligência artificial, a gente sabe que tem um, que é produzir chips e o segundo é toda a parte de energia Para a gente conseguir veiar escalar da forma que a gente precisa.

Fernanda Belfort:

precisa de energia exatamente para resfriar os Para resfriar os servidores, todos Todos esses lugares.

Andrea Janér:

Por isso que vários desses centros, desses data centers, são em lugares tipo, sei lá, escandinávia, né Que é, onde já é naturalmente mais frio, né É e tem outro no Texas, mas anyway Agora tá bom, tá bom o Texas não Tá super bem pensado Mas anyway, bom De bom, tá bom, não tem exceção, tá super bem pensado.

Fernanda Belfort:

Mas olha aí, bom Dea, e fora isso, cuny, né CUNY, vamos falar. Você acompanhou de lá, eu acompanhei à distância. O que eu vejo é que tem algumas conversas que já são muito antigas. Né assim, a gente CUNY é uma festa, é a riqueza, é tudo isso de uma indústria que já tem muitos problemas indústria de propaganda. Já estava lidando com margens cada vez menores, empresas negociando cada vez mais com as agências custos de produção, levando muitas vezes a ambientes tóxicos de trabalho, a gente trabalhando, virando noite, trabalhando. Então acho que já existia uma série de tensões que ficavam muito claras nesse momento que tem uma celebração tão rica, e tudo numa indústria que de repente está montada em cima de uma estrutura que não é uma estrutura que vai perdurar, não é uma estrutura saudável e que agora tem toda a parte de A. Então eu acho que isso é uma discussão acontecendo né, e já te passo a palavra em seguida E tem uma outra discussão que também é super antiga, que é das peças fantasmas. É tudo bem, eu tenho uma agência né que ganhou não sei quantos leões em cane, que legal. Mas isso não quer dizer que ela trouxe resultado para o seu cliente ou para o seu anunciante.

Fernanda Belfort:

Tem agências que até viram e falam a gente não vai por definição participar desse tipo de premiação, porque a gente tem um compromisso em trazer resultado para os nossos clientes. A gente não quer ir atrás e perseguir isso. E uma vez que esses leões, esses prêmios trazem tanta notoriedade no mercado e chamam tanta atenção, as agências né acabam muitas vezes propondo peças pros seus clientes para participar de festivais. Muitas vezes as peças não são veiculadas ou são minimamente veiculadas. Né você colocou ali em um jornal que ninguém viu e tudo que são as chamadas peças fantasmas e você fala bom, tem um monte de peça que tá ganhando com case lindo, mas esse case nunca de verdade esteve presente, esteve no ar. Então eu acho que essas discussões já são duas discussões que são super antigas. Né Béa, super O que você viu em.

Fernanda Belfort:

Cannes nessa temporada.

Andrea Janér:

Eu acho que tem muito bem colocado Fê. Acho que são essas duas conversas sempre vem à tona quando a gente está falando de Cannes. Eu acho que o festival tem investido mais em conteúdo de uns tempos para cá. Eu acho que o público, que sempre foi formado basicamente por três vertentes, que são as agências, as marcas anunciantes e as plataformas, o festival está tentando diversificar um pouco esse público atraindo. por exemplo, pela primeira vez o ano passado eles criaram um ingresso mais barato, por exemplo, para os criadores de conteúdo, os creators, que é um público que está crescendo no festival. E só para dar uma noção, aqui o ingresso do festival é muito caro. O ingresso custa cerca de 4.500 euros. Então o ingresso que eles criaram para um criador de conteúdo custa mais ou menos 1.300 euros.

Fernanda Belfort:

Então eles criaram essa modalidade. Será que eu sou criadora de conteúdo por ter o duplo clique Super, tudo bem. Eu ainda não estou podendo ir pra Cannes, estou até aqui trabalhando, mas tudo bem.

Andrea Janér:

Mas fica a dica aí pra quem tiver ouvindo. Fica a dica, gente.

Fernanda Belfort:

Gente, por favor, apertem aí pra assinar o duplo clique, contem pros amigos, façam o duplo clique realmente ser caracterizado como podcast de sucesso pra gente.

Andrea Janér:

Você pode economizar no badge. A Andrea é mídia.

Fernanda Belfort:

Ela já tá em outro patamar. Ai, amiga, o que eu preciso pra um dia ser mídia no festival. Mas vai, um dia eu chego lá, continua, desculpa.

Andrea Janér:

Não, mas o fato é que assim eles, com esse desconto no badge um desconto, não um badge mais barato eles conseguem atrair um público que a cada ano ganha mais protagonismo na comunicação das marcas em geral. Acho que esse já fica aí um dos grandes aprendizados do festival, pra mim, aliás, dos festivais, né porque desde Austin esse ano, desde o assistido a CW de Austin é que se falou com mais força sobre os criadores de conteúdo. Esse assunto não é novo. Já faz uns três anos que esse Creators passou a ser uma trilha em vários festivais. Então não é de hoje que se fala desse assunto e do potencial dos Creators como sendo o futuro do marketing, o futuro da comunicação. Mas eu sinto que esse ano eles mudaram de fato de patamar.

Fernanda Belfort:

Então, assim, nesses festivais, todos Deixou de ser uma coisa marginal e uma tendência. Não deixou de ser.

Andrea Janér:

Porque as pessoas estão confiando mais nos criadores do que nas marcas para falar dos produtos. Então os criadores realmente ganharam uma importância, mesmo que vai muito de encontro a esses. Essas notícias que a gente tem visto recentemente sobre as pessoas passarem menos tempo nas redes sociais, por exemplo.

Andrea Janér:

São duas coisas um pouco conflitantes né, porque se por um lado as marcas estão cada vez mais entendendo que os criadores são os seus melhores embaixadores, né Que elas estão usando os criadores para poder vender seus produtos Por outro. A gente tem sido cada vez mais impactado por essas notícias de jovens saúde mental, pessoas tentando viver um pouco mais offline, viver desconectadas, detox e tudo mais. Então isso é ainda algo que a gente, isso ainda precisa acontecer, ainda precisa impactar os números. Ainda acho que é uma tendência, mas ainda não impactou significativamente os números. Mas eu acho que no marketing há já vários anos.

Fernanda Belfort:

Isso é uma tendência e até pra galera que não é muito desse mundo. Quando a gente fala creators, a gente se refere a pessoas que criam conteúdo. Alguns anos atrás a gente se referia a essas pessoas como influenciadores. Hoje já teve uma evolução até um upgrade de alguma forma, até de status, para essas pessoas como criadoras de conteúdo. Mas são as pessoas que realmente produzem conteúdo, seja para o TikTok, para o Instagram, para o YouTube, para um podcast, para várias plataformas e até falando o quanto tem uma quantidade grande de pessoas hoje que não consomem, por exemplo, um jornal ou uma mídia tradicional para consumir notícias, elas se informam simplesmente na mídia social. Isso quer dizer que ela pode estar lá simplesmente lendo uma fake news ou uma notícia qualquer que viralizou. Ou assim, minhas filhas têm algumas pessoas que elas gostam de ouvir e muitas das coisas que elas vão se atualizando do que está acontecendo no mundo são através dessas pessoas. Parte de vocês que tem, como de repente, o duplo clique como uma das principais fontes de informação. É isso.

Fernanda Belfort:

Né Eu e a Dé são creators nesse mundo E existem várias pesquisas mostrando o quanto as pessoas hoje confiam mais nas informações e nas coisas vindas destas pessoas do que numa propaganda, de um anúncio, por exemplo. Então, se eu venho aqui e falo de alguma coisa pra vocês, faço uma né, talvez um publi ou alguma coisa assim sobre alguma marca. Né, por exemplo, sobre a Oxygen, essa empresa incrível da DEA né DEA Que a gente mais vende a Oxygen, depois um pouquinho de Salesforce, que não tem nenhuma relação direta com a Salesforce.

Andrea Janér:

Cash. Aceitamos anunciantes, né Vamos aproveitar esse momento aqui. Aceitamos anunciantes.

Fernanda Belfort:

Vocês querem ter uma newsletter do Duplo Clique. Vocês querem tudo isso Patrocinem a gente, pra gente ter capital pra fazer tudo isso acontecer. Mas isso já é uma tendência que tá acontecendo e os festivais acho que agora estão simplesmente incorporando isso de uma forma mais ampla e foi muito rico.

Andrea Janér:

A gente viu, por exemplo, tinha duas influencers lá, duas creators que são muito famosas nos Estados Unidos, a Alex Earle e a Alex Cooper.

Fernanda Belfort:

Alex Cooper é do Call Her Daddy, onde a Kamala Harris foi fazer o seu último, a primeira, her Daddy, eu conheço a primeira nela, a primeira do quê? Então ela estava lá.

Andrea Janér:

Alex Earle é uma influencer que uma das histórias interessantes sobre ela. Ela é grande, ela é gigante nos Estados Unidos hoje em dia e ela foi na verdade contar enfim não só a trajetória dela, a história dela, mas hoje isso é um lado bem interessante dos creators é que eles não estão mais quem é muito grande, quem é muito gigante como ela. Eles não estão mais só interessados em fazer um contrato com uma marca pra fazer lá uma determinada campanha, fazer x postagens e tudo mais. Eles estão se tornando investidores das marcas. Eles estão ganhando equity das marcas E a Alex Earl foi uma dessas influenciadoras que se tornou investidora na Pop.

Andrea Janér:

A Pop é uma bebida, é um não refrigerante. Assim é uma bebida cool, jovem, que não leva açúcar, é um pouco mais saudável e é uma alternativa aos refrigerantes. Tem prebióticos. E cool jovem, que não leva açúcar, é um pouco mais saudável E é uma alternativa aos refrigerantes, né Tem prebióticos e tudo mais. E essa bebida tem cinco anos de idade. Essa marca tá. Ela foi criada por um casal, casal mesmo casado, cinco anos atrás E agora, no final do ano passado, a Pepsi comprou por algo tipo 2 bi de dólares essa marca E a Alex tinha sido. Ela adorava a bebida, ela tinha essa relação já como usuária, como consumidora da marca, e ela acabou se tornando investidora.

Andrea Janér:

E aí você vai ajudando aquela marca a crescer e no fundo os criadores viram realmente powerhouses. Né Porque eles não só representam as marcas, mas eles são um pouquinho donos das marcas também. Então isso é uma outra, um outro cenário. Né Em que os creators viram business people assim, e aí você começa a entender porque que eles ficam tão grandes. Né Porque eles vão entrando em vários negócios, porque eles sabem também que a vida de um creator não é tão longa assim, né Porque eles vivem… Eles trabalham muito. A verdade é que os creators trabalham muito. Né Eles têm que fazer quatro posts por dia.

Fernanda Belfort:

A gente que indica, né Dé Só de fazer um podcast aqui. isso não é nosso trabalho, né Assim é um side gig. Mas anyway, dá bastante trabalho, é isso dá muito trabalho.

Andrea Janér:

Então assim eles chegam uma hora que, e muitos desses creators, como a Alex, earl e tal, são pessoas que ficaram gigantes compartilhando o seu dia, a sua vida, seu café da manhã, sua academia, seu passeio com o cachorro Que tem o lance do overexposure.

Fernanda Belfort:

Isso cansa né.

Andrea Janér:

Isso deixa as pessoas exaustas. Chega uma hora que as pessoas estão ali famintas por mais né Os seguidores querem mais. Querem saber mais onde você tá, o que você faz, o que você pensou sobre determinado assunto. Isso pra eles é exaustivo. Chega uma hora que eles têm um burnout e muitos, inclusive, somem do holofote porque não aguentam a pressão né. Então é uma vida que eles construíram em cima da exposição e depois de um tempo isso fica realmente muito forte E tem o lance do peso do algoritmo também, né.

Fernanda Belfort:

Então acho que tem toda essa relação também entre YouTube e creators, entre plataformas, e acho que Dé é uma coisa que você estava comentando né Assim o quanto as plataformas estão ganhando força no evento, né.

Andrea Janér:

Versus agências super as plataformas hoje. São as que são quem faz, são elas que fazem hoje as grandes ativações de marca, essas que eu critiquei no início, que mudam a cara dos hotéis e dos prédios históricos de Cannes, são delas, são das plataformas as famosas festas, os hiates tocando, tomando vinho rosé.

Andrea Janér:

São as plataformas, não são mais as agências. As agências estão numa fase mais de ir pra lá pra fazer negócio, fazer networking, mesmo, encontrar os CMOs. Mas as grandes festas mesmo são hoje feitas pela Netflix, são feitas pelo Spotify, pelo TikTok, pela Meta, que estão lá para enfim atrair mais anunciantes também. E o que essas plataformas estão fazendo, que é mais complexo quando a gente pensa nesse ecossistema, é que no ano passado já algumas dessas plataformas, como TikTok, como Spotify, começaram a introduzir ferramentas de inteligência artificial para os anunciantes, principalmente os pequenos e médios que não têm recursos para ter uma agência para eles, poderem fazer seus próprios anúncios dentro da plataforma. Então hoje, por exemplo, tem algumas dessas plataformas que permitem que você suba sei lá o brand book da sua marca, os seus manuais, os guidelines da sua marca. Explique rapidamente no prompt o que é o seu produto para que ele serve, quem é o público que ele vai atingir e num passe, de mágica.

Fernanda Belfort:

Você tem um anúncio, odea isso. Eu acho que teve um grande anúncio da meta que foi muito em linha com o que você está falando, que é isso, eu que trabalho com marketing personalização de marketing, não deste lado, mas do lado das empresas, não do lado de veículos, mas do lado de oferecer tecnologia para que as empresas consigam fazer tudo isso.

Andrea Janér:

Inclusive tinha uma casa linda da Salesforce Que eu espero que ano que vem você me convide Pra eu ir lá. Se eu for convidada, eu te levo, tá, amiga Vamos ver se a gente vai ver isso. Até lá o nosso podcast vai crescer, a gente vai ser convidada.

Fernanda Belfort:

Exato, não é uma ativação feita pelo Brasil E eu não quero ir morar em São Francisco Pra fazer isso. Mas no fim do dia, o que eu trabalho é muito com essa parte da personalização e a gente vira e fala não adianta você ter sei lá 30 segmentos diferentes se você tiver só quatro peças diferentes para mostrar para o seu cliente. Aí, no fundo, você tem quatro segmentos E esse esforço de você ter artes diferentes para você conseguir mostrar para pessoas diferentes é um dos grandes gargalos de personalização. Então existem uma série, existiam agências, houses, agências dentro dos clientes, com um monte de gente só fazendo esse tipo de coisa, falando não vou pegar essa peça principal dessa grande campanha que foi desenvolvida pela sei lá pela África, pela sua agência, e aí eu vou ficar só fazendo adaptação das peças para várias coisas diferentes. Isso cada vez mais a tecnologia está fazendo e agora os próprios veículos estão entrando.

Fernanda Belfort:

Então a Meta lançou, por exemplo, essa capacidade de que você pode subir o seu brand book, você pode subir as regras todas da sua marca, como você estava falando, e naturalmente isso, a hora que você entrega peças mais rápido, mais fácil, personalizadas, você gera uma disruptura e o desemprego de uma série de pessoas Tem N discussões em relação a isso, porque quando você faz isso, cada vez mais você fica entre aspas, refém de uma empresa, uma plataforma como a Meta, porque cada vez mais o seu resultado depende deles e eles reprecificam as coisas e os anúncios, as coisas do jeito que eles querem, a hora que eles querem. Então tem várias discussões disso tudo, mas é uma ferramenta super poderosa e é o tipo de coisa que acaba mudando a indústria. Então eu acho que uma novidade que já vinha vindo nos últimos anos, porque IAR não é uma coisa nova, mas que está cada vez mais se concretizando é essa ameaça E a gente já vê uma série de pessoas perdendo emprego. Houses, que são essas agências internas das empresas, que muitas vezes elas têm diminuindo, demitindo gente, e tudo isso acontecendo.

Andrea Janér:

Pois é, eu acho que esse é o pano de fundo para tudo que está acontecendo lá. Mas de qualquer maneira, foi um evento, como sempre, muito cheio, muito disputado. Todo mundo ainda está lá em busca dos seus leões. A gente sabe que Cannes é o contrário dos outros festivais que a gente costuma ir. A gente sabe que Cannes é o contrário dos outros festivais que a gente costuma ir. Cannes é uma premiação. Essa é a razão de todos estarem lá Não é um festival de conteúdo.

Fernanda Belfort:

Ele, by the way, tem conteúdo. Né É uma premiação By the way, tem conteúdo.

Andrea Janér:

E, aliás, eu acho que o conteúdo tem sido Tem melhorado a cada ano. Acho que é um dos objetivos do festival Atrair cada vez mais os CMOs, né que estão lá também pra tem muita gente que vai lá pra aprender e tem palestras muito, muito boas. Esse ano eles levaram Mustafa Suleiman do Google desculpa, da Microsoft que era um antigo DeepMind que agora é o Chief AI Scientist da Microsoft. Foi uma decepção pra mim. Eu tava super animada pra vê-lo, mas como sempre ele vira um cara super corp. Quando ele vai para uma empresa dessas, então ele não consegue na verdade aprofundar nenhum assunto. ele está ali super media trained, respondendo perguntas muito básicas, tudo combinado antes, então saindo pela tangente com assuntos um pouco mais delicados. Então foi uma decepção. Assim, achei que esperava ver algo mais interessante. A gente viu enfim celebridades que eu acho que é um outro público que está indo muito para a Cannes.

Andrea Janér:

Né Jimmy Fallon, reese Witherspoon Estão lá para fazer negócio, pra mostrar que eles são hoje powerhouses de mídia. Mesmo o Jimmy Fallon tem um império hoje de mídia. A Reese Witherspoon também começou com a sua Hello Sunshine, que é uma produtora voltada pra criar, pra produzir conteúdo a partir de histórias de mulheres, enfim tentar avançar com a pauta do feminismo, então ela tem uma história muito bacana para contar. Acho que a história da Hello Sunshine é super legal E ela estava lá para lançar uma outra produtora, só que voltada para a geração Z, também para colocar luz em histórias da geração Z. Acho bem interessante o que ela trouxe também, então, assim muitas conversas. Acho que a gente sai de lá com um bom feeling, um bom entendimento de para onde a indústria da mídia, da comunicação, do marketing, do entretenimento estão indo. Esse ano foi um ano muito especial para o Brasil.

Fernanda Belfort:

Ah isso que eu ia falar. Acho que a Cânia começou com a cobertura toda aqui falando da importância do Brasil e do foco do destaque que o Brasil teve, E terminou a semana falando da DM9, né, Então eu queria puxar esses dois assuntos, para a gente conseguir encerrar esse assunto e ir para a guerra. Né gente Que não vai ter jeito vamos ter que falar de guerra.

Andrea Janér:

Bom, esse ano o Brasil recebeu, pela primeira vez na história do festival, o prêmio do Creative Country of the Year. Esse foi um prêmio que foi lançado esse ano. Foi a primeira vez que esse prêmio foi entregue E o Brasil foi escolhido porque realmente o Brasil é um dos raros palcos do mundo em que o Brasil realmente lidera folgado, acho que a grade de premiação. A gente é sempre entre os 3, 4 países mais premiados. A criatividade brasileira é sempre muito elogiada, muito admirada, muito reconhecida. A gente teve aí publicitários como o próprio Washington Oliveto, que foi homenageado. Esse ano Entregaram um leão para a Patrícia, a viúva do Washington Oliveto, pela relevância do Washington Oliveto não só na publicidade brasileira mas na publicidade mundial. Então houve um reconhecimento notório da importância dele para a propaganda do mundo todo E o Brasil esse ano bateu o seu recorde. A gente está por enquanto com 105 leões. Foi recorde, acho que ano passado foram 96, esse ano 105.

Fernanda Belfort:

Mas temos um leão, aí que está sujeito Historicamente para a gente entrar nesse. Historicamente, pelo que eu sei, os países que têm mais leões são Estados Unidos e UK e Reino Unido e o terceiro é o Brasil.

Andrea Janér:

A gente sempre está entre os top 3, top 4 e sempre assim, não só em quantidade de leões, porque só para todo mundo ter um contexto, existe leão de ouro, prata e bronze e acima disso tem alguns leões especiais. Tem os Grand Prix, que são dentre os de ouro, prata e bronze, e acima disso tem alguns leões especiais. Tem os Grand Prix, que são dentre os de ouro. É escolhido um por categoria que é o mais especial. Tem o Titânio, tem o Glass que premia empresas que tem algum impacto social, de estabilidade. Tem algumas categorias diferentes, mas o Brasil não só ganha leões em muita quantidade, mas o Brasil ganha esses prêmios especiais também. Então a gente sempre está entre os mais premiados. Isso tem a ver com o fato de que o Brasil também escreve muitas peças. Então a gente tem realmente uma produção muito grande aqui no Brasil. Como você falou muito bem no início, de, inclusive cases feitos para serem inscritos em CUNY.

Fernanda Belfort:

Mas muita gente no mundo faz isso também né, eu acho, que isso também é um reconhecimento da criatividade brasileira, da publicidade brasileira que tem uma qualidade muito grande e que inclusive tem muitos profissionais até trabalhando globalmente em muitas marcas. Aí, eu vou defender o Brasil, o brasileiro e tudo. Mas foi muito triste acontecer o Brasil, o brasileiro e tudo. Mas foi muito triste acontecer o caso como da DM9, que a gente precisa contar aqui pra quem não acompanhou Justamente nesse ano em que o Brasil tava sendo homenageado, Porque daí fica com essa sensação de jeitinho brasileiro.

Andrea Janér:

Sim, aquilo que a gente vive tentando.

Andrea Janér:

A gente vive tentando contornar isso e, no fim das contas, isso acaba sendo traído na verdade o que aconteceu, sendo bem objetivo aqui, é que o Brasil na quarta-feira ganhou um Grand Prix na categoria de Creative Data com o Casey, inscrito na BIM-9 sobre um projeto da Consul. E depois que o case foi tornado público, tudo isso vai sendo divulgado e tal começaram a circular algumas mensagens, principalmente nos grupos de WhatsApp, insinuando que havia tido algum tipo de manipulação de informação no videocase. Porque a marca submete um videocase em que ela tem que contar a história? qual era o problema? como foi pensada a solução? como é que foi executada essa solução? quais foram os resultados que esse projeto gerou? Então existe todo um trabalho bem complexo de construção de um case para você submeter. É muito difícil.

Fernanda Belfort:

Você construir um case bem redondo, tem que escrever na categoria correta, é caro, então é um trabalho que envolve muita gente E obviamente ninguém melhor do que um publicitário para fazer uma peça que consiga contar uma história e vender aquilo de uma forma muito especial. Esse case da Consul era um case super interessante, né Porque era um case que falava que no fim a conta de luz acabava. As pessoas que estão numa situação de vulnerabilidade ou são de baixa renda acabam tendo contas de luz super caras porque tem eletrodomésticos antigos que consomem muita energia.

Fernanda Belfort:

E toda a ideia era permitir que essas pessoas comprassem e renovassem, comprassem uma nova geladeira ou alguma coisa assim, usando o quanto ela iria economizar na conta de luz por ter um eletrodoméstico mais eficiente. Então a ideia em si super bacana, e nesse videocase começou a circular e isso já está na mídia, inclusive não só na mídia do setor de publicidade, já está saindo em todos os jornais e tal de que duas cenas desse vídeo tinham mostrado situações, mostrado coisas que não eram verdadeiras.

Andrea Janér:

Uma, sim, E facilmente comprováveis, essa que pra mim é a grande dúvida. Uma agência com a reputação da DM9, que na verdade, esse ano foi a empresa mais premiada foi a agência brasileira. Mais premiada foi a DM9. E na verdade ela peg foi a empresa mais premiada foi a agência brasileira. Mais premiada foi a DM9. E na verdade ela pegou dois elementos.

Fernanda Belfort:

Eu duvido que um líder ou qualquer pessoa tenha aprovado isso porque é uma coisa tão né Tem um risco tão grande versus Podemos falar né Da índole das pessoas podemos falar, mas mesmo se a pessoa quiser sacanear, é burro fazer um negócio desse, honestamente. Mas anyway, só para contar a história para todo mundo, tinham duas cenas Uma cena em que era uma reportagem da CNN, em que passou na televisão, passou na CNN aqui no Brasil e que a chamada que aparece embaixo da imagem aqui no Brasil, e que a chamada que aparece embaixo da imagem eles colocaram como sendo pessoas trocam seus eletrodomésticos usando a diferença da conta de luz. E na verdade não foi isso que foi veiculado. Eles manipularam essa imagem com esse letreiro. O que foi veiculado é que mais pessoas estavam trocando seus eletrodomésticos por eletrodomésticos mais econômicos. Então eles acabaram. Não tinha uma menção direta de falar. Olha como essa campanha fez sucesso, a ponto de até o jornalismo tradicional dar cobertura a isso. Que era o ponto que enriquecia o case. Isso era mentiroso. E o segundo que era uma pessoa.

Andrea Janér:

Não lembro o nome, talvez você saiba, é uma senadora americana num TED.

Fernanda Belfort:

Só uma senadora americana num TED que falava que o percentual da conta da renda e o quanto a conta de luz representava na renda era de X%, um pouquinho, e eles colocaram como se ela estivesse no TED, dado o exemplo de que no Brasil ou em São Paulo, em São Paulo a conta de luz poderia representar até 30% da renda ou não sei muito mais quadradinhos naquela imagem E não foi isso que estava no TED E eles mencionaram isso como nossa. Olha, essa campanha fez tanto sucesso que essa informação foi usada num TED. Essa informação foi usada num TED, essa informação foi usada na CNN E essas coisas eram mentira. Então isso é uma coisa muito séria.

Andrea Janér:

Muito séria, muito séria. Inclusive é possível que essa senadora se ficar sabendo do que aconteceu, ela pode inclusive não sei processar por deturpação do conteúdo. Gente, isso aí é fake news, assim na sua forma mais explícita. Né Assim deepfakes, porque você usa a voz, né Enfim, tem uma série de dimensões aí que esse case violou e que é de uma gravidade assim indescritível.

Fernanda Belfort:

Né Porque uma coisa são os cases fantasmas, que já eram uma prática a ser coibida de qualquer maneira, né Porque isso é muito negativo pra indústria E que tem uma crítica muito grande de que no fim do dia, todo mundo faz vistas grossas lembrando que essas peças fantasmas é isso é a peça que você veiculou lá no cartaz da esquina e fingiu que esse negócio foi pro ar numa dimensão muito grande.

Andrea Janér:

Mas outra coisa é você falsificar informação. Acho que isso sai um pouco desse padrão aí que a gente tem assistido. Então acho que isso vai ser, isso está sob investigação. Já saiu em todas as publicações, inclusive lá fora, internacionais como é Day Jadwick, que esse case está sob investigação do festival. O festival encerrou na sexta, então provavelmente amanhã, segunda-feira, a gente vai ouvir alguma coisa a respeito. Eu acho que esse leão precisa ser caçado. Na minha opinião ele tem que ser caçado.

Fernanda Belfort:

Isso tudo se comprovando que até o momento ninguém questionou.

Andrea Janér:

Se isso se comprovar, acho que esse leão tem que ser caçado e eu acho que as marcas tanto a DM9 quanto a Consul tem que ser punidas com uma suspensão por pelo menos alguns anos, pra pelo menos evitar que isso se torne um hábito, que isso agora com inteligência artificial vai ficar muito mais fácil de falsificar esse tipo de informação. Então acho que o festival precisaria tomar uma atitude muito drástica no sentido de suspender, banir, porque pra mim isso é doping o atleta que usa alguma substância pra melhorar sua performance no jogo.

Andrea Janér:

Se ele pega no doping, ele é suspenso. Para mim isso que aconteceu, foi doping?

Fernanda Belfort:

Sim, e aí lembrando que a Whirlpool já se pronunciou e falou que toda a parte desse vídeo, dessa construção toda foi feita pela agência, pela DM9, que em nenhum momento isso Eles não chegam a falar explicitamente, que em nenhum momento isso eles não chegam a falar explicitamente, que no momento isso passou por aprovação da Consul, mas quer dizer eles meio que passaram a bola pra agência e se tiraram ali da conversa e a DM9 até o momento, domingo, ainda não se pronunciou sobre o tema, o que também é uma péssima gestão de crise, ainda mais numa agência de publicidade que deveria ser o exemplo disso. Essa história já está rolando há alguns dias e tem aí um delta de silêncio que está prejudicando bastante a imagem da agência. Perfeito, vamos aguardar, vamos sair do mundo feliz de Codesur agora e ir por Irã Déa.

Andrea Janér:

Pois é, né Essa notícia Literalmente bombástica, Bombástica de ontem à noite, né Eu tô até com a CNN ligada aqui acompanhando os desdobramentos, quer contar um pouquinho do que você leu Fê dos desobramentos que a gente tem visto aí, tem esperado, posso sim?

Fernanda Belfort:

contar.

Andrea Janér:

Eu estava no avião quando aconteceu.

Fernanda Belfort:

Eu achei que o grupo da Ops, você, não estava muito ativa. Depois que eu me dei conta, entendeu Que estavam as pessoas mandando e não você. Mas a gente já está vendo um conflito entre Israel e Irã. Há aproximadamente duas semanas Esse conflito estava escalando. Existe uma preocupação muito grande, já há muitos anos, do Irã ter uma arma atômica. Eu acho que opinião Fernanda, mas a gente sabe que a bomba atômica foi uma invenção extremamente impactante na história mundial, mas ela, por um lado, trouxe bastante destruição. Por outro lado, acabou trazendo também um equilíbrio de existir um conhecimento e todo mundo saber que existem armas que são capazes de acabar com o mundo e que levam todos os países a terem muita cautela antes de iniciar uma briga, uma guerra ou alguma coisa assim, porque isso pode escalar para um nível em que realmente pode levar para uma destruição enorme. Mas esse equilíbrio todo parte da hipótese de que os países têm lideranças responsáveis que vão ser muito cautelosas com isso E existe muito medo mundial em que um país como o Irã, que acaba tendo um extremismo muito grande e tal ao ter um poderio com um potencial letal tão grande como uma arma atômica, poderia realmente ser uma ameaça, ainda mais uma ameaça a um país como Israel, porque tem todo o tema aí da Jirad, da Guerra Santa e tudo isso que puxa esses países. Eu ouvi que eles já estavam perigosamente próximos de estar realmente tendo uma tecnologia que poderia chegar no nível que eles precisariam para ter uma arma nuclear. Existiram, ao longo dos últimos anos, uma série de acordos para evitar que eles avançassem nisso. Então aí tem um monte de coisa, existem discussões sobre isso. Se eles realmente estavam tão próximos, não estavam o que que é, e muito desse ataque de Israel foi motivado por isso A gente fala não, assim, tá muito perigoso o nível que eles estão. Então a gente vai atacar o Irã. A gente até comentou um pouco na semana passada né de se isso era um ataque preemptive ou preventivo ou não, mas a coisa foi crescendo numa escalada e parte desses centros, dessas áreas, desses laboratórios que tem toda essa parte nuclear do Irã foi feita no subsolo. Por quê? Porque é muito mais difícil de ser atacado. E o único país do mundo que tem uma arma poderosa o suficiente, que é uma tal de uma arma que se chama GBU-57, que são bombas de 13 toneladas que são projetadas especificamente para penetrar instalações subterrâneas. Só os Estados Unidos têm esse poder. Eles têm alguns aviões que chamam B-2,. Estados Unidos tem esse poder. Eles têm alguns aviões que chamam B-2, que são esses bombardeiros que têm a capacidade de lançar essas bombas, e por isso existia um pedido de Israel para que os Estados Unidos apoiassem Esse tema. É um tema que já vinha sendo discutido na semana passada.

Fernanda Belfort:

Então o que ia acontecer? como estava sendo o posicionamento do Trump? o Trump durante toda a eleição sempre se posicionou de uma forma antiguerra, que os Estados Unidos deveriam sair dos conflitos que não estão dentro, que é America first e que até o próprio Ian Bremmer falou que a gente estava um pouco na lei da selva, porque assim não ia ter nenhum grande país colocando a ordem mundial, porque os Estados Unidos agora só estava preocupado com ele mesmo. Então tem um conflito muito grande aí de ideologias e tudo. Por outro lado, a gente sabe que o Trump apoia de uma forma muito forte não só Israel no sentido do Estado de Israel, mas o Netanyahu em si e as atitudes que ele está tendo ali. E o Trump nesta noite de sábado anunciou na sua rede social que acho que só os jornalistas, as pessoas que estão lá, só estão lá para ver os posts do Trump na Chief Social, de que ele tinha ordenado esse bombardeio E depois ele fez um pronunciamento.

Fernanda Belfort:

Nesse pronunciamento ele enfatizou essas informações de que três instalações nucleares iranianas tinham sido bombardeadas por esses mísseis. A percepção e o cuidado é de que isso não quer dizer que os Estados Unidos têm a intenção de entrar nesta guerra, mas eles obviamente entraram. Tem uma discussão da parte constitucional disso tudo. Os Estados Unidos não podem, o presidente americano não pode declarar guerra a um país. Isso precisa ser feito pelo Congresso americano. Já tinham algumas articulações acontecendo para que isso fosse possivelmente votado essa semana e o Trump acabou fazendo esse ataque antes disso. Então, mais uma vez, tem um tema aí do Trump passando do limite de poder que ele tem, mas isso abriu um novo capítulo dela.

Andrea Janér:

Eu acho tão curioso porque eu sempre falo que eu sou uma. Não sei se admiradora é a palavra certa, mas sempre me chama muito a atenção a retórica do governo Trump. Eles têm uma maneira de se comunicar muito peculiar e que eu acho que é responsável muito por esse posicionamento que eles têm no mundo. Tem a ver com o jeito que eles se comunicam O Trump nos seus posts nas redes sociais, seja na Truth Social ou no X, sempre com letras maiúsculas, e ele também fala frases de uma forma muito simples. Ele usa palavras muito simples e muito objetivas. Ele tem um jeito de se comunicar muito eficiente E hoje de manhã o JD Vance, que é o vice-presidente. Ele disse que os Estados Unidos não estão em guerra com o Irã, eles estão em guerra com o programa de enriquecimento de urânio do Irã.

Andrea Janér:

Então, essa discussão se é guerra ou não é guerra, se entrou na guerra ou não entrou na guerra, quer dizer, ele foi lá, atacou, mas não é bem assim, não estamos em guerra. Então, essa coisa que é muito característica do governo do Trump, das coisas eles sempre usam as palavras para dizer algo que é ao contrário da evidência que a gente está vendo. Eles sempre usam as palavras de uma forma que te deixam em dúvida sobre o que você viu ou ouviu. Desde que o Trump cunhou esse termo da pós-verdade, que essa coisa, que não é bem uma mentira, mas também não é uma verdade totalmente, é algo que fica no meio de caminho, que fica difícil de entender A verdade.

Fernanda Belfort:

é uma mentira que ele não quer admitir. Ele chama de pós-verdade.

Andrea Janér:

Então eles falam não é guerra o Irã, É guerra o programa do Irã.

Fernanda Belfort:

Mas nesse caso em especial, eu entendo essa cautela de palavras E eu a apoio do ponto de vista de que o que eles querem é que com isso o Irã pare a guerra, não escale isso e efetivamente volte a negociações para manter a paz e parar com o programa nuclear. Então esse é o objetivo.

Andrea Janér:

Lembra quando Putin invadiu a Ucrânia e ele disse que não era uma guerra, era uma operação militar especial. Então eles usam esses termos como se fosse uma maneira de você permitir que, enfim, talvez, que o outro receba aquele ataque de uma outra forma e que você deixa algum lugar, não sei, para alguma negociação diplomática. Eu não sei, mas eu me lembro muito disso. O Putin, quando invadiu a Ucrânia, ele falou não é uma guerra. Inclusive, eram presas as pessoas jornalistas, pessoas que usassem a expressão guerra. Eram presas no regime do Putin.

Fernanda Belfort:

É porque aí estava na Rússia, né Porque ele dizia não é guerra, é uma operação militar especial.

Andrea Janér:

Tem Muito doido isso.

Fernanda Belfort:

E aí o que já aconteceu E de novo, gente, a história está acontecendo ao vivo. Então a gente talvez, quando esse podcast vai para o ar, tenha tido já desdobramentos, Mas o Irã lançou novos mísseis contra Israel em resposta ao bombardeio. A maior parte foi interceptada pelo Iron Dawn E o governo iraniano já ameaçou atacar bases americanas e civis na região. Então isso a gente vai ter que entender um pouco o desdobramento, porque agora o Irã pode de alguma forma parar para conversar de novo e eventualmente descalar. Não sei se vai rolar português não escalar desescalar, sei lá gente socorro mãe

Andrea Janér:

ajuda minha se vai falar português, né Não escalar, desescalar, sei lá gente, desescalar, acho que não existe. Mãe ajuda, mãe ajuda em português Desescalar, isso não existe. Desacerte.

Fernanda Belfort:

Então vamos inventar tá inventada a palavra. Entendeu Desescalar essa situação, ou se ele realmente vai virar e falar ah é, então vamos pra cima e começar, por exemplo, atacar bases americanas ou Israel ou Israel mais ainda é que ninguém sabe direito.

Andrea Janér:

Até agora pelo menos a notícia que veio realmente essa esse podcast pode ficar datado daqui a duas horas, mas enfim, por enquanto, domingo duas da tarde, não se sabe ainda qual a extensão dos danos ao programa do Ir tarde. Não se sabe ainda qual a extensão dos danos ao programa do Irã. Não se sabe ainda ao certo se ele tem outros locais de enriquecimento de urânio que por enquanto são desconhecidos, e isso pode muito bem estar acontecendo. O Irã rapidamente disse que não houve mortes porque os lugares já tinham sido evacuados. Então vai levar um tempo até a gente entender a real extensão dos danos provocados por esse ataque. Nos Estados Unidos Trump rapidamente sempre vem cantar vitória, dizer que foi um sucesso a operação. Não houve nenhuma perda de vidas americanas, então foi tudo bem. Agora vamos esperar. É um jogo aí de uma guerra de nervos também. Não houve nenhuma perda de vidas americanas, então foi tudo bem. Agora vamos esperar. É um jogo aí de uma guerra de nervos também, né?

Fernanda Belfort:

Além das implicações econômicas disso tudo, né Deia, a gente sabe que sempre que começa um conflito ali no Oriente Médio existe uma tendência de aumento do preço do barril de petróleo. O Irã está ameaçando fechar ali estreito por onde passa um terço do petróleo mundial que é transportado em navios. Se isso acontecer realmente, vai ter um impacto grande no preço de petróleo que daí não é simplesmente pelo medo. Efetivamente acontecendo, e esse é o tipo de situação que acontecendo aumenta o preço do combustível, aumenta o preço do transporte, aumenta o preço do condutível, aumenta o preço do transporte, aumenta o preço, consequentemente, dos alimentos, de tudo que é transportado, então isso tem um efeito em toda a cadeia de valor e na economia mundial que leva a um cenário de inflação.

Fernanda Belfort:

Leva a um cenário de inflação, aí tem que subir os juros para segurar, aí diminui um pouco, a economia, desacelera. Então isso potencialmente pode ter impactos não só do ponto de vista de geopolítica, mas impacto na economia, inclusive na economia no Brasil. Então acho que é super importante a gente acompanhar o que vai acontecer, porque pode estar começando. Eu não acho que a gente vai ter a Terceira Guerra Mundial por causa disso, né Bela, eu acho que não.

Andrea Janér:

Eu acordei com essa notícia quando eu pousei ver essa notícia de que o Estado de São Paulo tinha bombardeado o Irã.

Andrea Janér:

E aí você começa a ver toda sorte de manchetes sensacionalistas. Também Pode ser o início da Terira guerra mundial, o conflito de Calouro. O Antônio Guterres, o presidente das Nações Unidas, fez um apelo e que está no papel dele, está certíssimo de fazer isso. Mas eu corri para o meu guru, que é o Oliver Stuenkel, que é quem eu gosto muito de ouvir nessas horas, porque acho que ele é muito ponderado, tem muito bom senso e é um profundo conhecedor de geopolítica, um professor de relações internacionais aqui brasileiro, mas que está atualmente passando um período em Harvard inclusive, e ele acredita que sim, óbvio, isso não é uma boa notícia para ninguém, mas tem poucas chances disso escalar ainda mais, porque o Irã já não tem muito apoio global, né Não é uma nação que esteja super alinhada com China e Rússia, por exemplo, que são dois são sempre os maiores riscos, né Porque quem os tiver de aliados é sempre um risco enorme, né Entrar em guerra com alguém que tenha como aliado a Rússia ou a China, mas que não é o caso do Irã.

Andrea Janér:

Então ele também não acredita que isso vá se tornar algo maior. O que possivelmente vai acontecer é se arrastar. Esse é um conflito que se arrasta aí por muito tempo e para a China. Isso é bom. Isso é bom esse conflito se arrastar para a China. É bom porque os Estados Unidos vai ter uma outra distração, uma outra fonte ali, inclusive de custos, porque sustentar mais uma guerra é muito difícil para um país como os Estados Unidos. E o mais curioso disso tudo é lembrar que o Trump foi eleito com a promessa de que ele ia encerrar as guerras, tanto a de Israel quanto a da Ucrânia.

Fernanda Belfort:

Ele entrou dizendo que ele ia encerrar e focar o dinheiro na economia americana, né Isso.

Andrea Janér:

America first Inclusive ele disse que ele ia fazer isso no primeiro dia de governo, né De lá pra cá.

Fernanda Belfort:

ele não só não conseguiu encerrar essas guerras, como entrou em uma terceira E eu acho que sempre que tem essas coisas, também muito grandes, acontecendo, existe também um medo maior de terrorismo, que também é a forma de retaliação. Sim, exatamente É isso aí, é isso pessoal. Então, essa foi a semana né Pra alguns o sul da França, pra outros São Paulo trabalhando, mas com notícias literalmente bombásticas, e até Agora.

Andrea Janér:

Tô de volta Até semana que vem. Semana que vem, semana que vem, tô em casa. Gente, no começo eu falei pra Dea.

Fernanda Belfort:

Né Eu falei pra Dea que no começo das viagens dela eu tava morrendo de inveja, né Ela ia pra Vivatec, ela indo pra SXSW, ela indo pra tudo.

Andrea Janér:

Agora eu já tô com pena porque eu não paro em São Paulo, pelo amor de Deus. Quando você vai parar em São Paulo, amiga, daqui a pouco, a minha família me demite tá bem que já tem cada um morando de um lado.

Fernanda Belfort:

Ainda chega em casa e fica gravando podcast, ainda tem filho pertinho aqui.

Andrea Janér:

Agora. Eu vou curtir minhas crias aqui, muito bom.

Fernanda Belfort:

E até a semana que vem galera, beijo, beijos, obrigada. Tchau, tchau.

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