Duplo Clique

#24 Casamento de Bezos, os Gadgets que Gravam Conversas e STF Enquadra Redes Sociais

Andrea Janer e Fernanda Belfort

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Mergulhamos num mundo onde bilionários desviam o foco da mídia enquanto decisões que afetarão milhões são tomadas nas sombras. O casamento de Jeff Bezos e Lauren Sanchez em Veneza, com seus 96 jatinhos particulares e protestos ambientais, representa mais que uma celebração - é símbolo do que The Economist chama de "triunfo do brega", contrastando com a discreta ostentação do passado.

No Brasil, o STF tomou uma decisão histórica ao responsabilizar plataformas digitais por conteúdo ilegal mesmo sem notificação prévia. Isso posiciona o país na vanguarda da regulação de redes sociais, especialmente relevante considerando que somos o segundo país em tempo de navegação na internet (9,5 horas diárias). A evolução dos dispositivos que podem gravar continuamente nossas vidas - dos óculos inteligentes aos colares com microfone - levanta questões urgentes sobre privacidade: até onde estamos dispostos a abrir mão dela por conveniência?

Links:

The Bezos-Sánchez Wedding and the Triumph of Tacky

Trump's poor choices for national security staffing have new relevance after Iran bombing

"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."

Speaker 1:

e aí, olá, eu sou André Janer e eu sou a Fernanda Belfort. E esse é o Duplo Clique, episódio 24, seja muito bem-vindo.

Speaker 2:

E a ideia? finalmente a gente tá com uma semana que não teve nada bombástico, né Tamo gravando sexta-feira de manhã.

Speaker 1:

Então voltamos ao normal. Nosso dia é normal. Né Voltamos ao normal.

Speaker 2:

É que você tá muito viajadeira, né?

Speaker 1:

Então a gente tá tendo que se adaptar, mas nosso dia é normal e eu tipo não teve nada, não começou uma guerra ontem, nada disruptivo, graças a Deus só o casamento do Jeff Bezos e da Lauren Sanchez que tá dominando a mídia, então a gente vê que realmente o povo tá sem assunto. Essa semana né Ai. Mas que bom, né.

Speaker 2:

A gente tem uns assuntos mais leves, a gente vai ter que poder até ter uma partezinha hashtag fofoca né.

Speaker 1:

Sim, sim, eu tô aqui com a CNN, como sempre. Né Eu adoro trabalhar com a CNN ligada aqui E quando eu vejo esses blocos enormes de notícias sobre o Jeff Bezos e a Lauren Sanchez, eu falo bom, então tá tudo bem. Né, gente, se eles estão gastando tempo e energia e foco lá no casamento, né as cenas são um pouco repetitivas, porque confesso que eu tava esperando ver mais cobertura. Eu espero que tenham influenciadores lá que possam fazer uns vídeos meio secretos, alguma coisa pra gente poder se divertir. Né porque o que a CNN tá mostrando são os mesmos vídeos eles entrando no barco, saindo do barco, a Lauren Sanchez com umas roupas, assim a gente já sabe que ela tá de esquia parelli, enfim, com um vestido, com uma cintura assim minúscula, ele super sorridente. Aí já vi Kim Kardashian tá meio ficando com Orlando Bloom, que acabou de separar da Katy Perry, mal se separou, já tá flirting com a Kim Kardashian. Eu tenho várias fofocas engraçadas, mas eu tô achando ainda que não tá suficiente.

Speaker 2:

Mas ó, vamos começando nesse assunto então porque já tá ótimo, fofocas que eu ouvi, tá Vai ser um casamento pra 200 pessoas. Se você tiver informações com Pequeno né Pequeno até, mas estão indo 96 jatinhos particulares, porque imagina que essas 200 pessoas devem ultramilionários. Cada uma deve viajar com um staff segurança assistente. Então assim deve ser um casamento de 200 pessoas que deve estar levando mais 1.500 juntos.

Speaker 1:

Os hotéis infelizmente estão totalmente lotados E aí gerou esses protestos todos. Porque deve ser essas equipes todas?

Speaker 2:

que devem estar indo. Imagina quantas pessoas não vão junto. E você comentou semana passada que mudou o lugar do casamento para Arsenal. Parece que o casamento ia ser num lugar que nos protestos todos e é um lugar que chega de barco e tudo. Eles falaram que eu encher de as organizações que estavam. É um protesto maior do que as pessoas de Veneza.

Speaker 1:

Né Acho que é contra o sistema de vida, contra o impacto ambiental, Contra os milionários, né Fê. Acho que a verdade toda é essa Contra a desigualdade, exatamente os milionários, e tudo isso.

Speaker 2:

E aí eles falando que eles iam encher esse canal de jacarés infláveis entendeu. Pra ninguém conseguir passar Maravilhoso.

Speaker 3:

Eu fiquei imaginando.

Speaker 2:

Meu irmão tem um husky e o nome do husky é jacaré.

Speaker 3:

Entendeu, e na piscina da casa dele tem cinco jacarezinhos infláveis.

Speaker 1:

Então, eu já fiquei imaginando os jacarezos infláveis, enchendo o canal pra ninguém conseguir chegar.

Speaker 2:

E uma coisa que eu li que eu achei interessante também é que estava num momento de zeitgeist e cultural e do mundo de um pouco de quite luxury E junto com o Trump vem o dourado as coisas. essa maga beauty, essas mulheres com o lábio grande, cheias de cílios, aqueles cabelos e aquela coisa meio assim E que junto com tudo isso.

Speaker 1:

Tem uma matéria sobre isso, fê The Triumph of Tech. Muito boa.

Speaker 2:

The Economist a gente leu a mesma. A gente colocou essa pauta, é que agora eu não conseguia. Eu tava na dúvida se tinha sido no.

Speaker 3:

New York Times.

Speaker 1:

No The Atlantic ou no The Economist vamos colocar o link aqui The Triumph of Tech, que é o triunfo do brega, traduzindo pro português é o triunfo do brega.

Speaker 2:

É maravilhosa essa matéria, gente, vocês viram que até pra fofoca a gente tem fontes seguras mas que de repente tá tudo isso acontecendo e daí fica mais forte ainda a reação e você para pra pensar que não é também que esses bilionários são meio quiet porque eles não querem ser bregas ou exagerados, ou tudo. É porque gera uma reação no mundo que até que ponto eles querem chamar atenção e querem fazer. Então deve ter muita gente indo pra esse casamento assim cara, que legal por um lado, que coisa bacana por outro lado. Né parece que o Bill Gates vai, parece que vários vão, até porque tem relacionamento com o Jeff Bezos há muito tempo.

Speaker 1:

São muitas relações políticas também. Né um casamento desse não é só pra celebrar o amor, né como antigamente se fazia. Hoje eles são. Ele tá fazendo isso como uma demonstração de poder. Acho que ela tem uma necessidade enorme de aparecer. Né A gente viu aquele voo da Blue Origin que ela fez com as mulheres, então a Lauren Sanchez quer conquistar um lugar ao sol, né Ela tem feito várias iniciativas pra tentar sair da sombra do Jeff Bezos. Ele é um cara difícil de aparecer ao lado de uma pessoa como ele, que é tão larger than life. O cara é realmente uma figura muito midiática E ela está ali sempre na periferia do Jeff Bezos.

Speaker 1:

Ela está sempre acompanhando ele nos eventos que ele é convidado e tal. Então acho que agora ela quer ter esse protagonismo. Ela já ensaiou um papel de filantropa, que é muito Me Too, né, porque na verdade a Mackenzie Scott, que é a ex-mulher do Jeff Bezos, ganhou muita notoriedade recentemente depois que ela se tornou uma filantropa muito séria, muito respeitada, muito admirada no terceiro setor, porque ela fez o seu papel de uma maneira muito consistente, muito coerente e tem uma postura radicalmente diferente da Lauren. Então, assim a Lauren está tentando se tornar, ser vista como uma filantropa também, mas é um caminho. Acho que é um caminho muito difícil para ela.

Speaker 2:

Acho que eu iria para É mais fácil ela ficar conhecida por essas outras iniciativas mais midiáticas do que tentar ali ocupar um território que acho que já é claramente da Mackenzie, e você sabe que essa semana fui para muitos lugares, eventos, fiquei bastante tempo no trânsito, consegui ouvir vários podcasts e tudo, e eu estava ouvindo o do meio em que o Pedro Doria fala com a Cora, e eles estavam falando sobre esse negócio todo E estavam contando várias coisas. Eu também fico ouvindo várias fofocas que eu não sabia E uma delas é de que a Laurie Sanchez dirige helicóptero, pilota dirige A pessoa que não sabe nem, não tem helicóptero, pilota helicóptero. Então parece não só eles têm o maior sei lá veleiro transatlântico do mundo, não sei o que, um negócio de 500 milhões de dólares, como eles têm um outro que é um pequeno barco de apoio, né porque não dá pra colocar o helicóptero no veleiro, porque fica, né que é pra onde fica o helicóptero, e que o pai dela era piloto e que ela tinha um negócio de helicóptero pra filmagens e coisas assim e que ela pilota.

Speaker 2:

Ela era repórter, né ela era repórter, então ela era repórter e que ela pilota helicóptero E até aquela coisa. Né que assim. É uma surpresa, porque a imagem que ela passa E tem uma coisa, né gente que assim ela pode. Talvez ela seja uma pessoa hiper legal, cheia de conteúdo, mas a imagem que ela passa é essa imagem de ser né essa pessoa, meio exagerada nos looks e nas coisas e fútil Tanto que chama até atenção, fala nossa, mas é ela que pilota.

Speaker 3:

Então quer dizer que não é aquela maldondoca boba.

Speaker 2:

Entendeu, mas essa transição também já não, agora eu vou ser uma filantropa Acaba trazendo uma necessidade de seriedade, que é aquela coisa. Ah, entendi, então você tá fazendo. Você pegou e chegou aqui com o seu barco de 500 milhões de dólares. Dizem que ela tá com o anel de brilhante do casamento que tem uma discussão. Se custou 2 milhões e meio ou 5 milhões de dólares diz que é um brilhante de 30 carats quilates, quilates.

Speaker 2:

É uma coisa assim surreal? então é essa pessoa. Ela vai chegar e vai lá e falar não, agora vamos falar das crianças que estão passando fome, não sei onde.

Speaker 1:

Então tem um lado de imagem que é inconsistente né Dé Sim, ela tem uma maneira de se vestir que chama muita atenção. Ela foi em eventos, teve recentemente um jantar na Casa Branca, que é um jantar anual na Casa Branca, que é um jantar anual na Casa Branca no ano passado, quando o Biden ainda era presidente, e que o vestido que ela usou foi amplamente documentado, porque ela estava com um vestido churo. É difícil descrever o vestido num podcast, mas era um vestido com um decote gigantesco, uma roupa totalmente não apropriada para aquele ambiente onde todo mundo está vestido com uma roupa totalmente não apropriada para aquele ambiente onde todo mundo está vestido, com uma roupa sóbria, com cores discretas. Afinal de contas, é um jantar na Casa Branca com o presidente a Jill Biden, também uma mulher muito discreta, como manda o protocolo, e ela apareceu assim, chegou, chegando com o vestido bordô. Tomara que caia.

Speaker 1:

Enfim, ela tem vários episódios aí que mostram como ela ainda não tem uma capacidade de leitura dos ambientes que ela frequenta, né Ela tá ainda tentando encontrar uma maneira de aparecer e de conquistar seu espaço, e acho que pelas maneiras erradas. Né, mas enfim, vamos acompanhar. Acho que o final de semana vai ser bem farto aí de imagens e de vídeos desse casamento. Espero né, porque a gente está querendo ver essas imagens de qualquer jeito. Né, eu quero me divertir com os vestidos, com os momentos, os novos casais. Vamos ver se as redes sociais vão nos trazer aí esses detalhes.

Speaker 2:

E só antes da gente fechar. A última é que numa das coisas pré-casamento eles fizeram uma festa de espuma no barco.

Speaker 3:

Você viu essa E eu fui até procurar as imagens da época.

Speaker 2:

Não, não, não é possível. Eles fizeram uma festa de espuma. Então imagina tipo uma banheira de espuma. Eles pegaram sei lá a piscina do Iate, não sei o quê, todos assim de chapéu, de roupa de piscina e tal.

Speaker 3:

E muita espuma Tipo, espuma quase até a cintura, assim das pessoas no negócio inteiro.

Speaker 1:

E todo cheio de espuma É uma coisa meio infantil. Né Tudo muito infantil, mas assim meu Deus do céu, entendeu, entendeu.

Speaker 2:

Então super legal, vamos curtir a vida tudo massa.

Speaker 3:

Quer ser um dos homens mais ricos do mundo? né, e ter tudo isso? você também ter a exposição e aquela coisa.

Speaker 2:

né com o poder vem grandes responsabilidades, com certeza.

Speaker 1:

Sim, sim, acho que eles não têm vergonha de esbanjar todo esse dinheiro né e todas essas conquistas aí de uma maneira super ostensiva. Mas enfim, vamos acompanhar. Eu acho que essa semana teve um acontecimento importante nos Estados Unidos, que foi a vitória nas primárias democratas de Nova York na eleição para prefeito, que foi a vitória do Mandani, um candidato que muita gente ficou conhecendo. Só agora ele tem 33 anos. Um minuto de silêncio para essa informação. Ele tem 33 anos, ele é muçulmano, nascido em Uganda, e venceu o Andrew Cuomo, que é o ex-governador, com 43% dos votos contra 36% do Cuomo E isso causou assim um verdadeiro terremoto político, inclusive dentro do Partido Democrata, porque ele é considerado um socialista, um democrata socialista.

Speaker 1:

É um imigrante, um estrangeiro, que também é outra coisa muito impressionante. Isso me lembra um pouco o que aconteceu em Londres com o Sadiq Khan. O Sadiq Khan também é muçulmano. Quando ele se tornou prefeito de Londres muito tempo atrás, também foi um choque na época. Hoje, claro, tudo isso já mais assimilado, humano. Quando ele se tornou prefeito de Londres muito tempo atrás, também foi um choque na época. Hoje, claro, tudo isso já mais assimilado por todo mundo.

Speaker 1:

Mas a chegada do Mandani é muito emblemática no momento em que o Trump ensaia uma guinada para a autocracia e como resposta surge aí um candidato fortíssimo, porque já se considera que ele é um virtual próximo prefeito, porque o opositor dele tem muito pouca expressão e que Nova York pode realmente ser governada por alguém com essa ideologia, totalmente diferente do que Nova York já teve. Então ele tem visões muito diferentes. A campanha dele se apoiou em questões como transporte gratuito, o congelamento dos aluguéis, porque a crise da moradia em Nova York é um dos grandes problemas que as pessoas lá enfrentam hoje. Ele fala em supermercados geridos pela prefeitura, apoio à saúde transgênero, que são pautas em oposição completa ao que o Trump traz como pautas também. Então acho que a vitória dele mostra, dá uma mensagem, manda uma mensagem política para os Estados Unidos muito importante.

Speaker 2:

E tudo isso em Nova Iorque. Se isso acontecesse, sei lá na Califórnia, talvez fosse um pouco menos chocante, mas Nova York é teoricamente a capital do capitalismo. É onde está Wall Street, é onde tem aquela coisa de eu vou trabalhar para vencer, para ter dinheiro e para isso, então eu acho que tem mensagens importantes. Outra coisa que eu vou trabalhar para vencer para ter dinheiro e para isso, Então eu acho que tem mensagens importantes. Outra coisa que eu estava vendo é que parece que ele fez uma campanha extremamente eficiente usando mídia social E que ele usava principalmente vídeos curtos e tudo com uma eficiência muito grande E tratando essas coisas, tipo o problema da moradia e de ser muito caro, os problemas que realmente a população de Nova York enfrenta. Mas e eu ouvi, déa, eu até te mandei um link que o Bernie Sanders foi no Joe Rogan, então, fazendo um pequeno parênteses porque eles falaram um pouco desse negócio do prefeito lá, mas pra quem aqui? alguns aqui acompanham, mas o Joe Rogan eu acho que é o podcast número um dos Estados Unidos, né Dea se não for o número.

Speaker 3:

Um é o número dois ou qualquer coisa assim então é um podcast.

Speaker 2:

Bem, eu acho que ele é a principal bandeira dessa galera que são os bros, o manosphere, essa coisa toda da energia masculina e tudo isso foi num podcast dele que e na verdade, acho que uma das grandes guinadas da campanha do Trump foi quando ele endossou o Trump e o Trump foi no podcast dele. Ele faz podcast desses longos de duas horas e tudo, E ele começou realmente a endossar o Trump, fazer uma super diferença lá, E ele é desses caras né Adora jiu-jitsu e tudo, E até foi uma das coisas que, quando eu fiz o podcast, sei minha amada Andrea, que eu falei daquele do Ezra Klein, de quando eles foram no Lex Friedman, que é um outro podcast um pouco mais focado em tecnologia, mas também um pouco desse grupo, E que o Lex Friedman falava eu gostaria muito de trazer mais democratas aqui. É que os democratas acabam não vindo, Eles acabam não topando. Queria ter eu se Acho que o Bernie Sanders era o único que tinha vindo. É, acho que o Bernie Sanders era o único que tinha vindo. É impressionante o quanto o Bernie Sanders tá.

Speaker 2:

Bem, ele é mais velho do que o Biden, mas assim ele tá voando sim, muito ativo, mesmo muito ativo, brilhante, tudo extremamente bem preparado e até na forma de trazer os temas pra trazer fatos e colocar o Joe Rogan para opinar, porque para essa audiência, o que adianta o Bernie Sanders ir lá e falar isso não está bom ou isso está bom, mas assim o Joe Rogan efetivamente isso mostrou. Com certeza esse podcast estava agendado há mais tempo porque o Joe Rogan fica em Austin e o Bernie Sanders falou não, eu estou nesse tour de fight oligarchy. Como é que fala isso, brigar com a oligarquia? não sei pronunciar bem essa palavra em inglês e ele estava no Texas. Então dá para entender que foi uma coisa provavelmente pré-agendada porque ele ia estar lá.

Speaker 2:

Mas eu li inclusive algumas análises depois falando que o Joe Rogan claramente mostrou que existe um racha nesse movimento do MAGA e muito porque também o Trump quando resolveu bombardear o Irã, ele que era o cara que ia acabar com as guerras e vamos parar de focar nas coisas do Oriente Médio e tudo. Então, assim super interessante. Não ouvi inteiro porque tem duas horas, mas juro que eu ouvi uma hora e vinte do podcast e achei bem interessante. E tem uma hora que eles falam da disputa para o prefeito de Nova York e eles falam inclusive que teve um debate que parece que a maior parte das pessoas no debate tirando o Mandani, eles ficavam mais discutindo Israel do que os problemas de Nova.

Speaker 2:

York, Então acho que também teve um viés ali na disputa toda e que ele conseguiu realmente pegar na dor. eu acho do que a população ali está preocupada e quer É.

Speaker 1:

Eu acho que agora você tocou no ponto que é importante a gente colocar aqui, porque ele o Mandani, ele tem sido alvo de controvérs porque ele o Mandani, ele é, ele tem sido alvo de controvérsias porque ele usou publicamente está documentado a expressão Globalize the Intifada em protestos e redes sociais. Então é uma frase que, embora seja usada por alguns progressistas como símbolo de uma resistência popular, de uma solidariedade à causa.

Speaker 2:

O que quer dizer isso, Lusa?

Speaker 1:

Me explica, é, isso é o símbolo de resistência popular e solidariedade à causa palestina, então ela está sendo usada nesse contexto. Mas para os judeus, principalmente em Nova Iorque, que é uma cidade que tem uma população judaica muito grande e muito influente, ele está sendo considerado antissemita, então isso está gerando uma movimentação nas cidades. Muitos judeus, como o próprio Bill Ackman, tentaram, derramaram muito dinheiro na campanha do Cuomo para evitar que ele vencesse. Arrumaram muito dinheiro na campanha do Cuomo para evitar que ele vencesse E ele próprio até se emocionou numa declaração que ele deu recentemente, dizendo que era muito doloroso ser considerado, ser taxado de antissemita porque ele não é.

Speaker 1:

Ele falou que ele repudia a violência, disse que a sua intenção era defender direitos humanos e justiça social e jamais atacar a comunidade judaica. Mas é um episódio que deu muito o que falar. Ele é muito temido agora como prefeito pelos eleitores judeus, pela comunidade judaica, e reacendeu os debates sobre os limites do discurso político em torno desse conflito Israel-Palestina. Então deixou um gosto amargo para a comunidade judaica, principalmente Exatamente nesse momento em que esse assunto está muito sensível. Vamos observar o que vai vir.

Speaker 2:

Téa e, falando neste tema, vamos falar um pouco das atualizações sobre o ataque ao Irã.

Speaker 1:

Verdade. Essa foi uma semana em que o principal tema na verdade tem sido está sendo ainda um debate sobre a extensão do dano feito pelos bombardeios americanos ao programa nuclear iraniano. Até agora não se sabe exatamente o quão eficiente, o quanto eficaz foi esse ataque, porque o Trump, rapidamente, logo depois do ataque, veio a público comemorar o sucesso da operação e usar aquela palavra que ele adora né Que os nossos aviões obliterated, o programa nuclear seja obliterated assim tipo destruiu, detonou, acabou tudo, não sobrou nada, né E ele usou essa palavra muito.

Speaker 3:

Eu vi alguma coisa assim, né Acho que alguma coisa tipo NBC, alguma coisa assim no YouTube, em que eles pegaram todos os momentos que falam, o JD Vance, o Trump, assim obliterated, obliterated, obliterated, Obliterated obliterated Tipo. eles falaram essa palavra tipo 20 vezes em meio a esses dias.

Speaker 2:

E por outro lado dizem que só atrasou o programa militar iraniano alguns meses Tem uma outra coisa.

Speaker 3:

Não foi nada obliterated.

Speaker 2:

Eles tiraram coisa de lá. Eles não destruíram a toda The whole facilities, foi só uma parte, então tem uma discussão muito grande de quão eficiente.

Speaker 1:

Foi isso Exato. Na verdade eles têm uma boa parte, pelo que a gente leu nos relatórios de inteligência que chegaram né que foram sendo amplamente repercutidos aí nas redes, é que na verdade boa parte das instalações ficavam subterrâneas. Obviamente tudo era muito protegido, né eles sabiam que isso podia acontecer. Então o que estava visível era uma pequena parte das instalações lá para enriquecimento de urânio. Então na verdade não se sabe ainda se atrasou três meses ou se atrasou anos. Né E se atrasou três meses eu acho que o rebote vai ser pior. Né Porque se eles ainda, como eu li em alguns relatórios de que o Irã ainda teria condições de produzir uma arma nuclear em pouco tempo, certamente isso deve estar sendo acelerado. É o grande temor agora que se você não conseguiu destruir tudo o que sobrou, é suficiente para que eles possam criar uma resposta. Né Isso é muito assustador para Israel e para os Estados Unidos, para a região como um todo. Né E só voltando aqui ao obliterated, que eu acho esse termo muito trumpiano né Gente, duplo clique também é ódio inglês.

Speaker 2:

Viu, É isso aí.

Speaker 1:

É que eu acho que eu sempre falo aqui no nosso podcast, falo nas minhas redes também que a retórica a forma as narrativas empregadas pelo governo. eles são um pouco atrapalhados em vários momentos, mas em geral eles são bons de criar esses termos e usar esses termos de uma forma muito consistente. Eles pegam essa palavra e essa palavra, rapidamente, é a palavra eleita para definir o ataque. Eles usam essa palavra a ponto de ela ser o sinônimo desse ataque E eles usam isso, um termo que é um termo um pouco menos conhecido, um termo um pouco menos usado, menos batido né E isso vira a terminologia.

Speaker 1:

Claro, é a terminologia que eles vão usar. Eu sempre me espanto quando eu vejo os tweets ou os posts do Trump na social, na rede dele como ele é conciso nos termos, como ele é econômico nas palavras, como ele é objetivo na mensagem e como ele consegue passar um recado e aquilo que fica é muito simples para uma pessoa comum entender. Ele não fica se perdendo num jargão muito complexo. Eu vejo, por exemplo, o Lula quando fala, usa aquele texto escrito pela turma de PR dele que é todo cheio de palavras difíceis e complexas. E o Trump, ele sabe usar letras maiúsculas para reforçar certos termos. Enfim, isso é muito interessante para quem trabalha com comunicação, para reforçar certos temas. Enfim, isso é muito interessante para quem trabalha com comunicação, com qualquer tipo de narrativa, storytelling, porque eles são muito bons. nisso E Obliterating foi uma palavra que entrou no vocabulário e vai ser repetida por eles muitas vezes.

Speaker 2:

E é esse negócio de que por um lado você tem os democratas falando um negócio super elitizado, intelectualizado e tudo, e por outro lado um cara indo com essa mensagem E por isso também que o Mandami eu acho que acabou crescendo muito em Nova Iorque, porque ele começou a falar não só do problema das pessoas, que obviamente tem um impacto maior, mas como eficiência do uso da mídia para os jovens e para tudo isso é interessante. Então vamos ver o caso.

Speaker 1:

Sim, lembrando que Trump não ganhou em Nova York, né. Nova York é um território democrata Perfeito, então assim era natural que enfim algum candidato opositor ao Trump fosse vitorioso. É que ninguém imaginava que fosse um candidato considerado extrema esquerda, né. Então acho que esse é o. Eu acho que esse tipo de coisa que tá acontecendo nos Estados Unidos por isso que a gente fala tanto aqui no Duplo Clique, porque acho que a gente tá observando, tá vendo a história ser escrita, né A história acontecer. Isso é muito comum. O Trump é um extremista, né, e ele, o Trump, é um extremista e ele produz também opositores extremistas. Isso é muito comum. Você vê, para combater algo tão radical quanto o Trump, você precisa de radicalismo também. Então é isso que é um perigo. Você começa a cair muito nesses extremos e isso é muito perigoso para a democracia.

Speaker 2:

Odéa. Outra coisa que me chamou a atenção, falando um pouco de Irã e tudo, eu assisti uma matéria no YouTube, também da MSNBC, falando da escolha do Trump para as pessoas que estão no National Security Staff, que estão servindo o governo nesse negócio, e eles vão falando, e essa coisa que é assustadora, do despreparo de várias pessoas que estão nessas posições E tem um momento que eles comentam, da quantidade de atentados internos que estão acontecendo a políticos, a uma série de coisas, a própria tentativa de assassinato ao Trump né Você comentou isso, também não sei se há uma ou duas semanas atrás a quantidade de. Acho que quando a gente estava falando de Los Angeles e dos protestos e de no Kings e que daí também teve assassinaram duas pessoas nos Estados Unidos, até aqueles judeus que estavam em Washington e foram assassinados saindo de uma exposição, tudo isso acontecendo, e daí ele chamou a atenção e eu falei não, não é possível. E eu parei pra ir pesquisar isso porque eu falei acho que eu tô entendendo errado. Mas aí eles pegam e comentam que o diretor, entre vários nomes, é que esse é tão extremo que me chama a atenção que o diretor do Centro de Contraterrorismo Doméstico é um rapaz de 22 anos. Ele chama Thomas Fugate III.

Speaker 2:

Ele se formou em 2024. Antes do cargo, ele trabalhou como voluntário na campanha do Trump. Ele foi estagiário numa fundação E ele fala que antes ele teve empregos comuns, como seja a Ginebra, o caixa de supermercado. Em 2025, ele foi nomeado dire. Teve empregos comuns, como seja a Gineiro, caixa de Supermercado. Em 2025, ele foi nomeado diretor interino do CP3, que é esse, substituindo um cara veterano que estava há muito tempo, que inclusive renunciou por causa dos protestos nos cortes de pessoal e recursos, e assim, literalmente, colocaram o estagiário no comando. Então tem um despreparo E juro por Deus essa matéria. Assim vou colocar os links aqui, até porque você ouve falar não, não, não, não, não, não é possível, entendeu?

Speaker 2:

Entrei no Wikipedia dele É assim esse menino, ele pode até ser brilhante.

Speaker 3:

tá gente, Não estou questionando, Mas é um rapaz de 22 anos que saiu da faculdade ano passado, entendeu, e ele está coordenando uma das partes super importantes de contra-terrorismo dos Estados Unidos, então é surreal né Dé total.

Speaker 1:

É uma inversão de tudo que a gente acreditou até hoje. Você estava falando do Bernie Sanders, uma pessoa que tem uma bagagem, uma experiência, um repertório, e de repente o poder está na mão de pessoas que saíram ontem da faculdade. Realmente é impressionante.

Speaker 2:

E cuidando de parte da segurança nacional dos Estados Unidos. E você sabe uma coisa interessante O Joe Rogan uma hora.

Speaker 3:

Porque assim, gente, o Joe Rogan não é um cara que a gente esperava que estivesse entrevistando o Bernie Sanders, por isso que, quando saiu o negócio eu falei oh my God, preciso ouvir esse negócio E tem uma hora que ele vira e fala assim.

Speaker 2:

E as pessoas me perguntam por que eu sou fã do Bernie Sanders ele falando. E eu falo, cara, porque eu lembro de uma foto que acho que foi em 63, bernie, que eu vi de você sendo preso numa, sei lá, num protesto em alguma coisa em Chicago, acho que contra o racismo, alguma coisa assim. E ele falando você é uma pessoa que você se manteve fiel ao longo da sua carreira inteira ao que você acredita, ao que você faz, mas assim né E daí eles estavam comentando um pouco desse evento E existe uma consistência né Déia, e uma experiência enorme e um conhecimento e tudo isso.

Speaker 3:

E daí você vê, do outro lado tem um menino que saiu no passado da faculdade. Então meio assustador, né?

Speaker 1:

Super, super.

Speaker 2:

Enfim. Eu acho que, Mas talvez esse menino seja muito bom em achar palavras como obliterated É.

Speaker 1:

Eu acho que é sempre um mix, né?

Speaker 2:

Eu acho que tem que ter gente jovem, porque eles sabem navegar bem essas aulas de tecnologia, mas não na liderança, não na liderança.

Speaker 1:

A gente tem que ter um mix.

Speaker 2:

Sem dúvida Tem um estáfic Está com gente jovem que vai, né Sem dúvida.

Speaker 1:

Fazer esse desafio e não sei o quê.

Speaker 2:

Perfeito, mas não é a pessoa que está na liderança. Não é Com certeza.

Speaker 1:

Com certeza. Bom, temos um outro tema importante essa semana, que foi uma decisão tomada ontem pelo STF, que faz com que as plataformas digitais como Facebook, instagram, x e outras possam ser responsabilizadas por conteúdos ilegais postados por seus usuários, mesmo que elas não tenham sido notificadas previamente sobre o conteúdo. Então, acho que isso é uma decisão muito, muito, muito importante que coloca o Brasil na vanguarda aí da regulação de redes sociais. É um tema que a gente já fala algumas vezes aqui no nosso podcast, porque é um tema muito antigo, né uma é uma, é uma. É um assunto controverso e que no qual o Brasil tem sido realmente pioneiro como legislação, colocando as redes num processo de moderar e arbitrar sobre o conteúdo, que é o contrário do que a gente vê em muitos países do mundo que não conseguiram ainda fazer isso. Então, o que essa decisão que foi tomada ontem pelo STF explica Que na prática, as redes sociais podem ser condenadas judicialmente se não agirem com rapidez para remover publicações que violem a lei, Especialmente em casos envolvendo discurso de ódio, desinformação, apologia à violência ou ataques à democracia.

Speaker 1:

Então, assim, isso é uma ruptura com o que a gente conhece como modelo americano, que isenta as plataformas de responsabilidade por conteúdo. Elas sempre dizem que elas são apenas uma plataforma e que elas não vão censurar, não vão julgar quem pode falar ou quem não pode falar. É aquela velha discussão sobre a liberdade de expressão até que ponto a gente pode permitir que qualquer pessoa escreva qualquer coisa nas redes? Então o Brasil oficialmente agora está caminhando para um modelo mais próximo ao europeu, onde as empresas têm deveres muito mais claros de moderação e de vigilância.

Speaker 1:

Então assim claro que os críticos vão alegar que estamos abrindo a porta para censura excessiva, para uma insegurança jurídica. Mas para quem estuda um pouco mais a fundo esses modelos, é um passo super importante diante do papel central que as redes ocupam no debate público e na disseminação de desinformação. Não vamos esquecer que a gente vai entrar em eleição ano que vem. Já estamos praticamente entrando no período eleitoral. O segundo semestre desse ano vai estar faltando um ano para as eleições. Então a gente precisa estar muito atento e isso precisa ser regulado agora para que a gente não tenha problemas muito graves quando a gente entrar no ciclo eleitoral.

Speaker 2:

E aí, daya, eu acho que tem uma discussão super interessante que a gente acho que abordou talvez no primeiro, segundo, terceiro episódio, talvez até no primeiro, tá, do Duplo Clique, mas que acho que vale resgatar. Que é essa discussão. Né tem essa discussão de liberdade de expressão e tem a discussão da responsabilização até. Né Tem essa discussão de liberdade de expressão e tem a discussão da responsabilização até do que você está falando. Tem algumas coisas que você está incitando um crime, né Violência No Brasil, algumas coisas como racismo, alguns temas são um crime, né Não é. Não existe uma liberdade de expressão de você poder sair e fazer uma mensagem nazista, racista, alguma coisa, assim. Então acho que existe a lei. E quando você E a grande discussão que as mídias sociais tinham era, elas se posicionavam até porque é um modelo operacional muito mais fácil, como uma plataforma que simplesmente está permitindo que as pessoas postem as coisas que ela não tem nenhuma responsabilidade, e eu acho que essa filosofia ela até passa. Enquanto a gente tinha um modelo em que cada uma das coisas que você via no seu feed era o histórico, inicialmente, quando saí das suas redes sociais, então, sei lá, vinha o meu Instagram. Você via no seu feed, ali na sua tela principal do Instagram os posts de quem você seguia em ordem cronológica. Depois passou a ter o impulsionamento, Então eles falaram não, eu quero que a Fernanda fique mais tempo no Instagram, goste mais do Instagram. Então eu vou entender o comportamento da Fernanda, o que engaja ela para mostrar coisas que são mais relevantes para ela E eles, através disso, começaram a fazer um algoritmo para mostrar coisas que são as mais engajantes entre as coisas que você seguia. E aí depois veio o terceiro modelo, que é esse modelo que foi trazido pelo TikTok do For You, que você tem uma parte que é o Pra Você, que é aquela coisa cara. Aqui não é nem conteúdos que você segue, são conteúdos gerais que, baseado no que você interage e gosta, eu acho que você vai gostar. A hora que isso foi evoluindo, ela deixou de ser uma plataforma que simplesmente está expondo de forma cronológica as pessoas que você segue e ela passou a impulsionar, a dar mais visibilidade a algumas mensagens.

Speaker 2:

E a gente sabe que, no fim do dia, o que engaja nas redes sociais é o que gera emoções fortes. Então é ou que você dá risada, dá dor. Eu entro na minha rede social, tem basicamente notícia e cachorro E roupa, gente que querem me vender porque eu dou umas interagidas também nas lojas. Mas assim são coisas, assim, e o que te deixa de alguma forma impactado, revoltado ou qualquer coisa assim engaja muito. Então todas essas mensagens extremas e aí muitas vezes tem mentira, tem deepfake, tem um monte de coisa assim acabam gerando engajamento maior E isso é impulsionado pelas redes sociais e elas têm responsabilidade, sim, sobre isso. E aí na ideia a gente trouxe também na época uma discussão que é quem tem o direito de arbitrar sobre tudo isso? você pode?

Speaker 1:

comentar um pouco também de quando tiraram o Trump do Twitter sim gente, essa é uma discussão muito antiga, mas conta um pouco desse histórico eu acho que aquele momento em que o Jack Dorsey, que ainda estava como CEO do Twitter o fundador do Twitter, ele estava como CEO foi pressionado a banir o Trump do Twitter quando ele incitou seus seguidores a invadirem o Capitólio.

Speaker 1:

Então aquele foi um momento muito emblemático na era das redes sociais, porque o Trump era presidente E a gente discutiu muito isso na época em vários fóruns. assim, imagina a responsabilidade de um CEO de banir um presidente Naquele momento. claro que a gente achava que ele fez certíssimo, né Tipo. ele tava certíssimo, era o que tinha que ser feito.

Speaker 2:

A responsabilidade e é ele que tem a autoridade de uma decisão desse tipo. Né Essa é a questão.

Speaker 1:

A decisão, em última análise, estava na mão de uma pessoa, não existia um sistema, uma governança para que essa decisão fosse tomada em colegiado por várias partes interessadas. Digamos assim A governança é muito falha E até hoje o que a gente vê é que na meta, quem manda é o Mark Zuckerberg. É ele que manda Se ele quiser banir, se ele não quiser banir, é ele que decide. No X, quem decide é o Elon Musk. Então, essa estrutura de poder centralizada na figura de um CEO, de um controlador, é muito perigosa para a democracia. Porque essa decisão, da mesma forma como o Jack Dorsey baniu o Trump nesse episódio da invasão ao Capitólio, o Elon Musk desbaniu o Trump para criar um termo novo aqui Ele convidou o Trump a voltar ao X depois que ele comprou o X e ele comprou com uma promessa.

Speaker 2:

A gente inventou o desescalar e esses semanas a gente vai ao desbaniu, Desbaniu desbaniu Nossos neologismos aqui, mas ele quis.

Speaker 1:

O Musk disse que ele comprou. Uma das razões pelas quais ele comprou o Twitter e virou o X é que ele queria garantir que o X continuasse sendo uma praça pública. Quando ela não é uma praça pública, ela tem um dono. Então acho que esse esse consenso a gente precisa discutir aqui, não tem dúvida, praça pública éir aqui não tem dúvida, e tem mensagens. Praça pública você tem que ter. É uma plataforma que não tem dono, aí você pode falar em praça pública E é uma plataforma que não tem algoritmo gata Que não tem algoritmo.

Speaker 2:

Eu lembro que até eu tava falando quando a gente conversou isso no primeiro que a primeira vez que eu fui pra Londres com meu pai, ele, quando a gente conversou isso no primeiro que a primeira vez que eu fui pra Londres com meu pai, então ele levou a gente num lugar que chamava o Free Speech Corner, que era uma coisa que antigamente tinha que as pessoas podiam ir e falar qualquer ideia. Tudo bem, você vai lá e fala qualquer ideia. Agora, a partir do momento que vai alguém com uma câmera e passa na televisão o que você tá falando, esse negócio amplificou então assim o cara que tem o poder de amplificar mensagens.

Speaker 2:

Ele também Então tem a discussão da praça pública ou não, mas também tem a discussão. E quando teve todo aquele estresse também no STF, que baniram nem lembro o nome da pessoa, mas que baniram lá no Twitter uma galera que também citou o golpe, coisas assim a gente pode concordar ou não, mas existem mecanismos legais para discutir isto Entre as partes envolvidas? Não, mas eles têm que justificar e falar o porquê. A pessoa que foi banida precisa ter acesso a isso E pode ter um advogado e pode discutir, mas a gente tem que acreditar em alguma regra. É igual ter um Estado de Direito nos Estados Unidos. Você não pode falar já que não tem. Eu vou transformar isso numa autocracia.

Speaker 1:

É por isso que eu acho que o problema das redes sociais e eu já falei isso aqui no podcast em alguns episódios atrás é que a gente falhou lá nos primórdios, quando elas surgiram, em definir a sua natureza jurídica. Elas são plataformas ou elas são veículos, porque elas se comportam conforme convém Para vender anúncio. Elas são um veículo, só que elas não estão sujeitas às mesmas regras de um veículo Um jornal, uma rede de TV, uma rádio. Eles podem publicar qualquer coisa. Eles não podem dar visibilidade para qualquer coisa. Eles estão processados. Eles precisam se responsabilizar. Eles são responsabilizados juridicamente pelo conteúdo que eles veiculam.

Speaker 2:

Beleza. O próprio Trump tava processando o New York.

Speaker 1:

Times lembra Exatamente, só que quando elas são acusadas de permitir, por exemplo, fake news nas suas plataformas elas dizem não, mas a gente não está interferindo, não pode interferir no conteúdo.

Speaker 1:

Então, quando ela tem um algoritmo que direciona o conteúdo, ela deixa de ser uma simples plataforma para se tornar um agente ali do que ela vai promover, do que ela vai esconder, do que ela vai dar mais visibilidade. Então essa talvez tenha sido a nossa falha como sociedade. Lá atrás, quando as redes ainda eram pequenas, quando elas estavam nascendo, a gente não conseguiu resolver esse dilema né São plataformas ou são veículos. Por isso que até hoje isso ficou vago. E aí chega um país como o Brasil e diz assim não, elas são veículos, elas têm que ser responsabilizadas pelo conteúdo que seus usuários postam. Elas têm que arbitrar sobre isso.

Speaker 1:

Elas serão responsabilizadas por fake news, por incitar discurso de ódio. Então ele está devolvendo para as plataformas a responsabilidade de moderar o conteúdo, muito embora em janeiro desse ano o Mark Zuckerberg tenha dito que ele não acreditava mais em moderação de conteúdo e que ele ia desligar todas as os seus parceiros porque isso era feito por empresas terceirizadas. Né Ele ia desmontar todo o ecossistema dele ali de moderação de conteúdo, porque ele queria que a meta, todas as suas redes Instagram, threads, facebook fossem lugares de liberdade de expressão.

Speaker 2:

E que na verdade, isso é uma redução de custo enorme, permite que qualquer mensagem seja dita e tenha mais gente lá e sugere mais audiência. Gente, no fim do dia, money talks. E não é que a gente não tem a capacidade. Primeiro que tem um tempo para a lei conseguir entender as coisas, alcançar esse efeito. Mas também existe muito lobby para que isso não aconteça. É igual o limite de idade para a rede social Deveria ter uma responsabilização e a necessidade de provar que você tem no mínimo X anos para você poder ter uma conta numa rede social. Você não abre uma conta num banco sem provar quem você é e tudo. Só que elas não querem ter a responsabilidade e o custo de fazer tudo isso. Elas também, no fim do dia, querem mais. É que os adolescentes continuem lá dando visibilidade para vender anúncio. Por isso que a gente critica tanto a ética dessas grandes redes sociais E acho que é um assunto super importante. E assim, gente, eu vou me posicionar.

Speaker 2:

Tá, podem comentar, falar o que vocês quiserem, porque também precisamos de polêmicas na vida, né? Mas eu acho muito bom o que a gente fez no Brasil. Eu acho que precisa sim fazer isso, tá. Ah, fê, quer que precisa sim fazer isso. Ah, fê, quer dizer que você concorda com as posições todas da STF? Óbvio que não né gente, mas eu acho que assim precisa ter lei E a gente vai brigar dentro da lei. Se a gente não acredita no sistema, vira a lei da selva. Entendeu, é claro, a rede social.

Speaker 1:

O Brasil tá dando exemplo em muitas coisas, gente. Acho que a gente fala do Brasil como sempre atrasado, mas assim a gente é o segundo país que passa Gente a gente é o segundo país.

Speaker 1:

Isso é bem importante a gente lembrar aqui, pedir para os ouvintes prestarem atenção nesse dado. O Brasil é o segundo país do mundo em tempo na internet. A gente só fica atrás da África do Sul. A gente é o segundo país do mundo que passa mais tempo na internet. A média mundial é tipo eu não lembro agora de cabeça mas é tipo seis horas de internet por dia. O Brasil passa nove horas e meia. Então assim a gente tem que entender que Isso impacta a economia. né gata Põe pra trabalhar essas duas horas de diferença.

Speaker 2:

Meu Deus do céu. Cresceu o PIB.

Speaker 1:

Meu Deus do céu, cresceu o PIB Gente a Dinamarca. A média da Dinamarca é 5 horas Abaixo da média mundial. O Japão, que a gente considera um país super avançado tecnologicamente.

Speaker 2:

E lá não tem praia. né A gente achou que a pessoa tá na praia Porque na Dinamarca é que ela não ia ter o que fazer né.

Speaker 1:

No Japão as pessoas passam 4 horas nas redes sociais, na internet por dia. Tá Não é rede social, tá gente É internet. Tá Não confundir. Então o Brasil supera a rede mundial, a rede média mundial. Então é por isso que tantas empresas de tecnologia vêm pra cá, porque a gente é um mercado muito bom.

Speaker 1:

A gente é um mercado muito bom, porque a gente tá a população grande, totalmente conectada, com baixa escolaridade ou seja não tem muito senso crítico. Está a população grande, totalmente conectada, com baixa escolaridade ou seja não tem muito senso crítico, aceita qualquer coisa, fica lá dando follow, dando like em coisas quaisquer. Então um Kuai da vida que a gente fala pouco dessa rede, mas é uma rede que está crescendo também. Principalmente a gente tem as populações menos privilegiadas.

Speaker 2:

Então assim o Brasil é O que é, o Quai Explica para os nossos ouvintes meu amor.

Speaker 1:

Ah, é uma outra rede chinesa que tem É um pouco TikTok assim é um TikTok um pouco mais popular, eu diria. Eu não sei em profundidade falar sobre eles, mas eles estavam lá em Cannes. Eles têm agora o Quai for Business. Estavam patrocinando creators. Eles estão crescendo também. Acho que é isso o Brasil, é um trato cheio pra essa turma, né?

Speaker 2:

Então eu acho muito importante E essas redes menos conhecidas têm menos regulamentação, visibilidade e assim né.

Speaker 1:

Então, quando a gente fala, E eu acho que assim muito, assim louvável que o STF tenha tomado essa decisão. Eu sou super a favor também, assim como você. Me posicionando aqui, acho que o Brasil dá um exemplo. Já deu exemplo em vários casos.

Speaker 2:

Eu sei que o Alexandre de Moraes é uma figura super Bonito. Telefone nas escolas.

Speaker 1:

Agora diminuindo a idade do Instagram para 16 anos. Eu sei que o Alexandre de Moraes é uma figura extremamente polêmica. Eu não apoio tudo o que ele faz, mas a gente precisa reconhecer que algumas medidas são em prol do desenvolvimento do Brasil, do progresso, e eu acho que esse cerco não digo cerco, mas essa imposição de limites às redes sociais é muito benéfica, porque a gente não pode pensar só na gente. A gente tem que pensar que somos um país de 200 milhões de pessoas e muita gente que não tem senso crítico, não é esclarecido o suficiente para entender, para discernir um vídeo falso de um vídeo verdadeiro. Até as pessoas com alto grau de escolaridade já estão hoje sofrendo para identificar uma notícia que elas recebem nas redes sociais. As pessoas hoje recebem e ficam na dúvida se aquilo é AI ou não. Então imagina isso usado em escala. Então eu acho super importante, sim, que a gente tenha tomado essa medida e espero que isso coloque um pouco de ordem aqui na casa Odéa.

Speaker 2:

Mas eu juro que quando eu vi essa notícia eu pensei graças a Deus que acabou o bromance entre Elon Musk e Trump, porque quando começou esse negócio todo em janeiro e tal lembra que teve ameaças, porque o governo Trump ameaça né gente, ameaças aos países que não apoiassem não lembro como foi a terminologia usada na época os princípios de liberdade de expressão e não sei o que no mundo. Então tinha até uma possibilidade de retaliações, muitas das coisas que estão acontecendo, das tarifas, das ameaças aos outros países, canadá, não sei o que porque tem muita coisa que tem esse tipo de comportamento e de interesse político por trás.

Speaker 1:

Sim, e eu acho interessante só marcar aqui, para a gente fechar esse tema, que isso vem acompanhando. Isso é uma. Essas mudanças, elas são marcadas por alguns movimentos que a gente não presta tanta atenção né, mas desde 2018, a meta tinha como o seu Chief Global Affairs Officer, ou seja o seu mais alto líder para relações governamentais, relações institucionais, um cara chamado Nick Clegg, que eu cheguei a ver pessoalmente, inclusive no Web Summit de Lisboa uma vez. Era um cara muito respeitado, que ficava no círculo mais íntimo do Mark Zuckerberg. Ele era meio que dos principais ali apoios do Zuckerberg.

Speaker 1:

Ele está com o Zuckerberg desde o início da meta, do antigo Facebook e em janeiro desse ano, mais ou menos naquele mesmo momento em que o Mark Zuckerberg veio a público dizer que ele ia desmontar os sistemas de moderação e acreditava, a partir daquele momento, em liberdade de expressão, etc. Ele destituiu o Nick Clegg, ele saiu da meta e entrou em cena o Joe Kaplan, que é o novo Chief Global Affairs Officer, que é muito mais agressivo e ele é um cara realmente que veio pra conduzir a meta nessa nova cruzada aí global, pra tentar se manter como esse lugar de liberdade de expressão, de uso, assim de ser onipresente nos países e de estar entrando em outras áreas também. Então assim é super importante entender esses movimentos também. Então a meta realmente teve uma mudança de rumo ali no começo desse ano.

Speaker 2:

E foi o mesmo momento que o Dana White também, que é o CEO do MMA e também é um cara super assim, super maga, e tudo foi pro Conselho da Meta. Então acho que teve várias mudanças naquele momento de realmente virar uma coisa E que a gente até Foi o primeiro momento que a gente falou nossa, o Mark, meio que virou a casaca né.

Speaker 1:

Porque ele tava dançando conforme a música.

Speaker 1:

Mas sim A música do Trump, é uma música muito mais benéfica pra ele do ponto de vista de negócio. Sim, o Joe Kaplan, que agora é o chief chief political advisor do Mark Zuckerberg, ele é um republicano super tradicional, super conservador, então assim ele tem trânsito no governo. Ele trabalhou na administração do George Bush, então ele foi escolhido. Não foi à toa que ele foi escolhido. Tá, são movimentos muito bem orquestrados, né, e que tem aí, são forças ocultas que estão trabalhando nos bastidores e que muitas vezes a gente não presta atenção. Por isso que o nosso dever, aqui no Duplo Clique, é colocar luz sobre esses movimentos, pra gente ficar pelo menos consciente do que está acontecendo.

Speaker 2:

E, seguindo em tecnologia, vamos falar desses novos devices. Eu sei que você agora tem seu óculos, né, mas desses novos devices que estão vindo por aí que você consegue gravar e registrar toda a sua vida. Eu lembro que no Google IO, que é o evento de novidades e tudo do Google, eles mostraram óculos também deles, e uma das demos que eles fizeram era a pessoa que estava usando óculos. Aí de repente ela vinha e fala meu Deus, onde está a chave do meu carro? E aí a assistente responde ela está na mesa em tal lugar Porque ela foi filmando tudo E ela sabe onde estão as coisas. Ela te ajuda nisso. Então tem um lado um pouco de ajudar a memória.

Speaker 1:

Vai salvar casamentos, vai salvar casamentos.

Speaker 2:

Exatamente né. Ou nossa. Imagina as esposas só falando assim. Pergunta pra né Siri sei?

Speaker 3:

lá entendeu, pra Siri a piada de que é menos eficiente né Mas assim.

Speaker 2:

mas tem esse lance todo. Tem uma coisa muito interessante né de que a memória não é um fato, né E a memória muda ao longo do tempo. Indo para uma conversa mais filosófica, doida, para ficar interessante a memória muda ao longo do tempo. Isso fica claro quando você está conversando, sei lá, com um irmão, com alguém que tem uma longa história de vida com você, E você fala nossa, eu lembro disso, mas eu lembro daquilo.

Speaker 2:

Nossa, mas esse negócio era, e às vezes você tem uma memória de uma coisa, de um jeito, e com o tempo você passa a talvez não ter um sentimento tão ruim, daquilo passa a ser bom. Mas quer dizer, as coisas vão mudando porque é o que você, no seu cérebro, guardou naquela situação. E de repente, esses devices e isso começou porque você contou de um device novo que eu já vou te passar a palavra pra você contar a partir do momento que eles estão gravando e registrando as coisas todas que a gente tá vivendo, a gente vai ter um acesso às memórias e às coisas. Eu imagino eu discutindo com a minha assistente tipo não, minha assistente virtual, né inteligente tipo o que aconteceu foi isso Não, O que aconteceu foi isso não, o que aconteceu foi aquilo não. mas eu não falei isso, como essa pessoa tá brava comigo. você falou sim, entendeu, mas eu já tô imaginando as broncas que eu vou levar dela.

Speaker 1:

Ainda entendeu total. Acho que isso começou essa conversa. Começou porque eu acho que a gente precisa conversar sobre isso, porque isso até tem a ver com o que a gente tava falando agora das big tech que tem a ver com privacidade. A privacidade tende o pouco de privacidade que a gente ainda tem tende a desaparecer nos próximos anos à medida que aumentam a oferta de devices, de gadgets e tal que podem gravar tudo o tempo todo. Então eu achei interessante porque começou essa conversa? eu já tava com isso na cabeça por causa dos óculos. Né, eu comprei. Pra quem não ouviu, acho que dois episódios atrás eu contei que eu comprei o óculos da Meta, o Ray-Ban da Meta, o Meta Você tá usando.

Speaker 2:

Tô, ou foi aquela coisa que você usou três vezes e pronto?

Speaker 1:

Não, eu acho que pra mim ele tem uma função muito específica, né Eu gosto de usá-los nos festivais que eu vou.

Speaker 2:

Seu caso de uso é quando eu tô em festivais e tudo eu vou pra filmar as coisas.

Speaker 1:

Porque se você parar pra pensar, você tá numa apresentação de balé da sua filha. Sei lá, todo mundo hoje assiste essas coisas pela tela do celular. A gente não vê mais o espetáculo de balé, a gente assiste por um retângulo, né, e fica todo mundo gravando aquilo. Você vai assistir um jogo de futebol.

Speaker 2:

É aquela coisa que você põe pra filmar e você não sabe se você vai olhar o que tá filmando ou se você vai olhar o que tá acontecendo né.

Speaker 1:

Normalmente a gente olha pra tela, a gente assiste esses eventos que a gente quer registrar pela tela. Então isso tem uma perda muito significativa da experiência, né Quando você vai num show, quando você vai num evento esportivo.

Speaker 2:

Você está quase vendendo óculos.

Speaker 1:

É, e eu acho que a vantagem maior do óculos, pra mim disparado, é o fato de que você coloca o óculos e você vê, você assiste o que está acontecendo sem nenhum obstáculo na sua frente. Você está de fato assistindo um evento acontecer na sua frente de uma forma muito natural. Você está vivendo aquele momento. você esquece que você está gravando. Então pra mim esse é o principal benefício Você para de assistir através de uma tela. Segundo, você fica com as mãos livres, você pode fazer o que você quiser, você pode gravar, você pode inclusive pedir pra gravar, pedir pra tirar foto, só com um comando de voz.

Speaker 2:

então também é uma praticidade, uma conveniência também muito grande você põe pra filmar, você abre um app e põe pra filmar, ou você fala começa a filmar e começa você pode falar? hey Meta make video e ela começa a gravar.

Speaker 1:

Ou hey, meta take photo, e ela vai tirar foto e vai fazer tudo isso. Então isso que é essa, essa direção que a gente tem, tem o botão também, você pode fazer pelo botão.

Speaker 2:

Você pode só dar um cortejão no botãozinho, você aperta.

Speaker 1:

Você pode apertar o botão, Mas assim ela tem alto-falante, Então você pode controlar o volume, você pode pedir pra ela ler coisas que você tá olhando. Então assim, o que a gente tá vendo, agora a gente tá na idade da pedra. Isso integra no app da meta no seu celular, da meta exatamente no seu celular.

Speaker 1:

Então o que acontece a gente ainda tá na idade da pedra com óculos tá você vai ter que a um ano, provavelmente, provavelmente a próxima versão do óculos já vai ter zoom, que é uma coisa que não tem, que eu acho que faz muita falta. Se você tá longe de um palco, você não consegue filmar tão bem, você acaba precisando do celular pra esse tipo de situação. Eu acho que ainda ela não integra com outros comandos. Você não pode chamar o chat de EPT, por exemplo, pra fazer uma pergunta. Você não pode chamar o Google, você não pode pedir pra tocar de fazer. Então isso eu acho que rapidamente vai ser resolvido. E também, gente, a gente falou disso rapidamente em outros episódios, mas a gente no ano que vem vai ter várias opções de óculos, né Só o Google vai lançar quatro, inclusive dois, um com a Warby Parker e um com a Gentle Monster. E agora o Google comprou, investiu na Gentle Monster pra poder sedor uma parcela A inversão de sal exato.

Speaker 1:

Então, assim, gente, todo mundo, vamos fazer as pazes com a realidade aqui. O nosso próximo device vai ser óculos. Todo mundo vai ter um óculos, seja de que marca, for tá.

Speaker 3:

E pode ser óculos.

Speaker 1:

Daqui a pouco vai ser o Waze que vai estar na sua tela, né Vai ser uma experiência de realidade aumentada na sua tela. Vai ser uma experiência de realidade aumentada você vai estar navegando no carro e as dicas de vira direita, vira esquerda vão estar na sua própria tela, no seu óculos. Então ele tem muitos usos que é fácil pensar quantas coisas positivas você vai poder fazer com ele. Só que isso entrou numa discussão meio que natural de privacidade, porque as pessoas começam a dizer não, mas eu não vou usar um óculos desse. É chato gravar as pessoas sem as pessoas saberem. Aí a gente entra nessa discussão da privacidade porque o óculos é assim de uma luz a pessoa, o seu interlocutor percebe que está sendo gravado. Mas existem outros devices, que são a discussão que a gente teve hoje de manhã no grupo da Oxygen, que você não sabe que você está sendo gravado E que vai de cada pessoa avisar os interlocutores que essa conversa vai ser gravada E isso deixa muitas pessoas desconfortáveis.

Speaker 1:

E isso, gente, desde que o mundo é mundo Faz 25 anos que eu faço entrevista com os Cilevos no meu trabalho de consultora e que você levava aquele gravadorzinho pequitinho que tinha uma fitinha micra, e você leva, todo jornalista faz isso também com a fonte. Ele leva ali, avisa que vai gravar porque fica em cima da mesa e muitas vezes as pessoas diziam não, não, não, isso, eu não vou te falar isso, eu só vou te falar em off. Daí vem a expressão em off. Em off vem porque você precisa desligar o gravador. A pessoa não vai dar uma informação super sigilosa com você gravando aquilo, só que essa.

Speaker 1:

Agora, a partir do momento que a gente não tem mais um device físico exposto né e que você pode usar, por exemplo, o cloud nas suas versões colar, pulseira, ou aquele device que cola atrás do celular, ou você tem, por exemplo, um novo device que é o Home, que é tipo um botãozinho que você usa como colar, tudo vai estar sendo gravado sem que você necessariamente saiba. E aí a gente entra numa outra era em que a gente nossas interações vão ficar gravadas, como você falou. A gente vai ter, quase vão ficar gravadas, como você falou, a gente vai ter quase que uma eu brinco que é um HD externo. É como se a gente tivesse um HD externo que vai transcrever as nossas conversas, torná-las disponíveis em um documento que a gente vai poder guardar e voltar toda vez que a gente precisar confirmar alguma informação. Então, gente, essa discussão precisa acontecer.

Speaker 2:

Tem todo o lado, né Obviamente quem tá com essa informação, se essa informação tá em algum lugar Pra que ela tá sendo usada, perfeito. Mas também tem um outro lado do que essa tecnologia vai ser capaz. Imagina as pessoas mais velhas que começam a esquecer um monte de coisa porque a memória já não funciona bem, pra mim já tem utilidade, agora né gente não que eu seja tão jovem assim mas vamos combinar.

Speaker 1:

O 20 da OME já mostra uma senhora de cabelos brancos brincando com os netinhos e ele ajudando ela a lembrar certas coisas.

Speaker 2:

Então acho que pra esse tipo de caso tem um vencedor, Então acho que vai ter muita coisa que vai ser incrível, Mas é isso, né A própria Plod. Ele já tem um pin, Se não me engano o Guy Kawasaki, como é que ele chama, Sim.

Speaker 3:

Guy.

Speaker 2:

Kawasaki, que entrevistou a CEO do Blue Sky, que é, se eu me lembro, melhor que a minha.

Speaker 1:

Jake Weiber Exato Jake Weaver.

Speaker 2:

No SX estava com o colar do Plods, lembra Tanto que eles estavam discutindo as coisas. Não sei se foi ele, mas teve alguma apresentação que estava rolando no SXSW que um deles estava com o colar do Plods e estavam falando de privacidade, falando bom, mas esse col, a gente está falando aqui E esse dado tem algum lugar E se esse dado existe, ele está vulnerável. Então acho que tem o lado da memória, das coisas do dia a dia, tem o lado de o que esse dado, a segurança desse dado e a privacidade, aquele bom e velho trade-off de qual é o benefício que eu ganho versus uma potencial perda de privacidade, e a outra, que é regras claras de como seus dados estão sendo usados. A própria Meta está fazendo uma mega campanha com mídia exterior em São Paulo, e tudo para falar que todos os dados do WhatsApp não são acessíveis nem pela Meta, porque agora eles vão lançar anúncio, né?

Speaker 1:

Então eles querem deixar claro que o conteúdo das mensagens não vai ser usado para target anúncios para as pessoas. Das mensagens não vai ser usado pra target anúncios pras pessoas, mas não é isso que eles falam?

Speaker 2:

né, eu tô até com vontade de entrar no negócio pra ver, porque eles falam que a meta não tem acesso ao conteúdo das mensagens. Agora, uma coisa é você falar, eu não tenho acesso ao conteúdo, a outra coisa é o conteúdo tá de alguma forma alimentando quais são os seus interesses? Ninguém vai entrar e ler a sua conversa, mas eu vou saber que a Fernanda gosta de propaganda de roupa.

Speaker 1:

É isso, gente, prepare-se, isso ele não deixou claro, hein, E provavelmente usa porque é modelo de negócio deles.

Speaker 2:

Eles vivem disso, guys, entendeu? Então eu acho que é esse tipo de coisa, né, tudo bem. Ah, eu tô aqui, eu tô conversando com as minhas filhas, com o meu marido em casa, a minha conversa com você, tudo bem, já tem muita gente ouvindo, né, dé, tem umas conversas que a gente faz umas fofocas mais hard, que não dá pra publicar, mas assim essas não tem problema. Mas tudo bem, ninguém vai ter acesso à conversa em si, mas de não sei o que, porque eu tava falando desse assunto, né? então eu acho que tem vários temas aí que são sensíveis nesse novo mundo.

Speaker 1:

Boa, temos que voltar em algumas dessas pautas. A gente não falou de WhatsApp com anúncios. Temos que continuar essa conversa da privacidade. Mas isso vai ter que ficar pra outro episódio que a gente já passou aqui da hora. O Mig já tá dando bronca aqui na gente já passou de uma hora uma hora e cinco.

Speaker 3:

Ele falou que não tava dando bronca.

Speaker 2:

Só tava dando um avisinho assim pessoal muito obrigada.

Speaker 1:

Obrigada por terem ficado na nossa companhia. A gente volta semana que vem com mais um duplo clique que a gente vai gravar na sexta.

Speaker 2:

Olha que bom maravilhosa porque a Bé não vai fazer uma viagem tão longa. Mas tudo bem.

Speaker 1:

Semana que vem eu viajo segunda, volto quinta, então sexta-feira estamos de volta. Um beijo turma. Bom final de semana. Valeu pessoal, obrigada.

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