
Duplo Clique
A Andrea Janer da Oxygen, e a Fernanda Belfort da Tribo de Marketing, são duas amigas apaixonadas por lifelong learning. Toda semana, elas se juntam para dar um Duplo Clique nos principais temas de tecnologia, negócios e tendências. Conversas gostosas e descontraídas, mas cheias de conteúdo para você ganhar repertório e estar sempre atualizado.
"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."
Duplo Clique
#28 A Guerra de Gaza e Contra o Câncer
O conflito em Gaza ganha um novo capítulo com o anúncio de Emmanuel Macron de que a França reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina. Mergulhamos na complexidade histórica deste conflito aparentemente sem solução, explorando as raízes profundas que tornam qualquer acordo de paz tão desafiador.
Encerramos com uma conversa comovente e necessária sobre câncer, motivada pela recente morte de Preta Gil. Fernanda compartilha sua própria jornada como sobrevivente, enquanto discutimos os avanços surpreendentes na luta contra esta doença que afeta tantas famílias brasileiras. Desmistificamos conceitos, celebramos progressos médicos e oferecemos uma perspectiva renovada sobre o diagnóstico que não precisa mais ser visto como uma sentença final.
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Dan Ariely — Why People Believe Irrational Things | Prof G Conversations
The world is winning the war on cancer
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Oxygen Club - Andrea Janér
Tribo de Marketing - Fernanda Belfort
"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."
e aí, olá, eu sou André Janer e eu sou a Fernanda Belfort, e esse é o duplo clique. e hoje a gente tem que começar falando uma coisa que aconteceu, que eu adoro quando isso acontece, famoso viés de confirmação. a gente ontem eu fiz um story com mostrando que a Ghislaine Maxwell está nos trending topics do X E a gente precisa falar que a gente disse aqui primeiro. Então, quem ouviu o duplo clique da semana passada já sabia que a Ghislaine Maxwell ia entrar na Berlinda E a gente antecipou esse assunto aqui.
Speaker 2:Eu nem sabia quem era essa mulher amiga, Que ela era literalmente a partner in crime do Epstein. Partner in crime. Você sabe que eu entrei, Eu tenho no meu, Eu tenho assim né Eu uso Chrome para tudo que é trabalho Aí no meu computador. eu tenho Safari para as coisas que são pessoais Aí no Safari. eu já tenho o PIN, assim né Já ali, né Sempre ali, salvo o New York Times, várias coisas. eu entrei no New York Times, li o nome dela, falei bem que a Andrea falou. tá vendo bem que ela falou, então é gente fiquem ligados.
Speaker 1:Duplo clique é tá vendo quem tá aqui ouvindo a gente tá sabendo tudo antes, tá vendo mas acho que a gente precisa falar desse assunto, porque essa história tá ficando pior, né vai crescendo, vai crescendo e tá ficando pior. Eu acho que o que aconteceu de diferente foi que na semana passada eu falei não entendo como é que essa mulher ainda não surgiu nessa história, né porque ela tá presa.
Speaker 1:Ela tá cumprindo pena de 20 anos, ela já foi condenada e essa semana a gente vai apurar. Ainda são informações preliminares, mas a princípio parece que os advogados da Ghislaine entraram em contato com o Departamento de Justiça pedindo para ela ser ouvida novamente. Então, de novo, a gente antecipou isso semana passada. Provavelmente ela está tentando alguma manobra de enfim redução de pena, o famoso acordo da delação premiada. O que as pessoas se perguntam é mas o que mais ela teria pra dizer, já que ela já passou por um julgamento, ela já foi condenada, ela já está cumprindo pena, o que mais ela teria pra acrescentar a esse caso? Mas a verdade é que esse caso tem contornos, né Fê.
Speaker 1:As coisas estão crescendo e estão se alastrando de uma forma imprevisível. Enfim, eles foram até lá, eles fizeram uma rodada de entrevistas com ela. Ela foi entrevistada ontem, quinta, foi entrevistada quarta-feira também. Eles estão lá conversando com ela e ela tá provavelmente tentando cooperar e oferecer talvez alguma outra informação que ela tenha escondido ou tenha guardado na manga, talvez pra um segundo momento, né não sei. Ela vai voltar com tudo nesse cenário aí do caso Epstein.
Speaker 2:O Dea e o que faz essa história ainda estar tão viva. Você acha, né Porque é esse lado interessante, né Porque os Estados Unidos tem um traço cultural dessa deles ficarem tão fascinados e obstinados com essas teorias de conspiração? eu acho que tem um traço muito maior do que o Brasil. Eu acho que tem um pouco isso no Brasil, mas eu acho que é uma coisa muito maior, é uma coisa cultural americana que talvez seja uma das definidoras da sociedade lá hoje, de alguns extremismos. Mas é a pedofilia, é querer as respostas disso, porque realmente a repercussão que isso toma para um presidente que já em traspas passou o pano e se livrou de coisas tão sérias, né O que você acha que tá pegando.
Speaker 1:Acho que tem um lido assim que muitas coisas apontam pra esse renascimento do conservadorismo extremo nos Estados Unidos. Né Porque pedofilia é talvez uma das coisas mais uma das acusações mais pesadas que podem existir contra uma pessoa, né Então assim mesmo o lado do.
Speaker 1:MAGA, mesmo, aquele lado do MAGA que é enfim apoiador de Trump, que é defensor do Trump e tudo mais. pra eles é cruzar uma linha, né Cruzar uma linha muito importante. Acho que os conservadores americanos que apoiam o Trump, eles relevam muitas coisas que ele faz, mas isso tem a ver com essa coisa da religião também, que é um grupo que está muito associado a esse conservadorismo, aos republicanos. Existe uma ala que tem essa questão da religião que eu acho que é muito forte. Então eu acho que essa pode ser uma das explicações. e tem outras explicações também, porque a gente fala aqui, por exemplo, sempre que os, desde quando a gente começou a falar do flood the zone do Trump, que ele veio com tudo e soltando um monte de ordens executivas e atropelando as coisas e fazendo tudo de uma forma que deixou os democratas atônitos, perplexos e apáticos até porque eles não conseguiram esboçar uma reação ainda.
Speaker 1:Quem sabe se isso é uma reação que a gente não está percebendo, quem sabe se quem está alimentando e fomentando e explorando essa história do Epstein talvez sejam eminências pardas, sejam figuras que estão voando abaixo do radar e fazendo isso nos bastidores para manter essa história viva. Porque, por exemplo, se você observar bem, tem um lado muito interessante nessa história que é a imprensa, a imprensa que é fora, a Fox News, a imprensa que a gente conhece aqui, que a gente segue enfim New York Times, vox, muitos veículos que são mais alinhados aos democratas. eles não deixam essa história morrer. A imprensa está batendo nessa tecla todo dia. Isso é capa do New York Times, capa do Wall Street Journal, inclusive.
Speaker 1:semana passada aconteceu um fato interessante, a gente até comentou no Duplo Clique também O Trump processou o Wall Street Journal porque o Wall Street Journal publicou um cartão de aniversário que o Trump teria mandado para o Jeffrey Epstein por ocasião dos seus 50 anos. Não foi só o Trump, foram várias figuras que mandaram esse cartão e o do Trump tinha um desenho de uma mulher nua, tinha uma história assim mais mais picante, digamos assim. mas o Wall Street Journal publicou isso e o governo processou a empresa, a Dow Jones, que é a empresa mãe do Wall Street Journal. E esta semana, para minha surpresa, acho que para a surpresa de muita gente o Wall Street Journal publicou um op-ed, que é um opinion, um editorial, digamos assim, bem estranho, dizendo que achava que essa divulgação das apps, team Files, que tá sendo tão pedida pelas pessoas, não deve ser assim irrestrita, porque ali dentro tem conteúdos, fotos, informações que podem prejudicar muita gente. Então é uma postura estranha, porque ele primeiro tava.
Speaker 1:parece que colocando lenha na fogueira, inclusive pr as vítimas né Potenciais né Sim sim, Então no início parece que ele estava colocando lenha na fogueira e de repente ele falou não, não, não, peraí, não é bem assim. Talvez a gente esteja colocando. Se a gente fizer essa divulgação como está sendo pedido, isso pode trazer consequências para pessoas inocentes.
Speaker 2:Por exemplo crianças. Ainda mais depois de uma semana em que, depois de todo mundo dar risada do flagra do casal do Coldplay, teve um momento de reflexão de cara o quanto também essa mídia que vira um circo por cliques e tudo vai passando por cima da vida das pessoas. Bem lembrado, e tem pessoas aí que são.
Speaker 1:eram crianças hoje são adultos, foram explorados.
Speaker 2:E aí precisa passar um pretinho no nome dessas pessoas antes de liberar esses arquivos, porque realmente não pode ter uma exposição seria, realmente inaceitável.
Speaker 1:Eu acho que são dois lados da mesma moeda. Então, por exemplo, hoje a gente vê dois jornais super importantes nos Estados Unidos, o Wall Street Journal e o New York Times, em polos opostos diante dessa questão O New York Times pressionando para que esses arquivos sejam divulgados de forma absolutamente transparente e restrita, para deixar essa história vir a público do jeito que for, e o Wall Street Journal agora dando um passo atrás e pensando não calma, tem coisas aí que podem ser muito perigosas, tem conteúdos aí que ninguém sabe quais são na verdade, ninguém sabe o que tem lá dentro desses famosos files, e isso pode ser muito prejudicial. então acho que essa é uma, é um lado interessante da história que acho que, quando você pergunta mas por que isso desperta tanto interesse? Eu acho que tem forças ocultas, a gente sabe. eu acho que essas forças ocultas inclusive podem ser políticas, podem ser figuras importantes do Partido Democrata tentando essa via, podem ser figuras importantes do Partido Democrata tentando essa via para destruir o Trump, porque, enfim, alguma coisa precisa ser feita para contê-lo.
Speaker 2:É interessante isso, porque se estivesse acontecendo com os democratas, a gente não teria dúvida de que tinha uma articulação.
Speaker 2:Com certeza Um submundo intencional para isso acontecer. Geralmente, esses atores são justamente esses caras do MAGA e tudo que o Trump sempre soube trazer. Muito bem, Ele está, eu acho, tentando atrair um pouco isso envolvendo o Obama, colocando tudo isso, trazendo essa teoria da conspiração. Já, seja o que tiver nesses arquivos, a gente não pode confiar. Ah, mas tem fake news no meio, porque esse é o tipo de coisa que sempre foi como ele alimentou essa galera toda. Mas talvez ele possa estar sendo vítima.
Speaker 1:Com certeza ele está sendo vítima da própria estrutura que ele alimentou vamos ver como isso continua nas próximas semanas, que existe um complô, existe uma articulação pra que isso não morra, pra que esse assunto não morra e isso vá enfim eventualmente desembocar num possível impeachment ou alguma coisa assim não sei. Acho que isso pode dar muito pano pra manga ainda E isso vai dar mil minisséries. Né Eu já posso alguma coisa assim, não sei. Acho que isso pode dar muito pano para a manga ainda E isso vai dar mil minisséries. Né Eu já posso ver assim. Já teve um documentário sobre o Jeffrey Epstein. Imagina vai ter milhões de histórias agora surgindo a partir desse episódio.
Speaker 2:Dea e falando em Trump, em tudo isso, e a Colômbia, hein, Que fez um acordo.
Speaker 1:Fez um acordo. Tá todo mundo comentando isso hoje. Gerou um desconforto enorme, principalmente na comunidade acadêmica, porque a gente também tem falado desde o início no Duplo Clique sobre essa esse embate né Entre o Trump e as universidades americanas, que começou né Enfim por causa dos protestos pró-Palestina em vários campos americanos. Colômbia foi um deles E aí o Trump foi lá e cortou as verbas para algumas dessas universidades. Colômbia foi a primeira que ele cortou E isso começou o movimento que Harvard foi talvez o mais visível. Teve um conflito mais direto ali, mas Colômbia foi a primeira a aceitar um acordo. Então ela fez um acordo de 221 milhões de dólares com o governo para encerrar uma série de investigações federais sobre supostas violações de direitos civis e casos de antissemitismo no campus. Então, além disso, o texto desse acordo ainda prevê um monitor independente que eles vão escolher em conjunto para acompanhar o cumprimento dessas medidas, mas enfim sublinha que o governo não poderá interferir em contratações de professores, de admissões ou conteúdo acadêmico.
Speaker 1:A universidade também criou um departamento de antissemitismo e prometeu ampliar os programas de estudos judaicos. Então acho que isso está certo. Acho que esse olhar importante sobre o crescimento do antissemitismo, ele tinha que acontecer e isso tem que acontecer em todas as universidades. Acho que isso deveria ser algo adotado por todas. O que fica um gosto amargo talvez seja essa, essa submissão a tantas outras medidas que fazem parte desse texto. Então, se isso vai ser talvez uma referência para as outras universidades também, se isso vira uma política comum a todas as outras, isso vai realmente demonstrar uma vitória do governo Trump sobre as universidades americanas, nessa confusão toda que aconteceu no governo dele.
Speaker 2:É, mas me parece que, no geral, eles conseguiram provavelmente defender algumas coisas que eram essenciais né, como essa liberdade de ideias e acadêmica, né De contratações, porque isso eu acho que era uma coisa inegociável. Concordo com você totalmente, dessa parte antissemita, agora, eles estavam de dinheiro né E eles estavam sendo estrangulados. Então, no fim do dia, é isso né No fundo.
Speaker 1:It's all about money. Eles precisam dessa verba, eles precisam desses repasses que continuam acontecendo. A gente sabe, a gente já leu muito sobre a quantidade de projetos, inclusive científicos, que foram cortados, não tiveram, passaram a não ter mais verba pra poder serem mantidos, a quantidade de professores que foram demitidos, pesquisadores, enfim. O impacto foi enorme E assim toda a sociedade perde com isso. Então vira aquela coisa você quer estar certa ou quer ter razão? Não, você quer. Como é que é isso Nadeia? É, você quer ter razão ou ser feliz? Você quer ter razão ou ser feliz.
Speaker 2:Mas você sabe que eu acho que tem um lado que eu estava pensando outro dia tudo bem, se fizer um impeachment do Trump, sobe o JD Vance então, assim no fim, os Estados Unidos então, mas, amiga, qual que é a alternativa? os Estados? Unidos vai ter que sobreviver a quatro anos de um governo extremista. Porque também tirar o Trump e colocar o JD Vance?
Speaker 1:não acho que resolveu Exato, pior que a gente está com o cara jovem. Tem que dar poder para o cara jovem. Mas tem uma coisa aí, talvez um plot twist, que são as eleições pro Congresso americano ano que vem. Porque se o governo, se o Congresso vira democrata porque por enquanto o Trump a maioria é republicana mesmo dentro dos republicanos já tem gente que tá um pouco ressabiado com o governo dele, já está começando a repensar alguns apoios, mas ele governa com o Congresso.
Speaker 2:Ele aprovou o Big Beautiful Bill, por exemplo Ele conseguiu aprovar, ele tem conseguido avançar os projetos dele.
Speaker 1:O ano que vem, se o governo continuar nesse ritmo, talvez ele não tenha mais o apoio do Congresso inteiro, talvez o Congresso vire democrata e aí ele vai começar a ter enfim mais dificuldade pra avançar com as pautas dele. Aí que vai virar uma confusão, porque quando e isso acontece inclusive no Brasil, inclusive na França quando o presidente não tem o Congresso ao seu lado, o Brasil nada avança. Uma das motivos do Brasil estar como está é porque o governo não está alinhado com o Congresso.
Speaker 2:A gente não tem ali um E por um lado a gente tem o tal do centrão que a gente fala no fim não deixa nada ir pra frente, mas por outro lado ele que protege a gente de não ter um extremista louco lá fazendo o que o Trump está fazendo.
Speaker 1:Exato. Então tudo tem os dois lados. A França é a mesma coisa. Cada um sabe a dor e a delícia de ser quem é. É tipo isso.
Speaker 2:O que eu acho da Colômbia também é que chega uma hora Que precisa ter um olhar pragmático Que talvez eles estejam tendo De virar e falar assim Cara, a gente vai ter que sobreviver esses quatro anos. O que vai ser o menos danoso Vai ser a gente Cancelar todos os projetos de pesquisa, mandar todo mundo embora, fazer tudo isso durante quatro anos, ou a gente também compromise, ou, se for novas palavras, por favor em português, se abrir mão de algumas abrir mão de algumas coisas, negociar algumas coisas e realmente escolher o que a gente precisa pra gente não desmantelar totalmente.
Speaker 2:Entendeu.
Speaker 1:É um bom ponto. Fê É um ótimo ponto. Governos não duram pra sempre. Né Governos não duram pra sempre.
Speaker 2:Eu não vejo nenhum cenário de tirar o Trump e o JD Vance. Então também fazer um impeachment do Trump leva a gente pra onde então, no fim do dia, os Estados Unidos vai ter que sobreviver esses quatro anos e vai ter que sobreviver protegendo as coisas estruturais. E aí eu acho que proteger os projetos de pesquisa, proteger as verbas pra não destruir essas universidades em quatro anos, talvez seja algo mais inteligente e importante a ser feito nesse momento. Tudo bem se daqui a dois anos a gente conseguir reverter parte dessas coisas tendo um congresso democrata melhor. Mas anyway, é uma coisa que eu tava pensando também um pouco, de que não tem solução fácil.
Speaker 1:Não, não tem. E falando em não ter, solução fácil, a gente é muito alinhada.
Speaker 2:Vamos falar de Gaza Porque é o exemplo, mais É o melhor exemplo de não ter solução fácil do universo, talvez da história.
Speaker 1:Total.
Speaker 1:Acho que hoje, essa semana, a gente vai fazer um duplo clique nesse tema porque houve uma notícia nova e bem impactante sobre esse tema. A gente sabe que a mídia tem mostrado de forma cada vez mais contundente as cenas do que está acontecendo na faixa de Gaza, e cenas muito impactantes, dramáticas. A gente está acompanhando a quantidade de pessoas morrendo de fome na fila para receber comida E aí os ataques a Israel vão ficando cada vez mais fortes, mais intensos, da comunidade mundial, os governantes pedindo para que haja um cessar-fogo, para que esse drama acabe. E, num gesto até onde eu sei inesperado, o Emmanuel Macron ontem fez uma carta que ele divulgou nas suas redes sociais, anunciando que a França vai reconhecer oficialmente o Estado da Palestina na Assembleia Geral da ONU que vai acontecer agora, mês que vem, em set. Acontecer agora, mês que vem, em setembro, mês que vem, não setembro. E por que isso é importante? Porque a gente sabe que 147 dos 193 países membros da ONU, ou seja cerca de 75% da comunidade internacional, já reconheceram o Estado da Palestina, inclusive o Brasil, que reconheceu em 2010. Internacional já reconheceram o Estado da Palestina, inclusive o Brasil, que reconheceu em 2010.
Speaker 1:Mas a França será o primeiro país do G7 e o mais influente da União Europeia hoje em dia a dar esse passo, então isso pode. É um fato novo nesse conflito. É um fato importante até porque já existem. Hoje de manhã já saíram várias Nesse conflito. É um fato importante Até porque Já existem. Hoje de manhã já saíram várias notícias De que o Macron está trabalhando Principalmente com o Reino Unido, está pressionando o Keir Starmer, que é o primeiro ministro britânico, para que ele acompanhe a França Nessa posição E se isso começa a acontecer, a gente tem aí Uma reviravolta, eu diria.
Speaker 1:Nesse conflito. A gente sabe que o Trump está fazendo um movimento contrário. Ele está tentando evitar que os países retirem o seu apoio a Israel e que sigam o caminho do Macron. Mas isso é muito novo, aconteceu ontem, então é uma história que está ainda em desenvolvimento. O Netanyahu obviamente fez uma declaração lamentando profundamente a posição do Macron, dizendo que isso coloca Israel numa situação muito delicada porque a partir do momento que os palestinos tiverem, se eles tiverem, o apoio de mais nações, isso vai gerar, vai colocar o Israel de novo em estado de permanente ameaça. E aí é isso que a gente estava falando no início. Não tem solução fácil, é muito simples. A gente diz essa guerra tem que acabar, essa guerra tem que acabar. Mas é uma guerra difícil de acabar porque não tem uma saída fácil né Fê.
Speaker 2:Sabe que essa semana eu fui estudar né ler um pouco sobre isso, porque é uma região né tão intensa de histórias e de coisas assim e eu fui assistir o ponto de partida do meio né do Pedro Dória, que tá realmente incrível, amamos, amamos. Ele fez uma série que tem uns três episódios de meia hora e ele viaja para Israel, então ele conta um pouco disso tudo dele lá. Ele faz uma retrospectiva histórica incrível da região. Então acho que tem muita coisa e é muito difícil. uma coisa que me impactou eu estava assistindo no Valdida, agora de férias. sim, nós somos essas pessoas, né Bea, que ficam assistindo esse tipo de coisa.
Speaker 1:No avião a gente estava brincando, mas tudo bem.
Speaker 2:eu estava assistindo uma conversa num podcast do Dan Ariely com o Scott Galloway, que é um. Eu vou deixar o link pra vocês aqui, né, mas chama Dan Ariely.
Speaker 1:Nossa, até eu quero ver essa Maravilhoso. Adoro ele, o Dan.
Speaker 2:Ariely, que escreveu Aliás, eu tô vendo o livro daqui né O Predictably Irrational. Ele é um dos grandes caras de comportamento, de ciência comportamental e tal do mundo de por que que as pessoas realmente acreditam em coisas irracionais. A conversa deles vai muito além. Fala de várias coisas, mas tem um momento que me pegou em que ele vira e fala sobre isso. Ele fala que ele tava numa conversa com amigos e amigos do mundo árabe, né depois do ataque de 7 de outubro e ele falou eu não quero falar sobre história, eu não quero falar sobre 48, sobre 67, e eu e a Défa vamos até estudar um pouco disso pra trazer pra vocês. A gente já traz né mas e nem sobre quem tá moralmente certo ou moralmente errado. Eu quero fazer uma pergunta O que vocês gostariam de ver a partir de agora? E aí a maioria fala eu quero vão cessar fogo, Eu quero que Israel deixe Gaza.
Speaker 2:Tá, bom, até aí foi fácil, concordo. E ele fala. Aí eu pergunto e depois, Se Israel sai de Gaza, o que volta para o governo Total? se Israel sai de Gaza, quem que volta pro governo? o Hamas, entendi? a gente então vai permitir que o Hamas se rearme, que ele tenha força aérea, que ele tenha marinha, que ele um dia eventualmente tenha uma arma nuclear né e que ele volte com muito mais sede de vingança exato se um novo 7 de outubro acontecer daqui a 3 meses, o que você acha que deve ser feito, então a resposta não é fácil.
Speaker 2:A gente sabe que o jeito que o Hamas opera também, que no fundo é isso, é uma organização terrorista. Concordo com esse comentário. Eles governam efetivamente Gaza E não é fácil, não tem solução fácil. E também não é fácil porque obviamente eles usam tudo isso, usam a mídia internacional. Eles também vão ser objetivo. Você acha que eles estão preocupados com o povo, entendeu Com as crianças passando fome? Não, nunca estiveram. Você acha que eles estão preocupados?
Speaker 1:com o povo, com as crianças passando fome.
Speaker 2:Não, nunca estiveram, nunca estiveram para eles, é uma para esse povo todo. Acabar com o povo israelense, com o povo judeu, com o Estado de Israel é um objetivo.
Speaker 1:É muito doido declarado e eles também usam, porque tem as pessoas que consideram o Hamas os defensores dos palestinos. Na verdade eu comparo um pouco mal comparando, fazendo uma comparação talvez até um pouco esdrúxula, mas é um pouco a milícia nas comunidades, por exemplo do Rio de Janeiro, os traficantes, os traficantes também nas comunidades, eles estão lá no meio, eles criam, eles têm uma autoridade.
Speaker 2:Eles têm uma autoridade local exato.
Speaker 1:As pessoas que não se alinham a eles acabam sendo punidas de alguma forma. Então eles exercem ali uma dominância pelo medo. Então assim eles acabam se infiltrando e fica muito difícil você saber quem é a favor, quem não é a favor. As pessoas têm muito medo, então elas acabam se acomodando naquela situação e fica muito difícil você realmente saber quem está, quem faz parte daquelas organizações e quem não faz, porque eu acho que os problemas são muito profundos. Né, então assim não está certo Israel exterminar os palestinos, mas também os palestinos. O Hamas e muitos que estão infiltrados e misturados com os palestinos também querem exterminar os judeinos, mas também os palestinos. O Hamas e muitos que estão infiltrados e misturados com os palestinos também querem exterminar os judeus. Então não tem uma.
Speaker 2:Amiga eu, Eu volto pra falda.
Speaker 1:Total falda Total.
Speaker 2:Eu acho que é super interessante Quem assistiu falda quem não assistiu assista, porque dá pra gente entender também como tudo é muito pessoal, né, como tudo faz parte da vida deles e tudo. Mas só lembrando quem não assistiu ou não viu isso em episódios anteriores nossos que a gente sempre comenta, né Déa Sim, que no final de uma das temporadas eles estão planejando um ataque, sei lá, com uma arma química, de gás numa mesquita, alguma coisa assim. né, não, não era uma mesquita, né.
Speaker 1:Não, não era mesquita, era uma sinagoga. É judeus.
Speaker 2:É uma sinagoga E aí o cara que tá lá né infiltrado tudo, ele vira e fala assim mas se isso acontecer, isso vai ser um ataque tão brutal e tão sério que não vai dar uma ativa, vai ser uma guerra. A não ser Israel contra-atacar E isso vai virar uma guerra. E o cara falou mas é exatamente essa a ideia E, gente, o que o Hamas fez foi exatamente isso.
Speaker 1:Exatamente isso.
Speaker 2:Ele fez um ataque tão cruel, tão absurdo, pegou assim, assim como reféns em sequência, assim o que ele fez em 7 de outubro é realmente inacreditável, inominável E com mídia e mostrando tudo, e ele fez realmente pra começar uma guerra E ele não quer terminar a guerra. A verdade é essa, ele quer ir até o final.
Speaker 2:E aí a gente até foi procurar um pouco isso e trazendo algumas coisas, porque essa foi uma região que, depois da Primeira Guerra Mundial, quem assumiu o controle ali da Palestina foi a Grã-Bretanha. Cresceu nessa época muito ali da imigração judaica. Os conflitos entre os árabes e os judeus se intensificaram Em 47, teve o plano da ONU de dividir a Palestina em dois estados, ter o Estado judeu e ter o Estado árabe. Israel aceitou e os países árabes e os palestinos rejeitaram o acordo E o Estado palestino não chegou a ser criado. É importante a gente ter essas lembranças também de que não é que nunca deixaram ter o Estado palestino, nem nada disso. Eles próprios não aceitaram E com isso Israel declarou independência.
Speaker 2:Os países árabes em volta entraram em guerra. Começou realmente uma guerra. Israel venceu essa guerra que aconteceu em 1948, expandiu seu território para além do que estava no plano da ONU, porque é a hora que não tem um acordo e que vira uma guerra. Aproximadamente 750 mil palestinos se tornaram refugiados isso é conhecido como Nakba, né a catástrofe e a Cisjordânia foi anexada pela Jordânia e Gaza passou ali a ser de alguma forma comandada pelo Egito. Em 64, teve a criação da Organização para a Libertação da Palestina, a OLP, que teve o Yasser Arafat, quem aqui é jovem há bastante tempo como eu é a dela lembro de ter ouvido o nome de Yasser Arafat milhões de vezes Estava no Jornal Nacional toda noite No Jornal.
Speaker 2:Nacional. Exatamente Em 88, a OLP declarou simbolicamente o Estado da Palestina com base nas fronteiras de 67. E aí o que começou a acontecer e obviamente teve no passado, ainda em 1967 teve a Guerra dos Seis Dias que Israel ocupou a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental e áreas que seriam o futuro Estado Palestino. Começou nessa época a longa ocupação militar que está até hoje. Teve algumas revoltas palestinas que ficaram conhecidas como intifadas, então, a primeira de 87 a 93 e a segunda de 2000 a 2005. E em 93 teve o Acordo de Oslo. Então teve aí a mediação dos Estados Unidos, que levou Israel e a OLP para eles se reconhecerem mutualmente, criaram a Autoridade Nacional Palestina, a ANP, que seria um autogoverno limitado em partes da Cisnordânia e de Gaza E a ideia era fazer uma transição para a criação de um Estado palestino. Isso nunca aconteceu Em 2000, acho que essa talvez tenha sido a cena mais emblemática de um possível acordo de paz. Mas o Bill Clinton levou para Camp David e fez um encontro entre o Arafat e o então premier israelense.
Speaker 2:Israel ofereceu cerca de 90% da Cisjordânia e parte de Jerusalém Oriental. O Arafat rejeitou, considerou a proposta insuficiente, especialmente sobre os refugiados em Jerusalém, e no fim acabou não se concretizando e teve um fracasso, não se concretizando e teve um fracasso. E aí o que aconteceu é que em 2006, 2007,. O Hamas venceu as eleições legislativas em 2006 e assumiu o controle da faixa de gás à força em 2007.
Speaker 2:Então o que antes tinha ali um governo em que tinha uma tentativa de paz, foi realmente tomado pelo Hamas e desde então passaram a ter dois governos ali de alguma forma o Fatah, que governa parte da Cisjordânia e é mais moderado, e o Hamas governando Gaza, que tem a linha mais radical. Voltando um pouco pra isso, né assim já teve tentativas de paz e hoje eu não acho que é possível haver paz e é muito o que Israel fala enquanto tiver o Hamas e o Hamas estiver no controle de Gaza. Né porque realmente é o risco eminente depois, principalmente de 7 de outubro, a Israel, o tempo todo. Então gente de novo, né assim é de cortar o coração ver as cenas e ver o que está acontecendo ali em Gaza. Isso não pode acontecer. Matar a população de fome, e eu acho que a hora que falam que está tendo um genocídio ali realmente de alguma forma, não que seja a intenção de Israel, pode eventualmente ser a intenção do Netanyahu. Eu não estou falando da pessoa ali no governo.
Speaker 2:Mas com certeza não é a intenção do povo judeu. Você sabe que em Londres eu estava andando agora e na frente ali do parlamento de Londres até tirei uma foto. Tinha algumas pessoas com uma faixa enorme e com o dizer de Jews for Palestine, então os judeus pela Palestina. Mas assim, duas coisas que me assustam muito O que está acontecendo em Gaza, que é absurdo, e o sofrimento que esse povo todo está sofrendo, e assim, para mim isso é uma coisa que a prioridade número um é acabar com isso. E a segunda coisa que me assusta é o quanto as pessoas associam tudo isso que está acontecendo em Gaza ao povo judeu. E a mesma coisa de virar e falar porque o Bolsonaro de repente está fazendo alguma coisa lá em Brasília, no Brasil. Começarem a ameaçar brasileiros pelo mundo, cara, isto também é outra coisa assustadora.
Speaker 1:Então, só para fechar aí minha fala, Não acho muito válido, Fê, e acho que quando você falou ali, né acho se é legítimo Israel querer eliminar seu inimigo que é o Hamas. A questão é como que se elimina um inimigo que não é necessariamente um exército, é uma ideia. O Hamas é uma ideologia, ele é uma ideia E eu acho que o grande impasse do governo israelense agora é esse Se pra eliminar o Hamas você vai ter que eliminar todos os palestinos, vai matar dois milhões de palestinos.
Speaker 2:Quer dizer, eles já mataram o chefão E assustadoramente parece o caminho que eles estão seguindo E se a gente lembrar, mas se olha o que está acontecendo, Eu acho que eu me lembro aqui quem também é jovem.
Speaker 1:Há bastante tempo, como a gente vai lembrar, quando o Obama matou o Osama Bin Laden. O Osama Bin Laden quando foi procurado durante anos e acho que foi ali uma.
Speaker 2:Nem precisa ser tão jovem. Não foi tão assim, não foi tão assim.
Speaker 1:A Al-Qaeda era também uma ideia, um grupo terrorista assim como o Hamas, mas ela tinha um chefe e esse chefe foi procurado incansavelmente durante anos até ser morto no governo do Barack Obama, barack Obama que autorizou o assassinato do Bin Laden. eu me lembro muito bem disso. Israel já conseguiu matar o chefão do Hamas E nesse tema, até tem um Só falando do Bin Laden.
Speaker 2:Desculpa, mas assim Saiu esse ano no Netflix Uma série que chama Procurados Estados Unidos, osama Bin Laden. É super interessante Porque conta de tudo. E o tempo todo que demorou. Nossa, a ideia é incrível. Até abri aqui pra ver, são três episódios, mas ele pega desde o começo, sabe assim do 11 de setembro. Até quando pegaram ele e vai passando por tudo.
Speaker 1:É bem interessante vale a pena assistir. Sensacional, não sabia, vou assistir, mas é uma história um pouco parecida, com a diferença de que eu acho que o Bin Laden quando morreu, a gente não ouviu mais falar em Al-Qaeda. A Al-Qaeda hoje, se existir, é uma célula talvez pequena dentro de algum grupo maior, o Hamas. Não, o Hamas tem ramificações em outros países. Também tem apoiadores em outros países. Então assim eu acho que é um impasse para Israel. Como é que ele vai destruir um grupo terrorista que tem enfim adeptos, simpatizantes, tem soldados, porque você matar soldados é uma coisa, você matar simpatizantes é outra. Então acho que essa talvez seja o grande dilema de Israel hoje como eliminar um inimigo que está pulverizado numa população de dois milhões de pessoas, que tem crianças, mulheres inocentes, que alguns protegem, outros não querem viver sob a autoridade do Hamas. Mas como é que você separa isso? Como é que você identifica isso?
Speaker 2:E o ódio a Israel tá só crescendo E vai cada vez crescer, mais vai continuar crescendo vai continuar crescendo e isso é muito difícil.
Speaker 1:Assim a gente não tem a resposta. Essa resposta eu acho que ninguém tem. É uma dúvida que a gente não tem resposta fácil né.
Speaker 2:Dea. Entrando pra um outro assunto que começa triste mas depois fica um pouco melhor, outra coisa que eu acho que impactou muita gente essa semana foi a morte da Preta Gil.
Speaker 1:Certamente.
Speaker 2:Ela morreu de complicações de um câncer coloretal. Então eu acho que essa ameaça do câncer e tudo ela tinha 50 anos e essa frequência de câncer em pessoas mais jovens e tudo que está acontecendo que eu acho que é uma coisa assustadora. Quem aqui me conhece ou me acompanha há mais tempo sabe que eu sou sobrevivente de câncer. Faz cinco anos que eu tive meu diagnóstico. Graças a Deus, eu estou sem nada, estou bem, estou saudável. Mas a comemoração de cinco anos acontece no final da químio. Isso é uma coisa que eu aprendi também, não é no diagnóstico. Então em novembro desse ano, se tudo correr bem, eu comemoro meus cinco anos cancer free. Mas é algo que está muito próximo da minha vida. Né Eu tive um câncer de mama, eu Na pandemia.
Speaker 1:Né, filipe. Você me mandou uma matéria outro dia me mandou uma matéria.
Speaker 2:Você me mandou uma matéria outro dia que tinha umas estatísticas assustadoras. Né não, esse é um câncer que mata não sei quanto, não sei o que que você tava contando no negócio. E eu né, esse foi o que eu tive, tipo meu. Então assim eu tive um tipo que é grave fiz químio, fiz rádio, fiz imunoterapia, fiz cirurgia, fiz tudo. Mas tô aqui. Então é isso. E por coincidência eu tava.
Speaker 2:Quem tá vendo a gente no YouTube vai ver porque eu comprei uma revista em Paris. Eu comprei essa The Economist que tem a capa The Economist da semana passada era Winning the War on Cancer. Então obviamente me chamou a atenção. Teve um momento que eu falei acho que eu nem vou ler né porque tá muito próximo, mas por outro lado é tão gostoso também a gente ter notícias um pouco mais otimistas né, e foi uma matéria que eu e a Dé, a gente começou a bater papo e ela ai vamos falar disso no ProClick porque a gente começou a ter um papo interessante sobre né. Mas conta um pouco primeiro, dé, aí do que você sentiu, dessa repercussão toda da Pre a Preta Gil.
Speaker 1:É, eu acho que foi interessante porque, óbvio, a gente não deveria precisar da morte de uma pessoa tão popular, tão querida e tão jovem pra abrir os olhos para um determinado tipo de câncer, porque isso é muito comum. quando uma pessoa morre de uma determinada doença, é normal que aquilo gere um pico de buscas no Google. as pessoas vão ao médico, lembram de certas coisas E isso começou. essa conversa também começou porque eu fiz uma colonoscopia semana retrasada, antes da morte da Preta Gil, porque eu faço de rotina tenho 52 anos E eu vou fazer amanhã porque eu me apavorei com a morte dela e resolvi marcar o primeiro horário que eu consegui, que foi sábado.
Speaker 1:Então isso mostra, quer dizer como isso tem um impacto, isso reverbera entre as pessoas e faz com que pessoas que adiavam esse exame, porque de fato é um exame muito chato de fazer eu já fiz várias vezes acho que foi minha quinta colonoscopia porque minha mãe teve pólipos, sei lá, quando ela tinha 60 anos e aí os médicos mandaram que eu e meu irmão fizéssemos porque isso tinha uma carga forte hereditária. na época Eu fiz minha primeira colonoscopia e não tinha nem 40 anos. Então não era ainda considerado protocolo como hoje é. Hoje, a partir de quantos anos Fê o protocolo? 40 anos 45?
Speaker 2:Não tenho certeza. Eu acho que é 45, mas eu não tenho certeza.
Speaker 1:Enfim eu fiz antes de ser considerado protocolo, porque minha mãe teve pólipos e eu, quando fiz a primeira vez, tinha também Tive três pólipos que foram retirados e a partir daí eu tive que fazer com alguma frequência. De fato é um exame muito chato, é um exame cujo preparo é muito desagradável e por essa razão muita gente adia. As pessoas sabem que vão ter que passar enfim jejum. Aí você tem que fazer uma limpeza intestinal que é desagradável pra caramba enfim. Então é um exame que as pessoas evitam o quanto elas podem, né.
Speaker 2:Deia já aproveita e dá a dica do limão vai.
Speaker 1:Ai gente vou dar a dica do limão.
Speaker 2:Já que a gente tá aqui falando o chat GPT, eu fui conversar com o chat GPT, o que eu preciso fazer para ter uma experiência um pouco mais menos traumática.
Speaker 1:Nem precisava eu acabei de fazer.
Speaker 2:Ah, eu virei pra Dé que eu sabia que eu tinha feito. Né Dé Me dá as dicas.
Speaker 1:Entendeu Basicamente a dica é o limão né Bea Quando você faz preparo em casa, que eu considero infinitamente melhor do que fazer no hospital ou no laboratório onde você vai fazer, etc. Não é público, mas eu fiz no Fleury e foi o Fleury que me deu essa dica. Não é público, fleury.
Speaker 1:Se depois quiser fazer um anúncio tá ótimo quando você vai tomar o Manitol, que é aquele remédio que é o que faz a limpeza intestinal, você tem que pegar um litro e meio de água, colocar esse pó que é o manitol dentro e mais 60 gotas de luftal. essa é a receita do medicamento que você tem que tomar pra fazer a limpeza intestinal. antes disso você vai tomar do colax. tem umas outras coisas que você tem que tomar antes, tem que fazer uma dieta meio específica nos dois dias anteriores, mas nem vou falar disso. Eu vou falar do momento crucial, que é quando você precisa tomar um manitol, que tem um gosto horroroso.
Speaker 1:Ele é açúcar puro, é como se você estivesse tomando água com sei lá um quilo de açúcar. Então ele é muito desagradável pra tomar. A mistura que o Feury recomendou é um litro e meio de água, o saquinho inteiro de manitol, 60 gotas de luftal e a dica preciosa gente espremer dois limões, o suco de dois limões coados, porque você não pode ter o gominho do limão Sem os gominhos, gente Sem os gominhos tem que ser coado, e esses dois Vamos dar até receita.
Speaker 2:Agora duplo clique, tem agora receita.
Speaker 1:Receita de manitol E quando você coloca esse suco dos dois limões nesse preparo e mexe, juro, fica com gosto de uma limonadinha bem leve. Então assim é super tranquilo de tomar. Foi a melhor experiência que eu tive em cinco colonoscopias, fez toda a diferença. E importante a água gelada, porque também ajuda. O gosto também fica melhor quando a água tá bem gelada. Então essa é a minha receita Fê, faz isso que você vai, vai ser sucesso.
Speaker 2:Eu vou fazer super. por isso que eu falei ideia já dá dica pra todo mundo. É boa ideia, porque agora todo mundo tem que fazer a colonoscopia.
Speaker 1:Gente, as evidências mostram que o aumento significativo de câncer coloretal em jovens E isso tem muito a ver com, segundo dizem os especialistas, o consumo de alimentos ultraprocessados, ou seja junk food, que é uma coisa que o jovem prioriza sobre outras coisas Então esse aumento dessa incidência de câncer coloretal pode ter a ver com isso, com alimentação ruim mesmo.
Speaker 2:Sim, e eu acho que hoje vamos falar um pouco de câncer. Mas depois eu tenho uma outra revista que eu comprei em outra viagem A pessoa que compra a revista, essa não foi no aeroporto. A outra foi Que é uma revista da Mayo Clinic que dá várias dicas de longevidade, de coisas que eu acho que é um ponto interessante, até para a gente trazer Importância de alimentação, essas explicações, sabe, de micro-inflamações, do como que a dieta tá ligada ao sistema imunológico e também a gente tentando buscar fontes que são um pouco mais seguras. Eu acho que o que eu mais gosto dessa parte de longevidade é o Piteratia e a Mayo Clinic tem uma piada na minha casa. Né, você viu, na Mayo Clinic.
Speaker 2:A Mayo Clinic tem um site incrível, gente incrível, assim, ah, tô com o nariz sangrando o que eu faço e assim, ah, tô com o nariz sangrando o que que eu faço, meu, e assim meio clínica, é tipo um Einstein nos Estados Unidos. Né é minimamente confiável, entendeu, e eu já viro no chat do CPT, busque na meio clínica e me traga a resposta, entendeu, com o link. E já é até piada, mas acho que tem um conteúdo legal.
Speaker 1:Você usa WebMD também. Você sempre usa Mayo Clinic, porque a gente aqui em casa era Mayo Clinic e WebMD também. Você conhece WebMD?
Speaker 2:Não, não Você me dá seu parecer, eu vou começar a testar. Depois você me dá seu parecer. Depois você me dá WebMD. Tá bom, vou testar. Vou ver o que a família Belford Médicos acha.
Speaker 1:Então por isso que eu tô pedindo sua opinião.
Speaker 2:Obrigada, meu amor. Eu colo no Branding mesmo sabe Assim, ah, tá na meio clínica, é tipo aqui, né, gente, o que eu vou falar tá na revista da The Economist. Se tiver alguma coisa errada, reclamações pra The Economist. Mas o que essa revista traz que eu acho que é interessante. Ela fala que no início, em 1971, ela fala que no início, em 1971, o Nixon declarou a guerra ao câncer E depois que eles conseguiram levar o homem para a lua com Apolo, ele falou cara, espero avanços rápidos, mas o câncer não foi derrotado em poucos anos como se esperava. Aliás, o câncer não foi derrotado em muitas décadas. Então, se a gente olhar para isso, quem ganhou? aás, o câncer não foi derrotado em muitas décadas. Então, se a gente olhar pra isso, quem ganhou a guerra foi o câncer. Mas o que ele fala é que, por mais que tenha isso, né de que todo mundo hoje conhece alguém que teve câncer ou tem câncer ou já teve câncer. Isso eu acho que é uma coisa também, né que chama atenção a quantidade de amigos, pessoas e tal, com casos assim, o meu caso específico, eu não tinha nada hereditário nem nada que me colocasse no grupo de risco parece que isso é frequente com mama, mas tem muito dessa percepção.
Speaker 2:e câncer mata uma a cada seis pessoas mortes são de câncer e a segunda principal causa de morte né o dado é dos Estados Unidos e mata só perde para a parte cardíaca, né para a coração. E aí, por mais que a gente olhe isso e tenha uma percepção de que tá pior, a hora que você ajusta né não só pega a quantidade de mortes, mas você pega a taxa de mortalidade. Então você fala bom, bacana, né Quantas pessoas, quanto que aumentou da população, com que idade? isso está acontecendo. Eles falam que a taxa de mortalidade ajustada por idade começou a cair nos anos 90 e segue caindo lentamente E que nos Estados Unidos é um terço menor do que era na época do Nixon E que hoje câncer na verdade não é hoje câncer não é uma doença única, ela é uma categoria inteira. Isso que torna a cura super complexa, porque estão acontecendo, é uma guerrilha não é uma guerra.
Speaker 1:Isso que torna a cura super complexa É isso mesmo Porque estão acontecendo.
Speaker 2:É uma guerrilha, não é uma guerra. A gente usando a analogia é isso.
Speaker 2:É tipo Ramaz aqui Exato, não é ir lá e tirar o Hitler É outra briga E que existem avanços graduais, mas que estão acontecendo em triagem, em cirurgia, em medicamentos, que vão trazendo isso E ele vai trazendo alguns exemplos Que assim, leucemia infantil, que antes era quase fatal, hoje tem uma sobrevivência de 90% E a métrica é de cinco anos depois. Eu sempre falo isso da métrica, porque uma coisa que eu morria de medo quando eu tinha câncer, falavam não tem uma taxa de tantos por cento de sobrevida de 5 anos. E o que é sobrevida de 5 anos, tipo não, não, eu quero viver muito mais que 5 anos. Me irritava profundamente, dependendo da forma que era falada, dependendo da forma que era falada. Então, deixando claro, é porque a taxa muitas vezes é de cinco anos E eles falam que tem três frentes que são muito promissoras para o futuro.
Speaker 2:Tem uma parte que é essa parte de prevenção, que a redução de tabagismo nos países ricos que vem acontecendo desde 1975, evitou mais de três milhões de mortes por câncer. Então todas as campanhas de tabaco e tudo isso que ainda podem ter um impacto maior, já que cigarro ainda causa uma morte a cada cinco mortes de câncer no mundo. Então, assim, gente, o que teve de redução de cigarro já foi uma coisa monstruosa do ponto de vista de evitar câncer. Mas ainda tem muita coisa. E aí ainda tem o tema do vape né, que depois a gente ainda nem tem muitos dados, mas que acho que é uma coisa perigosa que está acontecendo no mundo. Depois, medicamentos mais baratos e acessíveis Então a vacina para HPV reduziu 90% os casos de câncer de colo do útero E a hora que essa vacina ficou mais barata e que está permitindo que tenha campanhas em massa, isso também é uma coisa que é um game changer, porque a gente sabe que existe essa ligação e a parte toda de diagnóstico precoce.
Speaker 2:Então, desde entender risco genético e o gene mais famoso, por exemplo, que é o da Angelina Jolie, acho que talvez seja a referência melhor que tem é esse BRCA1, brca1 que é uma mutação genética que, enquanto a população geral, segundo o nationalbreastcancerorg, o Instituto Nacional de Câncer, fala que o risco de uma mulher a média é de 12% de ter câncer de mama ao longo da sua vida, uma mulher que tem essa mutação tem um risco que vai de 55% a 72%. Então imagina o quanto esse tipo de mapeamento né Eu fiz esse exame, por exemplo, uma vez que eu tive câncer eu não tenho essa mutação. Se eu tivesse, já mudaria totalmente o protocolo com as minhas filhas, com a minha irmã, com todas as pessoas. Então o quanto que é importante esse tipo de coisa. A gine nojoli decidiu tirar a mama antes de desenvolver qualquer coisa Porque ela falou cara, eu não quero ter o risco de passar por isso.
Speaker 2:Depois tem mil estudos que dizem se isso é eficiente ou não, se é na mama que começa. Mas tem várias coisas que acontecem, como vocês podem imaginar. Eu leio muito sobre câncer, mas depois eles falam também de terapias inovadoras, então drogas baratas que acabam sendo como preventivas. E aí eu estou usando dados e coisas que eu li na The Economist eles falando que a aspirina reduz o risco de câncer de intestino em pessoas que tem síndrome de Lynch. A metformina reduz a recorrência de alguns tipos de câncer de mama.
Speaker 2:Câncer de mama também, temcer de mama também tem vários tipos diferentes os que são gerados por hormônios. O meu era um que chama triplo negativo, que não é nem gerado por hormônio, então tem tipos diferentes. Então não é pra você ouvir isso e falar nossa, vou tomar metformina porque não tem nada a ver. Precisa do médico. Obviamente eu só tô lendo as informações aqui dessa matéria que eu acho que é super interessante, um que a Dé vai adorar, porque ela sempre fala que é o Zempic e outros, né Outras drogas dessa do GLP-1.
Speaker 2:Adoro Que também mostram potencial. Quem tá vendo no YouTube o Mig pode até mostrar que a Dé fez um coração, coração, coração, mas que tem um monte de coisa que eles estão estudando e que talvez tenha muito ligado também a isso. Né Como que você tem todo o teu metabolismo ligado a isso. Aí eles falam de outros tipos de drogas, como por exemplo imunoterapia. Imunoterapia são drogas que estimulam o próprio sistema imunológico a combater células com câncer.
Speaker 2:Quando eu tive o meu câncer, tinha saído dois meses antes um estudo científico validando o uso de algumas drogas de imunoterapia, uma droga, acho que específico para o tipo de câncer que eu tinha, que era esse triplo negativo. E eu lembro que o meu oncologista, meu maravilhoso doutor Buzayde, ele falou olha, eu acho que é uma coisa que a gente deve fazer. Não foi aprovado nem no FDA nos Estados Unidos ainda hoje. Já foi aprovado na época. Não, ele falou, vai ser aprovado, é que ainda não deu tempo, mas o estudo científico já existe. Eu na época tive que pagar separado essa parte do tratamento porque, imagina, não estava aprovado nem no FDA nos Estados Unidos, muito menos. O meu plano de saúde iria apagar e usei imuno porque tem uma teoria de que câncer é uma bobeada, que o seu sistema imunológico deu Apareceu uma célula lá errada e seu sistema imunológico não sacou que aquela célula estava errada para ir lá e destruir ela. Então tem essa parte de que o próprio sistema imunológico, quando ele está mais ativo, ele mesmo pode ir lá e pode matar a célula do câncer.
Speaker 2:E tem vários tipos de câncer e coisas assim que a hora que você tem, eu tive um câncer, eu descobri. Eu já estava com um nódulo na mama e com um nódulo do mesmo tamanho na axila, no linfonodo. Quer dizer ele já estava pronto pra espalhar E aí você sabe que tem células desse câncer circulando no seu corpo. Então não adianta você simplesmente ir lá e tirar aquele câncer da onde ele está. Numa cirurgia Você tem que combater e você faz a quimioterapia. E de novo, nem todos os tipos de câncer são iguais. Talvez tenha outros que são de mama, que é só a cirurgia mesmo Muda.
Speaker 2:O protocolo No meu caso era Não precisa fazer químio, precisa fazer imuno, porque o que a gente tem que fazer, tirar o câncer da mama, é fácil. Graças a Deus, a mama é um órgão que você pode tirar, né Você não pode tirar seu pulmão, seu intestino, a mama você tira. Eu ainda fiz uma reconstrução mamária com o meu maravil nos, doutor Tarik, e fiquei com peito ótimo, tá, tudo bem. Mas o problema é o resto do corpo. Então imuno é super interessante e hoje tem alguns tipos de vacinas que estão em teste pra prevenir ou tratar câncer de mama e de cólon. Então é muito doido porque são coisas que você toma pra já preparar o seu corpo a combater.
Speaker 2:Se uma coisa dessa acontecer, então tem muitos avanços que estão acontecendo e no fim do dia pode, apesar de parecer lenta, a guerra. Quando o câncer começa ele é mais fraco, as drogas funcionam melhor e tudo A hora que esse câncer vai crescendo no teu corpo vai ficando mais difícil. Por isso que quando você tem um câncer que já tá em metástase e é em teoria, é mais difícil tratar de novo. Tem alguns cânceres que mesmo em metástase se trata e acaba e é super tranquilo, outros não. Eu acho que tem um problema de branding, né Dea, eu já falei isso pra várias pessoas.
Speaker 2:A gente precisava fazer um rebranding. Eu queria fazer algumas campanhas no mundo. Gente, eu queria fazer uma campanha que eu já falei espero adesão de mudar as férias escolares Porque não tá fazendo sentido viajar no inverno e no verão. Vamos trazer um tema leve. Eu quero muito essa campanha. A Deia já tá com filhos que já estão a outra idade, já tá começando a sair, mas eu acho que essa é uma campanha importantíssima. A outra campanha eu queria mudar o branding de câncer, porque não dá pra ter uma palavra que engloba tanta coisa embaixo, porque daí você fala gente tá com câncer. As pessoas falam meu Deus vai morrer, e de repente é um câncer super tranquilo, o outro não. Então precisava mudar as máscaras.
Speaker 1:As coisas estão evoluindo. Eu acho que as coisas estão evoluindo E a gente continua com aquela imagem de que um diagnóstico de câncer é uma sentença de morte. Eu acho que de lá pra cá muita coisa mudou de uns anos pra cá E certas palavras, realmente como essa que você falou agora, achei super legal que você falou metástase e também não é necessariamente a morte.
Speaker 1:Então isso é muito legal. Você repensar o significado de algumas palavras dessa, porque muita gente continua tendo esses diagnósticos todos os dias. Minha mãe teve um câncer também 11 anos atrás e a gente fez várias consultas com vários médicos e a gente ouviu de um médico que é mega medalhão, que é mega conhecido que o câncer dela era stage 4, estadiamento 4, e que ela não ia ter uma cura. Eles só iam tratá-la de forma paliativa. E no entanto nós fomos num outro médico que atendeu ela de outra forma, fez uma avaliação diferente, achando que o câncer dela era estadiamento 3. E aqui está minha mãe com 79 anos. Ótima, passaram-se 11 anos, ela ficou totalmente cancer free. Então, assim mesmo o diagnóstico.
Speaker 2:E se vocês tivessem acreditado no estágio 4, vocês não teriam feito o tratamento e ela não estaria aqui.
Speaker 1:Olha que loucura, pensa, e era um médico assim tratamento, ela não estaria aqui. Olha que loucura. E era um médico assim acima de qualquer suspeita, aqueles médicos que você fala não. Se ele disse, então é porque não tem jeito mesmo E a gente foi numa outra médica na verdade Ficou aprendizado também né No começo tem que acreditar Total. Tem que acreditar.
Speaker 1:Eu sempre falo isso não se contente com uma resposta dessas, porque tem casos e casos, milhões de exemplos de pessoas que venceram o câncer e acho que tem que acreditar. Não dá pra se conformar, tem que lutar como você lutou você tendo um diagnóstico super agressivo e você teve uma luta linda.
Speaker 2:Mas eu lembro que o dia que eu encontrei no banho o meu câncer, eu chamei o Rodrigo, né e tal, eu e meu marido. A gente é assim, né acontece alguma coisa. A gente já pensa no pior cenário, já faz o plano de se tudo acontecer, porque daí de lá pra trás tudo é gerenciável, né, e eu tava no banho achei um negócio, já falei também se focando Ah, também a gente vai fazer quimioterapia, ficar careca também. Dane-se, eu falo uma palavrão aqui agora passei, fica careca, entendeu? O importante é eu estar aqui pra criar minhas filhas e pra estar do seu lado. Mas tem o lado.
Speaker 1:Ai vai chorar. Não Obviamente foi zero fácil.
Speaker 2:Zero fácil. Eu fui internada três vezes. A Dé acompanhou né Teve um monte de coisa no meio do caminho.
Speaker 1:Mas você nunca deixou a peteca cair. eu acho que assim foi uma época que eu me lembro, assim Não, mas teve momentos difíceis.
Speaker 2:Quando eu saí da última internação, eu lembro que teve momentos até de eu falar assim cara, eu preciso me distanciar um pouco da minha família, porque eles têm que aprender a viver sem mim mim Eu preciso que você comece a se boicotar.
Speaker 2:Mas dera porque você fala caraca mano, entendeu Assim. Né. E se essa meleca aqui der errado, porque tem um monte de coisa que tá difícil E sabe, então tem algumas coisas na tua cabeça. Assim né Não é fácil. E eu tenho duas amigas né Que são minhas amigas do peito, né A Lud e a Cacá que passaram por isso. Em outras coisas A gente conversa bastante né, mas tem horas que eu senti, há horas que eu falava cara que difícil pro meu marido né Porque é muito perigoso me amar nesse momento, porque eu posso não estar aqui depois. Então tem muita coisa que a gente não pode romantizar, mas tem coisas que assim a gente também tem que entender que é isso. Assim Quimioterapia é difícil, é difícil, mas tipo gente não é também esse horror não é o fim, sabe, tipo vai pra cima, tem mil drogas hoje pra tratar os efeitos colaterais, tem mil protocolos pra não ser tão agressivo quanto era antes, tem mil coisas, graças a Deus. Assim eu só agradecia. E a Cacá que tinha tido câncer antes de mim eu sei que a gente já passou numa hora, mas tá num papo muito importante, eu já vou encerrar, mas assim a Cacá, que tinha tido câncer antes de mim falou que uma vez ela via lá a quimioterapia.
Speaker 2:Ela falava cara, é isso que vai me salvar, né. E meu, assim teve a segunda vez, o segundo dia eu tava no quimio. Teve uma hora ressignificar né, e as narrativas que a gente conta pra gente antes dela. E eu lembro que teve um dia eu tava na segunda químio, eu tava vendo aquela gotinha caída, químio né, e eu ouvi uma criança chorar E eu juro que eu só pensei assim meu obrigada a Deus por essa doença ter vindo em mim e não ter vindo nos meus filhos. Entendeu, eu lembro que eu contei pra minha mãe. Depois disso ela falou imagina pra mim né, mãe, entendeu. Mas acho que esse lado de você ressignificar é falar cara, obrigada por eu poder ter o tratamento que eu tenho.
Speaker 2:E agora eu tô aqui por causa disso, é né, mas eu acho que tem esse lado que a gente precisa entender que câncer e entender que câncer, com esta palavra, com esse branding que abrange tanta coisa, é uma coisa que vai estar mais próxima das nossas vidas, né, e é uma coisa que a gente precisa saber lidar quando tem.
Speaker 1:Bom, gente, terminamos, mais um do ProClique, né Aquela síndrome depois disso tudo. Mas foi linda. A gente podia fazer um dia, um só sobre isso. sabe, acho que isso é bem legal.
Speaker 1:Acho que trazer Até porque quando acontece uma coisa, como aconteceu com a Preta Gil essa semana, parece que a gente volta duas carlinhas né E todo mundo começa a ter medo de novo então, é, isso fica muito próximo de novo e eu acho que contar, compartilhar histórias de sucesso como a sua, como a da minha mãe, enfim tantas outras que a gente conhece ao nosso redor, também é muito importante, porque tem muita gente passando por isso e eu acho que a gente precisa ressignificar essa história. Então, obrigada por compartilhar sempre. Você sempre é muito transparente com essa história do câncer, é muito linda.
Speaker 2:E vamos terminar com o call to action né gente Primeiro examinem as mamas.
Speaker 1:Marquem.
Speaker 2:Façam uma. Não, mas você sabe, eu tinha uma amiga que estava preocupada porque ia fazer uma biópsia E, ao invés de eu pegar e apalpar o meu peito né Para ver se tinha alguma coisa, eu pensei ah, preciso marcar minha mamografia. Gente, começa fazendo autossomia pelo teu peito, vamos começar por ali, tá? E segunda coisa marque as colonoscopias e não esqueçam do limão Né Bea.
Speaker 1:Não esqueçam do limão, faz toda a diferença, vai por mim. Vamos transformar isso num tango de limão, e é isso Maravilhoso. Gente obrigada pela companhia, obrigada pelas mensagens que a gente recebeu essa semana, porque significa muito pra gente assim, quando a gente né quando eu falei da mensagem que eu recebo é muito legal.
Speaker 1:Eu recebi muita gente dizendo eu tô viciado, eu não paro mais de ouvir, eu escuto todos, eu acompanho vocês. Não parem então. Super obrigada pelas mensagens carinhosas que a gente recebeu. Recebe todas as semanas, mas essa semana especialmente recebi muitas. Então continuem ouvindo, recomendem o podcast pros seus amigos, falem do Duplo Kick, por aí que a gente adora compartilhar tudo isso com vocês.
Speaker 2:Obrigada pessoal, até a semana que vem. Obrigada, beijo.