
Duplo Clique
A Andrea Janer da Oxygen, e a Fernanda Belfort da Tribo de Marketing, são duas amigas apaixonadas por lifelong learning. Toda semana, elas se juntam para dar um Duplo Clique nos principais temas de tecnologia, negócios e tendências. Conversas gostosas e descontraídas, mas cheias de conteúdo para você ganhar repertório e estar sempre atualizado.
"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."
Duplo Clique
#31 Serena e GLP-1, Americanos Sem Álcool, A volta do GPT-4, Diplomacia Reality Show e Lei Felca
Uma pesquisa surpreendente mostra que metade dos americanos já não consome álcool, o menor percentual em quase 90 anos. Jovens entre 18 e 34 anos lideram essa tendência, motivados por preocupações com saúde e o medo de serem filmados em situações comprometedoras nas redes sociais. Como isso transformará nossa vida social, construída há milênios em torno do "lubrificante social" que é o álcool? E qual a conexão entre o uso crescente de medicamentos como Ozempic e a diminuição do desejo por bebidas alcoólicas?
No campo tecnológico, discutimos a polêmica do ChatGPT-5 e o retorno do modelo anterior após reclamações dos usuários, destacando o Brasil como terceiro país que mais utiliza a ferramenta no mundo. Na geopolítica, analisamos a "diplomacia de reality show" de Trump em seus encontros com Putin e Zelensky, as manifestações em Israel contra Netanyahu e a tramitação urgente da Lei Felca no Brasil, que visa proteger crianças contra adultização e exploração nas redes sociais.
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Tribo de Marketing - Fernanda Belfort
"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."
Olá, eu sou a Andréa Janer, Eu sou a Fernanda Belfort E esse é o Duplo Clique de volta.
Speaker 2:Quem tava com saudades da gente. Não adianta falar que ninguém porque eu sei que vocês estão ouvindo. A gente recebeu várias mensagens tá.
Speaker 1:Várias mensagens pedindo por favor voltem Cadê vocês várias mensagens pedindo por favor voltem. Gente que ficava dava refresh no Spotify pra ver se aparecia o nosso podcast, então assim a gente gerou aí uma síndrome de abstinência.
Speaker 2:Obrigada, pra darem valor por um duplo clique. Brincadeira, a gente fica atropelada pela vida simultaneamente. Né Deia, quando só uma de nós é atropelada pela vida, a outra consegue meio que salvar a onda. Só que eu tava no meio da mudança e a Deia no Rio Innovation Week e tipo assim. Jesus Maria, judé, né que deu tudo ao mesmo tempo. A gente, não vamos gravar no domingo não vamos gravar num sei o quê. não porque eu vou no Harare, não, a gente voltou E voltou para ficar.
Speaker 1:Pois é, gente Às vezes não dá, mas a gente tenta fazer um. A gente rebola aqui tenta fazer uma agenda mais completa, mas a gente conseguiu gravar hoje mantendo a nossa promessa de sexta-feira, porque também quase que não conseguimos hoje. né Fernanda ainda as voltas com a mudança, claro, na casa dela fazendo instalação de internet, enfim, mas estamos aqui E temos assuntos acumulados. né Vai ser um desafio fazer esse podcast hoje em uma hora, né Vamos tentar.
Speaker 2:Mas a gente vai. A gente vai ter muitos assuntos né Vamos falar de algumas coisas que não dá pra não falar, né O encontro do Trump com o Putin, as manifestações em Israel contra o Netanyahu, a lei Felpa e tudo o que está acontecendo, dessa adultização. E também vamos trazer temas mais diferentes que a Dea trouxe, como por exemplo a pesquisa que saiu de que metade dos americanos né alegam não beber mais e isso é muita gente e a Serena Williams fazendo propaganda usando GLP-1, ou seja essas drogas como o Zempic. Então muitos assuntos legais fiquem com a gente, que hoje vale a pena. E aí Dé ideia por onde que a gente vai começar.
Speaker 1:Eu queria começar por essa notícia da Serena né, porque eu acho que tem muitos ângulos aí que a gente precisa mencionar talvez vocês já tenham sido impactados por essa notícia que a Serena enfim é um ícone.
Speaker 2:Um escute do começo né Serena.
Speaker 1:Williams, essa atleta maravilhosa Sim uma lenda do tênis que tem lá 23 títulos de Grand Slam. Ela revelou publicamente ontem que ela está usando GLP-1 para perda de peso. A gente bem que notou que a Serena estava bem mais magra quando esteve em Cannes esse ano, né, mas ela alegou ter perdido cerca de 14 quilos desde que começou o tratamento em abril deste ano, ou seja três meses, quatro meses praticamente. Né depois de muito tempo tentando perder peso através de dietas e exercício após o nascimento das suas duas filhas, né das suas duas filhas. Isso foi um marco, eu acho, porque para mim teve um impacto muito parecido com o da Oprah, quando a Oprah também anunciou que estava usando GLP-1. No caso da Oprah, foi um pouco mais impactante porque a Oprah era não só porta-voz como acionista do Vigilantes do Peso, weight Watchers, a Oprah era uma investidora. Então, enfim, isso ficou bem ruim para o Vigilantes do Peso na medida em que a sua principal porta-voz também acabou usando outro método.
Speaker 1:E é um método, gente. Nós estamos falando disso há bastante tempo aqui no Duplo Clique. Eu já falei muito disso nas aulas da Oxygen há dois anos, quando a gente começou a cobrir esse tema. É um novo paradigma, gente. É uma questão de tempo.
Speaker 1:Todo mundo vai acabar usando isso em algum momento da vida, seja para perda de peso, seja para manutenção do peso, seja para outras questões. Também porque cada vez mais a gente descobre novos usos para esses medicamentos. O FDA aprovou semana passada para uma doença renal ou seja. Ele vai sendo utilizado para combater milhões de outras condições e vai se tornando cada vez mais uma droga super multiuso, super potente. Então acho que isso é um marco. A Serena tem uma presença muito forte nas redes sociais. Ela ainda é considerada uma referência como atleta. Então é uma atleta usando um medicamento como esse, embora ela hoje não jogue mais profissionalmente, mas ela ainda é considerada uma referência no esporte. Então isso é uma tentativa de tornar normal esse uso. Né que confessa, que admite usar esse tipo de recurso, que eu acho até interessante, porque ainda tem um certo estigma. As pessoas não gostam de dizer, de assumir que estão usando.
Speaker 2:Eu ia chamar a atenção que você usou a palavra confessa.
Speaker 1:É porque tem gente, muita gente ainda tem.
Speaker 2:Parece que você está roubando no jogo.
Speaker 1:Exato.
Speaker 2:É tipo meio ah, eu fiz plástico, ah, eu fiz não sei o que, ah, eu fiz plástico, ah, eu fiz não sei o quê ah, eu fiz um procedimento ah eu tô usando.
Speaker 2:Então tem gente que fala super abertamente E o que eu acho que é super interessante, como você mesma colocou primeiro, pessoas que lutam de alguma forma contra isso há algum tempo. Ou são exemplos de saúde, ou então eu acho que são casos. A Oprah e a Serena são casos bem diferentes, mas o caso da Serena é assim. Não vê isso lá que você precisa de disciplina pra perder peso, que é só disciplina que você perde? você concorda, e a Serena Williams é mais disciplinada, é menos disciplinada do que eu. Tudo que treina, tudo que faz e tudo ou a preocupação com saúde esportista acaba sendo não necessariamente a verdade, porque às vezes eles fazem coisas que não são saudáveis pra se manter assim, mas eles são um pouco dos estereótipos, né De saúde, de vida ativa, de tudo isso, de disciplina da alimentação também, porque não é só de treino que eles chegam onde eles estão. Então, o quanto que de repente uma droga como essa é necessária até pra Serena Williams, se até a Serena Williams toma e pode e tudo por que eu não.
Speaker 2:Então acho que isso quebra realmente um paradigma e por isso que essa notícia, pelo menos nos nossos grupos e tudo ecoou tanto, eu acho que também pode significar que essa notícia, pelo menos nos nossos grupos e tudo ecoou tanto.
Speaker 1:Eu acho que também pode significar muito para as mulheres, principalmente depois da maternidade, porque é duro mesmo emagrecer. Depois que você tem filho A rotina está mais complicada. Você tem mil outras atividades para fazer, você tem um bebê em casa, você tem que enfim, você dorme mal, não consegue treinar, você não tem tempo, às vezes a gente já voltou pro trabalho. Tem que administrar tudo. O exercício acaba escorregando pro final da fila e tem gente que tem dificuldade, né com certeza algumas coisas.
Speaker 2:Eu não passei na fila lá no céu. Entendeu, tipo pele boa que não tem rugas, preciso fazer lasers todos os anos. Senão meu dermatologista já falou que se eu não fizesse laser há mais de 10 anos eu seria um maracujá de gaveta. Entendeu, Eu falei nossa Gui, mas assim, graças a Deus, eu não tenho problema de peso, não tenho dificuldade. Tem gente que tem dificuldade e que come muito menos e que faz mais esporte, que luta pra caramba, mas é difícil mesmo.
Speaker 1:Então acho que tem todos nos cenários eu já contei aqui também alguns episódios atrás. Eu uso já há três anos essas medicações para manutenção. Usei para perder peso e agora uso para manutenção. Não tenho nenhum efeito colateral, me dou muito bem com elas, mas eu incorporei a minha vida. Eu não tenho nenhuma ilusão de que em algum momento eu vou parar, e vou já até tentei parar umas duas vezes, mas eu acabo ganhando peso de novo porque o apetite volta e eu não acho que seja um efeito rebote. Já li muito também sobre isso. Tem orientação médica pra fazer uso desses medicamentos, também também endocrinologista, e não é necessariamente um efeito rebote, é o apetite que você tem normalmente. Tem gente que tem mais fome, tem mais compulsão, enfim. Então acho que essas drogas o importante.
Speaker 1:Eu acho que o que a Serena tá tentando fazer agora é desmistificar esse uso, falar abertamente pra que as pessoas não se sintam roubando no jogo adorei essa expressão Fê E assim apontar isso como uma solução que, embora não seja tão acessível assim porque ainda é cara, para a maioria das pessoas ainda é muito inacessível, mas é algo que representa mesmo uma luz no fim do túnel, uma maneira de emagrecer de uma forma saudável, desde que você coma proteína, se alimente da forma correta, e uma solução para muita gente que luta contra isso só um comentário super rápido, antes da gente entrar na próxima parte, que eu acho que eu sei o que você vai contar, mas eu tô tentando lembrar.
Speaker 2:Geralmente minha memória é boa, nisso, não tô conseguindo lembrar onde, mas eu li alguma coisa falando também do quanto as pessoas tem uma tendência maior a ficarem deprimidas, ou coisas assim, quando estão fazendo dieta pra perder peso ou quando estão porque também tem isso. Né, às vezes não é só o lance de que ah, eu vou conseguir ou não vou conseguir, mas, e não é só um tema de disciplina, de repente, quando você tá fazendo dieta, você fala meu não vou poder sair pra jantar com meus amigos porque a hora que colocar um monte de coisa na mesa eu vou comer, eu não vou. Então assim leva a uma série de privações. De alguma forma, se você toma um ozinho pico, alguma coisa, assim você pode continuar com a sua vida social sem ter medo de cair no risco. Então eu acho que tem uma série de coisas que são interessantes. Né Assim, imagina o nível de esforço e de força de vontade e de energia que você talvez tivesse que fazer pra perder peso e que a hora que você toma isso fica menos custoso. Né?
Speaker 1:E a vida fica mais fácil. Isso tem um nome. Isso tem um nome chama food noise. É como os médicos chamam isso food noise.
Speaker 2:A pessoa é a musa maravilhosa, não é Sandréia Que você conta o negócio. Ela fala claro, fê o conceito disso é gente siga mas é que eu sou estudiosa desse tema.
Speaker 1:Eu amo esse tema food noise.
Speaker 2:É isso, isso que eu chamo.
Speaker 1:Eu chamo por outros motivos também, mas esses são os motivos é interessante porque assim a pessoa, você não tem problema de peso. Você contou agora, mas eu tenho. Eu sei exatamente o que é essa sensação de você estar de dieta e aquilo ocupa um pedaço enorme do seu cérebro. O que eu vou comer nesse jantar que eu tenho que ir, como é que eu vou me alimentar nesse dia, que eu tenho que passar o dia no festival. Eu não vou ter tempo de comer ou só vai ter comida junk lá e eu preciso comer uma coisa dentro do meu plano alimentar. Tudo isso é food noise. Tudo isso ocupa um HD, um pedaço, um HD da sua cabeça e a hora que você usa uma caneta emagrecedora e ela corta o seu apetite, isso deixa de ser uma preocupação. Você apaga todo esse tema da sua cabeça. Você consegue concentrar sua energia em outras coisas.
Speaker 2:Então, quando eu comecei a usar, foi mais me chamou a atenção. Pode voltar, porque você sabe que outro dia eu estava conversando com uma pessoa que falou né, eu falo às vezes em casa. Não, a gente não pode também ter uma relação com comida, de que comida é prazer, prazer, prazer. Eu só vou comer o que eu quero. Você também está dando o que seu corpo precisa. Não precisa pensar no que você come, né. Mas daí tem outro lado que eu tava ouvindo outro dia uma pessoa falando assim gente, mas também não pode mais ser, né, as pessoas não comem mais. Nossa, vamos comer aquele peixe maravilhoso, vamos, começa assim. Né, eu vou comer uma porção de proteína, uma porção de Pô. Dá pra ver que eu Ah vez mais claro. Eu quero comer coisa gostosa, eu quero que isso seja prazeroso, né.
Speaker 1:É que um dos impactos dessas canetas é que elas tiram de fato esse prazer de comer e de beber. A gente já vai falar sobre esse ponto da bebida também, porque eu acho que ela está ligada de alguma forma a essa queda no consumo de álcool pelos americanos que foi noticiada recentemente. Mas o fato é que ela afeta sim a sua relação com a comida. Então não é mais a mesma coisa.
Speaker 1:Você não tem aquele desejo de comer uma coisa específica ou você não tem mais aquela vontade de comer muito de uma coisa que você gosta. Então são coisas com as quais você tem que lidar. São impactos, sim, você realmente tem muito menos fome, você não tem mais compulsão, você não tem mais vontade de comer coisas, por exemplo, muito gordurosas ou coisas muito doces. Né, ele mexe diretamente com deve mexer com lá partes do cérebro ligadas a essas coisas. Não sei, mas o fato é que ele tem um efeito realmente muito positivo na sua saúde como um todo. A gente está falando aqui de outras doenças que está se descobrindo hoje que essa molécula ajuda a combater. Né você, comendo menos, você obviamente todos os seus índices melhoram, tudo, melhora sua pressão enfim.
Speaker 2:Você faz os exames com regularidade, você começa a ver, é nítido como você começa a melhorar o seu estado geral E se você tem uma situação de peso, você perde e tudo melhora. Tudo melhora. Mas por que a Serena fez isso?
Speaker 1:Então isso que a gente precisa só alinhar aqui e isso aparece quando a gente dá um duplo clique nesse tema O marido da Serena, que é o Alexis Ohanian, que a gente já falou dele aqui. Ele é o fundador do Reddit, que é uma das redes sociais mais importantes dos Estados Unidos e que está crescendo bastante no Brasil também. Ele hoje já vendeu a parte dele no Reddit e ele hoje em dia é um investidor, ele investe em várias empresas, ele é um cara super importante no cenário de VC americano E ele é investidor da Rowe, que é essa empresa de telemedicina que convidou a Serena para fazer esse anúncio, para fazer essa campanha. Então é importante esse disclaimer a Serena é uma parte interessada, digamos assim, o Alexis Zohar parte interessada, digamos assim, o Alexis Zohariana, além de investidor, ele está no conselho da Rowe. Foi uma ideia muito feliz, na minha opinião, porque usou a Serena como uma porta-voz a favor dessas drogas mas também a favor do acompanhamento médico, porque a Lowe faz isso, ela enfim presta consultas com telemedicina e tudo mais.
Speaker 1:Então também de quebra cria essa mensagem de que você precisa usar tudo isso com acompanhamento médico, que acho que no Brasil a gente começou de uma forma muito livre, muito solta, e agora acho que no Brasil a gente começou de uma forma muito livre, muito solta, e agora acho que de dois meses para cá entrou em vigor aí uma portaria da Anvisa que você só pode comprar esses medicamentos mediante receita médica.
Speaker 1:Por um lado você obviamente protege aí a saúde de até muita gente, muitas meninas jovens que estavam usando esse tipo de caneta pra perder um quilo, dois quilos e tal, e usando de uma forma totalmente errada. Por outro, você complica ainda mais o acesso, porque se você ainda precisa fazer uma consulta, pagar uma consulta médica pra obter uma receita, pra daí comprar um remédio que já é caro, fica mais difícil ainda. E aí eu acho importante falar para a gente concluir aqui esse tema que hoje, inclusive ontem e hoje está sendo votada a inclusão da liraglutina e da semaglutina, que são os análogos da EGLP1, no SUS, e até agora a decisão foi negativa, foi no sentido de não incluir o Evolve, ozempic, monjaro e similares no tratamento do SUS E hoje a gente já gosta na hora do almoço.
Speaker 2:só para a gente marcar aqui. É verdade, isso é importante Vamos colocar em bom momento aqui, porque as coisas vão mudando.
Speaker 1:Isso é uma notícia muito ruim pra todo mundo, porque a inclusão desses medicamentos no SUS não só resolveria várias questões de obesidade, mas também de doenças associadas à obesidade que oneram o SUS, que as pessoas estão lá para tratar coisas que agora enfim vão se tornar um pouco mais difíceis. Então essa notícia aconteceu agora de manhã, então a gente está observando ainda os os impactos, os desobramentos disso, mas não é uma boa notícia. Fiquei assim decepcionada.
Speaker 2:Achei que a gente já estava avançando, até porque a lira aglutida já está sendo fabricada no Brasil como genérico, Em casos específicos, né Em casos de obesidade, em casos né Acho que tem.
Speaker 1:Não o SUS, na verdade, hoje em dia, O SUS hoje em dia não tem nenhuma opção na forma de remédio para o tratamento da obesidade. É uma pena, gente, não tratar a obesidade. Acho que ainda existe uma visão um pouco estética sabe.
Speaker 2:Não sei, pode ser que seja uma falta de vontade. Vai para casa e fecha a boca, exato.
Speaker 1:E na verdade a gente já sabe que não é mais sobre isso. Já tem muitas pesquisas hoje em dia que mostram que não é sobre isso.
Speaker 2:Mas enfim, acho que essa é uma notícia Os americanos estão fechando a boca da bebida alcoólica. Conta essa notícia que você me contou de manhã. Né que me surpreendeu. Sabia que essa tendência existia, mas eu nunca imaginei que tivesse tão grande.
Speaker 1:Então a gente tem lido há bastante tempo sobre isso, sobre a redução do consumo de álcool, principalmente por conta dos jovens que estão a geração Z, que bebem menos, e tudo mais. Isso não é uma notícia nova. O que é novo, na verdade, foi uma pesquisa do Gallup que foi divulgada semana passada, revelando que apenas 54% dos americanos dizem beber álcool em 2025, o que é o menor percentual em quase 90 anos de pesquisas. O pico histórico foi de 71%, entre 76 e 78, mas agora a gente chegou a um novo recorde mesmo, e eles alegam que o principal motivo que estão levando essas pessoas a beber menos é uma preocupação com a saúde.
Speaker 2:Depois de vários alertas, Mas nesse caso não é nem beber menos, nesse caso é não beber.
Speaker 1:É não beber. Eles não acreditam mais que o consumo moderado de álcool é seguro. Essa é a grande diferença. A gente viu cada vez mais nos últimos anos esse discurso de que a gente deveria beber moderadamente. Tinha lá uma conta de quantas taças de vinho o homem podia tomar durante a semana versus a mulher. Inclusive a mulher tinha que beber menos que o homem para ser considerado seguro. O homem acho que eram 12 taças de vinho por semana, a mulher era algo tipo 6.
Speaker 1:E agora de uns tempos para cá tem saído novas pesquisas, estudos mostrando que não existe quantidade de álcool considerada segura E isso teve, pelo que a gente está vendo, um impacto enorme nas pessoas. As pessoas acreditaram nisso, passaram. A gente está vendo um impacto enorme nas pessoas. As pessoas acreditaram nisso, passaram a pensar dessa forma e cortar o álcool da sua vida. Claro que nessa pesquisa a mudança mais evidente é entre os jovens de 18 a 34 anos. 66% dessa faixa do público acredita que o álcool é prejudicial. Então é o jovem entrando na idade adulta Consciente de que aquilo ali não faz bem para ele. E eu acho que tem muitas outras camadas nessa notícia.
Speaker 1:Eu acho que o jovem, claro, é mais impactado por essas notícias com relação à saúde e com essa questão da quantidade que não é segura. Mas a gente vê também um jovem nos Estados Unidos principalmente com menos dinheiro para gastar em balada e menos dinheiro para comprar bebida. Isso tem a ver inclusive com essa falta de socialização que a gente vê, que também tem essa crise da saúde mental dos jovens ansiosos e tudo mais, porque eles não estão mais saindo tanto. Então a bebida é sempre muito associada a essa vida social. Então esse é um outro dado que a gente precisa levar em consideração. Outra informação também que a gente vem tendo com pesquisas de jovens eles hoje o maior temor de um jovem hoje é ser filmado ou fotografado numa situação em que ele perdeu o controle e isso se tornar assunto de rede social.
Speaker 2:Ele viralizar no pequeno grupo de amigos dele. Você não precisa ser uma viralização, mas é Isso, é um temor, eu acho que é super interessante.
Speaker 2:Né Porque quando você tava falando hoje não é seguro beber, tem esse lado a nossa cabeça, vai direto pra saúde. Né Tem um lado que nunca foi seguro beber do ponto de vista de se eventualmente expor algum tipo de violência. Né Seja porque você tá mais vulnerável a não se defender, seja uma mulher, seja o que for a entrar numa briga, se é homem a bater um carro ou dirigindo. Mas quer dizer, é uma coisa preocupante. Eu acho que isso continua igual, mas existe essa nova dimensão de rede social e tudo que é perfeita a tua análise. Né Bé assim na nossa época. Se a gente saísse e bebesse, estivesse pulando igual um louco numa festa, passasse mal e vomitasse ou qualquer coisa assim, isso não tinha nenhuma chance, ou quase nenhuma chance, de isso ser eternizado ou viralizado ou divulgado. E agora as pessoas não podem mais fazer isso porque, meu Deus do céu, de repente vai ter alguém da vida A filma acaba.
Speaker 1:Para o jovem isso não tem nada pior. A gente viu uma pesquisa lá em Cânia que mostrava que esse tipo dos top 3 medos de um jovem hoje esse é tipo o número 1 ou 2. É ser filmado, ser registrado no momento de vulnerabilidade e isso se tornar uma arma contra ele para fazer uma chantagem ou isso até vazar mesmo e a vida dele ficar marcada por isso. Então acho que esse é um medo enorme e eu acho que isso tem a ver também com essa questão das pessoas estarem experimentando mesmo um estilo de vida diferente. Também vemos um crescimento no uso de cannabis, que acho que também está associado a isso, porque ainda impera entre as pessoas a percepção de que a maconha é menos prejudicial à saúde do que o álcool. Isso é bem polêmico, controverso, né Isso pode ser. A gente pode fazer uma vez um episódio só sobre isso, porque não é bem assim e meu pai.
Speaker 2:Pra quem não sabe, meu pai é médico oftalmologista super reconhecido no mundo eu estava é uma referência na oftalmologia nacional.
Speaker 2:Mas um dia eu estava batendo papo com ele sobre isso e ele também estava falando, filha, mas pro outro lado eu tenho até hoje guardado, vou achar pra te mostrar anúncio de revista falando que médicos aprovam que fumar faz bem pra saúde de décadas e décadas atrás. Então a indústria hoje também está muito mobilizada. Tem uma indústria de cannabis muito mobilizada, assim como tem uma indústria dos GLP-1, os Empiques também tem esse lado. Comida industrializada virou o que virou porque era a indústria toda de alimento. Então hoje existe uma situação não sei se é sociocultural ou o que que é, mas existe uma situação no mundo pró essas coisas que de repente começam a sair milhões de estudos e milhões de coisas. Eu concordo com você. Né Também tem que ter um pé atrás aí e com um pouco de cautela. Né.
Speaker 1:Sim, e eu acho que isso tem a ver com a pauta do GLP-1. Sim, que a gente começou. Hoje abrimos o podcast falando disso, porque quem usa essas canetas emagrecedoras também vai admitir que a gente tem muito menos vontade de tomar álcool e uma resistência muito menor ao álcool quando começa a usar esse tipo de recurso. Então, embora esses medicamentos ainda não sejam tão disseminados assim a ponto de mexer o ponteiro da indústria porque, como a gente falou, eles ainda são muito caros, ainda são um pouco acessíveis a hora que as patentes caírem e eles começarem a ser produzidos e usados por uma massa de pessoas que a gente acha que vai ser inevitável, é uma questão de tempo, os volumes de álcool que serão consumidos no mundo vão cair, por essa razão também.
Speaker 1:Então tem essa questão de beber menos porque não é seguro beber menos, porque a pessoa simplesmente não tem mais esse craving, essa vontade de beber. Beber menos porque não quer enfim passar vergonha, eventualmente dar um vexame. Beber menos porque enfim milhões de coisas e as pessoas. Esse é um novo estilo de vida e isso tem desdobramentos, gente, em tantos aspectos da vida social.
Speaker 2:Então né, mas é e tem até você sabe que um assunto que eu acho que a gente nunca falou aqui é esse tema de falar de homens jovens na sociedade hoje.
Speaker 1:Né, Que é um tema que o.
Speaker 2:Scott Gallo vai falar muito E eu não sei se você viu, eu mandei, acho que na Tribuna de Marketing hoje, uma notícia de um mês atrás, mas de uma AI Companion do Grok né Que chama N alguma coisa assim, mas que no fundo é como se Grock né que chama N alguma coisa assim, mas que no fundo é como se fosse um desenho assim.
Speaker 2:E ela só vai de tudo e você vai meio que unlocking, né vamos lá a gente as palavras em inglês deslocando níveis e tal e não sei o que, até ver um negócio assim sensualíveis e tal e não sei o que, até ver um negócio assim sensual, sexual e tal.
Speaker 2:E eu tava ouvindo um episódio do All In, que é um podcast, já até tá bastante trumpista né, apesar de ter o J Cole lá, mas, e que eu acho interessante porque eu gosto de beber de diversas fontes, na câmera do eco muito forte e eles estavam falando isso.
Speaker 2:Citaram até o Scott Galloway né falando, não como o Scott Galloway sempre fala, de falar dessa crise dos homens jovens hoje e da diferença, do quanto que tem pornografia de uma forma imensa e o acesso a que esses meninos têm a pornografia e tudo isso, o quanto os meninos estão cada vez mais tímidos, o quanto essa narrativa toda do homem branco que de alguma forma tá lá fazendo mal pra sociedade, pras minorias e tudo isso pega e tem uma crise de solidão e que hoje em dia também fica esse negócio de que meio que os meninos não tem game né Não tem o sair e estar na balada e falar com a menina e quebrar a cara e não sei o que lá. E o álcool, né Um dos need states e eu trabalhei com cerveja muitos, muitos anos atrás, mas assim né Um dos need states de álcool é o release, né É você se soltar porque você é tímido.
Speaker 2:Você está na balada famoso lubrificante social era chamado ao ponto de lubrificante social maravilhoso, maravilhoso, e que é esse lado todo que ela até vira e fala assim gente, pelo amor de Deus, bebam, vão pra balada, façam, aconteçam, falam com desconhecidos e tudo.
Speaker 2:E ele traz muito esse tema de que eu tava até puxando aqui, de que hoje existe uma crise real e urgente com os homens.
Speaker 2:E sim, tem quatro vezes mais chance de suicídio, mais chance de desenvolver dependência química deles serem presos, que um homem de 30 anos está numa situação muito pior do que seus pais estavam aos 30, que eles, no fundo, têm esses pilares dessa nova masculinidade que é ser um provedor, não necessariamente financeiramente, mas como sendo uma coisa, um cuidador daquela família, e tudo de ser protetor, de ser, e o quanto o papel masculino na sociedade está sendo colocado em xeque e está uma certa crise porque esses meninos tão crescendo sabendo o que eles não devem ser, como essa masculinidade tóxica.
Speaker 2:E aí vem esse discurso e, no fundo, todas essas tendências, até de queda de bebida, até dessa hiperexposição, de que se o menino for lá e pagar o mico com uma menina, não sei o que isso pode virar uma coisa que ele pode ser filmado e daí tem a adolescência, tem a série inteira de alguma forma em cima disso, mas acho que puxa tantos outros tópicos né muitos e acho que esse tempo a gente vai ter que voltar pra falar das notícias da semana, mas a gente podia ficar três dias falando disso.
Speaker 1:Mas conta deve ter, é não eu acho que a gente vai ter que pensar muito nos novos desdobramentos que isso traz pra sociedade. Né Como é que as pessoas vão se divertir, o que vai ser diversão sem álcool, né O conceito da balada, o conceito da festa, o conceito do restaurante, o conceito do viajar as sociedades que as pessoas fazem parte, as confrarias. O álcool, ele sempre foi também um elemento de união, de de atrair pessoas desde sempre sempre foi. As pessoas se reúnem pra degustar, pra viajar, tem todo um lifestyle em torno do álcool.
Speaker 2:A igreja católica tem o vinho, quer dizer isso é uma coisa que tá enraizada E tem uma coisa né assim. Você tá numa mesa, alguém coloca uma cerveja na mesa, você abre um vinho, aquilo muda O quanto é pela memória emocional que a gente tem de tudo isso, do simbolismo que tem que se colocasse uma garrafa de vinho sem álcool, ia ser a mesma coisa, foi uma coisa que foi construída, ou até que ponto é o álcool em si. Mas o que acontece com a sociedade se não tem esse momento? então acho que tem muitas coisas interessantes. Por um lado, que legal que os jovens não estão fazendo o binge drinking, né De encher a cara e tal, que a parte que não é saudável, que é perigosa. Mas será que também não beber nada é o melhor caminho, o que isso traz na sociedade? Eu ainda quero te encontrar para perguntar Então, a vinho Deca, fique claro.
Speaker 1:Eu também, eu adoro, Mas assim a minha quantidade caiu muito.
Speaker 2:Eu não passo de uma nova indústria nascendo.
Speaker 1:Se as risadas verem iguais, tá tudo bem. Eu acho que tem uma nova indústria nascendo. Não é tão nova assim, mas enfim, ela começa a explodir agora que é a indústria dos não-alcoólicos E dos low alcohols também.
Speaker 1:No alcohol e low alcohol E lanç álcool e lançaram no Brasil um spirit que é tipo um aperitivo, chamado Lúcia. Não sei se é Lúcia, se é Lucia. Eu até comprei, mas eu não recebi ainda. Eu comprei pelo site e quando chegar eu quero experimentar e eu vou contar aqui. É um drink feito pra adultos pra tomar com gelo. Tem umas sugestões de receita pra fazer um cocktail com essa bebida, que no Brasil é uma coisa que a gente não tem. Lá fora existe uma marca muito legal há muitos anos, chamada Sidlip, que é britânica, que começou a criar esse produto que é o aperitivo sem álcool. Porque não é pra você sair à noite e tomar uma água com gás, né Tipo, é chato, você quer tomar uma coisa exagerada você quer um negócio legal pra segurar na mão, pra te dar algum barato, sei lá alguma coisa.
Speaker 2:Ele tem um efeito em você, pra você sentir que você tá num momento especial, diferente, exato, conectar com amigos que você não vai fazer com a sua estela e de água entendeu assim não conecta e essa Seedleap ela foi tão deu, tão certo, tinha uma coisa de um brand tão legal que ela foi comprada pela Diageo.
Speaker 1:Então a Diageo já investiu e todas essas empresas de álcool, inclusive a Ambev, também Heineken, estão todas começando a investir mais, prestar mais atenção no seu portfólio de low e de no álcool, Porque possivelivelmente isso vai acontecer mais ou menos como aconteceu uns anos atrás, quando as empresas de carne de proteína animal começaram a comprar as empresas de proteínas vegetais pra tentar também criar ali um head e as empresas de salgadinho estão tentando comprar as empresas de snacks naturebas e funcionais porque é uma tendência de tudo por enquanto é um head.
Speaker 1:Eles estão tudo. Por enquanto é um red. Eu acho que é um red. Eles estão tentando se proteger de um possível, porque a gente não sabe o que vai acontecer com o consumidor daqui a 3 anos. Pode ser que tudo volte ao normal.
Speaker 2:As empresas de plant-based não sei se é essa pesquisa atrás, mas da pandemia parece que subiu um monte o consumo de álcool né.
Speaker 1:Sim, então acho que tem, acho que as empresas estão fazendo. Certo, você tem que ter um portfólio ali pra poder atender esse mercado e vai dançando conforme a música. Eu acho que, por exemplo, na Heineken, a Heineken Zero, eu lembro que a gente teve um papo com o diretor de marketing de lá e ele falou que a Heineken Zero é um sucesso. Foi uma surpresa. O que era para ser um hedge se tornou um produto super importante no portfólio da empresa, porque as pessoas estão comprando, seja para beber menos seja para tomar uma cerveja.
Speaker 2:Você está destravando, olha eu. você está destravando novos momentos de uso Porque de repente consumo De repente uma cesta. na hora do almoço eu vou tomar uma Heineken zero.
Speaker 1:Tudo bem, eu trabalhar depois, mas zero, Eu vou dirigir depois vai ter problema. Eu vou tomar uma zero.
Speaker 2:Eu vou né, então acho que tem um monte de coisa E eu acho que a Heineken mandou muito bem porque ela posicionou isso como uma cerveja né E não como a opção do sem álcool. Quer dizer, como que você mantém tudo que tem em volta do momento da cerveja, porque também tem a memória olfativa, social e tudo de você. Sentir o cheiro de uma cerveja e associar o momento de relaxamento que você não tá mais trabalhando né, porque a gente construiu isso na vida toda. Tem coisas super interessantes.
Speaker 1:Nos Estados Unidos eles tem aquela Flatic Brew, que é uma cerveja que se posicionou como uma opção para quem faz esporte, só para quem faz esporte, quem faz mesmo sério, leva sério, não quer beber, porque se você bebe hoje, amanhã você não consegue treinar, fica meio prejudicado. Então eles posicionaram assim é um sucesso nos Estados Unidos. Então, se por um lado existe um mercado em declínio, existem mil outras oportunidades. Então vamos ver quem é que vai aproveitar. É.
Speaker 2:Dea e entrando num tema rápido, pra gente conseguir passar pelos outros temas, porque não temos mais muito tempo, você bem que falou quando veio o GPT-5, de que você tava órfã de poder escolher seu modelo, né.
Speaker 2:Lembra que eu falei pra gente eu não gostei do 5, eu quero o 4 de volta, exatamente Junto com você. Muitos fizeram a mesma coisa né Já da semana passada, mas como a gente tem duas semanas aqui pra cobrir algumas notícias interessantes, e o que aconteceu foi que o Sam Altman depois fez um post falando que tinha ouvido tudo isso e que eles estavam voltando e que você poderia escolher também o chat GPT-4. Muitas pessoas e acho que teve várias coisas né Teve gente que falou que achou o GPT-5 mais frio na relação, na forma de responder e tudo Tipo. Meu Deus, parece que eu perdi um amigo né. E daí tem toda essa ideia de I companion. Então existiu isso.
Speaker 2:Existiu gente que simplesmente falou cara, eu já aprendi a usar modelo, eu quero poder escolher um modelo e no fim do dia, tudo que eu semana passada entre caixas, ouvindo podcast e notícias, eu peguei um pouco de repercussão no mercado, é que a percepção foi de que realmente o GPT-5 é um excelente orquestrador. Ele consegue pegar um monte de coisa que já tinha sido lançada. Colocar tudo isso num modelo, só colocar o modelo para trabalhar e escolher. Em alguns momentos ele está fazendo boas escolhas, em outras não. Então obviamente o usuário, principalmente o premium e tudo, quer ter a possibilidade de mudar. Mas isso é uma jogada muito importante também para você conseguir otimizar e diminuir o custo desses modelos, porque, do mesmo jeito que você em alguns momentos está fazendo uma pergunta para o seu chat de EPT, não está escolhendo o melhor modelo. Ele está te dando uma resposta que não é tão boa, você não está no modelo certo.
Speaker 2:Tem horas que você está usando modelos poderosos demais para fazer coisas muito simples e nisso como uma jogada de para onde o Sam Altman e o GPT está indo. É uma coisa super importante. E teve um memo que vazou algumas semanas atrás falando um pouco do futuro e do que, que não é mentira, não é que vazou. Se não me engano, ele entrou como uma das coisas no case de antitrust do Google, tanto que o link esses são os links que eu já deixei separado aqui, que eu vou deixar pra vocês é até um link que vai pro site, assim do justicegov.
Speaker 2:Sabe Nos Estados Unidos que é onde tá, tem um monte de coisa ali em pretinho, escondendo coisas confidenciais, mas que ele fala que o objetivo deles é ter muito mais do que um chatbot, mas ter realmente como um tutor, colaborador, tudo isso e ser um assistente intuitivo, uma interface entre usuário e internet, entendendo profundamente cada pessoa.
Speaker 2:Então eles realmente estão indo para esse lado, em ter esse super assistente que tem esse T-Shape Skills acho que a gente nunca falou isso, mas essas habilidades em formato de T, que é quando você tem um conhecimento mais superficial de várias coisas, mas você consegue se aprofundar em áreas complexas e daí depois tem outros exemplos, outros formatos, mas essa coisa e que, na visão deles, eles querem construir esse super assistente que gere demanda monetizável suficiente para suportar esses modelos. E a gente sabe que as contas não fecham. Por um lado, quando você tira o custo de treinar um modelo novo, tudo fica melhor, mas por outro lado, essa otimização de qual é o modelo que você vai acionar é extremamente importante. Quando você fala em ter uma empresa que vai ficar em pé em cima de uma coisa, assim Eles também falam dessa visão de ter um gadget E a ideia não é simplesmente ter um buscador ou um sistema operacional, mas efetivamente ter algo que seja um gadget. Então eles confirmam a visão e a expectativa que todos têm desde a parceria que ele fez.
Speaker 1:Então alguns pontos interessantes, muito bom, você já esperava, amiga Você já esperava.
Speaker 1:Ah, eu achei que a gente Tudo isso é hábito. né Os modelos são hábitos, né As pessoas vão se habituando com o modelo e vão criando uma relação íntima com ele. Eu acho que o chat GPT, quando ele abriu a possibilidade de você ter um menu e você escolher que tipo de profundidade de pesquisa você queria, é muito difícil voltar para o modelo em que eu precisava confiar que ele ia escolher o melhor modelo para fazer a pesquisa para mim. Sou eu que tenho que determinar se? eu quero uma resposta rápida.
Speaker 2:se eu quero profundidade, Você já pensa que esse modelo que você vai acionar vai demorar um tempo para desmamar disso e talvez o usuário mais expert não queira nunca.
Speaker 1:Acho que isso só mostra que isso tudo é um grande work in progress. Isso tudo está sendo criado. ninguém tem as respostas. Está tudo sendo criado e testado em tempo real E eu acho que foi legal a OpenAI reconhecer o erro e voltar atrás e criar um outro caminho. Eu acho que isso é muito legal.
Speaker 2:Eu acho que eles são incríveis.
Speaker 1:Eles são incríveis.
Speaker 2:Eles vão lá e falam realmente Eles ouvem o amor popular, aprendemos, estamos colocando, vai postando tudo no X. Começou um mega bate-boca dele e do Musk. Então isso aí também foi uma coisa que rolou, todo esse bate-boca lá.
Speaker 1:Mas acho que com isso a gente E uma notícia importante nesse tema Fê que a gente também não comentou aqui, porque saiu bem na semana, que a gente não gravou é que a própria OpenAI soltou um relatório, uma pesquisa, um estudo mostrando que o Brasil é o terceiro país do mundo no uso de chat APT, assim, atrás apenas dos Estados Unidos e Índia. São 140 milhões de perguntas feitas diariamente pelos brasileiros ao chat de PT, 140 milhões. Então isso por um lado mostra Eu fiquei super em dúvida quando eu li, fiquei reflexiva quando eu li esse dado.
Speaker 2:Imagina o estado de comportamento que você consegue puxar de aprender sobre o mercado, as pessoas.
Speaker 1:Super. Mas eu fiquei muito intrigada. Eu falava gente, o brasileiro, realmente o lado positivo, o brasileiro está se tornando letrado em inteligência artificial.
Speaker 2:Tem muito que está fazendo meme Perfeito letrado na inteligência artificial. Sim, agora no que está usando, o que devem estar fazendo de meme também, de coisa assim não sei mais.
Speaker 1:Eu na verdade fiquei pensando assim ou ele está que bom que ele está sendo, está se tornando um povo letrado, que acho que isso é o que nos falta para a gente poder competir a nível global e tudo mais, ou isso confirma realmente aquela tese de que o brasileiro adora um atalho, né Adora um jeitinho. Vou aqui resolver, deixa que eu pergunto para o GPT e entregam esse trabalho aqui em dois minutos, né. Então acho que são duas faces aí da mesma moeda um, por um lado, o Brasil realmente adotando, abraçando, como a gente fez com várias tecnologias redes sociais também foi assim mas por outro, mostrando que é pix, a gente é muito, ele adopta para essas coisas o brasileiro realmente abraça e vai se tornar, é uma tecnologia amigável.
Speaker 2:O brasileiro realmente abraça e vai se tornar amigável o brasileiro abraça perfeito Dea e esse encontro do Trump com o Putin então estamos aí assistindo o que mais um capítulo da novela.
Speaker 1:Eu li uma definição que eu amei que o Trump está praticando uma diplomacia de reality show, e eu achei isso sensacional é uma diplomacia de reality show é um espetáculo onde ele é ao mesmo tempo o mediador, o protagonista e o diretor dessa trama.
Speaker 1:Ele vai para as redes sociais, vai para as coletivas e anuncia que ele está fazendo enorme progresso, mas não é o que a gente vê na prática e ele sempre praticando aquela mesma retórica de que ele primeiro conta o que é favorável a ele. Se aquilo é verdade ou não, não importa. O que importa é que ele está ali numa coletiva dizendo que ele está criando a paz mundial, inclusive criando aí uma campanha para receber o próximo Nobel da Paz, que é um negócio absolutamente.
Speaker 2:Isso foi a coisa mais ridícula né, mas ele fica falando, ele fica fala mentira, fala mentira, fala mentira. A gente não acredita né, porque tem gente que tá na Câmara do Eco ouvindo só isso É desesperador né.
Speaker 1:E que ele tá promovendo a paz em sete países. Ele acabou com sete países e que ele está promovendo a paz e que faz países.
Speaker 2:E só para o pessoal acompanhar a gente aqui. Teve post em rede social da conta oficial da Casa Branca porque o Trump deve ganhar o Nobel da Paz?
Speaker 1:porque ele terminou acho que é sete conflitos.
Speaker 2:É não, não é um acompanhão oficial, então assim ele terminou tantos conflitos. É não, não, assim é um companheiro oficial. Né, então, assim, porque ele terminou tantos conflitos? eles vão falando porque assim ele tá ameaçando né Invadir, tomar a Groenlândia o canal do Panamá Agora a Venezuela.
Speaker 1:Não sei o que tá fazendo, milhões de coisas.
Speaker 2:Exato, a Venezuela com os navios Tipo assim, gente, tudo que está acontecendo. mas o cara acha que é isso. Mas ele tinha razão em tudo, ou não?
Speaker 1:Hoje ele apareceu numa coletiva com um boné que eu devia ter feito uma foto disso para colocar nas redes, depois um boné escrito Trump was right about everything. Isso era a frase do boné, aquele boné vermelho que ele deve ter vários. deve ter uma pessoa dentro da Casa Branca que fica bordando os bonés com a frase da semana com a frase da semana que ele quer De hoje era.
Speaker 2:Trump estava certo sobre tudo, Um pretinho básico, um vermelhinho básico. make America great again.
Speaker 1:E agora cada vez tem um novo. Ele usa o boné como uma ferramenta, ali de retórica. Então eu acho que, com relação a essa questão da guerra da Ucrânia, o Trump realmente está inaugurando uma nova era em que a diplomacia tradicional, aquela técnica feita por pessoas que são de carreira, que trabalham nisso há muitos anos, estão perdendo espaço. Não tem mais protocolo, não tem mais canal oficial. O Trump realmente negocia através de um grande espetáculo público midiático em vez dos meios tradicionalmente usados pela diplomacia. Então é uma diplomacia que está acontecendo sem envolvimento significativo do Congresso da OTAN e da União Europeia. Ele está fazendo o que ele acha que tem que fazer da forma mais midiática possível, de uma forma impulsiva, arbitrária, e que é muito perigoso porque a gente está brincando com potências nucleares também, a gente está falando com pessoas muito poderosas e isso obviamente não está levando a lugar nenhum.
Speaker 2:Sim, e a ideia inicial era que tivesse um encontro trilateral com o Trump, mediando uma conversa entre Zelensky e Putin. Isso não aconteceu. No fim ele primeiro se encontrou com o Putin, depois se encontrou com o Zelensky. Já que a gente também tem papo leve aqui, zelensky não estava de camiseta. desta vez Ele estava com uma roupa mais formal. Eu li um artigo no New York Times que foi uma roupa feita por um estilista super famoso na Ucrânia.
Speaker 1:E Trump elogiou, inclusive, né Trump elogiou os trajes né.
Speaker 2:E uma roupa que foi feita, que ele usou no enterro do Papa. E uma roupa né Um pouco mais formal, mas inspirada num traje militar. Nesse artigo até ele chama atenção de que a roupa anterior que ele usou na primeira vez que ele foi à Casa Branca, que era a roupa que ele usava o tempo todo. Ele inclusive encontrou o Ray Charles com aquela roupa, mas pro JD Vance, pro rei da Inglaterra, tava tudo bem, mas pro JD Vance já não tava. Mas quer dizer, teve toda essa coisa acontecendo, mas ele começou já a admitir um acordo que leva em consideração as fronteiras atuais de perder parte do território. E eu estava assistindo um vídeo do Ian Brenner e ele estava contando que o que começou como uma negociação para o cessar fogo agora virou uma negociação para o cessar fogo, agora virou uma negociação de um acordo de paz que, segundo ele e o Brenner, ele falando também, a hora que o Trump começou a perceber que ele não ia conseguir chegar onde ele queria, ele também mudou um pouco a narrativa, porque daí fica mais difícil para a Ucrânia aceitar e tudo e fica mais fácil dele culpar outras pessoas e de alguma forma livrar a Rússia, porque existe uma relação, sim, entre o Trump e a Rússia.
Speaker 2:O Trump está arrumando briga com N países, incluindo o Canadá inclusive, países que não tem nenhum motivo. Vou colocar o Brasil, mas o Brasil ele acha que tem motivo, mas assim contra o Brasil. Mas o Brasil ele acha que tem motivo. Né, mas assim contra o cara da Rússia não tem né. Fala que é o Fetamina que tá entrando no país e tudo, mas com a Rússia né, tá tudo às mil maravilhas. Então, quer dizer, ele acaba de alguma forma segurando aí a onda quando fala da Rússia.
Speaker 1:É e já tem muita gente dizendo que o Trump está fazendo tudo isso, todo esse espetáculo sem nenhuma, muita fumaça, muita espuma no fundo, para desviar a atenção do caso Epstein, que de fato era o grande tema duas semanas atrás, e ninguém mais fala no assunto. quer dizer, essa estratégia de uma certa forma deu certo E da própria economia americana.
Speaker 2:Estava sempre difícil tirar do Epstein, mas vamos ver, Talvez ainda comece uma guerra lá pra tirar. entendeu Exato.
Speaker 1:Então, é isso. Acho que são pontos aí, que são os comentários da mídia americana, né, e a gente continua observando aqui de longe.
Speaker 2:E pra complementar né a geopolítica internacional minha filha de 14 anos agora ela aprendeu esse termo ainda a mãe me conta o que vocês falaram no Dupliclique sobre geopolítica, que eu adoro, geopolítica, então, pra usar o termo favorito da Bibi né pra a gente complementar um pouco aqui. Acho que assuntos que nos chamam a atenção e a gente conversa sempre na ideia de geopolítica, acho que a gente viu finalmente manifestações em Israel contra o Netanyahu. Então acho que tudo que o Netanyahu tava fazendo e no fundo assim muito claro que alimentado pela loucura toda, né, mas assim muito que a gente estava vendo de antissemitismo e tudo que vinha por causa disso, a hora que a coisa realmente apertou, falando da fome em Gaza e assuntos que a gente já vem conversando, eu acho que a gente agora está vendo os judeus realmente falando chega, queremos colocar um basta nisso No domingo, há dez dias atrás que a gente ficou um tempo aqui na semana passada sem gravar. A gente viu centenas de milhares de israelenses em greve, tomando ruas, cidades e realmente parando rodovias para lá, que querem o fim da guerra, tragam os reféns e acabem com a guerra.
Speaker 2:Obviamente, nesse acordo para liberar os reféns e eleições antecipadas, eles querem tirar o Netanyahu do poder e isso mudou tudo? Não necessariamente. Acho que o Netanyahu parece que ele fez uma declaração hoje até falando que está mais aberto para o fim da guerra. Por outro lado ele ampliou os ataques. Então não necessariamente está tendo o efeito que a gente gostaria de ter. E aí me conta também, eu também me atualizando aqui no meio da mudança, nesse assunto todo. Mas eu fiquei muito feliz em ver que os judeus estão se posicionando, os israelenses estão se posicionando para separar o que é o Netanyahu e o que são eles.
Speaker 2:E evitando dessa forma, que tem essa visão deturpada.
Speaker 1:Eu acho que essa questão da fome, que é cada vez mais constatada por diferentes atores, não só a ONU, mas outros monitores observatórios lá, eu acho que realmente ela atinge um ponto insustentável, não tem mais, se tornou realmente algo que está difícil de justificar E, embora a gente tenha falado várias vezes aqui que essa guerra não tem um fim fácil, não tem uma solução simples, assim como a da Ucrânia também, assim como o Zelensky não quer abrir mão de território porque ele acha que isso vai dar uma vitória, para o Putin isso vai criar uma sensação de ameaça, de insegurança perene, permanente, porque ele pode fazer isso de novo, porque ele saiu ganhando, ter permanente, porque ele pode fazer isso de novo, porque ele saiu ganhando, terá saído ganhando dessa história. É a mesma posição do Netanyahu. Ele acha que o Hamas, o fim da guerra vai beneficiar o Hamas, é uma guerra que não vai ter fim. Ele fala a gente pode encerrar essa aqui, mas enquanto existir o Hamas, essa guerra não tem fim, ela vai voltar. Nossos filhos, nossos netos terão que lutar essa guerra. Então essa luta é uma luta difícil para todos os lados de pensar como é que isso vai se resolver.
Speaker 1:Mas eu acho que quando a gente fala de Gaza, eu acho que as imagens, as cenas que circularam, que estão circulando, foram realmente muito contundentes e imobilizaram inclusive. Foram realmente muito contundentes e mobilizaram inclusive como você falou muito bem uma parte muito grande de judeus, e não só os judeus que eram inicialmente contra o Netanyahu. Agora acho que esse movimento cresceu e os judeus estão sentindo na pele o aumento do antissemitismo também e não tem mais nenhum sentido continuar dessa forma, nenhum sentido continuar dessa forma.
Speaker 2:Entrando aqui pro nosso último tema, o famoso vídeo do Felca, então acho que quem tem assuntos que não tem como não ter ouvido o Felca é um influenciador. Eu não conhecia ele não sei se eu conhecia minhas filhas assim claro como você não conhecia Tipo nossa oi Fiquei, sabendo que ele existia por causa desse vídeo confesso, entrego a minha idade nesse fato, possivelmente Mas ele no dia 6 de agosto fez um vídeo, eu assisti, sobre adultização E nesse vídeo ele faz uma série de denúncias e ele conta muito de como é essa parte de pedofilia nas redes e de como tem muita gente que acaba colocando um vídeo achando que é inocente dos seus filhos de tudo e isso pode eventualmente estar sendo visto e alimentando uma rede de pedofilia. E eu acho que essa parte de pedofilia E eu acho que essa parte de pedofilia e tudo é uma coisa muito. Acho que essas pessoas são doentes, honestamente, mas acho que tem E já existia.
Speaker 2:Mas tem um lado que eu acho que é o ângulo que a gente sempre traz aqui, que faz sentido a gente continuar trazendo e falando um pouco da lei que está tramitando agora, mas do quanto isso é alimentado pelos algoritmos das redes sociais. Eu usei um dia essa analogia de que? uma coisa é você estar numa praça pública fazendo discurso, outra coisa é vir alguém com uma câmera da televisão e começar a contar isso ao vivo para o Brasil inteiro. Os algoritmos escolhem que conteúdo eles vão valorizar ou não, e isso acaba levando as pessoas a fazerem conteúdos desse jeito. E existe todo o outro lado, que é a responsabilização de garantir umidade mínima e várias outras coisas para proteger as crianças. Então, conta um pouco sobre isso. Né também que depois eu profundo um pouco melhor aqui da lei que está tramitando.
Speaker 1:Eu acho de tudo isso o que mais me fez pensar e eu acho que é um outro ângulo aqui dessa história é a exposição que os pais fazem das suas crianças na internet. Isso para mim é o que foge da minha compreensão. Eu entendo que as pessoas enfim se sentem confortáveis de compartilhar.
Speaker 2:Você tá falando de um pai qualquer que tá contando o filho no aniversário, o filho na aulinha de natação, ou você tá falando do pai influencer que transforma a vida do filho.
Speaker 1:Acho que às vezes é a mesma coisa. Isso vira o business né.
Speaker 2:Eu acho que às vezes é a mesma coisa vira o business.
Speaker 1:Eu acho que as duas coisas tem às vezes um limite muito tênue. Sabe porque muitas vezes as pessoas sabem que gato, cachorro e criança engaja muito na internet, engaja muito nas redes tem uma galera que não se considera tem uma galera que não se considera influenciador, não trabalha, tem até uma diferença.
Speaker 1:Fiz uma palestra no Rio Innovation Week semana passada e eu tentei até começar explicando a diferença de um creator, de um influencer, o que é uma. Quando você começa a ganhar dinheiro com aquilo, você se torna um profissional. Você começa a fazer parcerias com marcas e tudo mais. Você começa a viver daquilo né. Mas antes desse estágio existem muitas pessoas que começam a expor a sua vida nas redes em busca de uma nova carreira. Né Aquilo pode ser Em pesquisa aberta antigamente.
Speaker 2:Antigamente acho que as pessoas não fazem mais muito isso né, Mas antigamente, dez anos atrás, no Instagram e tudo era meio que quase um álbum de família, geralmente em contas fechadas, geralmente coisas assim Mas que você meio que ia registrando ali momentos importantes e compartilhando com seus amigos, e eu acho que isso deixou de existir. Eu vejo muita pouca gente fazendo isso da forma que fazia antes Ah, primeiro dia da escola da fulaninha Mas isso existia no passado. Então acho que tem um pouco isso. Tem esse caso que você está falando, que já é gente que tem um perfil potencialmente aberto e quer contar as coisas e tal, e tem o que realmente explora comercialmente e o Felca conta casos terríveis disso né De realmente explorar as crianças para ganhar dinheiro.
Speaker 2:Todas essas crianças precisam ser protegidas. E tem a criança que de repente tá lá. O que era o musicalha muitos anos atrás agora é o TikTok e tudo fazendo uma dancinha que ela acha que é inofensiva e postando, e também é isso. As crianças têm várias contas e várias coisas e não é tão fácil você bloquear o que está sendo mostrado, que não está o acesso. Meus filhos que cresceram, quem tem filho pequeno hoje está muito claro que não é para ter isso. Quem tem filho que está adolescente, agora viver um pouco mais.
Speaker 1:Isso não necessariamente com redes abertas endossadas pelos pais, mas que tiveram acesso a tudo isso mas assim eu acho que eu vou dar aqui dois passinhos atrás e falar dessas pessoas que mostram, que expõem seus filhos no Instagram, que expõem no TikTok de uma forma recorrente, como se aquelas pessoas que compartilham a sua vida não necessariamente um influenciador ou um criador, mas uma pessoa que compartilha a sua vida e provavelmente desconhece que existem hoje aplicativos de inteligência artificial que tiram a roupa de uma pessoa numa foto. Existe isso e o Brasil é o segundo ou terceiro maior usuário desse tipo de ferramenta para a pornografia infantil.
Speaker 1:Então, assim você pega uma foto da sua filhinha que está lá na sua formatura de fim de ano, você coloca a foto dela e você alguém pega aquela foto, joga aquilo num aplicativo desse e de repente a sua filha está sendo usada, a foto da sua filha está sendo usada nesse submundo da internet sem roupa. Então, assim, enquanto a criança não tem capacidade de porque assim eu brinco com a gente quando os filhos ficam adolescentes, você não consegue mais postar nada deles. Porque assim eu brinco com a gente quando os filhos ficam adolescentes, você não consegue mais postar nada deles, eles não deixam. Mas enquanto o seu filho tem 9, 10, 11 anos, em que aquilo é tudo muito inocente, você está ali postando uma foto do seu filho numa situação absolutamente prosaica, mundana. Aquilo ali pode se tornar, sim, um insumo para a pedofilia. Então, assim, gente, não é lugar para você ficar expondo seus filhos. Né, essa é a minha visão. Eu acho que isso é uma coisa que muita gente desconhece, inclusive faz isso sem refletir muito sobre aquilo, e acho que isso foi uma coisa que chocou muita gente né.
Speaker 2:E daí depois tem o outro lado, que é uma coisa que a lei Porque daí virou a tal da lei felca. Eu estava dando uma pesquisada. Existem uma série de projetos de lei crescidos que estão tramitando no Congresso E elas geralmente estão em torno de proibição de monetização de conteúdos feitos por crianças E daí essa monetização por todos, pelo creator, pela plataforma criminalização da adultização, que é a nova palavra da moda agora, a onda exigência de mecanismos de proteção e verificação de idade das plataformas digitais. Essa é uma discussão que acontece super intensa nos Estados Unidos também E obviamente existe uma superpassação de um quer passar a responsabilidade para o outro, porque daí o que, por exemplo, um Instagram ou uma meta ou um ByteDance com o TikTok falam é que quem tem que checar isso são as lojas de apps. Então é a Apple, a loja de apps da Apple que tem que garantir que aquela pessoa falou idade e não usuário.
Speaker 2:Então fica um empurra. Mas como que você garante isso com idade? Daí a Austrália já mudou isso né Dé, então a gente já tá vendo alguns países nesse sentido. Eu acho até Dé que primeiro que tava tendo uma mega briga também no Congresso, uma super disputa né com os bolsonaristas lá em cima, lugo, mota. Eles estavam querendo pressionar pela lei da anistia.
Speaker 2:Então acho que a hora que o Congresso viu isso também foi um pouco um flodazon, né, ao contrário, porque não foram eles que inventaram, mas eles falaram nossa, obrigado, vamos abraçar esse problema que importante. Graças a Deus que eles tinham essa motivação. Então acho que também caiu na hora certa de alguma forma. Mas até a briga que está acontecendo com os Estados Unidos entre tarifa, desafiar o Trump ou não, o Brasil que vai se manter aqui com a soberania, e tudo também vai dar muita força pra realmente tomar essas medidas e aprovar na Câmara tudo isso Espero, porque eu gostaria muito que essas medidas passassem pra proteger as crianças.
Speaker 2:Tem essa lei que a principal é a ECA digital, que é uma lei, é o projeto de lei 2628 de 2022, quer dizer é um projeto que já tá acontecendo em algum momento, que foi projeto de lei 2628-2022, quer dizer um projeto que já está acontecendo em algum momento, que foi aprovado pela Câmara agora no dia 20 de agosto deste ano, alguns dias atrás, e vai voltar para o Senado e esse texto cria um marco legal de proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital, um foco em controle parental, canais de denúncia, medidas de transparência das plataformas digitais, e tudo isso ganhou força depois desse efeito felca que impulsionou a urgência do tema. Então espero que o Brasil realmente dê o exemplo, assim como deu em tirar os celulares das escolas, e consiga ir realmente contra as redes sociais e os interesses disso tudo, pra proteger as crianças e os adolescentes muito bom, muito bom.
Speaker 1:Acho que com isso a gente fecha nossos temas dessas duas semanas acumuladas. Aí falamos de bastante coisa que a gente tinha acumulado aí, mas foi muito bom mas estamos de volta.
Speaker 2:Estamos de volta. Super, que bom estar de volta. Né Béa, mas estamos de volta, estamos de volta E super. Obrigada a mais um Duplo Clique quem ficou com a gente até aqui E semana que vem tem mais. Né Béa.
Speaker 1:É isso Um beijo gente Obrigada.