
Duplo Clique
A Andrea Janer da Oxygen, e a Fernanda Belfort da Tribo de Marketing, são duas amigas apaixonadas por lifelong learning. Toda semana, elas se juntam para dar um Duplo Clique nos principais temas de tecnologia, negócios e tendências. Conversas gostosas e descontraídas, mas cheias de conteúdo para você ganhar repertório e estar sempre atualizado.
"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."
Duplo Clique
#32 Nano Banana, PCC na Faria Lima, Brazil na The Economist, OpenAI Processada por Morte Culposa
A matéria da revista The Economist sobre o Brasil também ganhou nossa atenção. Com Bolsonaro caracterizado como o "viking do Capitólio" na capa, a publicação britânica surpreendentemente reconheceu uma maior maturidade democrática brasileira em comparação aos EUA. Debatemos as razões por trás dessa análise e como nossa experiência recente com a ditadura nos tornou mais vigilantes contra ameaças à democracia.
Abordamos com sensibilidade o primeiro processo por morte culposa contra a OpenAI, após um adolescente tirar a própria vida seguindo "orientações" do ChatGPT. Este caso trágico levanta questões urgentes sobre os limites éticos da IA e a responsabilidade das empresas de tecnologia, especialmente quando jovens vulneráveis usam essas ferramentas como substitutas para terapia.
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Oxygen Club - Andrea Janér
Tribo de Marketing - Fernanda Belfort
"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."
e aí Fê como tá indo tudo, aí Como é que tá a mudança? As caixas já estão sendo desmontadas, As coisas já estão indo pro lugar.
Speaker 2:Essa semana eu chamei uma organizer pra ajudar. né, o que foi maravilhoso, porque eu, enquanto tá tudo uma zona, parece que a minha cabeça tá zoneada, não sei se é assim, mas eu sou, sabe Tipo preciso pôr tudo no lugar pra conseguir pensar né, então foi ótimo porque ajudou, organizou tudo.
Speaker 2:E por outro lado demanda pra Dedéu. Né, porque eu com todas as coisas trabalho. Ai, não, mas isso põe onde. Mas o que fica, o que joga, o que não sei o que, o que não sei, o que lá e filhos e tantantã, então tá um caos. Mas o ponto alto da semana foi inventar a sua casa.
Speaker 1:Que foi uma delícia. Tá até no feed da Fê a nossa visita aqui no nosso estúdio que a Fê deu um upgrade aqui no meu cubículo né Na verdade é um micro escritório, mas ela chamou de estúdio.
Speaker 2:Então vamos lá, tem que arrumar Estúdio do Duplo Clique. Entendeu, é isso aí né.
Speaker 1:Eu tô nessa fase. Tô numa fase agora que eu preciso colocar alguma coisa acústica.
Speaker 2:Essa casa nova é maravilhosa, né, Essas tem que ficar um tempo realmente.
Speaker 1:Ame Chamei. Mas eu tô aqui num processo de pensar como é que eu vou organizar a acústica aqui pra não ficar tão diferente o meu som, Porque eu acho que o nosso duplo clique merece este investimento, assim Pra minha voz não ficar com tanto eco. Então, gente, já peço desculpas aí a vocês. É um processo de organizar aqui o meu escritório pra poder talvez colocar alguma coisa nas paredes, Mas que não fique feio, Porque quando coloca aquelas espumas acústicas aquilo fica bonito.
Speaker 2:Não dá, é feio.
Speaker 1:Então a gente tem que fazer algo que fique bonitinho, mas que funcione melhor pra voz ficar perfeita. Então a gente chega lá, nós e nossas mudanças, né Fê, vocês precisam recomendar pra muita gente do Clique, pra gente crescer muito, né Dé.
Speaker 2:Aí, cada uma faz um estúdio em casa, igual a Simone Clias, entendeu Assim, sabe Bem, chique, mas é isso. Espero que a macuxa esteja boa, porque acabei de fazer um apartamento inteiro e não sei se tá. Mas o Miguel tá aqui pra resolver esses problemas pra nossa vida. Né coitado, a gente inventa e ele fica depois lá arrumando todos os problemas. Mas vamos que vamos. Mas foi uma semana intensa, né Bea, acho que foi, foi muitas coisas assim engraçadas.
Speaker 1:Né a gente tava aqui fazendo o roundup e lembrando assim, teve noivado da Taylor Swift e do Travis Kelsey. Né vai ser um evento, gente, não consigo nem imaginar o que que vai ser esse casamento nos Estados Unidos. Ela hoje é a artista mais pop do mundo. Acho que somando os seguidores desses dois deve dar milhões e milhões de pessoas. E fico aqui pensando se o casamento do Jess Bezos já foi mega midiático, imagina o casamento da Taylor Swift e do Travis Kelsey. Acho que eles anunciaram a data ainda, né Só o noivado.
Speaker 2:Acho que só o noivado. Né, Eu ainda não vi nenhum lugar falando qual vai ser a data.
Speaker 1:Não, mas eu estou curiosíssima. Esse vai ser aqueles acontecimentos, assim que vão? Vai ter gente viajando? Lembra quando tinha show da Taylor Swift que movimentava a economia do local, a economia inteira.
Speaker 2:Onde tinha o show Exato Porque os?
Speaker 1:hotéis lotavam aluguel de carro restaurante.
Speaker 2:Não tudo.
Speaker 1:Onde ela ia. Ela causava um terremoto positivo pra economia, mas assim extremamente disruptivo pra cidade né.
Speaker 2:Mas você sabe que em julho passado eu fui pra Itália com a família, com as meninas e tudo e o hotel que a gente ficou em Milão. A gente chegou e tinha um negócio Ah não sei o quê pro show do Taylor Swift. Hoje um monte de sabe Assim, menininhas mais novas com as mães e tal Tipo, a cidade inteira. Né É que é isso É um acontecimento, é um acontecimento Os hotéis fazem coisas Tipo surreal, né O que vai, Mas eu não sei o quanto ela abre a vida pessoal desse jeito né.
Speaker 1:Ah, eu acho que abre super. Acho que tem muita gente criticando também que ela foi no podcast dele umas semanas antes pra lançar um novo álbum. Eles estão navegando bem, eu acho. Acho que as redes sociais de ambos eles estão produzindo fatos e criando interações que movimentam ainda mais as redes. Ele também, claro, ele tem um podcast já com o Irmão Tempão. Ele é uma estrela do futebol americano também. Então eles têm ambos, cada um no seu campo, no seu território. Eles têm muito clout, eles têm muita visibilidade, muitos seguidores, muita expressão, isso somado, sei lá, eu tô pensando qual o outro casal que é assim. Talvez David Beckham e Victoria Beckham tenham um pouco isso também, porque ele é essa figura que tá hoje, não só no talento esporte É porque daí são duas pessoas muito famosas, muito midiáticas.
Speaker 1:Sim, e a Vitória também, que é uma pessoa que construiu o seu caminho. Ela era uma Spice Girl. Depois, durante muito tempo, ela enfim ficou meio mãe de família e tudo mais, mas quando ela voltou com a label dela de moda e de maquiagem ela tá fazendo por onde ela tem um brilho próprio. Hoje em dia ela tá indo bem com essa marca dela e tudo mais, e eu acho que os dois conseguem ter talvez essa se movimentar, esse fenômeno, essa força da natureza da cultura pop. Assim eu acho que Travis Kelsey e Taylor Swift, eu já fico imaginando assim, enfim, não sei se provavelmente eles terão filhos, mas imagina quando nascer o filho da Taylor Swift. Sabe, isso vai quebrar a internet.
Speaker 2:Será que eles vão ter que fazer tipo o Mark Zuckerberg que vai pegar e vai fazer uma escola dentro da propriedade para mandar o filho. Sabe Que é um nível de proteção né.
Speaker 1:Mas super interessante. Essa semana também teve um outro fato interessante, que foi um boato que ganhou muita repercussão, de que o Trump tinha morrido. Ah, essa gente até morreu de rir né.
Speaker 2:Fui super entendeu No Instagram e tal, falando que desmarcaram todos os compromissos do Trump Acho que foi de sexta pra sábado, né Se não me engano E que começou esse boato e tudo. Mas aí daí ele tá vivo.
Speaker 1:Tá, ele apareceu ontem de manhã. Ele foi jogar golfe e aí fez uma aparição, embora eu tenha tido algumas suspeitas de que não era bem ele, porque esses, essas teorias da conspiração na internet são maravilhosas. Né, eu me lembro que eu peguei um táxi uma vez aqui em São Paulo. Foi perto da eleição e o taxista puxou assunto comigo. Era perto da eleição e ele falou não mento, o Lula já tinha sido eleito e foi naquele ínterim. E ele falou e aí a senhora acha que o Lula sobe a rampa? Eu falei como assim, falei que preguiça de entrar nessa discussão. Mas enfim o que o senhor está querendo dizer com isso. Né Aí ele assim, não porque ele morreu, né Esse aí que está andando por aí é uma pessoa vestida de Lula, juro pra você. Ele falou sério e pegou o celular e começou a me mostrar várias contas que ele segue, que mostravam o sujeito na câmera do eco dele pelo algoritmo.
Speaker 1:Entendeu então ele estava convencido de que e tinha um inclusive que mostrava uma pessoa mais ou menos da mesma altura do Lula, com o mesmo tipo físico do Lula, tirando uma máscara de silicone que seria o rosto do Lula quando chegava em casa. E essa cena foi assim gravada por uma câmera secreta e tal provando que de fato tinha um sujeito vestido de Lula, se fazendo passar por ele. E a maior prova disso é que ele tinha os cinco dedos da mão. Juro pra você, olha aqui, ele tem os cinco dedos. O Lula teria aparecido em dois compromissos públicos com a mão com um dedo a mais.
Speaker 2:Então isso seria a prova de que ele não é Odessa, como será, que deveria, que haveria sido, né vamos por aqui. O Elvis não morreu com tudo isso de internet. Então, gente, essas teorias, né do Elvis não morreu e tudo são coisas que já existiam.
Speaker 1:Mas assim, cara Michael Jackson.
Speaker 2:Entendeu Exato.
Speaker 1:Sensacional. Tem de vez em quando gente que Michael Jackson não morreu, que não teve holocausto. tudo isso, gente, são teorias.
Speaker 2:O negacionismo sempre existiu exato, mas agora a coisa está mais intensa. Mas bom, então seguimos com o Trump vivo. Então não foi dessa vez que essa história se resolveu. Vamos colocar assim, se bem que também tem o JD Vance na gente, sei lá, mas a gente também teve a operação na Faria Lima. acho que isso deu o que falar aqui em São Paulo. Foi a maior operação já realizada no Brasil contra o crime organizado. Ela envolveu a Polícia Federal, a Receita Federal, o Ministério Público. Foram cumpridos 350 mandatos em oito estados e o principal foco foi a Faria Lima. Ela chama Operação Carbono Oculto, mas quer dizer o esquema todo. Acho que é interessante isso porque é o quanto essas organizações criminosas no Brasil estão cada vez mais se enraizando e tendo realmente empresas e coisas e gente da política. Então acho que existe um movimento forte acontecendo. Parece que esse esquema era um esquema de lavagem de dinheiro que envolvia postos de combustível, instituições financeiras, corretoras, fundos de investimentos, fintechs. As fintechs não têm todo o controle que os bancos são obrigados a ter E a facção atuava em toda a cadeia de combustíveis, desde importação, refino, distribuição. Parece que eles eram donos de usina de coisas.
Speaker 2:Assim Foram mapeados 42 alvos na Fária Lima, 40 fundos de investimento e foi uma loucura essa semana Acho que teve um monte de crimes que foram identificados, desde fraude fiscal, estelionato, crime contra a ordem econômica e sonegação de impostos econômica e sonegação de impostos e de repente tinham 1.400 agentes envolvidos com 200 mandados de busca e apreensão. Então, pelo que eu sei, muita gente foi detida, alguns presos, outros não, mas acho que foi mais de 140 pessoas foram detidas aqui em São Paulo. Muita gente assim é doido porque eu estava conversando sobre isso aqui em São Paulo. Muita gente assim é doido porque eu estava conversando sobre isso e com certeza tem muita gente envolvida que sabia o que estava acontecendo. Tem gente, esses bancos, essas instituições tem compliance, tem regras de know your client, mas a partir do momento que de repente o PCC é dono de usina, é dono de uma rede de postos de gasolina, resolve fazer um investimento, investe dinheiro num fundo de investimento, não necessariamente a pessoa que está nessa operação toda tinha conhecimento.
Speaker 2:Então acho que tem muita gente culpada no meio disso tudo e tem muita gente que foi e pega nessa loucura toda. E pega nessa loucura toda. O que diz também, o que está rolando também, é que isso também aconteceu por pressão. A gente sabe que junto dessa pressão toda com os Estados Unidos existe uma, ou melhor, junto dessa tensão toda com os Estados Unidos, existe uma pressão para os países da América Latina, incluindo o Brasil, em acabar com essas operações e até classificar essas facções como PCC, como organizações terroristas e tudo.
Speaker 2:Então a gente não sabe exatamente o que está acontecendo por trás, mas talvez tenha tido um dedo de ser atuante. Claro que isso está rolando faz tempo. Não é do dia para a noite que eles montam uma operação desse jeito, mas tem um lado também de ser bom. Quero ouvir seus comentários. A gente até pode falar da capa do The Economist, mas acho que o Brasil precisa colocar em ordem muitas coisas. Já vem colocando né na última década com as operações que teve de Lava Jato e tudo isso, e acho que essa é mais uma delas né É, eu acho que o Brasil tem uma.
Speaker 1:A gente tem uma polícia federal muito atuante, muito bem, muito técnica, muito bem preparada E eu acho que o Brasil é muito bom de desbaratar esse tipo de coisa. O problema é quando sobem, né Quando essas questões sobem ao misto.
Speaker 1:O desbaratar foi maravilhoso, amiga É desbaratar Isso tem esse verbo, um verbo de antigamente, um verbo de antigamente Nossa, mas esses esquemas são bem desmontados aí pela Polícia Federal. Mas o problema é quando isso aí se torna enfim vai para a Justiça e chega lá em cima E aí a coisa meio que se perde, se arrasta, se enrosca e às vezes acaba em pizza, né. Mas eu acho que essa primeira etapa do processo, eu acho que a gente é muito bom de fazer. O Brasil realmente tem essa característica assim de ter uma Polícia Federal técnica e de conseguir levar longe esse tipo de coisa. Agora vamos ver como é que vai ser a próxima etapa, quando começa a judicialização disso mesmo né como é que isso vai se desenrolar. Foi uma cena meio chocante. Eu tava aqui perto, moro aqui perto. Foi uma cena bem chocante. Você vê aquele monte de viatura e tal, porque tem também um impacto obviamente visual também de chegar todo mundo junto estacionar naqueles prédios super bonitos na Faria Lima acho que todo mundo que trabalha no prédio Exato.
Speaker 2:Eu encontrei minha prima que você conhece essa semana e ela falou que no prédio que ela trabalha de repente polícia federal porque tinha um fundo lá. Quer dizer uma confusão, né.
Speaker 1:É, eu acho que as pessoas que chegam pra trabalhar, todo mundo deve ter aquele frio na barriga, né Tipo. Será que é pra mim? Será que é pra minha empresa? Será que tem a ver comigo, com o meu chefe?
Speaker 2:Não, não é assim, cara, sério entendeu. Mas tem gente que fica lá duvida né É um fato. Eu até fui procurar desbaratar Realmente por sim debandada em fuga, debandar ou gastar, ou usar indevidamente sem discernimento, desperdiçar, dissipar, mal baratar, malbaratar também é bonito, né?
Speaker 1:Gente é um palestrante também. Isso aí, na minha época de ler clássicos brasileiros, né Não casmorro essas coisas.
Speaker 2:Eu fui no encontro essa semana que a Fefa até organizou e tudo de ser moço e tal, e tinha um cara lá E uma hora eles estavam falando né De que, que é o profissional do momento. Tudo tem que ser curioso, eles estavam falando. Tem que ser curioso e não pode ser preguiçoso. Não adianta ficar curioso, ponto. Tem que ir lá, tem que procurar, tem que aprender. Então aprendemos mais uma palavra em português, gente Desbaratar. Adorei, amiga, que mais né.
Speaker 1:Vamos aproveitar esse gancho e falar da cap da Economist. Você mencionou agora por alto. Acho que todo mundo aqui não sei se todo mundo viu deve ter sido impactado de alguma forma, porque muita gente compartilhou essa matéria, compartilhou essa capa nas suas redes sociais.
Speaker 2:A gente vai fazer igual faz para pessoas que não tem áudio, não tem deficientes de visão. Era uma capa amarela, entendeu com o Bolsonaro, nela, e eles pegaram e colocaram o Bolsonaro como se ele fosse aquele cara que quando invadiu uma das cenas acho que mais icônicas da invasão do Capitólio nos Estados Unidos, foi aquele cara que estava com o rosto pintado da bandeira americana, com um chapéu de, como se fosse um urso, uma pele do negócio. O que era aquilo Dé Não sei descrever.
Speaker 1:Ele ficou conhecido como o viking do Capitólio. Foi meio que um viking.
Speaker 2:Então era ali o Bolsonaro com essa caracterização Para claramente trazer a relação com o que aconteceu também e a forma que foi conduzida nos Estados Unidos.
Speaker 1:Sim, acho que a mensagem visual da capa foi muito clara A Economist, que é uma revista britânica. acho que esse é um fator importante aqui nessa conversa.
Speaker 2:ela não é uma revista americana, embora muita gente pense Muito importante e não necessariamente sabido, porque eu fiquei sabido disso há pouco tempo atrás, né Porque a gente lê tudo em inglês e acha que é americano. É uma revista britânica.
Speaker 1:É, e eles na verdade claramente quiseram fazer aí uma comparação aos dois casos, né, então assim o título do editorial foi bem também importante. acho que a gente precisa ler aqui o título, como ele foi, que é Brasil oferece aos Estados Unidos uma lição de maturidade democrática. assinantes também, então nem todo mundo assina, mas a revista alega que o Brasil está lidando melhor com essas ameaças da democracia do que os próprios Estados Unidos. Ela descreve a condução desse processo que está acontecendo contra o Bolsonaro como uma abre aspas, fantasia da esquerda americana, ou seja algo que os democratas americanos gostariam de ver acontecer com o Trump, mas que não conseguiram fazer.
Speaker 1:Então a revista faz uma comparação direta entre como os dois países lidaram com as situações similares. Tanto Bolsonaro quanto Trump foram acusados de tentar reverter resultados eleitorais, espalhar mentiras sobre fraude e incitar invasões a prédios públicos, mas os resultados foram bem diferentes. O Trump não só escapou de uma condenação, como voltou à presidência. Os processos contra ele foram extintos depois que ele assumiu o cargo e ele ainda teve uma iniciativa de perdoar quase 1.600 pessoas envolvidas naquela invasão ao Capitólio. O Bolsonaro, por sua vez, foi declarado inelegível pelo TSE em 2023 e agora, em algum momento esse ano, ainda devia julgamento no STF por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado e liderança de organização criminosa. E aí a Economist vai fazendo uma análise um pouco mais aprofundada. Por que o Brasil reagiu diferente? né Ela explica que primeiro tem a ver com a nossa ditadura militar recente, né Um histórico recente da ditadura militar que ficou na cabeça de muita gente, que torna os brasileiros mais sensíveis a essas ameaças democráticas.
Speaker 1:Né A revista alega que a maioria dos brasileiros não tem dúvidas sobre o que o Bolsonaro fez. A maioria dos brasileiros, segundo a Economist, acredita que de fato ele tentou dar um golpe. Né, então, isso, essa opinião pública tem uma força muito grande na condução desse processo. Né E outro ponto importante, mesmo políticos conservadores, que vão precisar dos votos dos apoiadores do Bolsonaro ano que vem nas eleições, criticam o estilo político dele e isso criou um consenso que não existe nos Estados Unidos. O Trump ainda é, embora tenha perdido um certo apoio dos republicanos, ele ainda é apoiado por todos os seus eleitores e pela sua base ali. Bom, tem um capítulo inteiro só para falar do STF, considerado aqui, abre aspas, o guardião da democracia brasileira, mas também fez críticas ao STF. Aponta que ele tem poder demais, supervisiona uma gama enorme de regras e direitos e que juízes não eleitos com tanto poder podem, abre aspas, corroer a política bem como salvá-la de golpes. Então a revista também fala especificamente do inquérito das fake news, onde os próprios ministros se tornaram vítima, promotor e juiz ao mesmo tempo.
Speaker 1:Reconhece que há necessidade de reforma, mas que consertar o STF será difícil de reforma, mas que consertar o STF será difícil. Por fim, não é uma matéria só elogiosa. Ela também faz críticas. Ela não está 100% otimista. Fala muito da nossa incontinência fiscal crônica muitas aspas aí. Mas falando das exceções fiscais descontroladas, aumentos automáticos de gastos, a polarização política que ainda divide o nosso país, mostra que Bolsonaro ainda tem apoiadores fanáticos que podem causar problemas. O medo que todos nós temos do que pode acontecer diante de uma eventual condenação, Tem aí um temor que paira no ar sobre como essa população que apoia o Bolsonaro vai reagir caso ele seja condenado. Enfim, acho que foi uma matéria muito interessante. Mostra como o Brasil está em alta, fora essa discussão toda, e me chamou a atenção essa questão de ter comentado também a subida do Lula nas pesquisas. Né o quanto ele se beneficiou de toda essa guerra tarifária que o Trump criou, como isso acabou fazendo com que o Lula crescesse nas pesquisas, que é um assunto que está bem em alta por aqui.
Speaker 2:Né ideia perfeita. Acho que realmente a gente, até a gente conversa bastante sobre isso. Né, Aliás, a gente também conversou sobre isso no jantar né essa semana Mas o quanto é diferente os Estados Unidos para o Brasil, a gente já conversou aqui muitas vezes, né no podcast, o quanto a gente acredita que o processo que está acontecendo neste caso específico realmente o Brasil está dando um show se comparado aos Estados Unidos. O que não quer dizer que seja perfeito, o que não quer dizer que o SPF esteja atuando da forma que a gente gostaria e que não tenha imperfeições. Mas no geral eu tô feliz que esse processo todo tá acontecendo e até uma coisa que especificamente a gente tava conversando essa semana no jantar, que é muito doido, porque aqui a gente tem a lei da ficha limpa, lá o Trump pode ser presidente enquanto ele está preso de dentro da cadeia. Tem algumas coisas que realmente a gente eu acho que tem um histórico de ter vivido muitas coisas como país.
Speaker 2:A gente teve a ditadura, a gente teve o processo de dois impeachments. A gente teve a ditadura, a gente teve o processo de dois impeachments. A gente Então essa parte da divisão dos poderes, das coisas funcionarem. Claro que o Brasil tem mil problemas, né Não tô querendo romantizar, mas a gente, de alguma forma as instituições funcionam aqui E nos Estados Unidos a sensação que eu tenho é que eles estão assim baratinados Eu vou usar uma outra palavra aqui Gostou, né Adorei, estão baratinados E nem vou ter nada a ver com barata, que é a mais prestida Eles estão todos baratinados porque assim não sabem nem o que fazer, não sabem como atuar. Então acho que existe aí uma lição grande. Mas por outro lado tudo isso acaba de alguma forma colocando mais força na disputa que está acontecendo entre Brasil e Estados Unidos no momento e que não necessariamente é algo bom para o Brasil. Então a gente vê aí o Lula já falando que vai negociar com a Ásia, que vai negociar com o BRIC, o Lula conseguindo intercer e ter mais importância por causa disso tudo, né Na geopolítica mundial, que é uma coisa que a gente até já comentou aqui, que ele sempre ambicionou, ele queria, lembra, ele queria mediar a paz entre a Rússia e a Ucrânia.
Speaker 2:Tipo, nossa, lindinho, vem cá com a titia. Você é tão bonitinho que bom que você tem essa autoestima toda. Né Parece que tu tá falando do seu filho de cinco anos, né Que fala que não sei o quê. Assim era. Chegava a ser ridículo, com todo respeito, mas ele tá conseguindo ganhar palco, né? Então acho que isso é uma coisa forte.
Speaker 1:É isso Começa terça-feira o julgamento do Bolsonaro. No-transcript manifestações. Vamos ver como é que a nossa democracia vai se comportar diante de um processo como esse. Como você falou, a gente já teve alguns processos de impeachment no nosso país. A gente de uma certa forma até banalizou um pouco isso e eu acho que essa é uma demonstração de fato de maturidade democrática e os olhos do mundo vão estar sobre nós. Eu acho que essa capa da Economist foi a maior evidência de que o que está acontecendo aqui pode inspirar outros países, pode dar mais força para a democracia no mundo. Então acho que vai ter muita gente olhando para o que vai acontecer aqui maravilhoso gente.
Speaker 2:Essa semana eu fiquei tão enlouquecida entre trabalho, filhos e mudança que a Andrea tá me carregando nas costas nesse duplo clique de hoje. Né que quem vai contar o próximo tema de novo é a minha maravilhosa musa, entendeu, mas assim né é uma sociedade é uma ideia, é isso, entendeu, tem época que você tá assim.
Speaker 2:Eu falo não relaxa, que eu já preparei aqui um monte de coisa na pauta, é a vida. Por isso que é bom sermos duas, né Porque a vida vai acontecendo. Mas, déia, você trouxe um outro tema super importante, né que é o primeiro processo por morte culposa contra a OpenAI que tá acontecendo. E acho que esse é um tema que merece a gente falar aqui porque é de interesse de todos e o mundo está realmente mudando e novos desafios que a gente não tinha antes passam a existir. Né Conta um pouco de detalhes para a gente, né É, é uma história mais pesada.
Speaker 1:Peço aí desculpa aos nossos ouvintes, porque a gente sempre fala tudo de uma forma muito leve. E é sempre a nossa intenção, é que o podcast seja gostoso de ouvir, seja né sempre uma companhia E até porque a gente é assim né.
Speaker 2:Sim, sim mas às vezes a gente tem assuntos chatos que a gente precisa falar. Tem assuntos chatos e tem momentos que a gente também muda o tom, obviamente eu concordo que esse é um assunto super, super, super sensível.
Speaker 1:Mas vamos lá E, como a imprensa sempre tem um dilema muito grande sobre como cobrir casos de suicídio, existem políticas estabelecidas em veículos no mundo inteiro, protocolos que precisam ser seguidos para várias situações, como, por exemplo, os shootings, esses massacres que acontecem em escolas e muitas vezes shoppings, que acontecem vira e mexe nos Estados Unidos Acho que semana passada, inclusive, teve um também. Então isso tudo acontece e tem uma série de regras de como você pode cobrir esse tema, porque muitas vezes você pode encorajar alguém a fazer o mesmo. Então existe um cuidado muito grande. A gente vai tentar tomar esses cuidados aqui na hora de contar essa história, mas basicamente o que aconteceu é que um adolescente de 16 anos da Califórnia chamado Adam Rain, morreu por suicídio em 11 de abril desse ano, mas no dia 26 de agosto agora essa semana, os pais, matt e Maria Rain, entraram com um processo contra a OpenAI e seu CEO, sam Altman, alegando que o chat IPT foi diretamente responsável pela morte do filho.
Speaker 1:Então isso é um first, é a primeira vez que isso acontece. Acho que já tinha várias evidências de que as pessoas enfim. A gente tem falado bastante das pessoas usando o chat de EPT como terapia, principalmente jovens que muitas vezes não têm acesso a um psicólogo, não têm às vezes dinheiro para pagar uma consulta e eu acho que essa é uma história cheia de camadas. É uma questão cheia de camadas porque obviamente a gente sabe que nada substitui uma terapia feita, né olho no olho, presencialmente, mas a gente sabe que nem todo mundo tem acesso a isso. Então esse recurso vai acabar. É natural que isso seja usado dessa forma, mas precisa ter muito cuidado pra conduzir esse tipo de coisa. Os jovens não tem repertório, eles não tem muitas vezes essa preocupação de entender e acabam muitas vezes antropomorfizando aquela conversa, aquela ferramenta e esquecem que eles estão falando com um robô.
Speaker 2:Mas voltando, aqui à história do E lembrando aqui, já que a gente está falando muito de vocabulário, que antropomor, nossa, eu não sei nem falar essa palavra Antropomorfização. Antropomorfização É quando você trata uma ferramenta ou tudo, ou você entende que ela vira humano, né.
Speaker 1:Eu faço isso com os meus cachorros, eu acho mas tudo bem, É um fenômeno psicológico, assim que a gente muitas vezes esquece que você tá falando com um robô ou conversando com uma ferramenta tecnológica.
Speaker 2:Eles sabem nesse caso não é o caso, né Eles têm total consciência de que aquilo não é uma pessoa, mas acaba tendo uma relação. É quando você começa a ter um relacionamento amoroso com o Meia, por exemplo Exato, exato, tá bom.
Speaker 1:Bom, mas depois da morte do Adam, né Os pais fizeram o que qualquer pai faria, né Procuraram desesperadamente por respostas. Eles foram vasculhar o celular do Adam procurando por conversas que pudessem dar alguma pista, dar algum indício do que estava acontecendo, de repente, se ele fazia parte de alguma comunidade, de algum culto, de alguma coisa que explicasse o que tinha acontecido. E aí, quando eles abriram o chat de EPT, eles encontraram mais de 3 mil páginas de conversas entre o Adam e a inteligência artificial que os pais imprimiram e analisaram durante 10 dias. Ele não escreveu uma carta de suicídio para os pais. Segundo os pais, ele escreveu duas cartas de suicídio para eles dentro do chat de IPT. Então assim eles foram investigar o começo dessa história.
Speaker 1:A relação dele com o chat de IP PT começou em setembro de 2024. Ele usava primeiro, como muitos jovens começam né usando para trabalhos da escola, para enfim procurar músicas, animes, que era uma coisa que ele gostava também para pedir orientação sobre que faculdade fazer, como ele conduziria o processo de college, tipo coisas que todos os jovens fazem, todos os jovens usam né. Mas em poucos meses o chat de PT se tornou o que o processo está chamando de abre aspas, o confidente mais próximo do adolescente. Né Ele começou a se abrir sobre ansiedade, sobre saúde mental, sobre sofrimento mental, com inteligência artificial. E aí que a coisa realmente tomou contornos um pouco mais preocupantes.
Speaker 1:Em janeiro desse ano o Adam começou a discutir métodos de suicídio com o chat de EPT. Chegou a enviar fotos dele próprio mostrando evidências físicas de automutilação E o processo alega que o chefe de PT reconheceu uma emergência médica, mas que continuou a interagir mesmo assim. Bom, aí, na conversa final, no dia 11 de abril, que foi o último dia de vida do Adam, ele confessou para o chefe de PT que ele tinha, tinha plano de tirar a própria vida. Né e a resposta da Yá foi chocante né abre aspas. Ela respondeu obrigado por ser real sobre isso, você não precisa sugar coat, né que é tipo colocar panos quentes né minimizar eu sei o que você está perguntando e não vou desviar o olhar.
Speaker 1:E aí ele acabou subindo colocando na inteligência artificial a foto do plano de suicídio pro chat de EPT, que analisou o método, ofereceu sugestões pra melhorá-lo e até se ofereceu, se propôs, a escrever uma carta de suicídio.
Speaker 1:Minuto de silêncio para pensar nisso, né Olha que coisa, porque ela age com esse tema da mesma forma como ela age quando a gente pede uma ajuda para escrever um trabalho, para escrever uma proposta para um cliente. Né Está sempre ali, disponível para ajudar, para melhorar, para ir além, fazer alguma coisa que você nem pensou em pedir. Ela está lá para te oferecer. Então, assim o processo realmente alega coisas muito, muito sérias. Os pais alegam que o chat de PT validou os pensamentos suicidas do Adam, forneceu informações detalhadas sobre métodos letais de auto-lesão. Enfim, até instruiu o adolescente sobre como pegar álcool escondido do armário dos pais e como ocultar evidências de uma tentativa de suicídio fracassada. Né Enfim, não vou mais entrar em detalhes porque a coisa se torna um pouco mais sórdida e pesada. Né, enfim, eles compartilharam uma discussão sobre ter uma corda no quarto Enfim, acho que fica muito pesado.
Speaker 1:A gente nem precisa entrar aqui. Acho que o importante aqui é mais trazer também o que aconteceu com a OpenAI. Né Ela alegou, enfim, estar profundamente abalada, entristecida, com a morte do Adam. Afirmou que o chat de PT inclui guardrails não sei muito bem como traduzir em português mas esses limites, como por exemplo, direcionar pessoas para recursos como o CVV, por exemplo, e outros recursos profissionais. Mas essa é uma janela importante aqui que a OpenAI abre. Ela admite que esses guardrails, que são esses limites que ela tenta colocar na ferramenta, podem ser menos eficazes em interações longas, onde partes do treinamento de segurança do modelo podem se perder. Então é uma coisa que se tiver um prompt e uma resposta, ela até consegue resolver, mas com uma relação de muito tempo ela vai talvez vão surgindo brechas para a ferramenta se adaptar a esse novo contexto. Isso é muito sério.
Speaker 1:Né Enfim, obviamente, a OpenAI publicou um blog post prometendo melhorias, incluindo o fortalecimento desses guardrails enfim, um refinamento de bloqueio de conteúdo, exploração de controles parentais, e estão até considerando criar uma rede de profissionais licenciados que possam responder através do próprio chat GPT. Como se fossem algumas palavras, disparam uma espécie de gatilho que transfere a conversa eventualmente para uma pessoa física Ou faz um flag para um humano.
Speaker 1:Exato para alguém entrar Que parece um pouco aquela história que a gente teve no passado dos moderadores, que todas essas redes sociais empregavam moderadores no mundo todo para poder ter ali uma visão humana sobre o que estava sendo compartilhado nas redes e recentemente as empresas começaram a desmontar as suas redes de moderadores. enfim, não sei se você quer comentar alguma coisa, é um assunto chato eu ia comentar.
Speaker 2:Eu acho que é um assunto realmente difícil. A gente, quando começou essa coisa toda de chat, GPT, de agenerativa, a gente sempre soube que tinham muitos riscos. Sempre teve uma analogia de falar poxa, isso é como se fosse uma faca. Uma faca pode te ajudar a cortar o alimento, ela pode te ajudar a ser mais eficiente, a ter uma vida melhor em milhões de coisas, mas uma faca também pode ser usada pra matar alguém. Uma faca também pode ser uma arma numa pessoa que tá querendo obter suicídio, alguma coisa desse jeito. E a grande verdade é que isso foi indicado na sociedade antes da gente conseguir entrar e tomar todos esses cuidados. A OpenAI ainda é uma empresa que se preocupa com isso, o Grok, você pega. O Alamance você pega. Sim, eles se orgulham de não ter guardrails, de não ter coisas assim, né Guardrails são muito, são um pouco dessas restrições e cuidados que o modelo toma.
Speaker 2:Você vai para o mundo corporativo, por exemplo, que é o mundo que eu vivo. Se você tem uma interação, que tem sei lá um agente conversando com um consumidor, tem situações básicas que de alguma forma já são meio que pré-programadas ali num produto, como na Salesforce, por exemplo, que é feito para empresas interagirem, em que se você tenta xingar a empresa e fazer o atendente virtual, o agente da empresa, te xingar de volta não, você nunca vai xingar de volta. Tem coisas que você, dependendo do setor que você está, você precisa programar para não acontecer. Por exemplo, se é um atendimento de um banco, ele não pode dar recomendações de investimento. Então você vai lá e coloca essa orientação e essa restrição. Porém, quando você entra num modelo tipo um chat GPT e acho que é isso que o seu Maltman tá falando acho que com certeza existem esses cuidados, tanto que se você entrar lá e falar cara, me explica como você faz uma árvore, me explica como você faz uma bomba, me explica como que eram exemplos que tinham no começo, que você perguntava e apareciam isso lá no comecinho.
Speaker 1:A gente que acompanha essa história desde que no começo acompanha essa história desde que né No começo O YouTube tinha tutorial de qualquer coisa, né Exato Pedofilia tudo.
Speaker 2:E até o próprio chat APT, né Até essas próprias ferramentas permitiam que você tivesse qualquer coisa. Hoje existem esses cuidados que estão meio que programados ali, mas a tecnologia não é tão simples assim. Então provavelmente quando ele vira e fala puxa, isso é uma coisa que quando a conversa está muito longa acaba se perdendo. É porque provavelmente eles estão observando que a forma que eles estão usando e fazendo para evitar que esse tipo de coisa aconteça não está sendo efetiva em alguns casos, e esse caso pode ser tão sério e triste como um caso assim que acabou levando a vida de alguém. Então acho que tem tudo isso. Eu estava tentando lembrar Dea, mas a última entrevista que eu vi do Sam Altman geralmente eu tenho uma boa memória de lembrar onde que eu ouvi, com quem e tal, mas essa eu não estou conseguindo achar aqui no meu cérebro, mas eles falaram um pouco sobre isso o próprio Sam Altman trouxe esse tema. Né de que assim tipo ah, o que você tá vendo no futuro, pra que lado tá indo, e o Sam Altman tem algumas conversas bastante humanas. Né, apesar dele continuar e avançar da mesma forma, né não é nada que vai hold him back, mas ele tem, e ele falando puxa, tem alguns casos que a gente ainda precisa melhorar muito. Quando essa ferramenta eventualmente acaba sendo usada por alguém que está no momento e numa situação de vulnerabilidade, de risco, então isto é uma coisa que existe na cabeça, mas é uma preocupação seríssima E acho que é algo que uma das forças que a sociedade precisa ter.
Speaker 2:E é uma conversa que a gente tem muitas vezes também, até no DupuTrick, no nosso mundo, aí, nos convívios que a gente tem em grupos e pessoal, e tudo é que você não pode esperar na sociedade que as grandes empresas se autorregulem. Então a gente vai depender da boa vontade dos smarts em ir lá e fazer isso, e aí existem as leis, existe a regulamentação, existe tudo isso. A gente estava indo para um caminho de regulamentação, de ar um pouco mais forte que poderiam ter regras e coisas em relação a isso. Essa coisa, principalmente depois da eleição do Trump, deu Voltamos muitas casinhas no tabuleiro, mas eu acho que vai ter que ser algo que realmente a gente como sociedade vai ter que usar a justiça. Então que bom que esse processo está acontecendo, porque é uma forma da sociedade começar a realmente colocar regras mais claras que impeçam que essas situações se repitam, porque realmente vai ter responsabilização, vai ter coisa.
Speaker 2:Essa é uma forma de eventualmente estimular que existam projetos de lei, existam coisas assim. Mas é um processo muito doloroso porque quando você olha no macro ele acontece quando já começam a existir casos desses problemas e de tudo isso. Não é uma coisa que a gente como sociedade conseguiu agir de uma forma preventiva e eficaz.
Speaker 1:Eu só queria fazer uma comparação aqui para a gente dar um pouco mais de contexto. É a primeira vez que a UPNAI sofre isso, mas a meta tem uma enxurrada de processos judiciais, não só de pais, que já se uniram em processos coletivos para tentar incriminar a meta através das suas plataformas Instagram, facebook, etc. De incitar jovens a cometer suicídio, a desencadear crises de depressão, de ansiedade. Então não é inédito processar uma empresa de tecnologia por essas razões ligadas à saúde mental. O que a gente está vendo cada vez mais agora é uma escalada desse tipo de coisa. Isso nunca tinha acontecido com a OpenAI, com esses chatbots.
Speaker 1:Então a gente está vendo isso acontecer pela primeira vez. Agora Podemos esperar muito mais disso, até porque essas empresas, os chatbots, os LLMs, eles estão sendo forçados a navegar numa linha muito tênue entre responder de forma muito humana ou ter uma relação um pouco mais distante com as pessoas. Prova disso foi que quando a OpenAI lançou o ChatBt 5, agora tem menos de um mês ela tentou que ele fosse um pouco mais frio E muita gente reclamou. Então eles estão tentando agradar gregos e troianos, né Eles têm que criar uma relação mais próxima. Por exemplo, a história de que ele é bajulador, que o Chet BT fica bajulando você, sempre dizendo você faz um comentário e ele fala nossa, que ideia maravilhosa. Você brilhou com esse comentário e começa a te tratar como se você fosse. Isso, por exemplo, foi uma coisa que eles tentaram reduzir, só que muita gente sentiu falta.
Speaker 2:Praticamente terapia de apoio.
Speaker 1:O chefe de PT Exato.
Speaker 2:Tudo que você faz é incrível, tudo que é brilhante, tudo que, e por isso que essa preocupação de em algumas situações eu acho que dá pra ter conversas, o chat de repente te ajudar a navegar em algumas coisas de uma forma super boa. Se você é uma pessoa terapeutizada, com um repertório grande, que estuda, que tem conhecimento, que tudo, você sabe facilmente entender o que é um ponto de vista tradicional, que você fala poxa, que interessante, não tinha pensado nisso. E que são coisas que você vai falar. Isso não tem nada a ver e tal. Agora, criar esse discernimento, esse critério e, no fim do dia, é isso, é uma ferramenta que não só ela é generativa do ponto de vista de não existe um controle tão grande do que está sendo dito, que vai ser dito e tudo como ela é feita para te agradar, para você passar mais tempo nela ela não vai virar e falar não, não é isso, ela não vai pegar.
Speaker 2:E e falar não, não é isso, ela não vai pegar. E te, nesse caso específico ela deveria virar. E até estava tendo uma discussão e sai um artigo acho que a gente até conversou em algum grupo sobre isso, não sei se foi no da Oxygen, mas sai um artigo que eu não me lembro agora se foi no The Atlantic ou no New York Times, de uma mãe contando um relato similar, mas que aí a generativa não participou no sentido de estimular, mas existiam assim flags claríssimos que qualquer psicólogo ou psiquiatra ou qualquer coisa assim teria entendido que existia um risco grande ali e teria de alguma forma intervido desta forma né E até essa coisa assim cara, o que será que é o Será que? E tem mil discussões por trás, tá De privacidade, de direitos, de milhões de coisas.
Speaker 2:Mas será que se eu começar a ter uma conversa com o chat de PT a ponto dele entender que eu estou numa situação de risco desse tipo de coisa, de suicídio ou de alguma coisa assim, será que isso deveria mandar um alerta pra alguém, pra uma autoridade? Será que isso? Porque se você, se fosse um psiquiatra e eu estivesse fazendo isso ou um psicólogo. Ele iria entrar em contato com a família. Ele iria. Tem um momento em que você cruza uma linha, que a conduta muda e que você passa assim. Então, como você coloca isso? Então várias discussões que são super interessantes, de como que você consegue realmente garantir Porque ou a conversa para e você não vai mais falar, mas sabe assim qual que é a forma correta de agir esse caso é um exemplo de tudo que não é pra ser feito, né.
Speaker 2:Vamos combinar que não tô falando desse caso.
Speaker 1:Tá, tô falando de uma forma a mais, né eu me lembro que uma época a Meta tentou fazer uma, dar uma, uma solução pra isso no Instagram, e eu não sei se você lembra disso, dar uma solução para isso no Instagram, e eu não sei se você lembra disso, fê, mas teve uma fase, faz uns dois anos, isso que eles criaram, uma medida que quando você colocava algumas palavras na busca do Instagram por exemplo, suicídio, automutilação com essas palavras que sugerissem que uma pessoa estava em emotional distress, ela estava num momento crítico, ali de talvez tirar a própria vida.
Speaker 2:A pessoa estava precisando de ajuda.
Speaker 1:Isso O próprio Instagram sugeria, como resposta, ligar para o CVV, que é o Centro de Valorização da Vida, que é um serviço 24 horas que a gente tem no Brasil. Não sei se todo mundo conhece, é o número 188, então já fica o serviço de utilidade pública. Aqui É um canal que funciona muito bem. Tem pessoas 24 horas por dia prontas para atender e para lidar com casos inclusive bem extremos, e o Instagram criou esse mecanismo pra, em vez de mostrar conteúdos que pudessem isso não deveria mostrar nunca.
Speaker 2:Né. Mas além de simplesmente não mostrar, porque não deveria poder publicar essa coisa, não deveria mostrar nunca mas além disso não parar no simplesmente não mostrar o conteúdo, mas em efetivamente orientar e levar aquela pessoa a buscar uma ajuda que seja efetiva, né.
Speaker 1:Então acho que é algo assim. Isso é o caminho que hoje existe né.
Speaker 1:Isso aconteceu porque a meta enfim o Instagram, na época foi considerado um lugar onde esse conteúdo era absolutamente acessível e livre. Teve várias matérias que saíram na imprensa mostrando que era possível você planejar tudo com a ajuda do Instagram e ver cenas e tudo mais, e eu acho que foi aí uma resposta. Como sempre, elas nunca se autorregulam primeiro. Elas só reagem a um fato quando realmente a opinião pública já tá enfim discutindo aquele assunto em fóruns e tudo mais. E a mídia vem com alguma matéria grande. Né teve uma matéria importante que saiu na época que eu me lembro que era uma jovem que falou tudo. A matéria importante que saiu na época que eu me lembro que era uma jovem que falou tudo. A matéria era, acho que, no New York Times. Tudo que eu sei sobre suicídio eu aprendi no Instagram.
Speaker 1:Essa matéria saiu no New York Times, foi bem importante e isso fez com que esse tipo de medida fosse implementada. E eu acho que a OpenAI agora não só a OpenAI, mas enfim Tropic, todas essas empresas vão ter que prestar atenção em como esses LLMs vão ser treinados para que isso não aconteça mais nenhuma vez. Né Não pode permitir que isso aconteça mais nenhum. Mas ninguém tire a própria vida por ter sido talvez estimulado ou enfim incentivado por uma inteligência artificial. Então assim, essa questão da inteligência artificial sendo usada como um personal coach, um terapeuta, isso tudo é uma bomba relógio que a gente vai ter que lidar aí nos próximos anos e espero muito que os governos regulem, que as empresas criem mecanismos para evitar que isso aconteça, porque senão isso vai virar uma epidemia e precisa ter punição também em cima das consequências.
Speaker 2:Né Bea, isso é a única forma de garantir, porque é isso. Assim a gente sabe que tem empresas de novo né. Eu sei que eu questiono também muito a conduta de uma OpenAI que pega e vai colocando no ar né e a gente vai aprender conforme for acontecendo, entendeu, mas eles apesar disso, Vamos pedir desculpa.
Speaker 1:não queremos pedir licença, né. A gente prefere pedir desculpa do que pedir licença. Perfeito.
Speaker 2:E agora já está com aquela licença poética de que a caixa de Pandora já foi aberta, não tem mais volta, e realmente acho que não tem mais volta, acho que já foi, então não tem mais muito o que fazer. Mas tem empresas que não têm nem a intenção e a vontade de resolver. Então acho que a Grok é a mais clara E a meta, dando aí cada vez claramente, desde o Trump, de tirar toda a parte de moderação de conteúdo. Você sabe que eu assistia acho que foi em janeiro do ano passado que os CEOs todos da Meta Facebook, tiktok, a ByteDance e tudo, foram depor no Senado nos Estados Unidos E teve uma sessão de tipo duas horas e meia e uma sessão inteira. E assim os pais que tiveram filhos, que perderam filhos, ou pra doenças de transtorno alimentar, ou pra suicídio, coisas assim, levantando cartazes E o cara assim virando pro Mark Zuckerberg, ele fala assim não vai pedir desculpas pra eles, você não vai pedir desculpas pros senadores, ele levanta olha pra trás, não desculpa.
Speaker 2:Depois que o Trump ganhou, tirou a moderação de conteúdo. Né, então, assim é isso, né A gente não pode ficar à mercê do que essas empresas querem ou não querem fazer. Então acho que isso é um ponto importante, mas agora pra gente finalizar também com um pouco mais de leveza. Né Bea Ainda falando de tecnologia, mas outra coisa que deu o que falar essa semana foi o Nano Banana. Primeiro que esse nome é maravilhoso. Né gente, nano Banana, realmente eu acho incrível.
Speaker 2:Esse é o codinome do Gemini 2.5 Flash Image, que é uma plataforma de geração e edição de imagens por IA desenvolvida pelo Google. E essa ferramenta, ela permite que você crie e edite imagens de uma forma super rápida e realista a partir de comandos simples em texto. Então você pode, por exemplo, pegar e falar olha, eu quero esse carro, mandar uma foto de um carro com esta pessoa desse jeito e deve estar usando este chapéu nesta paisagem e ele consegue juntar tudo isso. Então isso era uma coisa inédita nessa paisagem e ele consegue juntar tudo isso. Então isso era uma coisa inédita até o momento com esse nível de eficiência, e acho que é surpreendente ver o quanto essa tecnologia de geração de imagem está cada vez mais poderosa. A gente fala bastante de tech aqui e essa parte de geração de imagem, tudo é mais poderosa.
Speaker 2:A gente fala bastante de tech aqui e essa parte de geração de imagem, tudo é a generativa E essa parte de geração de imagem aí, a generativa pura e aqueles certamente estão combinando outras tecnologias e eu não consegui dar um duplo clique técnico ainda vou dar, porque eu estou curiosa de entender como eles conseguem fazer isso. Mas a generativa por si só ela é uma imagem entende que aquilo é um conjunto de pixels de quadradinhos e ela vai ali adivinhando, quadradinho por quadradinho, o que deveria ser o próximo para o usuário ficar feliz. Então se eu for lá e apagar uma pessoa de uma paisagem, porque eu tirei uma foto de uma viagem e ficou uma pessoa desconhecida passando atrás, ele não sabe o que tem atrás, ele adivinha o que provavelmente deveria estar lá se a pessoa não estivesse. Então é muito difícil de você ter continuidade, é muito difícil uma série de coisas E também precisava de prontos, muito complicados em alguns momentos, e técnicos e tudo. E acho que cada vez mais a gente está vendo não só a forma de interagir com essas ferramentas.
Speaker 2:Então de você vira um dos exemplos que tem no link oficial, até do Google. É assim. Você tem uma foto de uma sala. Aí você vira e fala eu quero uma estante com livros agora, eu quero um sofá verde agora. Eu quero que você coloque uma sei lá um quadro como esse aqui, né uma sei lá um quadro como esse agora, e a coisa vai acontecendo e tem uma consistência visual né e uma interação muito grande.
Speaker 1:Eu não sei, mas só eu que fico com medo dessas coisas. Isso, eu tenho um pouco de receio. Eu não brinquei, eu tenho muito receio dessas brincadeirinhas que as pessoas usam na internet, até porque elas têm um apelo muito sedutor é muito fácil, é muito charmoso, é muito divertido e eu acho que isso me lembra um pouco gente muito tempo atrás, tá Muito tempo atrás, quando o TikTok começou a ter umas brincadeirinhas, umas dancinhas que você podia pôr o rosto de outra pessoa, aqueles apps que não eram do TikTok. Na verdade era um app que botava você conseguia colocar o rosto de uma pessoa no rosto de outra, no corpo de outra, e jogava no TikTok pra parecer que aquela era outra pessoa dançando. Acho que ficou complicado a minha explicação, mas acho que todo mundo entendeu era uma manipulação.
Speaker 2:Tem uma preocupação de manipulação e de fake news, né De fake images, de fake whatever.
Speaker 1:Eu vejo direto essas empresas que hoje se dispõem a dar curso de AI para enfim, para a gente poder usar no nosso dia a dia, ensinando a fazer manipulação de imagem, e assim claro que pode ser muito útil pro seu trabalho. Mas assim será que eu tô muito careta Porque eu já fico pensando assim, gente, mas as pessoas que tão fazendo essas manipulações, elas sabem que esses dados são coletados sem pagar direito autoral pra ninguém. Tipo que isso aí você tá se aproveitando de fotos que foram tiradas por fotógrafos que nunca foram remunerados pra isso. Né será que ela sabe que, da mesma forma, como você pode fazer uma foto bonitinha, fantasiada de alguma coisa, você pode pegar o rosto de uma pessoa e colocar num corpo nu e parecer que aquela pessoa fez um nude. Né então assim. Eu não sei, pode ser que eu esteja sendo meio rabugenta e meio ranzinza em vez de entrar numa coisa que é legal e aproveitar o lado bom dessa tecnologia. Mas eu não consigo mais hoje dissociar algo assim de todos os impactos éticos, políticos que isso pode ter. Né então, assim, então assim.
Speaker 2:Sociais.
Speaker 1:Sociais. Você vai chegar no Nano Banana e vai dizer Por exemplo, eu vi um aplicativo essa semana que dizia você consegue fazer uma foto sua com qualquer celebridade. Então, assim, eu brinco. Né, eu adoro as minhas selfies com os meus ídolos, né? Então, agora, de repente, eu vou para um festival e faço uma foto minha abraçada com o Scott Galloway, que não existe. Eu usei um nanobanana pra fazer. E assim, gente, isso tem muitas implicações sérias. Claro que você vai usar pro bem, é pra fazer uma brincadeira, é pra enfim, fazer uma foto que você vai jogar no grupo da família e todo mundo vai rir, vai rir, beleza. Mas, gente, isso vai ser usado nas eleições pra criar imagens que não existem e pra enganar pessoas que não tiveram, não sabem que existe isso. Sabe, tem gente que não sabe que existe isso.
Speaker 2:Então, o Google neste caso. Né e daí de novo, né dependemos da boa vontade da empresa que está fazendo, né O Google também é uma empresa que eu considero extremamente séria E eles deixaram claro que todas as imagens criadas ou editadas nesse app vão incluir uma marca d'água visível, assim como o Synthet ID Digital Watermark, quer dizer uma marca d'água digital que tem esse nome. Syntheth ID Digital Watermark, quer dizer uma marca d'água digital que tem esse nome, né Syntheth ID, que é invisível. Então isso permite que você consiga. Né Não só porque se você faz uma marca d'água visível, você também depois pode usar outras coisas para tirar a marca d'água.
Speaker 2:Né Então tem as duas coisas. Tem uma coisa que está lá realmente e eu não sei preciso estudar um pouco isso melhor, mas entendo que está no nível do pixel da coisa que você consegue descobrir que aquilo foi feito por Iá e não é uma coisa que você consegue tirar da imagem assim como algo visível para pelo menos ter um selo ali brincando você fazer uma brincadeira com o amigo pra você não do uso de rostos de outras pessoas, porque E daí a gente veio pro caso da Dinamarca, né que fez uma lei de que eu, lá cada pessoa é dona do direito autoral da sua própria imagem, da sua própria voz, de uma série de coisas, porque ele precisa começar a ter alguns princípios jurídicos sendo feitos para conseguir defender situações assim. Então tem tudo isso acontecendo. Não estou defendendo que com isso, tudo bem, você pegar o rosto. Um fã nosso até parece. Né Dea, vamos mandar risada, né Um fã nosso fala nossa, olha aqui numa selfie com a Fê e com a Dé.
Speaker 2:Não, mas de ter algumas coisas, mas né, eu acho que você está certíssima, né, eu acho que toda vez que as tecnologias vão avançando e eu trabalho com tecnologia, trabalho numa empresa que eu considero extremamente ética, porque senão eu não trabalharia né, mas eu trabalharia, mas eu sou uma techno-optimist. Porém, entretanto, todavia, eu concordo com você, a gente, a cada coisa que lança e tudo, e muita gente tem esse podcast, essas conversas. É porque a gente sempre tem isso. A gente para e fala meu que legal aqui, mas caraca, isso pode dar um problema lá na frente. Desse jeito, não Como que é, porque isso faz parte, e acho que parte desse podcast é, sim, para gerar essas reflexões.
Speaker 1:Sim, porque no fundo a gente usa tecnologia. Eu não gosto de parecer que eu estou rejeitando ou né eu não uso. Eu seria muito hipócrita da minha parte criticar tudo que a gente faz. Gente, eu uso muito Manos, eu uso muito Chat, ept, eu uso muitas ferramentas que a gente tem onde é o nosso dispor. Acho que não é uma questão de fazer aqui um papel de ludita, aqui. A questão é que essas ferramentas estão sendo lançadas e desenvolvidas com muita rapidez e muito mais rápido do que a legislação vai conseguir acompanhar. Então, assim, pronto, o nano banana surgiu. Não tem nada que impeça que as pessoas façam, que não gerem deepfakes hoje, hoje, entendeu. Então acho que esse que é o medo A gente não tem ainda os guardrails, a gente não tem os limites né pra que isso seja usado para o bem. Então, assim, da mesma forma, como a gente aqui tá falando, teve gente que postou um monte de foto já usando o Nando Banana online, fotos inofensivas né fotos engraçadas e tal, pra mostrar que pegou a tecnologia bem no início. Olha como eu sou antenado e tal, só que tem um monte de gente que vai usar isso pro mal. Então eu acho que esse é o grande, a grande mensagem aqui né Cuidado, né Pensa isso na mão dos jovens.
Speaker 1:A gente sabe o quanto hoje dessa questão de saúde mental que a gente falou dos jovens, se deriva de crimes de internet, de jovens em escolas que manipulam imagens de meninas, de meninos e viralizam essas fotos na escola e isso acaba com a vida de um jovem. Então, assim tudo isso é muito perigoso. Então a gente tem que olhar com muito senso crítico. não é não usar, mas é ter senso crítico e ter letramento. Quer dizer, quando o assunto do banana surgir numa mesa, gente, se você ouve o duplo clique traz esse ponto de vista. Sabe, pensa assim. Gente, tá, mas pensa o quanto a gente vai usar isso pro mal. Então eu acho que são essas reflexões que a gente precisa ter nesse mundo acelerado que a gente vive. Né, não é não usar, e sim usar com parcimônia, usar com conhecimento, usar com responsabilidade, é isso.
Speaker 2:E comentário final porque você precisa ir para o aeroporto. Né gata Precisa, é verdade, mas eu acho que a ideia, a gente sempre soube que a tecnologia iria andar mais rápido do que a nossa capacidade como sociedade de regulamentá-la, mas está sendo muito mais rápido do que a gente imaginava. Então eu acho que essa é a questão A gente sempre soube, mas está sendo mais rápido ainda. Então eu acho que essa é a principal reflexão aqui. E último comentário, é que você estava falando muito de jovens. Uma outra coisa que a gente conversa em casa sempre é ensinar. Eu tenho duas filhas adolescentes. Né Ensinar o que é o que você pode fazer, o que você não pode. Assim, você receber uma foto que é um nude de alguém e mandar para frente, nem que seja para um amigo, para falar nossa, olha que loucura, o que fizeram é crime. Né, então quer dizer, tem todo um novo mundo também que se abre, né Néa.
Speaker 2:Mas até esse lance assim precisam saber de tudo isso, precisam assim, cara, não é que assim não é uma questão moral ou não não é uma. E de repente você tá até fazendo alguma coisa na boa vontade ou não recebeu deleta, avisa o pai e a mãe na hora entendeu Assim é realmente. Né tem, o mundo tá mudando e tem muita coisa que a gente também precisa estar atualizado, até como pais, pra proteger, né além dos valores óbvios que a gente tem que passar.
Speaker 1:Vai pro rotorto, meu amor, vou lá, gente. Semana que vem a gente vai tentar dar um jeito pra conseguir acomodar. Agora eu vou passar duas semanas fora. A gente vai dando notícias aqui pra vocês. Obrigada, gente, um beijo, querida. Boa viagem.
Speaker 2:Obrigada pessoal Tchau, tchau.