Duplo Clique

#36 Metanol, Paz em Gaza, TikTok da OpenAI e Príncipe William

Andrea Janer e Fernanda Belfort

Send us a text

Um alerta sanitário mudou nossas conversas no bar e no mercado: metanol expõe uma rede antiga de falsificação, contrabando e revenda de garrafas que muita gente preferia ignorar. A partir de histórias reais e dados da indústria, destrinchamos por que destilados incolores são alvos fáceis, como “cabeças, coração e caudas” funcionam na destilação e quais sintomas exigem ida imediata ao hospital. Também falamos de caminhos mais seguros de compra — do DTC de grandes marcas às latinhas e ao chope — e de como esse choque pode empurrar o sober curious para o centro: Dry January, Sober October, mocktails bem-feitos, no/low alcohol e até spirits sem álcool com adaptógenos ganham espaço.

Na tecnologia, a OpenAI avança com o Sora 2 e lança um app social onde tudo é gerado por IA, com verificação de rosto/voz, tokens de permissão e feed criativo. É um salto para o jogo de atenção que abre dilemas de ética, autoria e direitos — um terreno onde “só porque podemos não significa que devemos” precisa virar hábito. E, para respirar, olhamos a comunicação da realeza: a rara entrevista do príncipe William, toda milimetricamente construída para combinar tradição, vulnerabilidade e mudança, mostra como símbolos ainda moldam a conversa pública.


- Acompanhe mais com a gente:

Oxygen Club - Andrea Janér

Tribo de Marketing - Fernanda Belfort

"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."

Speaker 1:

Olá, eu sou a Andréa Janer, eu sou a Fernanda Belfort, e esse é o Duplo Clique gravando em mais um Domingão de Manhã né Fê.

Speaker 2:

Com certeza Bé tá sendo isso né finais de semana, mas tudo bem. Vocês veem que a gente ama muito vocês né que a gente passa o Domingão de Manhã fazendo isso, né Bé, é muito bom, já virou tradição. Acho que pouco a gente passa o domingo de manhã fazendo isso, é muito bom, Mas nesse domingo acho que pouca gente vai estar de ressaca com tudo que está acontecendo com o metanol nessa cidade Pois é Como será, que foi a balada na sexta e no sábado, principalmente em São Paulo.

Speaker 1:

A gente sabe que esse problema do metanol está no Brasil inteiro, mas muito concentrado aqui em São Paulo. Você deu uma volta você saiu O que você viu por aí na rua eu ouvi dizer que os bares estavam cheios.

Speaker 2:

É o que na verdade? não assim, só fui na casa de amigos, mas o que eu tenho ouvido por aí, até dos amigos que trabalham na indústria de bebidas e tudo, é que é difícil medir muito rápido o que acontece, porque como tem essa cadeia toda, né De você vende, vende pros supermercados, pros bares, você pede esse produto girar pra ter os novos pedidos. Não é tão fácil sentir isso, que consegue sentir um pouco mais quando são grandes vendas de eventos, coisas assim. Né O que parece que tá acontecendo no mercado de cerveja foi um crescimento de shopping, porque daí né Você vai, porque daí você vai no lugar tomar chopp. Então isso acabou sendo uma alternativa e o que eu tô ouvindo de amigos e tudo é esse cuidado de primeiro tentar entender que bebida tá tomando.

Speaker 2:

Então eu ouvi muita gente falando ah, toma cerveja, toma vinho, não toma cerveja, mas toma cerveja em lata porque é mais difícil de fazer alguma coisa do que garrafa. Então tem algumas coisas assim. Tem gente falando puxa, vamos comprar ready to drink, que é o jeito que a indústria chama essas bebidas que já vêm prontas, então bebidas que são realmente ali coquetéis e coisas assim, bebidas que teriam sido feitas por um barman num restaurante, num bar, mas que no fundo já vêm prontas ali numa lata ou alguma coisa para você tomar. Mas acho que virou realmente uma preocupação muito grande de todos, né.

Speaker 1:

É, eu fico pensando nessa garotada que eu não sei o quanto que gosta de transgredir e de muitas vezes se rebelar contra as coisas. Né Me preocupa muito, assim como os jovens vão reagir a isso. Né, porque enfim, é uma roleta russa mesmo né, e a gente ficou né Todo mundo conversando sobre todo esse caminho que a bebida faz, né O quanto Tem mil teorias da conspiração se o PCC tá por trás disso, se é o metanol que sobrou dos postos. Tem a história do metanol que era usado para higienizar as garrafas e que poderia ter sobrado uma quantidade suficiente para enfim causar alguma intoxicação. Mas assim foi engraçado que eu estava conversando com os meus filhos e eles assim. Mas qual é o economics do negócio? Como é que funciona? Quem?

Speaker 2:

tá ganhando.

Speaker 1:

Porque o PCC não ganha fazendo isso, né Porque pra eles é pior, Porque acaba que é o consumidor deles que tá que agora vai ficar, vai prejudicar o negócio deles, né Enfim. mas essa história da adulteração, da falsificação, ela não é tão recente, assim claro que agora aconteceu de uma forma Nem um pouco recente né Dé.

Speaker 1:

Aconteceu de uma forma muito intensa, né muita gente ao mesmo tempo, mas assim o uísque paraguaio. Né a falsificação de bebidas servidas em festas e grandes eventos acontece há muitos anos. Né eu me lembro de uma festa que eu fui quando eu morava no Rio, que uma pessoa que tava na É uma festa grande, assim daqueles festões. Assim a pessoa entrou na cozinha do apartamento, acabou indo na lavanderia inadvertidamente e tal, e viu uma pessoa colocando champanhe genérica, digamos assim, numa garrafa de vevo-c clicô com funil. A champanhe que circulava no salão era vevo clicô, mas a gente não tava bebendo vevo clicô.

Speaker 2:

Então assim isso isso na casa de uma pessoa que vergonha e depois eu comentei essa história várias vezes.

Speaker 1:

Eu comentei essa história várias vezes porque eu fiquei muito chocada. Mas muita gente falou o quê. Isso acontece direto em casamentos grandes. Ah, ideia mas você não faz isso na sua casa.

Speaker 2:

Então Não, eu não acho normal. Eu sou aquela pessoa que acha que está bebendo o que está ali naquela garrafa, Claro gente.

Speaker 2:

Mas você sabe que eu estava batendo papo também com algumas pessoas, amigos que trabalham na indústria, tudo, e eles estavam contando que tem isso, de que a cadeia toda de venda e tal é muito complexa. Você não consegue garantir que as empresas estão comprando distribuidores idôneos e tudo. Coca-cola, ambev tem um sistema de distribuição que tem uma capilaridade no sistema oficial que chega em muitos lugares. A maior parte da indústria não depende muito dessas adegas, desses distribuidores de bebida, dessas coisas todas, e o que acontece é que assim é muito caro você fazer uma garrafa igual a garrafa da bebida, mas o que acontece é que os bares, a galera de eventos, eles vendem as garrafas vazias para aspas, reciclagem, entendeu. Então as pessoas pagam sei lá 5, 10, 15 reais, dependendo da garrafa, para pegar as garrafas, né Às vezes até o funcionário, alguma coisa assim. E aí essas garrafas que são usadas pelos falsificadores para encher com uma outra bebida, né Provavelmente tem uma falsificação ali do lacre de uma coisa ou outra, mas coisas que são mais fáceis de serem falsificadas do que uma garrafa efetivamente e que isso alimenta. E eu cheguei a ler em algumas. É difícil até você saber quantas são falsificadas, porque como você mensura isso, mas eu li informações em veículos confiáveis de mídia falando em números como em torno de 30% Poderiam ser de bebidas falsificadas.

Speaker 2:

Que ideia É muita coisa, é muita coisa E que a indústria precisaria ter uma forma de ter uma engenharia reversa. Tem gente que fala puxa, você precisa quebrar a garrafa, depois Precisa pelo menos quebrar o gargalo da garrafa. Então, como que você faz isso? Eu acho que assim bom, quem pode potencialmente ganhar? e gente, eu não acredito que isso esteja sendo feito por nenhuma indústria de bebida, que eu só fiquei super clara.

Speaker 2:

Mas se acabar ou diminuir muito este mercado de bebidas falsificadas, bebidas que são realmente não tem procedência original, o mercado de bebidas oficial tende a crescer. E aí aquela coisa, como é que eu sei o que eu vou comprar? Eu tenho um monte de amigo falando nossa, a gente vai fazer festa de final de ano do escritório. O que a gente faz Tem uma parte que a indústria chama de Direct to Consumer, dtc, dtc, que é esse negócio da própria, por exemplo, de ágil, da própria Ambev, da Absolut, das empresas venderem nos seus sites oficiais, nas suas empresas oficiais, direto para o consumidor. Isso em princípio seria uma forma, porque eu não acredito ficarei chocada se eu descobrir que o que está acontecendo, de contaminação está saindo de fábricas de empresas grandes que têm processos de produção confiáveis. Eu acho que isso está acontecendo ao longo dessa cadeia ou nessa falsificação, então talvez seja uma forma mais segura eu acho que em algum elo da cadeia, porque desde sempre isso aconteceu.

Speaker 1:

Eu lembro que quando eu enfim eu era mais moça, tinha uma piada que chamava o Johnny Walker de Juanito Camineiro. Tipo isso aí é Johnny Walker ou é Juanito Camineiro?

Speaker 2:

é do.

Speaker 1:

Paraguai, enfim, é uma história séria.

Speaker 2:

Eu não quero ficar fazendo só piadinha aqui gente, mas é que a gente trata com leveza tudo né gente, então assim ninguém se sinta ofendida, mas é óbvio que é sério o que eu acho que a gente precisa pôr a mão na consciência também pra todo mercado existe, tem que existir uma demanda para ele existir.

Speaker 1:

Então, assim eu acho que a gente também tem que reconhecer que tem muita gente vendendo bebida pelo WhatsApp. Ah, não, porque a garrafa da Absolut que custa sei lá 200 reais, 250 reais. No supermercado tem um cara que eu conheço que traz Absolut por 90.

Speaker 2:

Ah, eu tenho um distribuidor incrível. Vou te passar o contato. O cara consegue não sei o que por não sei que preço E a pessoa se acha nossa, eu tô fazendo um puta negócio, porque eu achei, Se parar pra pensar, no fim acaba entendendo que é contrabando. Porque o cara só tá conseguindo fazer isso, porque tá sonegando imposto. Mas ninguém acha que tá comprando bebida autoesperada. Mas todo mundo acha que tá fazendo um ótimo negócio. Né Conseguiu uma oferta aqui incrível e é isso, não pode mais comprar bebida, né Eu falei meu Deus do céu eu só fui comprar bebida tipo sei lá, no Santa Luzia sabe aquela coisa Em quem eu posso confiar para comprar.

Speaker 1:

Eu acho que quando a gente fala de falsificação, quando a gente fala de contrabando, de mercado paralelo, a gente sempre tem que lembrar que existe muita gente que está aí criticando, falando nossa, que horror essa história da falsificação, mas assim é parte do sistema. Eu acho que um dos exemplos disso é quando as pessoas da classe alta reclamam. Por exemplo, muita gente reclama do ah, porque roubo de Rolex? você não pode usar Rolex em São Paulo. Mas vem cá e o mercado de Rolex de segunda mão, né Muita gente ali tá comprando, consciente de que aquele Rolex ali foi roubado de alguém, né Então?

Speaker 2:

eu acho que a gente sempre tem aquele Rolex ali foi roubado de alguém, né O lance de relógio tem uma coisa de que né se você compra um relógio, né que é um second hand aí, né um relógio usado você precisa comprar e ele precisa ter a caixa e o certificado Se ele não tem caixa e certificado.

Speaker 2:

Né provavelmente alguma coisa aconteceu Aí. Claro tem o risco de falsificarem. Tem o risco, mas já diminui muito. Mas eu concordo totalmente com você, acho que tem aí também uma consciência, mas tem esse lado doido que é né E daí também para quem é mais desse mercado, além dessas nomenclaturas que eu falei, tem uma forma que o mercado de bebida chama, que é o on-trade e o off-trade. O on-trade é como você consome no local, para o consumo imediato São os bares, são os restaurantes, tudo isso. O off-trade é quando você compra no supermercado, você compra numa adega para consumir num outro momento, consumir em casa. Esse on-trade é difícil também porque daí, cara, não é você que tá comprando, você tá acreditando na idoneidade daquilo né. Eu tenho um amigo que foi jantar num restaurante conhecido em São Paulo, né, e foi pedir um drink, não sei o quê, e o garçom pegou, serviu um pouco pra ele. Serviu e tomou, falou.

Speaker 1:

Olha, a gente confia na procedência E a gente morreu de rir.

Speaker 2:

Primeiro a gente falou meu, esse garoto é brilhante, incrível. Segundo, a gente falou gente, talvez ele vire, e fale cara, eu sempre quis tomar um gole dessas bebidas bombas e agora eu posso. Entendeu, mas tem um lado que você fala meu Deus vai dar. Eu tava no almoço com os advogados, todos eles falaram meu Deus do céu, o cara vai virar um alcoóisso, tudo. Né Aí, os amigos, assim não fulana, você que não bebe, você tem bebida em casa que deve estar aberta há um mega tempo. Cara, me passa só uma garrafa que eu te dou nova. Você entendeu, porque assim a bebida aberta que o pessoal já bebeu e não passou mal tá valendo mais. Começam mil coisas, né De como que você consegue efetivamente continuar tendo essa experiência. A contaminação permanece por anos. Então também isso não é um fantasma que vai acabar depois de amanhã, porque não é uma coisa assim. Ah cara, tudo bem, meio que vence ali a parte tóxica num determinado período. A gente vai ter que conviver com isso, com esse fantasma, por um bom tempo, né?

Speaker 1:

É, e eu acho que duas coisas, assim que eu acho que também duas reflexões que eu tiro daqui, teve essa especulação se o PCC estaria por trás disso. Fizeram um link com a história do álcool, do combustível adulterado que estourou aí também um mês e meio atrás, dois meses atrás, e eu só queria trazer um dado aqui para os nossos ouvintes que hoje o PCC ganha mais dinheiro com outras coisas do que com drogas. Tem dados aqui de uma matéria do Globo que saiu em fevereiro desse ano, mostrando que a comercialização ilegal anual de combustíveis é de 13 bilhões de litros. Em segundo lugar vem bebidas contrabandeadas e falsificadas, que representam 38,8% da receita do PCC.

Speaker 2:

Então é um mercadão. Quer dizer ele?

Speaker 1:

está recinto, o próprio negócio dele né Exato.

Speaker 1:

Então possivelmente não foi isso, mas é só para a gente ficar atento para ver realmente o quão grande é esse business aqui no Brasil Ou seja. A gente já está falando de uma coisa que agora ficou aguda, mas já é um problema crônico que a gente lida há bastante tempo. E a segunda reflexão que eu queria trazer é sobre. A gente falou disso rapidamente. Eu acho que uns dois ou três duplos cliques atrás Fê sobre a queda no consumo de álcool por várias faixas etárias, principalmente entre os jovens. Os jovens de hoje bebem bem menos do que as gerações anteriores, do que a sua geração em épocas anteriores E o quanto que isso talvez não vai impactar também esse mercado. Eu lembro que existem duas campanhas muito grandes, globais para incentivar a redução do consumo de álcool, que é o Dry January, que aconteceu pela primeira vez acho que uns 20 anos atrás no Reino Unido e de lá para cá. É uma campanha que já chegou nos Estados Unidos também e de uma forma tímida até tem uma certa penetração aqui no Brasil. Mas se tornou um mês muito grande, inclusive pela indústria de bebidas alcoólicas, porque é durante o Dry January que eles lançam suas versões Low Alcohol e No Alcohol. Então eles aproveitam esse barulho, esse momento que está todo mundo tentando se salvar aí dos estragos do Natal e do Ano Novo.

Speaker 1:

Porque é Dry January? justamente para combater os excessos do final de ano na Europa E para eles, como janeiro, é um mês frio, é um mês que as pessoas não tiram férias, diferentemente do nosso mês de janeiro aqui no Hemisfério Sul, né Pra eles é o mês mais fácil de zerar o consumo de álcool. Então é Dry January que as pessoas realmente param de beber e ficam 30 dias sem beber. E isso é interessante porque muita gente experimenta um estilo de vida sem álcool, né Que eles chamam de Sober Curiosity, né Ou Sober Curious, que eles chamam de sober curiosity ou sober curious, que é um estilo de vida curioso para entender como é Experimentar uma vida mais sóbria.

Speaker 1:

Porque tem muita gente que corta totalmente o álcool, mas tem gente que experimenta beber, por exemplo, só sábado ou só sexta, ou beber menos cada vez que sai. Então é um convite para que as pessoas experimentem mesmo o estilo de vida com menos álcool ou sem álcool, e muita gente segue esse estilo de vida. depois Tem pessoas que experimentam e descobrem que é plenamente possível viver sem, é plenamente possível se divertir, continuar socializando com as pessoas sem necessariamente envolver o álcool na equação. Então isso tem afetado muito o setor de bebidas alcoólicas. Elas também aproveitaram esse momento para investir em linhas de bebidas sem álcool. Então hoje, por exemplo, você pega uma Heineken Heineken 00. hoje, que foi quase um hedge que a Heineken fez, acabou se tornando um produto de extremo sucesso no portfólio deles, né?

Speaker 2:

E até ampliando a ocasião de consumo, né Você pode tomar uma cerveja se ela for sem álcool no almoço na terça-feira e depois é pro trabalho porque não tem álcool na cerveja né.

Speaker 1:

Então Total, nos Estados Unidos você tem Athletic Brewery, que é cerveja focada em atletas, por exemplo, ou em esportistas, vamos dizer assim, que é focada nesse público que quer aquele momento de relaxamento, de união com os amigos, mas não quer beber porque está treinando ou vai fazer uma prova. Tem muito esses perfis hoje em dia que estão experimentando com esse estilo de vida sem álcool, mas também uma preocupação maior com saúde, que está crescendo em todas as faixas etárias. Então, assim, pessoas hoje ligando muito a questão do envelhecimento, da longevidade a um consumo menor de álcool, e aí vem, acontece um fenômeno como esse, esse episódio aí do metanol no Brasil. Eu me pergunto, e acho que ainda é cedo para saber, obviamente, mas o quanto que isso vai impulsionar uma grande parte da população que vai experimentar não beber álcool durante sei lá um mês, dois meses, até a poeira baixar, por exemplo, e até pelo menos entender o que está acontecendo.

Speaker 2:

Né Que até agora ninguém nem entendeu o que está acontecendo. Né Exato, eu concordo. Né Você até brincou. Né Que vai ter o Sober October. Exato, porque esse é o segundo mês.

Speaker 1:

O primeiro mês de maior incidência dessa Sober Curiosity é o Dry January e o segundo mês que também passa por várias campanhas como essa é o Sober October eu não sabia que já existia.

Speaker 2:

Achei que você tinha sentado e brincado. Desse negócio Sober.

Speaker 1:

October existe, é uma thing. Se a gente colocar agora no Google, vai ter várias notícias sobre. Sober October. Pra nós no Brasil o Sober October é mais fácil de fazer do que o de vai-de-anuel. Porque o outubro é um mês meio, sei lá, meio médio É mais bom, né Exato, não é feira, não é nada.

Speaker 2:

Mas o janeiro para o Mistério Norte é incrível porque é depois das festas do final de ano, come mais não sei o que bebe, porque tem milhões de encontros e tudo. Então ele é perfeito. Né, Além de ser inverno, não sei aquela coisa, assim. Então eu concordo 100% E eu acho que o trabalho mais fácil também às vezes no verão, o verão é mais fácil, você acorda cedo, você faz esporte, você um monte de coisa. No inverno você não tá bebendo. E ele trouxe sei lá um espumante sem álcool E aí a gente tomou o Heineken Zero que eu tenho na geladeira. Depois tomou E assim no fundo cumpre o papel social, que é isso, né Essa coisa do papel social, uma bebida e tal, ele cumpre. E você não precisa se preocupar se você vai dormir bem ou não, você não precisa se preocupar com um monte de coisa porque você não tem no álcool.

Speaker 1:

Você sabe que é interessante Porque tem. Eu acho que o Brasil ainda é muito carente de opções legais de drinks sem álcool, o que nos Estados Unidos é chamado de mocktail né Porque eles brincam de cocktail pra mocktail, porque mock é fingir né.

Speaker 2:

Brincar. É tipo mockup, mockup. Né Que a gente fala a portuguesa do mockup, né Você vai fazer um produto, vai lançar, vamos ver como que o produto vai ser antes, né Você faz um mockup.

Speaker 1:

Exato. Então tem vários restaurantes, vários hotéis, vários bares que tem uma carta de mocktails E eles são muito sofisticados. Não é aquela coisa meio infantilizada que às vezes a gente vê no Brasil, que bota um guarda-chuvinha, faz um negócio vermelho, põe uma cereja. Não são drinks preparados com.

Speaker 2:

E que parecem socialmente um drink com álcool.

Speaker 1:

Né Ninguém vira e fala isso é que tá bebendo, né Textura, aspecto, cheiro, tudo como se fosse uma spirit né Uma bebida alcoólica. E ela, a proposta, era justamente substituir o drink que você tomaria, o drink alcoólico que você tomaria num happy hour ou num jantar, para cumprir a função social de você ter alguma coisa na mão, de você estar ali usando as mãos de uma forma. Você está pedindo uma água com gás, gelo e limão. Você está realmente se sentindo parte da cena social. E o que eu acho interessante é que depois eles foram comprados pela Diageo. Então essas marcas realmente estão investindo em aumentar o seu portfólio de drinks não alcoólicos e a gente vai ver. Espero mais disso no Brasil, porque eu acho que o Brasil ainda está um pouco atrasado aí nesse tema. E uma coisa que eu acho interessante também é que acabou de sair no Brasil.

Speaker 1:

Lançaram no Brasil uma bebida ou também um spirit desse tipo que eu estava contando aí, chamado Lúcia, não sei como pronuncia, mas qual é a sacada? Ele não está só cumprindo o papel social de ter algo para você segurar na mão, para você se sentir tomando um drink. Ele contém adaptógenos, ou seja, ele contém substâncias que promoveriam algum tipo de relaxamento, que no fundo é o motivo pelo qual muita gente bebe, não é só para você ter ali um álbum na mão para você circular e tal. Você realmente está em busca daquela sensação que uma champanhe dessa que o seu amigo levou, um espumante sem álcool, não vai entregar. Ela só tem o papel realmente de ele ter um copo de champanhe dessa que seu amigo levou, espumante sem álcool, não vai entregar. Ela só tem o papel realmente de ele ter um copo de champanhe na mão enquanto os outros também estão tomando, né Só pra ele se sentir pertencendo ali àquele ambiente. Mas em geral essas bebidas não entregam o relaxamento que é buscado, né Muitas vezes em um drink.

Speaker 1:

E essa nova geração de bebidas sem álcool. Elas podem eventualmente chegar lá e entregar algum tipo de substância que gere pelo menos essa sensação que as pessoas estão buscando.

Speaker 2:

Então perfeito. Acho que tem tudo isso. Sempre uma delícia falar desse assunto com você, que você traz várias tendências e coisas, e acho que ainda estamos num momento em que ninguém entendeu muito bem porque isso está acontecendo agora. qual é a quantidade se fosse um lote de uma, realmente uma dessas empresas, totalmente contaminado? a gente já tem muito mais casos e o que eu estou ouvindo de hipóteses e deixando claro que tudo isso ainda está sendo investigado, mas assim tem essa hipótese do PCC que a Andrea falou também tudo indica que não está relacionado. Tem essa hipótese de que os falsificadores usam metanol para higienizar garrafas legítimas recicladas, garrafa legítima reciclada, aquele esquema que eu falei para vocês. E aí não é que a indústria está fazendo isso, a indústria oficial, são os falsificadores. E existe também uma hipótese de que durante o processo de destilar a bebida o metanol esteja sendo gerado. E aí eu comecei a dar uma estudada nisso também, porque eu comecei a ficar curiosa De falar cara, mas o que é? Como que o metanol pode surgir. Eu estou ouvindo pouca coisa na mídia levando em consideração essa hipótese. Então não sei se é, mas do ponto de vista aqui, né Deia do nosso conhecimento, já que somos nerds, né do conhecimento químico, mas o contexto que tem é que durante o processo de fermentação as leveduras transformam os açúcares em etanol e CO2. Mas quando tem uma matéria-prima, quando a matéria-prima tem pectina que é o que tem fruta, bagaço, casca, cereais mal processados o processo também libera metanol em pequenas quantidades. Então numa destilação artesanal ou mal controlada ele pode se concentrar perigosamente e tem uma parte da destilação onde geralmente o metanol está que as empresas descartam justamente por segurança e tudo. Então eles chamam, porque eu estava conversando, vendo aqui os resumos, buscando, e estava lendo não tem que desconsiderar as cabeças, gente, o que é cabeça E cabeça é essa fração inicial da destilação. Então o metanol ele evapora primeiro. Ele evapora a 64,7 graus antes do etanol que ferve a 78,4. Então o que acontece, a primeira coisa que começa a formar ali na destilação é a parte que é a cabeça, que é a fração inicial da destilação, que os produtores descartam. Eles não usam essa parte na bebida. Aí, eles usam o quê? Eles usam o que eles chamam de coração, que é o meio da destilação, que é a parte que tem o reaproveitamento ali, que é o meio da destilação, que é a parte que tem o reaproveitamento, que é o meio da destilação, é o que realmente tem a parte que vai depois ficar na bebida e eles também não usam o que eles chamam de cauda, que é o final do processo. Então toda a parte que a cabeça pode ser altamente tóxica por isso que ela não está a cauda, é a parte que tem impureza, que potencialmente pode ter um mau sabor, que eles também tiram E o que eles falam.

Speaker 2:

Muita gente fala tome cuidado, principalmente com bebidas transparentes, e eu falo assim mesmo Nos casos os relatos são de que também envolveu uísque, pelo que eu li nas notícias, mas eu também fui investigar isso Mas whisky, pelo que eu li nas notícias, mas eu também fui investigar isso. Mas o que tem de diferente na bebida transparente E o que eles falam é que vodka, vinho, cachaça branca, tequila, esses destilados que são incolores, eles acabam sendo mais vulneráveis porque eles não têm cor, têm um sabor mais neutro que é mais fácil de falsificar. Você consegue fazer um produto que engana os consumidores de uma forma mais fácil, enquanto as bebidas que são envelhecidas whisky, rum, cachaça amarela elas passam por barris que também reduzem esses compostos voláteis. Então tem várias coisas aí que levam a ter uma preocupação maior, o que leva a gente mais uma vez né Bea, a tomar cuidado Porque assim tudo bem que meu coisas graves.

Speaker 2:

Quando a gente fala de alimentos e bebidas pode ter problemas não só de toxicidade do processo, mas de contaminação de um monte de coisa em N momentos. Mas bebida alcoólica também tem isto E é importante você sim, consumir coisas que você sabe a procedência não é pra comprar mais barata, não é. Então acho que vem um pouco disso que era uma percepção que a gente não tinha. A gente tinha muito uma percepção de que uma garrafa fechada de uma bebida, a gente tem uma percepção de que aquilo é álcool, então ele não estraga. É algo que é mais de alguma forma seguro do ponto de vista de não estar estragado. E acho que tem um novo medo. Foi desbloqueado em todo o mundo, né por esse caso, todo que aconteceu.

Speaker 1:

E, como você falou bem no começo, não se sabe até quando ele vai durar, né a gente não sabe por quanto tempo essas bebidas vão circular. Eu acho que é mais provável que exista um teste mais eficaz do que o do garçom lá do restaurante que seu amigo foi, que tipo o garçom bebe antes pra poder provar que aquela bebida é de boa procedência. Provavelmente vai surgir alguma coisa aí que enfim que as pessoas possam usar pra poder ter certeza e voltarem a consumir, porque eu acho que esse medo vai permanecer por um bom tempo E com certeza vai aparecer, né gente.

Speaker 2:

Vamos pensar no Covid não tinha nada, de repente tinha teste, tinha teste de farmácia, tinha um monte de coisa. Então eu acho que vai aparecer. Já existe protocolo do que fazer nesses casos. Isso acho que é uma coisa interessante. Uma outra curiosidade é que o metanol não é o problema. O problema ele é um produto que tem uma toxicidade relativamente baixa. O problema é que o corpo humano transforma esse metanol em formaldeído. Olha a pessoa, né Formaldeído. A gente. Pessoa, né Formaldeído. A gente precisa agora fazer essa quebra, como é que chama Quebra-língua, né Formaldeído e ácido fórmico E essas substâncias que são supertóxicas para o sistema nervoso central e para o nervo óptico. Por isso que também tem esse tema de cegueira. Essa cegueira é irreversível e essa intoxicação, ela acontece com quantidades pequenas. Então assim 10 ml de metanol já são suficientes para intoxicar uma pessoa, dependendo do tamanho e de coisas. Assim então é algo problemático, mas tem também os antídotos. Parte da minha família é médica, já está na. É algo problemático, mas tem também os antídotos. Né assim, parte da minha família é médica, já tá na comunidade médica, circulando um monte de coisa nos hospitais, das coisas de quais são os procedimentos, o que você tem que fazer, quanto antes você chegar no hospital pra ser tratado. E parte do tratamento são coisas como etanol farmacêutico né o Ministério da Saúde já está comprando um monte E aí tem aquelas recomendações. Tem que estar no Ministério da Saúde para realmente quem precisa usar. Acho que a gente fala muito dessas coisas no Covid. Não adianta ficar todo mundo querendo conseguir um para ter em casa, porque daí não tem para quem realmente precisa. E o que eles indicam que você deve, o que você deve observar para ter a suspeita de que você tem eventualmente um caso de metanóide, que você deve procurar médico, hospital imediatamente. O que torna o caso de intoxicação suspeita são sintomas compatíveis de embriaguez acompanhados de desconforto gástrico ou quadro de gastrite, manifestações visuais, incluindo visão curva, borrada e alterações ali na acuidade visual. E aí, se o caso é confirmado, aí tem todos os protocolos do que devem ser feitos. Mas quanto antes for tratado, maior a chance dessa pessoa conseguir reverter e se tratar.

Speaker 2:

Então acho que assim, coisas que vão nos acalmar um pouco, é que a sociedade agora vai se mobilizar. Está todo mundo por um lado tomando cuidado. Acho que todo mundo vai tomar mais cuidado com a procedência não só do que está bebendo, mas do que está servindo para os outros, sejam os estabelecimentos sérios, sejam os amigos que acham normal pegar a bebida barata, enfiar na garrafa da bebida cara e servir para os coleguinhas na sala, e tudo isso. E também acho que tem um mercado, mercado novo está nascendo e tem dinheiro aí, dinheiro de ter tratamento, os testes, todos imagina que daqui a pouco a gente vai fazer.

Speaker 2:

Você sabe que no almoço ontem eu estava ouvindo que tinha uma ideia nos Estados Unidos para Boa Noite Cinderela, mas foi um negócio que o FDA não aprovou. Provavelmente devia ter alguma coisa, assim que era um esmalte que você colocava na bebida, mudava a cor. Então quer dizer também vai procurando coisas e formas. A gente vai ter que começar a ter formas de entender e identificar se aquela bebida tem algum risco ou não. E realmente todo mundo vai ter que tomar mais cuidado. Eu acho que mulheres já tomam cuidado de muitas formas com as bebidas que bebem, dependendo do ambiente, que estão. Por esse lance de Boa Noite Cinderela, então é aquela coisa. Né Só pega uma bebida que vem de você, abre, você faz não sei o quê. Eu acho que isso vai passar a acontecer com muita gente. Ótimo paralelo.

Speaker 1:

isso aí Muito bom. E qual o nosso próximo tema aqui Fê, Vamos falar de paz, Vamos.

Speaker 2:

Acho que a gente merece, né É aí.

Speaker 1:

Acho que estamos prestes aí a um acordo histórico pra terminar a guerra em Gaza. Será que agora vai.

Speaker 2:

Olha, gostaríamos que sim. Né Del. Acho que não é a primeira vez que falam que vai ter um acordo aliás em várias guerras. Né Ah, tem um acordo próximo. Putz não rolou. Então a gente tem que esperar pra ver se realmente a coisa vai pra frente ou não. Mas a gente está gravando.

Speaker 2:

Hoje é dia 5 de outubro. Daqui a dois dias vai completar dois anos do ataque que aconteceu. Até hoje existem reféns que estão sob o poder do Hamas e Trump, que quer ser Nobel da Paz, ele está ali intermediando esse acordo. O acordo tem vários pontos que ainda a gente precisa ver se vai acontecer. Tem uma matéria na The Economist interessante sobre isso. Mas o que ele fala? Ele fala que tem alguns pontos. Incluem um cessar-fogo imediato seguido pela libertação de todos os reféns israelenses, vivos ou mortos, em troca da libertação escalonada de centenas de prisioneiros palestinos, incluindo cerca de 250 condenados à prisão perpétua. Parece que ainda tem 48 reféns, dos quais 20 estariam vivos. E já não aconteceu esse cessar-fogo. Os ataques continuaram, os bombardeios israelenses nos dias 3 e 4 de outubro.

Speaker 2:

Então Israel está alegando que o Hamas ainda não formalizou a adesão total ao plano. Então isso já põe um pouco aí em xeque a credibilidade de se isso vai acontecer ou não. O segundo ponto é a retirada gradual das forças israelenses de Gaza, começando por uma linha inicial de retirada, mas mantendo uma buffer zone, uma zona de segurança ao longo da fronteira, a criação de uma autoridade de transição composta por tecnocratas palestinos independentes, sem o envolvimento direto do Hamas. Esse já é um dos pontos que o Hamas não aceitou. Então ele recusou a parte do desarmamento, que é um ponto, e recusou a perda de influência política em Gaza.

Speaker 2:

E isso tudo, acho que coloca também torna esse acordo um pouco mais difícil e condicionou os passos seguintes à discussão dos detalhes e às garantias de que Israel não retomará ataques após a libertação dos reféns. E ele também ignorou o trecho sobre essa desmilitarização e exclusão dos seus membros do futuro governo de Gaza, que é um dos pontos. Quem está fazendo o Trump está falando que existiria um conselho de paz que seria presidido por ele, com o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair como figura central da reconstrução e da diplomacia. E você estava me contando, né Dea, sobre o que está acontecendo do outro lado com o Tony Blair.

Speaker 1:

É porque eu acho super interessante, porque o Tony Blair foi primeiro-ministro britânico, ele foi muito popular, o governo dele foi muito bem avaliado e depois ele sofreu aí uma série de reveses e hoje ele não é uma figura muito popular no Reino Unido porque ele apoiou a invasão do Iraque na época do George Bush. Então ele não é uma figura tão unânime assim, mas por alguma razão ele permaneceu no holofote. Hoje ele é diretor de um think tank no Reino Unido, então ele é uma figura muito comum nos festivais, nos grandes festivais do mundo. Eu já assisti o Tony Blair umas quatro vezes mais ou menos, tanto no Web Summit de Lisboa quanto ele estava no STCW de Londres esse anoa quanto ele estava no SXSW de Londres esse ano, também a primeira edição do SXSW de Londres.

Speaker 2:

Eu nunca assisti ele. Eu estava pensando onde você está vendo ele, que eu não estou indo. Realmente, não fui nenhum desses dois. Quer dizer, fui em dois Web Summits de.

Speaker 1:

Lisboa deve ter sido antes. Então ele foi provavelmente uns três ou quatro Web Summits até agora e esse ano foi uma das figuras políticas que estiveram no South by Southwest de Londres.

Speaker 1:

Teve muitas figuras políticas lá e ele foi uma delas e ele é considerado um conselheiro, alguém que atua articulando acordos enfim internacionais de comércio enfim, e ele está sempre rondando um pouco essas negociações. Né, e agora ele foi o único nome citado pelo Trump nesse plano de pós-acordo, então isso chamou muita atenção. Né, porque ele seria aí uma autoridade que deveria agradar ali, gregos e troianos e liderar aí um pouco esse momento pós-acordo. Ele já estava envolvido de alguma forma com essas negociações. Em agosto desse ano ele visitou a Casa Branca para conversas sobre Gaza com o Jared Kushner, que é o genro do Trump, casado com a Ivanka, que é o genro do Trump casado com a Ivana Ivanka. Desculpa, e também esteve envolvido naquela discussão que chegou até ter uns vídeos que foram viralizados com a história da Trump Gaza.

Speaker 2:

Não sei se você lembra disso, que foram os vídeos feitos com inteligência artificial total mostrando um resort, um resort Gaza virrando um resort, um resort Gaza virando um resort tipo Dubai, uma coisa meio Dubai com muito ouro, aquela coisa bem super e que fizeram um vídeo por inteligência artificial meio ironizando tudo isso e o Trump postou não foi uma coisa assim. Acho que a gente até comentou isso no Duplo Clique passado na verdade ficou uma coisa meio.

Speaker 1:

Ficou meio em dúvida se aquilo era sério ou se era uma sátira, mas eu lembro que teve alguma.

Speaker 2:

No meu entendimento era uma sátira, mas eu lembro que teve um certo endosso ali. Era na época que ele ainda estava amiguinho da Alana Musk e tudo.

Speaker 1:

Sim, sim, pode ser que essa, o que eu acho que vai ser agora objeto de muita discussão é esse plano de reconstrução, porque o acordo, o cessar fogo, o fim da guerra, ele é só uma parte da história. O problema é o que vem depois quem vai governar aquela região, quem vai ocupar aquela região. Então acho que aí residem as principais, os principais pontos sensíveis e acho que isso que eles estão tentando articular agora, porque os palestinos não estão se vendo representados nesse planejamento aí pós acordo, eu acho que isso passa por essa discussão qual vai ser o papel do Tony Blair, qual vai ser o papel desse conselho internacional? o que a gente tem visto, que eu acho que é importante lembrar, é que de dois, três meses pra cá, a gente começou a ver muitas manifestações nas principais cidades do mundo, com muitas passeatas.

Speaker 1:

Hoje tem uma passeata grande acontecendo em Amsterdã, então já teve em Roma, já teve em Madrid, Ontem, se não me engano, estava acontecendo em Madrid, então já teve em Roma, já teve em Madrid ontem, se não me engano, estava acontecendo em Madrid. Então são várias capitais europeias se levantando contra esse genocídio né e pressionando todos os governos para que o acordo realmente aconteça de alguma forma né E a gente está chegando perto dessa data emblemática né dois anos de aniversário dessa guerra Eu acho que é um momento oportuno para conseguir costurar esse acordo. Vamos ver se o Trump vai conseguir finalmente cumprir a sua promessa de campanha, porque ele disse que ele ia terminar essa guerra no dia 1 do seu governo.

Speaker 2:

Perfeito, déa, e eu estava também lembrando, falando em guerra, em Trump teve um outro evento essa semana, que ele reuniu todos os generais com o Ministério da Guerra, que não é mais o Ministério da Defesa, e assim foi um teatro primeiro que, do ponto de vista de segurança, você tirar todos os. Foi um teatro Primeiro que, do ponto de vista de segurança, você tirar todos os coronéis ali, os generais, desculpa das suas posições e levar para um encontro. Não é exatamente a melhor coisa. O gasto disso tudo, então tudo isso tem, mas o que chamou muita atenção foi o discurso que aconteceu ali, o Pete Hetzet, que é o ministro da guerra, e ele começou a meio que ele começou a realmente linchar publicamente, humilhar os generais, falando que era um absurdo ver generais gordos nos corredores do Pentágono que era um absurdo.

Speaker 2:

Não sei o que lá que ele conseguia fazer, não sei quantas flexões e que tatatatatam. Então, assim, gente, você fala cara, que loucura. Né, porque assim é uma forma de você substituir o discurso e o debate do que devia estar acontecendo para focar em coisas que não são o foco. O general, ele não está entregando a performance dele através dos seus atributos físicos. É diferente de alguém que está na linha de frente. Aliás, você pode olhar o próprio Trump, que não é exatamente o exemplo de cuidado físico Exato. Então a gente tem que falar de competência, de caráter, de outras coisas, e tem essa normalização também de você gerar esse constrangimento, de você humilhar seus funcionários, servidores públicos ou o que for. Então, assim é tanta coisa junta, como diz já aquela brincadeira de tão batida que está, são tantas camadas, né, béa, meu Deus do céu.

Speaker 1:

Esse discurso foi analisado por muita gente como um dos piores exemplos de liderança já vistos, que é exatamente isso você usar um palanque ali pra enfim atacar a palanque ali para enfim atacar a autoestima das pessoas de uma forma absolutamente nociva, foi uma coisa muito tóxica. Ele também perdeu bastante tempo ali discutindo o que ele chama de cultura woke, que faz hoje em dia, que, segundo ele, domina ali as forças armadas e que estava encerrando naquele momento tudo que era politicamente correto no exército americano. Ele prometeu o fim de políticas de diversidade que classificou como uma falácia insana e anunciou novos testes de aptidão física por causa dos generais e almirantes gordos, e também falou que vai revisar todas as práticas internas de liderança tóxica, sendo ele uma. Mas enfim, isso não veio ao caso literalmente revisar as práticas de liderança tóxica.

Speaker 2:

Quer dizer isto não é mais tóxico, é bullying, isso não é mais para tirar o rosto.

Speaker 1:

Foi realmente incrível e todo mundo ficou muito chocado com esse discurso, porque quando ele convocou todos os generais, muita gente pensou em coisas muito sérias. Será que os Estados Unidos estão se preparando para atacar alguém? Será que a gente está de repente tendo que entrar num outro nível de defesa ou algo assim? Então assim ficaram, ou de ataque, já que é o Ministério da Guerra né Exato muitas especulações sobre o que teria levado o Pete Hagsway a fazer, a convocar essa reunião, e no fim foi uma reunião pra dar uma bronca neles e levar.

Speaker 2:

E ridicularizar e ridicularizar os militares frente a todo mundo porque assim foram publicados os vídeos. Né A única coisa que acontece ali, que obviamente não é uma coisa pública que vai pra mídia.

Speaker 1:

Claro, claro.

Speaker 2:

Então imagina o Simon Sinek. Eu queria ver uma análise do Simon Sinek sobre essa coisa de liderança. Realmente, assim isso pode ser usado nas aulas de como fazer tudo errado, entendeu, e não conseguir o objetivo que você tem durante muitos anos.

Speaker 1:

Mas acho que tem, e acho que é interessante também que, de fato, o Trump está reforçando o papel das forças armadas para uso doméstico, uma coisa que é bem polêmica também.

Speaker 2:

Exato, eu estava esquecendo disso. Ele virou e falou vocês vão treinar nas cidades Washington, o que ele falou com a próxima.

Speaker 1:

Chicago. Chicago, ou seja usar o exército de forma desnecessária. segundo a maioria dos especialistas, em cidades onde a polícia sempre deu conta, Não tem índices tão alarmantes de violência. Claro que são grandes cidades e como qualquer grande cidade sempre tem um grau considerável de violência, de insegurança, mas nada que justifique a entrada do exército Não tem nenhuma situação emergencial.

Speaker 2:

é de novo essa confusão aí de poderes e essas invasões de limites ali do que manda a democracia. Acho que tem muita coisa acontecendo E pra fechar o que faltou de assuntos importantes, já vamos pular pra tech. Acho que a gente já falou dos principais. acho que a gente pode falar um pouco de tech e pra segurar o pessoal até o final, no fim você comenta do príncipe William O que você acha.

Speaker 2:

Vamos falar rápido eu tô louca pra ver esse do Príncipe William que a Béa falou que vai contar e não me contou ainda também. Então tô esperando aqui pra contar, né. Mas falando um pouco de tech, eu acho que a principal notícia que foi interessante pra mim e pra Andrea pelo menos, essa semana, foi que a OpenAI lançou o Sora 2, que é um modelo novo de vídeo e de áudio, e junto com esse modelo eles lançaram um app. Então é um app como se fosse uma rede social, no sentido de que cada um tem o seu perfil, você pode seguir perfis de conhecidos E neste app você só publica as coisas que foram feitas por este modelo. Então tudo que vai existir nesse app são conteúdos feitos por inteligência artificial E você pode né.

Speaker 2:

Então eu, fernanda, posso ir lá né, eu subo, tenho o meu rosto, só, eu tenho o direito a fazer vídeos com o meu próprio rosto. Eu acho que se alguém faz alguma coisa comigo, eu tenho que aprovar. Eu não entendo ainda muito bem, mas tem uma segurança e um cuidado em relação a isso. Isso passa a ser uma página com as coisas que eu estou de alguma forma imaginando. Então tem aí uma toda uma parte da qualidade que esses vídeos chegam e o quanto e parte da apresentação foi um vídeo obviamente feito pelo Sora com o Sam Altman, feito pelo Sora falando apresentando. É super interessante, é super bem feito, realmente, a qualidade, a capacidade que ele tem esse modelo de já criar o vídeo com o áudio.

Speaker 2:

Então, além da consistência de você pensar que um vídeo são um conjunto de fotografias, né de imagens, e que tem que ter uma consistência em relação ao frame anterior você ainda colocar isso junto com o áudio de uma forma que tudo faça sentido. Né é incrível e realmente foi. Eu acho que algo que nos chamou muita atenção, né Dea, porque a OpenAI está entrando num mundo que é esse mundo de entretenimento, de mídia social, coloquemos desta forma. Eu acho que, por um lado, a gente tem a certeza de que tudo que existe neste app é imaginação. Isso me dá uma certa tranquilidade, de que não é, que a ficção está se misturando com a realidade, mas não torna menor o impacto e as conversas que isso gera. Então a gente pode ficar aqui falando do porquê que esse modelo é melhor tecnicamente ou não, mas acho que não é esse o ponto da conversa. O ponto da conversa é esse. Agora existe um app em que você consegue imaginar coisas, publicar para os seus amigos e meio que recomeçar um concorrente a um TikTok ou alguma coisa assim, baseado 100% em inteligência artificial.

Speaker 1:

Então eu acho que isso é um breakthrough.

Speaker 1:

Assim, acho que é uma nova era, porque até então a gente estava aqui preocupado em letrar as pessoas sobre o fato de que elas não vão poder acreditar em tudo que elas veem ouvem, assistem. Não vão poder acreditar em tudo que elas veem ouvem, assistem. A gente já sabia que isso estava acontecendo. As próprias redes sociais já estão inundadas de conteúdo feito por AI e muita gente já não consegue mais sentir a diferença Textos criados por chat, apt, fotos imaginadas no Mid Journey, e as coisas estão indo muito rápido, muito mais rápido do que a gente consegue processar. Então eu falei isso algumas vezes aqui no nosso podcast. Eu falei algumas vezes também nas minhas aulas da Oxygen uncharted territory. A gente está começando a entrar em um território nunca mapeado, nunca desbravado, e que a gente vai lidar com as consequências disso quando elas já estiverem acontecendo. Então eu sempre faço esse apelo para quem está nos ouvindo. Tem uma frase que eu queria muito que as pessoas pensassem daqui pra frente para quem está nos ouvindo. Tem uma frase que eu queria muito que as pessoas pensassem daqui para frente quem está nos ouvindo. É uma frase em inglês, mas eu vou traduzir em seguida, porque em inglês ela faz muito sentido e ela é quase um ditado, de tão repetida que ela é nos Estados Unidos. Que é Que é só porque a gente pode não significa que a gente deva. Can doesn't mean we should. Que é só porque a gente pode não significa que a gente deva. E isso se aplica a tantas coisas, gente a tantas coisas. Né Uma frase boa pra gente falar pra filho também. Né Não é só porque a gente pode que a gente deve fazer, e acho que pra inteligência artificial essa é uma frase que vai salvar a gente de muitas armadilhas. Né Então, por exemplo, essa é uma frase que vai salvar a gente de muitas armadilhas. Né Então, por exemplo, essa semana o Scott Galloway, que vocês sabem que a gente adora aqui, é um super guru nosso. Né posso falar por você também, né Fê por mim super, mas acho que por você também né Pode. Eu vou deixar tá, ele é uma referência e tal e ele fala bastante. Ele é muito crítico a todos esses movimentos de IA, big Tech e todos esses personagens que a gente traz aqui.

Speaker 1:

E essa semana ele lançou um chatbot dele como se ele pudesse, para ele responder perguntas de seguidores, de fãs, enfim, de ouvintes e tal, e ele deixou essa IA no ar por 12 horas e depois cancelou. Ele acabou fazendo uma declaração de que ele não se sentiu bem porque ele fala tanto, por exemplo, dessa coisa dos meninos, dos jovens homens americanos que estão desenvolvendo relações com EAs e o quanto isso está isolando e adoecendo esses meninos, que depois vão e fazem atentados e shootings e coisas assim. Ele falou que de repente ele estava também criando ou possibilitando que pessoas criassem relações com um bot, com um chatbot. Então ele se deu conta disso até um pouco tarde, na minha opinião, porque ele já devia ter se socado disso no dia, nem ter ido pro ar, na minha humilde opinião.

Speaker 1:

Mas eu acho que começa a é um indício de que talvez a gente esteja entrando numa era em que a IA vai ser tão abundante e vai ser tão ubiquitous, assim tão onipresente, que as pessoas vão começar a entender que assim não é, porque tá tá hypado e que existem ferramentas incríveis, cada vez mais sem fricção pras coisas acontecerem que a gente daqui a pouco vai dizer opa, mas vamos começar a entender onde é que faz sentido usar e onde não faz, porque tá todo mundo pulando no bonde, todo mundo tá entrando e falando não, a gente tem que usar IA, a gente tem que fazer IA, a gente tem que pegar IA pra fazer isso, e eu mesma no meu dia a dia tem várias situações na Oxygen que às vezes eu paro.

Speaker 1:

Quando Então, eu não vou também ser hipócrita aqui. Tem várias situações em que eu me pergunto se a gente poderia fazer algo de forma mais rápida, mais ágil, mais barata com o IA. E é para isso que ela serve. Tá Só que a gente tem que ser muito consciente se a gente não está atropelando e muitas vezes usando inteligência artificial para fazer algo que seria melhor feito por um humano ou que não faz nem sentido ser feito por uma IA, como é o caso dessas perguntas. Por que eu vou criar uma avatar do Andréia para conversar com os ouvintes.

Speaker 2:

Qual o sentido disso. E tem essa discussão também um pouco de metaverso de tudo isso que sempre foi uma coisa muito torta e estranha. Eu acho que no mundo, que todo mundo cada vez mais precisa de conexões reais, mas aí tem a pessoa que já não tem, aí vai ter um line ou não, mas é a pessoa que talvez seja um pouco mais vulnerável do ponto de vista emocional. Eu acho que tem tudo isso no caso do Scott. Até quando a gente estava preparando a pauta, a gente falou um pouco disso, né De Dea. Mas uma coisa que eu pensei depois é que eu acho que ele fez bem em lançar, porque ele lançar e tirar 12 horas depois gera o impacto dessa mensagem pro mundo. Tem razão.

Speaker 2:

Que se ele tivesse simplesmente abortado o negócio, não teria. Então eu acho que ele fez bem, porque também essa galera precisa saber usar, jogar o jogo, entendeu. E acho que tem A OpenAI como sempre dá uma de cuidadosa, mas abre a caixa de Pandora, se não é a primeira vez que faz. E o que a OpenAI está indo para uma direção e eles têm essa estratégia de não ter grandes lançamentos gigantes mas de dividindo tudo isso. A OpenAI a cada duas semanas lança alguma coisa, lança uma feature, lança um negócio, aí vem um modelo meio novo que engloba tudo aquilo de um jeito melhor e a coisa vai indo. A gente sabe que eles estão caminhando pra se tornar uma empresa de consumo, inclusive com gadgets, inclusive com coisas assim. Né E uma empresa desse jeito que tem o seu diferencial competitivo, não na qualidade do seu modelo, porque isso, graças a Deus, né várias empresas estão tendo modelos tão bons quanto. Então não é que uma tem o monopólio disso tudo. É um medo que a gente tinha há dois anos atrás. Né a primeira empresa que chegar no EDI vai meio que dominar tudo. Não, não é uma coisa que é um diferencial. Não é a Nvidia que tem uma tecnologia e uma coisa que ninguém está conseguindo replicar do mesmo jeito e tem um diferencial competitivo nesse momento que realmente um outro não consegue. Isso não é, e a OpenAIA já entendeu que o lance dela é a quantidade de gente que usa o chat GPT e que não usa as outras ferramentas e eles estão colocando. Eu acho que nesse modelo todo, ter um app que tem ali e que está nesse mundo de entretenimento e tem a atenção das pessoas e tem um usuário, é muito valioso nessa construção de empresa. Então acho que é isso que eles estão fazendo. Eu até estava pegando aqui mais detalhes, mas para comentar. Mas o que acontece assim tem um lance que eles chamam de camel camel, em que você e seus amigos podem meio que entrar nas cenas. Então, depois de um clipe curto com verificação de voz e de liveness, que acho que é aquelas coisas que mostra na câmera, você tem que mexer, não sei o que você cria esse seu likeness, seu visual, barra, voz. Isso vira um token que pode ser usado em prompts E você define se é algo que só você vai poder usar, se é algo que as pessoas aprovadas por você vão poder usar ou se tem outros níveis, até um nível de todo mundo. Qualquer um pode usar E você pode revogar ou apagar vídeos com isso. Então, de alguma forma você tem o controle do que quem está gerando conteúdo, com a sua cara ou não.

Speaker 2:

Esse app, ele vai ter um feed social 100% gerado por IA, postado por pessoas e não por algoritmos ou tecnologias, que é uma característica. E eles falam com esse remix dessas criações e o foco é criar e não só consumir isso. Eles também falam do tipo não, a gente quer que seja uma coisa de te inspirar a criar, a trazer sua criatividade. Vamos ver até que ponto isso é meio uma balela, tipo assim, sabe, ah, eu sei que IA vai ter um impacto muito grande, mas eu acho que a solução vai ser a renda universal. Ah, que bonito você falar isso, meu querido, mas mesmo assim você está fazendo a parte do IA, não está fazendo a parte da renda universal. E o mundo que deu um jeito nisso.

Speaker 2:

Então vamos entender até que ponto isso é para acalmar um pouco o discurso.

Speaker 2:

E eles falam que na experiência do feed, você vai poder priorizar o conteúdo das pessoas que você segue e você pode também ter coisas do tipo assim ah, eu quero relaxar, ah, eu quero ver animais fofos, ah, eu quero.

Speaker 2:

Então você vai poder de alguma forma definir o que você quer ver nesse canal de entretenimento, porque no fim do dia é isso, e tem esses nudges pra você incentivar a criação em vez de ficar simplesmente vai ter coisas que vão te estimular a criar coisas e tudo, ao invés de você ficar nesse doom scroll não tem essa palavra em português naquela coisa de ficar naquela rolagem igual uma pamonha lá assistindo aos negócios sem nada E tudo vai ter o upper mark. Né, então é rastreável, tem segurança, vai ser, não vai ter. Vai ter limites pros menores, que não vai menor de idade, que não vai ter scroll infinito, daquela coisa de não acabar nunca. E vai ter scroll infinito daquela coisa de não acabar nunca. E vai ter alguns bloqueios proativos. Eles falaram que eles estão sendo muito mais conservadores, que tem muita coisa que o app está bloqueando e que eles resolveram ser conservadores. Nisso Então, o discurso da OpenAI sempre é muito envolvido pelos cuidados que devem acontecer, mas eles abrem a caixa de Pandora e eles testam em larga escala no mundo real Isso que é o perigoso.

Speaker 2:

Mas bom só pra fechar um pouco esse ponto do Sora, mais coisas pra gente observar por aí.

Speaker 1:

Eu acho que vai ter muita judicialização. Agora Disney tá processando o Mid Journey, o Character AI. Acho que agora as empresas que produzem conteúdo original estão indo atrás disso e vai complicar um pouco o meio de campo. Vamos ver o que vai acontecer, porque o Sora já tem milhões. Já havia vários vídeos de pessoas criando com personagens que são copyrighted, então vamos ver como é que isso vai acontecer. Vai ter uma disputa ali ou não? Vai ser interessante de observar. Perfeito.

Speaker 2:

Mas agora me conta do Príncipe William. Vai que a gente adora fofocas reais. Focas reais Não reais, royal.

Speaker 1:

Então eu achei super interessante porque de repente ele tava em todos os programas. eu vi muitos posts nas redes sociais falando sobre essa entrevista que ele deu pro Eugene Levy, que é um ator. Gente, quem é mais da minha geração que vai lembrar do American Pie Lembra, aquele filme super bobo que foi um sucesso, sei lá, nos anos 90, acho que era no início dos anos 90, talvez final dos anos 80, o American Pie, gente o meu humor de quinta série, até que é bem desenvolvido.

Speaker 2:

Mas American Pie nunca consegui, entendeu. Mas eu lembro obviamente do que é.

Speaker 1:

Então o Eugene Levy é o pai do ator principal, quando vou me lembrar o nome, e ele recentemente fez uma outra série que teve um certo sucesso, chamada Schitt's Creek, que é uma série que acho que tá no Netflix também, que é meio bobinha, bem comédia. E eu também não entendi porque que esse cara acho que tem uma moda agora de atores terem suas séries meio séries documentais. Assim a Eva Longoria tem um sobre Espanha e ele tem um, né, ele é canadense, mas ele tem uma série em que ele entrevista várias pessoas. Eu não sei por que que ele foi não pesquisei a fundo aí esse ponto mas por que que ele foi escolhido pra entrevistar o príncipe William. É uma figura que pouquíssimo aparece né nunca dá entrevistas. É muito raro ver tanto o príncipe William quanto a Kate dando alguma entrevista pra algum veículo, né Muito raro vê-los nessa situação e de repente Eu fui procurar aqui, né Quem ele é.

Speaker 2:

Quem tá vendo no YouTube consegue ver aqui na minha tela E fora isso, ele é canadense. Realmente não entendo o porquê, Mas anyway, certamente tem uma razão, porque essa galera não dá ponto sem nós.

Speaker 1:

Com certeza. A série chama-se Reluctant Traveler, tá no Netflix e ele fez esse episódio em que ele vai até o castelo de Windsor e encontra o príncipe William e ficam durante uma hora batendo papo. E foi interessante porque obviamente isso foi costuradíssimo. Tem alguma grande estratégia de PR aí sendo feita para ter escolhido o Eugene Levy, para poder ter definido que tipo de abordagem essa conversa teria, em qual local isso aconteceria. Então ela acontece no castelo de Windsor e ele chega lá.

Speaker 1:

Ele tem todo um storytelling do Eugene Levy chegando num hotel em Londres e aí ele recebe em tese um convite, uma carta que ele abre é um convite do príncipe William pra ele ir lá pra um private tour no castelo de Windsor. E aí ele chega lá, entra no castelo, fica num jardim enorme sozinho, falando com a câmera, dizendo nossa, tô super nervoso, aqui é a primeira vez que vou encontrar um príncipe e que será não sei o que esperar do príncipe e tal, e daqui a pouco chega o príncipe William de patinete. Ele anda, ele segundo o que ele conta ali, ele usa o patinete como veículo de transporte dentro ali dos grounds do castelo de Windsor e ele chega daquele jeito Porque a casa realmente é um pouco pequena, né?

Speaker 2:

Então ele já vai de patinete. Já vai de patinete.

Speaker 1:

E ele chega super simpático porque ele é uma figura carismática. Eu acho o William carismático. Não é exatamente carismático, mas acho que perto do King Charles ele é um poço de carisma, né, então assim ele chega. Eu não tomei.

Speaker 2:

Então, charles, meu Deus do céu, né.

Speaker 1:

Então acho que nesse contexto ele é super carismático E aí ele acaba, de um jeito super informal, próximo, amigável e tal, leva o Eugene Levy pra um tour, pra um private tour no castelo, né, e enquanto eles vão passando pelo castelo, que eu também não sei se o castelo já tinha sido mostrado em alguma outra, algum outro conteúdo assim de vídeo? O castelo já tinha sido mostrado em alguma outra, algum outro conteúdo assim de vídeo? O castelo é muito bacana, muito legal, lindo. Acho que não é aberto à visitação pública. Fiquei sabendo que teve um incêndio enorme que destruiu umas, duas ou três alas do castelo. É o castelo habitado mais antigo da história. Eu tenho várias curiosidades sobre o castelo que eles ficam conversando enquanto eles passeiam e depois eles sentam num pub. E no momento em que eles sentam num pub pra tomar uma cerveja, então o Gene Levy pega uma Guinness e o William pega um pint e senta com ele ali pra conversar e o William se abre.

Speaker 1:

Obviamente tudo foi minuciosamente planejado né Que tipo de resposta, que tipo de pergunta.

Speaker 2:

Eu já tô pensando assim, gente, a série dele é de viagem, então pode aumentar o turismo na Inglaterra. Aí tem outro lado de colocar o William como uma pessoa, né Tem a coisa das gerações. Tô querendo analisar. Mas vai, continua, continua que eu tô adorando.

Speaker 1:

É, continua, continua, que eu tô adorando. É então, e aí o William começa a falar um pouco da sua história. Ele falou que 2024 foi o ano mais difícil da vida dele. E ele não entra, assim não explica porque, mas aí a conversa vai o câncer da esposa né o câncer do pai.

Speaker 1:

A briga com o Harry que foi anterior mas ela reverberou muito em 2024 e assim um Foi anterior, mas ela reverberou muito em 2024. E assim um monte de coisas que aconteceram pra ele. E ele fala com muita serenidade. Ele fala com uma vulnerabilidade interessante pra alguém que é tão reservado, porque acho que ali tem uma questão não só de ele ser príncipe de todo o protocolo real, mas ele também me parece uma pessoa mais tímida, né Um temperamento mais tímido. Então ele fala ali do quanto foi difícil. Ele fala da Kate, fala do pai, fala de como ele tenta criar os filhos de uma forma natural, né. Então ele fala que a família vem em primeiríssimo lugar pra ele. Conta que os filhos não têm telefone, muito embora o príncipe George já tenha 12 anos. Ele falou a gente não deu telefone pra nenhum deles ainda. E fala, e acho que foi a mensagem. Na minha opinião, a mensagem principal de todo esse episódio foi dizer que ele preza muito pela tradição, mas que ele acredita em mudança e que ele quer mudar. Ele quer mudar a monarquia. Isso foi bem interessante.

Speaker 1:

Isso deve ter sido o briefing do que chegou aí ele chegar de patinete e tomar uma cerveja num pub, já são obviamente cenários, contextos né Muito já emblemáticos. Ele mais jovem, mas falando com um cara que tem 78 anos, em tanta coisa das gerações, Então tudo muito costurado, muito planejado, mas com mensagens muito claras, assim E a receptividade desse episódio foi muito boa assim. Eu tenho visto as críticas todo mundo elogiando achando episódio foi muito boa assim. eu tenho visto as críticas todo mundo elogiando achando que foi ótimo, que ele tava muito bem na vontade vale a pena.

Speaker 2:

Tá no Netflix, são 45 minutos eu acho que é Apple Plus, não é. Eu acho que é Apple Plus. Tem razão, não é Netflix, não eu tava aqui xeretando quando você tava falando que eu fui buscar o nome dele. Tem razão, eu acho que é Apple.

Speaker 1:

Apple TV Plus E ele É um episódio curtinho, acho que de 40 minutos, 45 minutos, e que foi assim feito pra ele passar mensagens, né Para com certeza pro mundo, mas acho que foi muito bem construído. Preciso dizer que eu gostei Foi muito bem construído, muito bem Conduzido, dirigido, editado. Foi muito bem editado porque o William realmente parece que tá ali com um amigo abrindo seu coração. Achei que foi muito legal maravilhoso, vou assistir.

Speaker 2:

Adorei a dica agora o Harry que lute e vamos encerrar porque o Migg vai matar a gente, que a gente já tá uma hora e dez falando, né amiga.

Speaker 1:

Mas é isso, gente, é assim quando a gente né Que a gente já tá uma hora e dez falando, né amiga. Mas é isso, gente, É assim Entendeu Quando vai indo, vai fluindo, a gente vai seguindo.

Speaker 2:

Queridos, super obrigada por mais uma semana, mais um episódio. né Ideia A Abrir as vendas pro SX do ano que vem, né Sim, depois a gente tem que falar disso. Já quero saber as dicas. Amiga, eu não comprei, ainda tô tomando coragem mas eu vou.

Speaker 1:

Né, não vou conseguir não ir, não tem jeito, você não vai aguentar o fumo.

Speaker 2:

Eu tô acabando de pagar as coisas do apartamento, as almofadas, não sei o que, mas não vou aguentar então galera é uma boa oportunidade de vocês. Estarem lá com a gente indo pela Oxygen né.

Speaker 1:

Bea, isso aí entra no nosso insta, as informações vão estar lá e a gente, mais uma vez, vai levar um grupo muito especial com curadoria, nossa curadoria, que é sempre muito sharp e vai ser diferente esse ano, mas vai ser muito legal. Tô animada maravilhoso.

Speaker 2:

Depois a gente tem que lembrar nos próximos episódios de falar isso no começo e não no final. Mas quem ficou até aqui ó adora. Então é isso, né, é isso gente Obrigada, obrigada, obrigada amiga Beijo, tchau, tchau.

People on this episode