Duplo Clique
A Andrea Janer da Oxygen, e a Fernanda Belfort da Tribo de Marketing, são duas amigas apaixonadas por lifelong learning. Toda semana, elas se juntam para dar um Duplo Clique nos principais temas de tecnologia, negócios e tendências. Conversas gostosas e descontraídas, mas cheias de conteúdo para você ganhar repertório e estar sempre atualizado.
"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."
Duplo Clique
#40 Guerra no Rio, Medo Nuclear e Robô Neo
A semana que começou com promessas leves terminou onde o país inteiro estava: no Rio de Janeiro. A operação que parou a cidade escancarou o apoio popular à força policial e a velha ausência do Estado que transforma o cotidiano em roleta russa. Falamos de direitos humanos, UPPs, milícias e da guinada de segurança pública que empurra o eleitor do centro para a direita — um movimento que pode redefinir 2026. Entre drones, enquadramentos jurídicos e a teia de corrupção que atravessa décadas, o debate foi direto: o que realmente funciona quando o medo dita a política?
E já que o medo é moeda global, abrimos a lente: o novo mapa do petróleo ao norte da América do Sul, o risco nuclear ressurgindo e a corrida armamentista alimentada por IA e contratos bilionários. No meio disso, os robôs humanoides que dobram roupa e “libertam” tempo — com humanos escondidos por trás da automação. Falamos de privacidade, valor, conveniência e o custo ético de delegar tarefas. Dê o play e conte: o que você aceitaria trocar por mais segurança — ou mais tempo livre?
- Links:
Megaoperação: Matar não é opção, é circunstância, diz ex-capitão do Bope | CNN Brasil
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Oxygen Club - Andrea Janér
Tribo de Marketing - Fernanda Belfort
"As opiniões expressas aqui são estritamente pessoais e não devem ser interpretadas como representativas ou endossadas pela Salesforce, empresa onde a Fernanda Belfort trabalha."
Eu sou a Fernanda Belfort e eu sou a Andréia Jané. E bem-vindos a mais um Duplo Clique. De microfone novo.
SPEAKER_01:O seu, né? Gente, ouçam a diferença do nosso novo microfone versus o bom e velho microfone o iPod que eu tô usando aqui, ó. Por pura questão de deslocamento geográfico. Não estou no meu estúdio e acabei tendo que vir com esse microfone.
SPEAKER_00:Estamos aqui gravando no domingo, né? Porque essa semana o trabalho nos devorou. E a gente. Eu estou em casa, montei o microfone novo, consegui pôr pra funcionar e tudo. A Deia já está com o microfone novo dela também, porém ela não está em casa. Então a gente está. Semana que vem a gente vai estar as duas em São Paulo, vai estar assim, né, Deas? Não é chique de boa.
SPEAKER_01:Ficou arrasada, arrasada, porque olha a diferença.
SPEAKER_00:A gente sabe que até que como que a gente vai viajar e a gente vai ter que levar o microfone agora? Como assim? Tipo, não tem jeito, né? É o caminho sem volta. Caminho sem volta, né? Vocês veem que a gente leva a sério o podcast, né, Dea? Nossa, tá de novo. Investindo mais ainda por vocês, nossos queridos ouvintes. É isso. Bom, Dea, e mais uma vez, né? A gente terminou semana passada falando, vamos falar semana que vem de mídias sociais, vamos falar de terras raras. E aí, a realidade. Tem uma frase, né? Que essa frase a gente precisa achar, né? Que assim, a gente planeja a vida da risada, né? É tipo isso, né? A vida risada da gente.
SPEAKER_01:A gente tem um backlog de pautas que a gente nunca consegue chegar, porque sempre tem alguma coisa mais bombástica que aconteceu e que domina as nossas conversas.
SPEAKER_00:Exatamente. Eu sempre quis falar de longevidade, cuidados que você tem, mas esse a gente vai ter, né, Dea? Uma surpresa aí na semana que vem com o Pitra Tia, que eu sou super fã de carteirinha.
SPEAKER_01:Eu vou entrevistar a Pitra Tia.
SPEAKER_00:A Deia, semana que vem a gente conta com mais calma, mas o Pitra Tia, que é autor daquele livro Outlive, que eu amo, vai estar no Brasil e a Deia vai entrevistá-lo. Gente! Essa minha amiga é muito chique, né?
SPEAKER_01:Um evento privado para a comunidade Oxidian e a gente vai ter esse privilégio de ouvi-lo aí em Petit Comitê. Então a gente vai fazer um pequeno get together ali para entrevistá-lo e a gente traz as novidades na próxima edição.
SPEAKER_00:Maravilhoso! Então, essa semana eu acho que não dá para não falar de Rio de Janeiro, né, De? A gente fala tanto de coisas fora do Brasil, e acho que nessa semana esse é o principal tema. Como você mesma disse, é um tema espinhoso, né, De?
SPEAKER_01:Bem espinhoso, é um tema que polarizou ainda mais as redes sociais, né? Eu lembro que eu fiz um. a gente tem um conteúdo na Oxford toda quarta-feira, das 8 às 9, para os membros, e o dessa quarta foi o Trent Talks, que é um resumo das principais notícias, os principais acontecimentos do mês, e tinha acabado de acontecer, ainda era muito novo, ainda era muito, estava muito no princípio essa cobertura, a gente estava ainda lidando com as primeiras notícias que chegavam, a gente não tinha ainda o total número de mortos. E eu já falei isso naquela aula, falei, gente, preparem-se porque vai ser um dia muito difícil nas redes sociais, porque a gente vai ver pessoas enaltecendo o governo por essa operação e gente criticando a polícia por essa chacina. Sound dois lugares muito extremos aí. And até pra gente é difícil discutir esse assunto sem ferir suscetibilidades também. A gente vai tentar aprofundar um pouquinho a conversa, trazer vários ângulos, porque não é simples. Eu morei no Rio 16 anos da minha vida, sou casada com carioca, mãe de três cariocas. Então, falar do Rio eu aprendi também com o tempo, porque quem não é carioca não pode falar mal do rio. Carioca pode, né? Mas quem é de fora não pode falar mal.
SPEAKER_00:Acho que isso foi uma indireta pra mim, né, gente? Que não sou carioca. Gente, em minha defesa é muito importante.
SPEAKER_01:Mas eu também não é carioca, tá?
SPEAKER_00:Minha avó é carioca.
SPEAKER_01:Mas eu também não sou e eu aprendi a duras penas, né? Depois de várias pessoas me darem várias cortadas, assim, tipo, você é uma. Você é estrangeira, você não pode vir aqui falar da nossa cidade. A gente pode falar. Então, é um território muito difícil de navegar. Vamos tentar aqui falar um pouco desse episódio, que ele é marcante in muitos sentidos. Inclusive no sentido eleitoral. Acho que a FE trouxe um ponto bem important, depois a gente vai chegar aí nesse momento, but this pode inclusive impactado o jogo presidential.
SPEAKER_00:And I think of starting in Rio or the Rio. But in a way for the information that we have, it's doming, because the information. Teve 113 presents, and the objective was doando vermelho to cumprir mandados de prison. The secretary of Police Civil, Felipe Cury, affirmed that the complex do Alemão e da Penha se tornaram os QGs do Comando Vermelho no país, and that 117 mortos, 99 foram identificados, and 78 passagens by the police, and 40 eramed. So aconteceu numa semana, depois de uma fala extremamente infeliz, pra ser fofa, do Lula falando que traficantes são vítimas dos usuários. Ele estava numa fala e ele estava meio querendo falar.
SPEAKER_01:Momento Dilma, digamos assim.
SPEAKER_00:Rolou uma Dilmada nele. É, não, rolou uma Dilmada ali, nível. Sim. Horrível, horrível. Até pelo tema, né? Não é que ele estava simplesmente armazenando o vento, né? Tipo, assim, né? Tipo, implicação. Só um parênteses.
SPEAKER_01:Quando eu falei até da última vez que a gente comentou sobre o discurso dele na ONU, que eu fiz mil elogios ao discurso dele da ONU, falei, gente, não sei o que deu no Lula que discursou tão bem, porque ele normalmente de improviso é um desastre. E isso até voltou, né? Quando ele teve essa fala, muita gente falou que realmente não dá pra deixar ele falar de improviso. Ele mete os pés pelas mãos e fala um monte de asneira. Tem que ser muito contido. Operação Contenção tinha que ser dele, ele não tem que abrir a boca de improviso, porque ele só fala besteira.
SPEAKER_00:E aí a frase que ele falou foi, né? Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também. Então, né, ele estava meio querendo dizer que só existe traficante porque tem usuário, só existe usuário porque tem traficante, mas ele soltou essa frase que depois ele tentou se redimir, falou que não era isso e tal, mas isso vai ser usado contra ele todos os momentos daqui até a eleição. Porque realmente é uma coisa que é absurda, e isto representa muito bem essa visão mais progressista, humanista, caracterizada muito mais como de esquerda, de que criminoso é vítima da sociedade e das condições em que vive. As circunstâncias, né? Das circunstâncias. Perfeito. Parte disso é verdade. Tem gente que vira bandido porque não consegue ver uma outra alternativa para a sua vida. Mas parte disso também acontece por causa desses territórios que são dominados por bandidos e que isto parte do processo todo que levou a essa ação é uma parte de aliciamento de menores, de chamar. E a gente sabe que tem um monte de adolescente que já vai se envolvendo no crime, na droga. Então, existe aí um ciclo forte. Tem um outro ponto que eu acho que é super interessante, então acho que a gente viu essa operação. Teoricamente, a polícia comandou tudo isso e desenhou essa operação para ir realmente meio que expulsando ou forçando os traficantes a irem para essa mata, que é o que geralmente acontece e eles fazem. Só que o Bop estava esperando a mata, e eles fizeram uma declaração falando, mostrando a estratégia com o desenho todo, e chamando isso do muro do Bop. Então, isso já leva a uma associação de uma situação, né? Muro é, daqui pra frente ninguém passa. Traz uma parte de intolerância. E de um lado tem uma frase dessa do Lula, do outro lado tem uma frase que é muito famosa, que é bandido bom é bandido morto, que simboliza o outro lado, que enquanto você tem os direitos humanos de um lado, do outro você tem a tolerância zero. Porque ninguém mais no Brasil aguenta o nível de violência deste país. E acho que isso é um tema, e acho que esse é o confronto de ideias que, inclusive, na política vai se tornar cada vez mais o ponto central da discussão das próximas eleições. E uma coisa que eu estava falando com a Deia, e daqui a pouco a gente volta para o Rio de Janeiro em específico e para essa operação, é isso de que, na minha percepção, as pessoas de centro, que não são as pessoas que acreditam nas ideias do Bolsonaro, eu tô falando aqui no Bolsonaro porque foi quem representou esse lugar de direita até hoje, mas tem muita gente que acaba votando num candidato de direita justamente pelo tema da segurança pública, que a esquerda se demonstra totalmente incompetente em cuidar, e acaba sendo ponto crítico ali. Apesar de ter muita gente defendendo os direitos humanos e tudo isso, e acho que teve uma parte que foi muito bem conduzida pelos criminosos e tudo, de tirar as roupas deles dos mortos, enfileirá-los, e produzir uma foto muito impactante que voa o mundo e que trazia, para quem aqui é jovem há bastante tempo, como eu e a Deia, e quem viveu e acompanhou o Carandiru, tem a referência da foto dos mortos, do carangiru enfileirado, só de cueca. E eles reproduziram aquilo para justamente levar todo mundo para um lugar de chacina. E acho que isso foi um ponto grande. Comenta um pouco dela, depois eu sigo.
SPEAKER_01:Perfeito, você foi impecável, brilhante, Fê. Brilhante mesmo. Eu acho que tem um pouco a acrescentar aqui. Eu acho que a minha visão como uma pessoa que morou muitos anos no Rio, eu acho que teve um fato nessa operação que surpreendeu até mesmo a esquerda, que foi a aprovação popular. Acho que isso é um momento novo, porque eu morei lá muitos anos and havia um entendimento de que a população do morro era conivente, de uma certa forma, com o tráfico. Muitas vezes o conivente não é nem a palavra certa, ela era uma população acuada pelo tráfico, pelos criminosos, a população que mora ali no meio, anda subir in alguma favela do Rio, eu subi algumas vezes, eu fiz trabalho involuntário durante um tempo andi algumas favelas. Realmente, a densidade populacional numa favela é muito grande, é muito alta. Então as pessoas estão vivendo ali todas meio enroladas, meio emboladas. And o tráfico sempre dominou os morros, andos se acreditou que eles eram benfeitores para a população. Então, assim, a população muitas vezes tinha acesso a coisas que o Estado não dava, mas o traficante dava, né? Sei lá, botijão de gás, gato da net. Existiu uma época mais romântica do tráfico, até por assim dizer, uma palavra que não cabe muito, mas houve uma época mais romântica, que o traficante era um benfeitor, ele pagava uma cirurgia para uma pessoa da comunidade que, sei lá, o SUS não cobria, então ele ia lá e dava aquele dinheiro. Então ele era visto um pouco como benfeitor. Por isso que era difícil separar o joio do trigo. Então, assim, as pessoas generalizam, morar na favela, você sempre tem alguma ligação com o tráfico. Andas, eu acho que muitos jornalistas, eu assistia a Vera Magalhães, assisti o Pedro Doria, muito impressionados com os números de pesquisas que saíram recentemente. Acho que eu vou trazer aqui a da Quest, Genial Quest, que saiu hoje de manhã, dizendo que 67% da população aprovou a operação dos cariocas, the população carioca.
SPEAKER_00:E 7%.
SPEAKER_01:Ou seja, é visto como a vitória do governador Cláudio Castro. Because the thing was an execution. The Brazil is a place that has pen of mortality, but what was that was an execution. So the direita, who simply achieved this certainly, because o bandido bom é o bandido morto, é uma frase que simboliza de fato esse olhar, tolerância zero da direita, and who embasou muito do discurso do Bolsonaro. Bolsonaro, todo mundo aqui vai lembrar, era in favor, for example, do porte livre de armas, para a gente poder a população se armar. Ele tem essa teoria que mostra americanos também têm, de que uma população armada cria um ambiente mais seguro. E a gente pode depois fazer um outro duplo clique só sobre isso, mas assim, só trazendo aqui um ponto para a gente lembrar. Essa foi a pauta do Bolsonaro. And muita gente de centro que votou nele naquele momento votou, como você brilhantemente trouxe, Fer, por estar no limite com a questão da segurança pública. A gente está vivendo algo que foi normalizado, e aí vem de novo a minha visão de quem mora no Rio. Isso foi absolutamente normalizado, bala perdida normalizada. Essa moça que morreu na linha amarela sexta-feira à tarde, porque estava voltando do trabalho e se viu de repente no meio de um tiroteio e acabou sendo atingida na cabeça e morreu, e o motorista do carro de aplicativo, que era o que ela estava usando, também foi ferido, ainda não morreu, mas estava gravemente ferido no maxilar, uma história horrorosa. Isso foi normalizado no Rio. Durante dois, três dias todo mundo lamenta, né? Vem fotos da moça, as pessoas falam como ela era uma pessoa incrível, como ela tinha planos, como ela estava numa fase no áudio da sua vida e perdeu a vida dessa forma estúpida. Depois todo mundo esquece, até que duas semanas depois uma criança na favela morre de bala perdida e todo mundo normaliza. Então, assim, isso no Rio ficou muito normalizado. Você andar no Rio, na Gávia, no Leblon, em Ipanema, e ver viaturas da polícia circulando com um fuzil para fora da janela, fuzil, é uma cena absolutamente corriqueira no Rio de Janeiro. Corriqueira, a gente não se espanta mais. Quando você vai para o Rio no final de semana, no feriado, e você vê isso, você fala, meu Deus, o cara, será que está acontecendo alguma coisa? Não, isso é no dia a dia, é o normal. Então, as coisas no Rio, sabe aquela metáfora da panela fervendo e o sapo dentro da. Quer dizer, a panela não está fervendo, a panela com água e os sapos dentro. Você liga a panela e aquela água começa a esquentar. E quem está lá dentro vai morrendo lentamente. Para mim, essa é a metáfora mais perfeita do Rio. As pessoas estão lá vivendo nessa panela e a água está esquentando e ninguém. As pessoas se acostumaram com as coisas. E tudo no Rio é muito isso fica menor, digamos assim, diante da beleza da cidade, que as pessoas sempre falam, ah, mas muraque é lindo, tem a praia. Isso fica muito mais importante, talvez.
SPEAKER_00:E até trazendo mais alguns pontos que eu acho que são interessantes. A maior parte da crítica, a operação, além dessa discussão, né? Que a gente até já quer comentar um pouco mais sobre os mortos, é a crítica de que não adianta invadir e depois evadir. Então, assim, não adianta ir lá subir o morro para fazer uma operação policial, virar as costas e ir embora. Precisa ter um plano de levar o Estado para dentro dessas regiões, como no passado teve a OPP e tudo isso. Quando a gente olha o que aconteceu, e tem um ex-capitão do BOP que fala muito bem, ele já é uma figura conhecida, mas que é o Rodrigo Pimentel. Ele deu uma entrevista para a CNN, que eu deixei o link, Miguel, pra você colocar aí pro pessoal, que foi uma entrevista bem interessante, porque ele traz o ponto de vista do Bop e da polícia e tudo. Não estou querendo dizer que eu concordo com tudo que ele fale, mas eu vou trazer alguns pontos aqui, até para a gente conversar sobre esses pontos. A gente analisa tudo isso pensando nessa população, nesse território, com bandidos ali, tendo que ter uma operação policial dentro de uma perspectiva legal de bandido, de legítima defesa, de uma série de coisas. And ele vira e fala assim: É impossível você prender 400 homens armados com o fuzis. É impossível. Isso não existe. E ele fala, segundo a opinião dele, que o Brasil ainda chama isso de banditismo. E que isso não é. Isso, no fim, se caracteriza como um conflito armado não internacional. Fui dar uma pesquisada, um duplo clique nisso tudo, né? Tem uma expressão mesmo, que se chama CANE, CINI, conflito armado não internacional. Ele, na argumentação ali na CNE, ele fala que é uma situação que tem o domínio de um território amplo há mais de 20 anos, facções com forças armadas de média capacidade, com mais de 300 bandidos, afronta o Estado de Direito, ameaça ao morador. And this, in qualquer outro lugar do mundo, seria chamado de guerra civil ou guerra irregular. E que tudo isso tem que ser visto dentro de uma outra perspectiva. E aí, né, questionaram ele sobre movimentos como Soul da Paz, criticando tudo isso, falando que a gente precisa ver. Foi muito também na opinião do Pedro Doria, que também é uma pessoa que eu respeito e trouxe uma opinião mais nessa linha. And obviamente todo mundo quer o respeito à vida humana e quer tudo isso. Mas quando você vai para uma situação desse tipo, ele falando é obrigação no Estado de Direito cumprir uma ordem de prisão. É obrigação da polícia fazer alguns trabalhos. Andar também um território totalmente à mercê anda a população abandonada. It tá muito nisso, né, Dex, que você estava falando também, eu quero que você comente também do quanto antes ainda tinha um pouco desse romance, né? Dessa romantização, de que, poxa, para aquela população tá bem daquele jeito. Não é pra polícia entrar tirando e matar um monte de gente, tudo, ou faz isso de um jeito que faz sentido, porque o princípio número um é proteger a população. Tudo gira em volta de proteger a população. E que isso ia estar trazendo mais risco do que benefício se a gente está considerando que esse é o princípio número um. E aí ele traz muito disso, e ele fala: olha, se tem essa preocupação toda, bacana, eu acho que a gente tem que chamar, então, todas essas, né? Chamar o sol da paz, quem for, trazer e falar, ok, então a gente vai normalizar e vai assumir que esses territórios realmente estão sob poder de uma outra força e a gente vai ignorar, e a gente vai abandonar 4 milhões de pessoas que moram dentro dessas comunidades hoje. E ele começa a falar um pouco do que é a realidade dessa população hoje. E ele falando, puxa, assim, no fim do dia já se acabou a situação em que o tráfico, esses grupos, facções criminosas, viviam de tráfico de droga. Isso é uma parte. Muito do que eles têm de dinheiro hoje é pelo domínio de território. Então eles vão lá, eles colocam uma barricada, então eles fecham a rua. Pra mim, eles fechavam a rua para proteger da polícia não entrar e tudo. Mas, na verdade, aquilo é uma delimitação de falar. Você estava até falando da máfia, né, impositana, mas assim, de você fazer uma delimitação e falar que esse território é meu. Ali dentro, não, chega Uber, não entra o SAMU. Se você quiser comprar um botijão de gás, você tem que pagar 50 reais a mais que a taxa que você tem que pagar pro crime. Se você quiser ter um negócio, você tem que pagar um percentual para você poder operar com o negócio naquele lugar, senão não. Quem vende internet, quem vende uma série de serviços, é a prova, são eles mesmos. E ele falando, isso tem vídeo no YouTube de o policial do BOP tirando uma barricada e uma moradora vindo dar um copo de água gelada e agradecer por ele estar trazendo de volta a dignidade para essas pessoas. E eu acho que essa discussão, e que também uma frase que me marcou, foi assim: né, tem muita gente criticando de dentro do seu carro blindado, né? Mas no fim do dia não sabe o que essa população vive. E a hora que você vê esse número de 67%, e eu fiz uma pesquisa durante a semana falando que o apoio da população das comunidades é ainda mais alto do que fora das comunidades. Então, assim, cara, existe um ponto aí super forte, eu acho que foi levado em. Veio a toda. Eu quero ouvir seu ponto de vista, seus comentários.
SPEAKER_01:É, preciso fazer uma correção primeiro, não é 67, gente, é 64%. Bem dia, conferir aqui. Não, eu falei 67 no começo e você repetiu, mas é 64%. É importante fazer essa correção. Mas é verdade, acho que isso é um número, enfim, bom, são três pontos percentuais, mas é realmente um contingente muito alto de pessoas que aprovam. Eu acho que o Claudio Castro representa também uma outra faceta dessa história, que é a milícia. Então, hoje, a população que mora nas comunidades não está só subjugada pelo tráfico.
SPEAKER_00:O que é a milícia?
SPEAKER_01:A milícia é um poder paralelo também, né? Então, assim, é um poder paralelo que entrou com essa peste de justiça.
SPEAKER_00:demonstra também muito dessa corrupção. A gente não pode dizer que todo. Nunca vamos falar que todo policial é bandido, nem nada disso, mas existem muitos policiais no Rio que também estão envolvidos, ex-policiais, nisso, que é a milícia.
SPEAKER_01:Eu acho que esse é o grande problema do Rio. A gente fala do tráfico, do comando vermelho, mas a milícia é um poder muito forte também. E a polícia, todo mundo sabe que a polícia do Rio de Janeiro é uma polícia extremamente corrupta. Então, gente, para usar um clichê, são muitas camadas. Então, essa é uma discussão que ela não vai se encerrar aqui, não vai se encerrar essa semana. É um problema difícil, dificílimo de resolver. A gente já teve tentativas melhores no passado. I morava no Rio quando José Mariano Beltrami criou o projeto das UPPs, which era in tese. Está todo mundo falando hoje, o sea, precisa existir, the Estado precisa poder entrar in qualquer lugar. Não pode existir um território in que o Estado é proibido tocar. This deveria ser uma premissa básica disso tudo. And as UPPs eram QGs that were months in various lugs those comunidades on as pessoas que uma bandeira que o Estado fincava in aqueles lugares I cheguei aqui. So as UPPs, durante um tempo, elas garantiram ali uma segurança, uma normalidade na vida das pessoas. But qual foi a grande crítica? Por que as UPPs, foram, de novo, vários fatores, nunca é uma coisa só. But uma das maiores críticas ao governo na época é que não basta você subir o morro e instalar ali um espaço, um lugar para garantir o trânsito do Estado. Você precisa dar as condições para que as pessoas que moram lá dentro tenham alternativas de vida. E acho que é aquilo que você falou brilhantemente no começo, a ideia é que não é também romantizar o criminoso. Eu não acho que todo criminoso seja um produto, um fruto das circunstâncias. Acho que são muitas coisas, mas é fato que eles têm muito menos oportunidades. E o crime é muito sedutor para um jovem, para um adolescente. Eu lembro que a gente.
SPEAKER_00:Ainda é oprimido. É, não, assim, ele também está na escolha, né, Dea? Além de ser um pouco de um problema.
SPEAKER_01:Ele é filho de um pedreiro, ele é filho de um pedreiro que leva para casa, sei lá, R$ 1.800, R$ 2.000 por mês, a mãe é doméstica, trabalha pra caramba, deixa ele sozinho, ele está o dia inteiro sem supervisão, muitas vezes ele não vai pra escola, a escola tá fechada porque o tráfico fechou, porque aquele dia ele não quis que ninguém tivesse aula. E ele começa a ser seduzido por um criminoso, por um traficante, que tem lá o tênis da Nike, que tem lá uma correntona de brilhantes.
SPEAKER_00:É, eu acho que. Concordo com tudo, mas eu acho que mais do que isso, né? Além disso, ele é seduzido por um lado e oprimido por outro. E ele vira e fala, cara, assim, este é o poder aqui que não me permite ter liberdade de fazer minhas coisas, né? Abrir um negócio aqui pra vender um negócio que eu queira pagar uma coisa. Ele vê toda essa opressão e fala, cara, só existem dois lados. Ou eu vou ser oprimido, ou eu vou ser opressor. Então, além da promessa de dinheiro fácil ou qualquer coisa assim, tem uma coisa maior, né? Que é esse pensamento maior, né?
SPEAKER_01:Sim, mas é muito isso. O traficante, ele é muito, o criminoso que tá lá, ele é muito sedutor. E a gente vê essa relação, é sexy. Se você começar a olhar para esses caras, tipo Oruan, que é um cara que pertence a esse universo, não vou entrar aqui muito nessa discussão, porque é bem polêmica, mas de repente ele vira garoto propaganda da Osclin. Então, é sedutor, entende? Tem uma coisa dele ser meio herói, de ser meio a estética, tem uma estética, tem uma coisa de glamorização um pouco desse cara. Isso não é só no Brasil, tá? Nos Estados Unidos também a gente vê essa mistura da arte com a música, com o crime. É muito comum esse tipo de coisa. Então tem muitos garotos que olham para isso. E penso assim, poxa, eu vou ser pedreiro igual meu pai e não conseguir botar comida na mesa todo dia, vou ficar ali vivendo essa vida medíocre e sem nenhuma perspectiva, porque essas pessoas não têm perspectiva mesmo. Não é que ele consegue sair, furar essa bolha e ir para a vida. A gente sabe que as pessoas têm muito menos acesso, muito menos possibilidade. So, sem querer justificar o crime, isso aqui não é uma tentativa de romantizar ou glamorizar um pouco essa história, mas é só para explicar que existe uma realidade ali muito cruel com essa molecada que está ali no morro e que acaba ficando à mercê desse contexto. Mas muitos ali estão por escolha, estão por escolha, escolheram esse caminho, são pessoas que se tivessem ido para o lado certo da história, teriam talvez sido bons empresários, excelentes homens de negócio, mulheres de negócio, e, na verdade, escolheram o crime, e não dá para a gente também ignorar que existe muita gente que está ali por escolha própria. Então, acho que tem, só para resumir, milícia, tráfico, polícia corrupta, ou seja, são muitas forças impactando esse universo.
SPEAKER_00:E nessa dinâmica há muito tempo, né? Eu fiz até uma lista aqui de coisas que eu ainda gostaria de comentar nesse podcast sobre esse tema. Até porque eu tenho visto um comportamento de muita gente, né? Conversando com algumas pessoas essa semana, algumas pessoas estavam super acompanhando o que está acontecendo. Algumas estavam assim, ah, eu nem vi nada, entendeu? Porque assim, sabe, já tem uma certa rejeição. Mas para quem está ouvindo a gente, até para ter todas as informações, quando eu teve essa foto dessas pessoas todas esses homens todos enfileirados, esses corpos mortos, simplesmente de cueca, parte desse diálogo, you will use this diálogo because it represents, Rodrigo Pimentel and a entrevistadora da Senar, in which quatro policiais who foremos, and além disso, 117 civis. E ele vira e fala assim, no, but só pra eu entender, civis você está se referindo a bandidos. Daí ela fica meio assim, não, no entrevista não é comigo, veja bem e tal. Ele falou, não, eu só quero entender o que você chama de civil. Because realmente, one of the pessoa que foi morta era um suspeito. A outra coisa é você pegar essa mulher que tava votando do trabalho na linha amarela e tomou um tiro. Toda a strategia de mandar esses bandidos pra mata pra depois, durante ali essa situação, prendê-los, também levou uma percepção social de que só foi pra mata que é bandido. Quem é o trabalhador que tava com medo se trancou em casa. Não correu pra mata. Então, ali é muito difícil pra opinião pública, óbvio, que teve inocente que morreu. Sempre tem. E até perguntam pra ele, mas você tem como garantir que todo mundo que morreu era suspeito, era bandido? E ele fala, não. Eu, ele nem tá na operação, né? Ele é ex-capitão do BOP, mas ele falando, não. Do mesmo jeito, quando você tem uma situação de guerra, e por isso que eles tentam muito puxar essa comparação para uma situação de guerra. Porque ele fala, é outra coisa. Uma cena impressionante foram os bandidos com drones jogando, sei lá, granadas, que é esse negócio, assim, é um nível que não é de bandido normal. Mas existe a tese contrária que fala que isto não é um conflito armado não internacional, um cane, porque este tipo de situação tem uma discussão ideológica, existem outras coisas que não se enquadram nessa situação de facção criminosa. Mas com certeza existe esse ponto todo, e é inclusive um ponto de terrorismo, de ameaça a cidade como um todo, ameaça a população, instará o medo. Então, se não é uma coisa ideológica, está em algo que não pode ser discutido com o olhar de simplesmente legítima defesa, você tem como provar, eu quero que vocês me provem que cada um desses mortos estavam colocando em ameaça a vida de um policial e coisas assim. E a cena que desmistificou essa foto, apesar dela ter sido muito menos marcante, principalmente internacionalmente, ter navegado muito menos, foi a cena de pessoas cortando roupas de camuflagem, assim, militares dos bandidos e tirando tudo isso na hora que enfileiravam os corpos para gerar essa percepção de massacre, assassinato em massa, e não de uma série de bandidos, um cara que colocou uma roupa, que foi para mata e colocou uma roupa camuflada, porque lá sim eles estavam numa guerra. Então, acho que tem alguns pontos aí que a gente precisa olhar, né? Depois tem toda a expansão do Comando Vermelho, e que isso obviamente também é uma briga com as milícias e com as pessoas que dominam esses territórios todos, mas tem uma expansão gigantesca. E um ponto que o Pedro Doria trouxe, que eu acho que é muito interessante e verdadeiro, que é o histórico de corrupção que existe no Rio de Janeiro, e que essa situação também só acontece porque existe a ineficiência, a falência do Estado de estar presente nessas comunidades, de estar lá dentro, e que agora eles jogam essa responsabilidade, até do ponto de vista político, em cima do governo federal, que para mandar blindados e tudo isso precisaria ter uma GLO, uma garantia da lei da ordem ali, que é um mecanismo específico que permitiria uso desses recursos e dessas forças desta operação, como aconteceu há 15 anos atrás e que não foi permitida, mas que no fundo isso é muito maior. In operações passadas, quando o Lula era presidente, ele falou uma frase de que você não pode tratar traficante com pétalas de rosa. E agora ele já fala que traficante é vítima do usuário. Então, assim, dependendo de quem está e da narrativa política, isso muda completamente. E eu fiquei impressionada em juntar os fatos. Não sou carioca, não tenho família no Rio a ponto de acompanhar isso tão de perto. Toda hora tem notícia de que prenderam um governador no Rio de Janeiro e prenderam alguém e tudo, mas os últimos governadores, todos, Sérgio Cabral foi preso, o Pezão foi preso, o Anthony Carotinho foi preso várias vezes, né? O Witzel sofreu o impeachment. E o Cláudio Castro agora está sendo indiciado. Foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de corrupção. Então, assim, cara, quando você fala dessa, são muitas camadas, são.
SPEAKER_02:É, louco.
SPEAKER_00:Mas existe uma briga política gigante, já vou te passar a palavra, que eu tenho certeza que você tem milhões de pontos para agregar. Mas assim, existe uma briga política gigante. E isso vai provavelmente, potencialmente, não é que eu ia falar provavelmente, tá, gente? Vai falar potencialmente, que vem, provavelmente, isso vai ser o grande tema das eleições do ano que vem. Porque este é o grande ponto que faz o centro ir pra direita. E acho que isso, junto com a frase que o Lula falou, pode tirar a reeleição do Lula. E com a palavra, André Janera.
SPEAKER_01:Não, acho que você tá. Hoje você tá afiadíssima, perfeito, Fê. Não tem muito acreditando. Eu tenho bastante esse tema essa semana, gente. Concordo plenamente com você, concordo plenamente. Eu acho que essa cadeia de, usando até uma palavra, um trocadilho, essa cadeia de presidentes, a cadeia de governadores que você mencionou, né? Essa cadeia de governadores que foram pra cadeia. Eu uso essa nova aqui. Mas isso diz muito, né? Eu acho que a gente não tem muito o que acrescentar. Só você relembrar esse histórico de governadores cariocas explicam muita coisa. Explicam muita coisa. Então, acho que o Rio, aí vem a minha parte mais polêmica do que eu vou falar. Eu tenho muitos ouvintes queridos cariocas, espero que eles não fiquem chateados comigo com isso que eu vou falar. But o Rio é um lugar onde a lei tem uma zona cinzenta muito grande, né? Onde o contraventor, onde o bifeiro convive in sociedade, onde todo mundo vai para o carnaval, que a gente sabe que é financiado com dinheiro do jogo do bicho, anda a festa that is linda, and I mesma just fui and acho lindíssima a Sapucaí, é uma experiência that is linda mesmo. But this is tolerado. Eu acho que a contravenção, tudo isso é muito tolerado no Rio. And I think this is attention when I fui morar lá, de entender que isso é permitido, as pessoas fazem vista grossa para esse tipo de coisa. E eu acho que isso é uma coisa cultural no Rio, e por isso que a gente está onde a gente está. As coisas foram muito toleradas, muito. Não se vê isso como mal.
SPEAKER_00:A analogia do sapo, DEA, para mim, isso é ótimo.
SPEAKER_01:É isso, e o louco assim. E o contraventor está ali convivendo com as pessoas, todo mundo sabe, de repente o contraventor está andando de carro na Lagoa Barra, daí toma tiro, porque o bicheiro concorrente quis matar. Tem uma série da Globoplay, Vale o Que Tá Escrito, o nome é Vale o Que Tá Escrito. É uma série que acho que vale muito a pena assistir, tá no Globoplay, muito, muito bem embasada, muito bem construída, que fala sobre o jogo do bicho no Rio, que explica muito disso que a gente está vendo. Tem muita coisa ali que ajuda a entender o que está acontecendo com o Rio. De novo, eu falei isso na aula que eu dei quarta-feira, isso não é um problema exclusivo do Rio. Eu acho que essa questão do crime organizado já cruzou fronteiras, inclusive internacionais. Não é à toa que muita gente faz comparação com a máfia na Itália, o que está acontecendo no Brasil. A gente teve aí, o quê? Um mês atrás, uma operação na Faria Lima, prendendo um monte de gente, porque o dinheiro do PCC estava se entranhando no mercado financeiro e tudo mais.
SPEAKER_00:Então, assim, a gente sabe que hoje uma gente que teve um envolvimento que pousou um avião no Brasil, que estava cheio de gente da C. Não sei se vocês já ouviram essa história, gente. Isso aqui já não é, tá no Lino Jornal. Dizeres, tá? Saiu um lugar ou outro e tudo, mas só pra deixar claro aqui, né? O que é fato, o que é opinião, o que é quase fofoca. Isso aqui tá no quase fofoca, né? Mas assim, mas teve um envolvimento americano, porque justamente isso começou, quando você falou que é internacional, isso começou a impactar e a sair do Brasil e que teve um lance. E tem que follow the money, mas follow the money não necessariamente é fácil, mas teve. Eu não duvido porque o louco. E o lance do terrorismo também, né? Se isso é classificado como terrorismo ou não, e aí quanto que você pode ter. Eu ouvi uma teoria também, de novo, tá na parte meu, hashtag fofoca, tá? Isso, houve uma teoria também, e a gente tem várias teorias muito loucas por aí, né? Mas uma das teorias também é isso. A direita também está fazendo tudo isso para levar a um extremo de uma situação, que daí você considera que isso sim é terrorismo, e daí você pode envolver. Outro.
SPEAKER_01:Olha o que ele está fazendo na Venezuela andia, né? Ele está usando o narcotráfico, ele está usando o combate ao narcotráfico como uma licença para poder entrar in conflito with a Venezuela é o país that's petróleo, que o Trump é drill, baby drill, que ele precisa de energia, and that is exactly the Venezuela que sai a maior parte da droga que vai para os Estados Unidos.
SPEAKER_00:Então tudo começa a se misturar.
SPEAKER_01:A Colômbia, sim. Androu na jogada. Agora ele também entrou em bate direto ali com o Petro. Então, assim, o que é. Petro, o nome dele agora me deu um branco aqui. Petro, é Petro, é o Petro Rego. É até nem uma piada pronta, né? No meio desse embrólho todo do petróleo, o nome do presidente da Colômbia é Petro. Quer dizer, o nome não dos sobrenomes dele é Petro, né? Mas, enfim, eu acho que tem uma história que a gente precisa prestar atenção, que aí é meio ligando os pontos, pra gente ficar de olho, que está havendo uma. A gente já está mudando um pouco de assunto, mas só para deixar essa aba aberta aqui na cabeça de todo mundo, a gente vai assistir. Acho que estamos prontos para mudar de assunto.
SPEAKER_00:Vamos.
SPEAKER_01:Mas a gente está assistindo.
SPEAKER_00:Eu acho que eu sei para claro que você está indo, mas estou curiosa para ver se é personal do mesmo.
SPEAKER_01:Vai lá. Eu acho que a gente vai assistir nos próximos anos um deslocamento de um eixo de produção e exploração de petróleo para a região aqui do norte da nossa América do Sul aqui. Surinami, as Guianas. Tem, gente, a própria questão da exploração de petróleo na foz do Amazonas, que foi autorizada pelo IBAM esta semana, às portas da COP, às portas da COP. Então, assim, essa é uma região muito rica em petróleo. E não é à toa que o Trump agora está olhando para essa região com muita atenção, com muito interesse. Ele está se salivando, digamos assim. Porque isso ele precisa abrir portas aqui nessa região. Por isso que também essa relação com o Lula, todo esse mise and scene que ele está fazendo também tem um pouco desse interesse. Então, assim, tem muitas empresas de petróleo olhando para essa região que pode ser o próximo grande local de exploração e produção de petróleo. Isso vai impactar a América Latina como um todo, porque pensa no que jorra de dinheiro quando isso acontece. Então a gente começa a ver, de repente, países ali que não têm muita expressão, não têm uma economia muito relevante, de repente podem se tornar potências por causa do petróleo, como aconteceu no Golfo Pérsico, como aconteceu lá com o Catar, com a Arábia Saudita. Olha o que aquilo se transformou por causa do petróleo. Eu sei que a gente está falando em transição energética, a gente está falando de crise climática, mas assim, ninguém está nem aí, nem o nosso presidente, gente, que uma semana antes da COP assinou essa autorização, deixando o mundo meio perplexo, né? Tipo, que moral tem o Brasil para receber uma COP autorizando isso na Amazônia. Então, assim, isso aí vai dar muito pano para a manga. Dizem que o presidente preferiu fazer isso agora para fazer tudo às claras, ele achou melhor fazer isso do que autorizar logo depois da COP, que ficaria pior em termos de imagem. Então, vamos fazer isso. Isso é verdade. As claras, e vamos discutir que uma parte desse dinheiro que vai ser gerado vai ser investido, talvez, em transição energética, que é o que aconteceu em alguns lugares, ou que dizem que vai acontecer em alguns lugares, na Noruega tem isso também, muito petróleo. Então, assim, vamos drill, e aí a gente pega uma parte disso para ajudar a fazer a transição. Então, assim, são dilemas que os governantes têm de até onde esquecer, até onde esquecer que tem petróleo embaixo da Terra, que aquilo é dinheiro, e partir para uma transição. A transição, o que a gente tem hoje de energias renováveis é suficiente para bancar esse mundo em que a IA vai sugar toda a energia que tem? Ou seja, são muitas questões, mas eu quis trazer, abrir mega parênteses aqui, peço desculpas porque eu trouxe uma outra perspectiva, mas assim, porque isso tem a ver com essa história do terrorismo e do Trump estar entrando em conflito direto com a Venezuela, dizendo que é para coibir o narcotráfico, quando a gente sabe que no fundo ele quer ali, ele quer ele quer derrubar o Maduro, colocar um novo presidente com quem ele tem interlocução e possa eventualmente criar algum tipo de relação para aproveitar aquele petróleo.
SPEAKER_00:E até tem um potencial econômico na Venezuela como um todo enorme. E daí, isso você trouxe um ponto interessantíssimo, né? Eu achei até que você estava indo para o teste nuclear, mas você trouxe uma coisa mais interessante ainda que chega até nisso, que quando a gente volta a falar de Trump, o que ele está fazendo no mundo, ele indo lá explodindo o barco da Venezuela andando essas coisas todas. No meio disso tudo, ele está ameaçando retomar os testes explosivos de armas nucleares. Eu até estava postando algumas coisas aqui, li um artigo do New York Times, vou deixar o link também interessante. But os Estados Unidos não fazem testes explosivos de armas nucleares desde 1992. Isso reacende toda a discussão de segurança nacional. Lembrando que ele não tem mais um secretário de defesa, ele tem um secretário de guerra. Toda a movimentação que está acontecendo. And arma nuclear, esse artigo traz algumas coisas interessantes. Ele fala que os Estados Unidos hoje têm aproximadamente 3.700 ogivas nucleares, as quais 1.700 estariam prontas para uso imediato. Essas ogivas poderiam ser lançadas de aviões, mísseis, submarinos, e que a Rússia tem mais armas nucleares. O Trump afirma o contrário, but segundo o artigo do New York Times, isso está incorreto. E que os Estados Unidos estão num programa massivo de modernização dessas ogivas e do sistema, que é um custo que teria um custo estimado em 1,7 trilhões de dólares em 30 anos. E daí tem algumas perguntas interessantes que. Primeiro, sem explodir bombas, os Estados Unidos conseguem garantir que as bombas funcionam? Sim, conseguem. Eles usam um programa chamado Stock Pile Stewardship, que mantém vale essas bombas sem explosão real. Tem uma super infraestrutura, supercomputadores gigantes, o laser mais poderoso do mundo, enormes sistemas de raio-x, 65.500 funcionários em oito instalações diferentes. Só em Los Alamos tem quase 18 mil pessoas, and esse número cresceu 50% desde 2018, and nenhum outro país tem tanta capacidade para simulação andar explosivo. O último teste was in 1992, no deserto Nevada. It was pequeno, foi um terço do tamanho da bomba de Hiroshima. Andou voluntariamente tocando teste nuclear. And in 1996 apareceu o tratado de proibição completa de testes nucleares. Ele nunca entrou oficialmente em rigor, but ele acabou criando uma norma global de que ninguém mais testa. Desde então, Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido, ninguém mais fez teste explosivo dessas armas. E isso reacende. Por um lado, eu acho que existe essa discussão de que o Trump faz essas ameaças. Através disso, ele sempre tem isso, sempre coloca o bode na sala, faz ameaça para depois ver o que acontece. Existe uma discussão se o Arsenal pode evoluir sem esses testes, e a conclusão desse artigo da New York Times é que sim, as ogivas estão sendo modernizadas sem testes explosivos, e que esse novo projeto, esse W93, da primeira ogiva nova desde a Guerra Fria, é um termo nuclear, uma bomba de fisão acionada para uma bomba de hidrogênio, não, que aciona uma bomba de hidrogênio e pode gerar uma explosão até mil vezes maior que Hiroshima. E eu acho que, no fundo, a própria conclusão do artigo é alguém, por que alguns querem testar de novo? Porque é uma sinalização política e intimidação. É para mostrar força para rivais como a Rússia e a China. E durante a Guerra Fria, esses testes eram usados como uma psicologia militar. Sentiu esse terremoto? Imagina se não fosse só um teste. Mas é uma forma também de restaurar o medo que isso existe. Quem aqui é jovem há mais tempo e viveu a Guerra Fria sabe que existia esse medo. Eu lembro de eu criança, uma vez que eu assisti, sei lá, um Globo Repórter, alguma coisa de arma nuclear, e eu fui dormir assim, meu Deus do céu, e se começar uma Terceira Guerra Mundial, isso e tal, e se explodir bomba. Não sei se você tem essas lembranças dela também. Mas os mais jovens provavelmente nem têm referência a isso, né? Mas a gente tem. E isso de novo vira um estopim aí.
SPEAKER_01:É, acho que é bem parte da estratégia do Trump isso, né? Tipo, de flood zone ainda, né? Também tem um pouco disso, mas criar esse medo e mostrar poder. Acho que continua essa tentativa de mostrar que eles estão no jogo, que eles são assustadores, que eles metem medo mesmo, que eles podem fazer o que eles quiserem. I think they've no government of Obama, principally, the governor, it was bonzinho, pacifists, and they followed in this type of thing. And this strategy do medo from um potented, the fundo é um seguro. A nuclear é isso, né? Então acho que faz sentido nesse momento atual, ainda mais agora que a Europa está falando muito nisso, a Europa ali, principalmente os países que fazem fronteira com a Rússia, estão todos com muito medo. A gente tem falado disso bastante aqui no Duplo Clinic. Existe um medo palpável, um medo real de uma escalada da guerra ali na Europa já há bastante tempo, and o Trump não quer ficar por trás. Acho que faz parte aí dessa. E aí tem essas empresas americanas também que a gente já falou, né? Tipo o Andoril, daquele Power Luck, que é um garoto que vendeu, criou o óculos da óculos, que depois foi comprado pela meta, e eu já tive a oportunidade de vê-lo falar umas duas ou três vezes, ele está nesses festivais, um garoto mesmo, ele deve ter 25, 26 anos, e ele criou, depois que ele vendeu a empresa de óculos para a meta, ele criou a Andrew, que é uma empresa de defesa bélica, e ele é super republicano, super conservador, e acredita que o que vai garantir a supremacia, a soberania americana é ter um aparato militar que traga essa sensação de medo para todos os seus concorrentes, digamos assim, para os outros países que tentam crescer mais que os Estados Unidos. Então, acho que essa é uma técnica usada desde sempre pelos Americans.
SPEAKER_00:E daí a gente chega atrás que conecta esses assuntos, né? A necessidade do medo. Medo de ser punido. Medo de.
SPEAKER_01:Talvez esteja na raiz de tudo isso.
SPEAKER_00:E esse lance é também de que assim, os países precisam ter medo de invadir os outros países. As coisas, né, assim, se não exista, se não existe essa noção. Mas é que o respeito tem uma teoria, né? Eu que sou roker advogado, meu marido, não está aqui, não preparei isso para a pauta pra vocês, mas tem algumas teorias em direito, tudo falando que o homem só é bom porque ele sabe que ele vai ser punido, né? Aquela coisa, como você, como reage o homem comum quando ele sabe que ele, de alguma forma, está sendo vigiado ou não? Tudo bem, no mundo ideal, todo mundo deveria ser ético, deveria ser cuidados e deveria fazer as mesmas coisas independente disso tudo. Mas que tem um lado que isso é um driver da sociedade. E falando em medo, Bea, você teria medo de ter um robô na sua casa ou você adoraria pra gente trazer isso para um tema pra gente finalizar com essa pauta que é a pauta mais legal da semana, né? Porque essa do Rio de Janeiro, Jesus amado. Gostaríamos de não ter uma pauta de falar de uma cidade tão maravilhosa e tantas outras cidades e dessa situação de violência. Mas essa semana foi apresentado o Nil, ou o Neo, ou como você tá chamando ele? O Nil, o Nil, que a gente é muito americanizado.
SPEAKER_01:Primeiro, assim, parabéns pela sua transição. Ficou linda esse link que você fez. Eu pensei agora, amiga, né? Tem umas coisas que vão aparecer, né? Tá ficando boa de podcast você, hein? Tá ficando boa de podcast você.
SPEAKER_00:Isso o chat GPT não faz, né? A gente vira Match Mad Chat GPT, faz aí pra gente a pauta, gente, horror. Manus, faz a pauta, Claudio, faz a pauta. Um horror, né, Dea? Ainda tá nas mentes, mas vamos lá. Que bom, ainda bem.
SPEAKER_01:Mas é isso, acho que essa semana teve muitas. Todo mundo que está ouvindo a gente deve ter sido impactado de alguma forma, porque nas redes sociais são imagens muito bizarra e chamativas, né? Essa coisa do robô dobrando uma roupa, colocando louça dentro de uma máquina de lavar louça, ou seja, tudo que a gente nunca achou que fosse, ou achou que isso ia acontecer talvez daqui a 20, 30 anos, já está acontecendo. A empresa que fabrica o Nil é uma finlandesa chamada One X Technologies, e anunciou essa semana que por módicos, 20 mil dólares, você pode ter um Nil na sua casa. Eles vão começar a entregar em 2026 e também vão oferecer, é o que tudo indica, um plano de aluguel. Então, por mais ou menos 500 dólares por mês, você também pode ter um Nil. E isso desperta uma série de questões, porque é engraçado que a gente teve essa conversa com a minha filha semana passada no carro. A gente estava falando sobre isso de ter quando isso vai chegar, se vai chegar, se é para uma parcela muito pequena da população, porque ia custar muito caro e tudo mais. E a gente vem falando isso há muito tempo. Eu que, nos festivais que eu fui nos últimos dois anos, todo festival leva um elenco de robôs para o palco. Então eu vi vários robôs em vários festivais, sempre com esse recado. Tipo, gente, tá andando mais rápido do que vocês imaginam. A própria Tesla, o Elon Musk já falou que acha que daqui a 20 anos o maior business do conglomerado dele vai ser o de robôs, o Optimus. E cada vez mais eles vão ficando com um jeitão mais humano. A gente sabe que existem já robôs em fábricas há muito tempo. Até o Rumba, aquele aspirador de pó redondo, também é considerado uma espécie de robô. But aqui a gente está falando de robôs humanoides, são robôs que têm cabeça, dois braços, duas pernas, que são criados dessa forma, porque o mundo foi feito para isso.
SPEAKER_00:Quem estiver vendo no YouTube, eu estou mostrando aqui as cenas do Neo. Primeira vez que a gente põe cenas assim, né? Para quem estiver vendo no YouTube, eu até coloquei aqui, né? Primeira vez que a gente mostra algumas cenas, mas como que é o tal do Neil?
SPEAKER_01:And as pessoas, que acho que muita gente não se aprofundou, não deu um duplo clique na noticia, é que esse robô ainda tem uma operation humana fortress. Ou seja, the CEO of the admitted in a conversation that he teve with a Joanna Stern, who is a person who cuidaes of novel technologies no, which I considers super, super crack, that eventually for trying to robot, commandando o robô à distance, not trying vestindo de robô, gente. But alguém. Operando, manobrando esse robô à distância para garantir que ele vai entregar as tarefas esperadas, porque ele ainda está, obviamente, em treinamento, ainda é uma coisa que está começando, então existe uma força de trabalho humana ainda que consegue enxergar o que o robô está fazendo, ou seja, entrar na sua casa e olhar o que está acontecendo para poder orientar o robô em alguma tarefa. Então isso ainda acontece, isso é bem transparente, isso é bem explícito, e ele mesmo responde, né? O CEO fala, de fato, não é pra todo mundo. Não é todo mundo que vai aceitar ou vai lidar bem com o fato de que existe alguém picking, alguém espiando, espionando a sua rotina por trás da máscara de um robô. Mas sem isso, não tem como a gente ainda liberar. Existe uma questão de segurança também. E aí, gente, os memes, não sei se vocês foram impactados, mas eu amei os memes, eu vi vários, muito bons. Assim, tinha um que mostrava um robô segurando um travesseiro, olhando pra você e dizendo assim, seu cartão não passou. Tipo assim, o cara que assim. Ameaçando te matar, o travesseiro, assim, tipo, your card has been declined, né? Tipo assim, ops. Ou seja, é muito. É algo que ainda vai exigir uma adaptação cultural do Ocidente, né? Porque poucas pessoas hoje diriam sim pra uma resposta, uma pergunta que você me fez aqui no começo desse bloco, né? Tipo, se eu teria em casa.
SPEAKER_00:Não sei, mas aí, algumas coisas, algumas que a gente até já comentou aqui, né? Mas que acho que são super interessantes, coisas que me fizeram parar pra pensar e falar: wow, primeiro é por que o robô humanoide. O mundo foi feito para humanos. Ele foi designed for humans. A altura que estão as coisas, né? Onde fica a máquina de lavar louça, onde ficam as coisas, o que está na altura da cintura para você fazer com os braços, o que está acima que você não pega sempre, o que não sei o quê? Todo mundo foi feito para o ser humano. E, mais importante, a gente quer que o mundo continue sendo feito para o ser humano, né? Tudo tem que continuar sendo como human first. A gente não pode começar a fazer um mundo que a máquina fala com a máquina e não tem o humano no meio, e ele não tem como interagir nesse negócio todo. Então, o robô tem que ser humanoide porque ele precisa conseguir interagir no mundo que já existe, né? Desde a altura da maçaneta para abrir a porta, até todos os detalhes, e porque a gente quer que o mundo continue sendo feito desse jeito. Então, acho que isso é uma coisa super interessante. E o outro ponto que eu acho que é muito interessante, que foi um ponto que você me falou uma vez, Dea, e fez assim, ó, pau na minha cabeça, né? Foi que você pensava assim, gente, 20 mil dólares num robô? Hello! Porque eu pensava no robô como aspirador de pó, como. E você vira e falou assim: mas quanto você gasta num carro? Quantas horas por dia você usa do carro? Quanto que o carro agrega valor na sua vida? E obviamente o Neil é o primeiro robô que está sendo feito. A chance dele dar certo e estar aqui daqui a anos e tudo, honestamente, Dea, é baixíssima. Provavelmente daqui a pouco alguma empresa vai comprar, uma outra vai desculpitar. A gente sabe que o Elon Musk está cada vez mais tentando virar a Tesla para isso, porque a briga de carros, ele, honestamente, já perdeu pra China, na minha opinião.
SPEAKER_01:Você perdeu os robôs também. Eu acho que todos vão perder pra China. China já tem robôs muito mais avançados. Talvez. Ai, a gente vai ver isso na China, amiga. Vamos ver isso na China. Pensa que o Nil alugado, um aluguel, uma assinatura do Nil, vai custar 500 dólares. Faz a conta. Não, uma assinatura por 500 dólares. E pensa que o Brasil é um problema. A gente tem um funcionário. Exato. O salário de um funcionário no Brasil, um funcionário doméstico.
SPEAKER_00:Agora pega um funcionário nos Estados Unidos. Entendeu? Agora, pensa você ter, né? Obviamente, um ser humano tem todo o lado maravilhoso e não maravilhoso da interação. Mas queremos continuar tendo emprego para os humanos e queremos tudo isso, e queremos continuar tendo interações humanas. Mas eu que tenho dois cachorros que soltam pelo, que fazem as necessidades deles, que eu preciso limpar, que precisa fazer, e precisa fazer isso de noite, precisa fazer isso sábado, precisa fazer isso domingo. Você sai de casa e precisa voltar para casa, porque tem que cuidar, porque não sei o quê. Já pensou? Tem um robô que estivesse cuidando disso tudo o tempo inteiro? Tem um valor enorme. Ainda não está pronta a tecnologia, né? Eu não compraria essa tecnologia hoje, porque eu tenho certeza que ela vai ser disruptada do dia pra noite, porque é carésimo, nem tem pra vender aqui, por todos os temas de segurança que você falou, porque, mas está avançando, né? E o futuro está cada vez mais próximo e se desenhando. E a gente vai ter esse futuro do Jetsons de ter um robozinho. Quem era? A Rose? Como é que ela chamava? Rose, a Rose. A Rose. Que vai cuidar dos nossos filhos, entendeu?
SPEAKER_01:500 dólares por mês dá 3 mil reais. É menos do que a gente paga para os seus funcionários domésticos. Então é por aí que a coisa vai pegar. Sempre que a gente puder fazer mais orients, a gente vai fazer. And so that the society was faster with a reality and adotando, pensa no quantity of things novel that a gente adopted in the ultimate 15 years and who possibly in the initial estranhas or more provace, and a gente. And a quis para o Manus resgatar esses e-mails para mim. Eu tinha uma lista de contas que eu tinha que fazer um encontro de contas ali. E aí eu tenho que dar a minha senha de e-mail pro Manus.
SPEAKER_00:Nossa, isso que eu ia falar. Eu queria muito fazer esse tipo de coisa. Obviamente, no meu e-mail pessoal, né? Do trabalho eu jamais faria, nem pode, nem tudo. Tem mil camadas de segurança e tudo. Mas o meu pessoal adoraria fazer um negócio desse. Mas daí eu fico, ai meu Deus, mas eu vou dar a senha do meu e-mail para um sistema, Jesus. Outro dia eu tava pensando, eu vou fazer um e-mail separado, só pra jogar as newsletters que eu gosto, e daí eu vou dar acesso só a essa caixa de e-mail, só pra ver os conteúdos de newsletter, eu já tô começando a pensar como eu vou começar a compartamentalizar a minha vida pra começar a dar acessos restritos a algumas coisas. E aí, o que você tem?
SPEAKER_01:É o que a Mary Twitter falou e fala, né, quando ela vem nesses festivais todos, né? Os agentes que vão poder nos ajudar a resolver milhões de tarefas, o agente, digamos assim, é um passo antes do robô, né? O agente é um robô, só que ele não é no mundo. É, é no mundo físico, né? Exato, mas é mais ou menos isso. O agente é uma pessoa é uma ferramenta que vai resolver, vai fazer compra, vai fazer PIX, vai organizar, vai mandar convite para as agendas de todo mundo, pra uma reunião. É um negócio que vai resolver muitas questões. Ela é um assistente mesmo virtual. Só que você vai precisar da sua senha para que ele possa executar todas essas tarefas, né? Que a gente já falou isso aqui no podcast, é como você ter uma secretária que tem seu acesso aos e-mails, ela tem acesso à sua senha do banco. Tem muita gente que tem assistentes pessoais, físicas, né? Que fazem pagamentos e que fazem tudo isso sem que você precise fazer. Então, no fundo, quando uma coisa parece muito disruptiva, a gente tem que dar um passo atrás e pensar, tá, mas eu já dou a minha senha pra uma pessoa, só que é uma pessoa. E essa pessoa também pode fazer algo errado. A gente conhece melhoridade de pessoas. Mas tem muita gente que dá, tem a senha do banco, tem uma secretária, tem uma pessoa que ajuda. E assim, essas barreiras, esses obstáculos, se a gente parar pra pensar historicamente, são coisas que a gente, depois de um certo tempo, se habitua. E a conveniência, a facilidade, a praticidade acabam se sobrepondo ao nosso medo de, enfim, qualquer tipo de.
SPEAKER_00:But você também vai escolher do players, né? O Google ou a Microsoft, provavelmente você tem uma conta de e-mail que é de algum deles, e ele já tem acesso a tudo que você tem no seu e-mail. Então talvez você seja mesmo ali o agente.
SPEAKER_01:Perfeito.
SPEAKER_00:Aí tem coisas que é um pouco de trust, né?
SPEAKER_01:E a gente, quando entra em contato com algo muito novo pela primeira vez, a gente tende a dizer, nossa, eu jamais faria. Só que se você olhar pra trás, várias coisas que você também achou que você nunca faria, você acabou fazendo. E à medida que o seu entorno vai normalizando certas coisas, quando a gente menos imagina, a gente está fazendo. Então, eu acho que isso é um. É só um lembrete pra gente também não se colocar nessa posição radical e dizer, não, jamais teria. Provavelmente.
SPEAKER_00:Nossa, eu pretendo ainda ter na minha vida.
SPEAKER_01:Teremos, na nossa existência.
SPEAKER_00:Bom, eu e você, do jeito que a gente adora, né? São early adopter e faz essas coisas, tudo e quer testar. Entendeu? Acho que a gente ainda vai ter. Nem todos na nossa geração, mas acho que a gente vai. Vamos ver. Pessoal, chega nos colocos. Chega que vocês não devem mais aguentar. É, o Miguel tá aqui, gente, pelo amor de Deus, uma hora ideia, socorro. Entendeu? Gente, super obrigada por mais uma semana com a gente, né, Dea? Hoje teve muito de Brasil, de alguns dos temas mais profundos que os brasileiros vivem, mas acho que é uma conversa que a gente precisa ter e que vai acontecer muito até as próximas eleições. E que eu acho que precisa realmente ser falado, né, Dea? A gente parte de que o que acontece no Rio, nessas comunidades e tudo isso, não faz parte das notícias. É muito renegado. E acho que é algo que precisa voltar pra pauta. E é isso aí. Até a semana que vem.
SPEAKER_01:Tchau, obrigada, gente. Beijo.