#09: Energia em Foco - Resumo Semanal (27/06/2025)

Prepare-se para um mergulho no futuro da energia no Brasil! Neste episódio, exploramos os marcos recentes que estão redefinindo o cenário energético nacional. Discutimos a entrada em operação de 440 MW em projetos renováveis por Casa dos Ventos, EDF Renewables e Rio Energy, consolidando a presença de grandes grupos no Ambiente de Contratação Livre (ACL) e na matriz renovável brasileira. A Casa dos Ventos adicionou 207,8 MW com o Complexo Eólico Babilônia Sul (Bahia), a EDF iniciou a operação da UFV Brígida em Pernambuco com 152,8 MW em energia solar, e a Rio Energy teve aprovação para unidades do Complexo Eólico Caetité Norte (Bahia) com 80 MW.

Descubra os ambiciosos planos de investimento da Engie Brasil, uma das maiores companhias de energia do país, que destinará R$ 11,6 bilhões até 2027 para três pilares estratégicos: geração renovável (com foco em solar e eólica), transporte de gás natural e expansão da infraestrutura de transmissão elétrica. A Engie já possui mais de 11 GW de capacidade instalada no Brasil, sendo 90% de origem renovável, o que equivale à potência da hidrelétrica de Itaipu. Os destaques incluem a conclusão dos complexos eólicos Santo Agostinho (Rio Grande do Norte) e Serra do Assuruá (Bahia) e o Gasoduto Sul de 1.000 km.

Analisamos a importância do próximo leilão de transmissão de 2025, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para 28 de março, que prevê R$ 8 bilhões em investimentos para construir 6.464 km de linhas de transmissão e 8.995 MVA em capacidade de transformação. Esses 14 lotes de empreendimentos, que abrangem dez estados, são cruciais para atender ao escoamento da geração renovável, reforçar a confiabilidade da rede e suprir o crescimento da demanda em áreas de alta carga industrial.

Aprofundamos o alerta do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre o risco de sobreoferta de geração renovável até 2029, com 96% dos cortes de energia esperados sendo causados por excesso de energia disponível sem capacidade de escoamento. Esse fenômeno, conhecido como curtailment por sobreoferta sistêmica, ocorre devido ao descompasso entre o crescimento exponencial da geração solar e eólica no Nordeste e Norte do Brasil e os atrasos ou insuficiência das obras de transmissão necessárias para integrar essa energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Por fim, celebramos um marco histórico para a energia eólica offshore no Brasil: a emissão da primeira Licença Prévia (LP) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para um projeto de 576 MW no litoral do Rio Grande do Sul. Este passo inicial, que atesta a viabilidade ambiental do projeto, abre caminho para os 96 projetos eólicos offshore em análise, totalizando mais de 230 GW em potencial de geração. Apesar do avanço, desafios como a aprovação de um marco regulatório específico e a infraestrutura

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