WhiteMud Podcast

Carregar um Nome, Herdar uma História

Eduardo

A neta de Joana D'arc, Joana Queiroz, compartilha memórias emocionantes e reflexões sobre crescer tendo o mesmo nome de sua avó que completa 80 anos. Com histórias sobre tradições familiares, viagens inesquecíveis e momentos cotidianos, este episódio captura a essência do relacionamento entre avó e neta.

Joana Queiroz nos transporta para os famosos "cafés da tarde" da família Guimarães – verdadeiras celebrações que vão muito além de uma simples xícara de café. Esses encontros, tão significativos que batizaram o grupo familiar de WhatsApp como "Clube do Café com Leite", são momentos onde o tempo parece esticar-se indefinidamente entre bolos, tortas, pães de queijo e conversas que fluem até a noite. É nesse cenário que conseguimos enxergar o coração das tradições familiares que Joana D'arc cultivou ao longo de décadas.

• Joana Queiroz reflete sobre carregar o mesmo nome da avó e como isso representa uma conexão especial entre elas
• Grupo familiar no WhatsApp chamado "Clube do Café com Leite" simboliza a importância desse ritual
• Viagem inesquecível aos Estados Unidos quando a avó tinha 78 anos revelou sua energia e espírito aventureiro
• A mudança recente de casa após 50 anos no mesmo local representou um desafio e uma nova fase na vida da avó
• Memórias da casa antiga incluem brincadeiras de esconde-esconde e aprendizados de artesanato
• Joana Darc frequentemente menciona Barro Branco(dai o nome do Podcast; White Mud!) e seu céu estrelado incomparável em suas histórias
• A generosidade da avó se manifesta no hábito de dar presentes para os netos em seu próprio aniversário


Speaker 1:

Olá, pessoal, seja bem-vindo ao meu podcast show. Meu nome é Eduardo e esse show é sobre a Joana Dark. Você sabia que a Joana Dark está fazendo 80 anos? Bem, isso é um grande marco que certamente guarda coisas interessantes quando pessoas próximas compartilham depoimentos sobre a convivência com ela ao longo de muitos anos. Cada semana eu terei um convidado e convido a você a seguir essa rica história, e esse é o White Mud Podcast. Olá, bom dia, boa tarde, boa noite. Sejam bem-vindos a mais um episódio do nosso podcast. Para você que está ouvindo a primeira vez esse podcast aqui, saiba que existem outros episódios, que você pode voltar lá para o começo da trilha. Tem outros episódios que você pode ouvir para você entender toda essa sequência onde a gente está aqui hoje. tá, e mais uma vez, quero agradecer a sua audiência nessa trilha de podcast que você vem acompanhando desde o início. Muito bem, hoje nós temos aqui uma pessoa muito especial porque ela tem o mesmo nome da nossa homenageada. Tenho aqui com vocês a Joana Queiroz. Joana Queiroz, tudo bem com você.

Speaker 2:

Oi, tudo bem, e você? Eu tô muito bem, muito bem obrigado, Tô muito feliz de estar aqui e poder dar esse presente para a vovó também.

Speaker 1:

Ah, muito bem, você já denunciou, porque eu ia perguntar para você qual era a sua relação de parentesco com a Joana Dark.

Speaker 2:

muito bem, Enfim, eu sou a Joana e eu tenho o mesmo nome que a vovó como homenagem e sou neta dela.

Speaker 1:

Muito bem, muito bem, Vamos começar por aí. Joana, como que é ter o mesmo nome da sua avó o mesmo nome da sua avó.

Speaker 2:

Eu acho que tipo assim pra mim, eu acho que desde quando eu era pequena eu sempre vi o meu nome muito como um nome de avó. Sabe Porque eu sempre tive a vovó Joana, a vovó Joana, a casa da vovó Joana, Então pra mim era tipo um nome que eu tinha muito como caramba é o nome de pessoas mais velhas. Eu não conhecia ninguém da minha idade, né Quando eu era pequena, com o mesmo nome que eu, só a vovó Joana. Então eu acho que eu sempre tive essa referência. Mas, pensando no lado emocional, assim, e que eu tô crescendo agora, eu acho que pra mim é muito simbólico ter o nome dela e carregar isso junto comigo.

Speaker 2:

Eu acho que é uma marca em mim que me torna com muita personalidade, até por esse fato também de quase ninguém ter o mesmo nome que eu. E é engraçado que quando a gente tá em encontros em família né tem lá Joana, avó, joana, neta, quando é um amigo secreto Tem hora que me chamam Joana. Aí eu fico meio tipoico, meio perdida pra saber quem é, porque eu olho quando chamam Joana. Mas eu gosto muito e eu acho que é uma marca em mim que vai ficar pra sempre. Eu morro de orgulho de carregar esse nome.

Speaker 1:

Você tem a sua avó como uma referência de alguma maneira.

Speaker 2:

Como referência. De alguma maneira, como referência, estou pensando. Eu acho que a vovó como como avó mesmo.

Speaker 1:

Você Continua. desculpa, vai lá.

Speaker 2:

Não, eu estou pensando aqui como referência, de alguma maneira.

Speaker 1:

Porque você estava dizendo que você tem o nome dela. Carrega o nome dela. E aí será que carrega só o nome ou carrega alguma outra coisa como referência para você, mais por uma curiosidade, ah tá.

Speaker 2:

Eu acho que muito da Tipo assim da situação aí que eu já passei com a vovó, eu me lembro muito de quando ela ficava em casa bastante tempo lá em Vinhedo, e eu acho que carregar essa questão de fazer questão de estar junto, de demonstrar carinho, acho que em atitudes e ações que a vovó sempre gostou de demonstrar carinho, acho que em atitudes e ações que a vovó sempre gostou de demonstrar, então preparar uma mesa de café da tarde, assistir novela junto com ela e pedir pra gente colocar a novela na televisão pra ela, e essa questão do presente, de presente, de aniversário, presente que quando é aniversário dela a gente também ganha presente. Eu acho que um pouco da Joana tem isso que a vovó também me demonstrou, porque eu também gosto muito desse afeto de fazer questão de agradar as outras pessoas com ações.

Speaker 1:

Você entende. Você sente, por exemplo, que o fato de ela agradar os outros ou o fato dela ser benevolente de alguma maneira, você sente que você carrega ou você vê isso como uma referência, como um exemplo com certeza sim é interessante. Você falou uma coisa que ela tem esse costume de dar presente no aniversário dela, como que é isso é, então eu tenho uma memória afetiva bem grande.

Speaker 2:

A vovó sempre gostou de dar presente aniversário dela, como que é. Isso É então eu tenho uma memória afetiva bem grande. Assim. A vovó sempre gostou de dar presente em várias situações e acho que todo mundo sabe presentes inusitados, diferentes e que ela sempre acertou assim num presente que eu tava precisando, ela foi lá e acertou no presente. E eu me lembro de quando teve o aniversário que a gente foi em algum restaurante comemorar não me lembro muito bem qual que era. Eu ganhei um anel no aniversário dela e ela me deu um presente pra todos os netos. Daí ano passado também, quando a gente foi naquele brunch, ela deu também um presente pra todos os netos. Era tipo presentes diferentes, então tinha tipo peneirinha de coar, nata do leite, ela deu pra cada pessoa ou cheirinho de casa meia.

Speaker 1:

Mas a gente também ganhou presente no aniversário que era dela olha só teve uma festa de aniversário pra ela de 80 anos esse ano e você estava lá. Sim, sim, como que foi? Descreve para quem não estava nessa festa como foi essa festa.

Speaker 2:

A festa para mim foi um significado muito grande de família e ver a minha avó se realizando com aquilo que ela gosta para mim foi muito bom porque eu acho que tudo que aconteceu lá foi do jeito que ela queria. Ela não queria uma festa. Quando a gente pensa em festa é aquela coisa padrão de muita gente festona. Claro foi muito especial e foi grande, mas eu acho que a nossa família tem de comemorar cada conquista, cada coisinha, e tudo vira uma festa. E claro que 80 anos não poderia ser diferente, foi uma mega comemoração. Mas que um café da tarde que, pensando em si, só um café da tarde é uma coisa simples, mas tá lá com uma decoração legal, pessoas que amam ela, a quantidade de amigos que ela tem, que foi lá só pra ver ela e foi do jeito que ela queria, os netos reunidos também pra poder homenagear. Eu acho que isso pra mim foi muito legal, assim de ver a minha avó e ver o quanto ela tava feliz e comemorar a história de vida dela com essas pessoas foi um café da tarde.

Speaker 1:

Foi um café da tarde para familiares e mais alguns convidados a mais isso.

Speaker 2:

Isso foi um café da tarde, que é que é clássico já da nossa família Guimarães, que a gente sempre faz na casa da vovó e também com o nome do nosso grupo, né Do WhatsApp, é Clube do Café com Leite. A gente gosta muito dessa questão café, pão de queijo, família mineira e tudo mais. E um café da tarde mais elaborado foi a festa em si, né Que foi com decoração bonitinha, aí teve bolo, coisas diferentes, mas também com uma personalidade que nunca mudou da nossa família, que é o café da tarde.

Speaker 1:

Quer dizer que vocês têm um grupo de WhatsApp chamado Clube do Café, com.

Speaker 2:

Leite Isso.

Speaker 1:

Porque é tão forte essa tradição de fazer café da tarde? O que se compõe nesse café da tarde, Geralmente o que tem lá.

Speaker 2:

É uma pergunta interessante que eu acho que já teve algumas Na minha vida. Eu acho que já teve alguns comentários e conversas sobre esse assunto, porque para muitas pessoas um café da tarde é só tipo um café e só entendeu Um café com leite. Na nossa família não Tem tudo que tem que ter e mais um pouco, e aí é um café da tarde que vai me dar na janta, então é bolo, torta, fruta, café com leite, que o café sempre acaba no meio. Tem que voltar a fazer mais café. Pão aí, quando a vovó morava na outra casa era pão da padaria do Jardim Bimar, se eu não me engano. Agora estamos perto da CEPAM, né que a vovó mora perto da CEPAM, então é pão da CEPAM, pão de queijo da CEPAM, essas coisas assim e que levam a conversa vai rendendo que quando vê já é noite todo mundo quer comer de novo e não tem fim assim.

Speaker 1:

Então é um café da tarde diferenciado, comparado com as outras famílias, que é simplesmente um cafezinho então ou seja, é um momento família de reunir, que não tem tempo para acabar e que é de conversa, de confraternização. Sim isso Bem interessante. Você estava comentando da Joana Dark que ela tem essa tradição. Não sei se ela criou essa tradição ou de onde veio, mas quando? você vai na casa dela ela mantém essa tradição né. Não sei se ela criou essa tradição ou de onde veio né, mas quando você vai na casa dela, mantém essa tradição?

Speaker 2:

Não com certeza. Eu acho que é muito difícil pensar em visitar a vovó sem criar uma expectativa de que vai ter alguma coisa para eu comer, porque sempre tem, sempre que eu vou lá. Oi vó, tudo bem, ai senta aqui na mesa, vou fazer um café. já, já vou fazer, ai estou assando bolo. tem comida de não sei quando. Então, assim, sempre tem essa questão afetiva que é em volta da comida, da alimentação, que também eu acho que é bom, por um lado, porque une as pessoas, mas não tem como eu pensar em ir na casa da vovó sem pensar que vai ter comida e reunião em família voltada ao café da tarde ah, aliás, quais são os pratos seus preferidos?

Speaker 1:

que a Joana, a Joana Dac, prepara da vovó tem aqueles que você hoje em dia eu não como mais carne, mas eu tô voltando assim a comer carne.

Speaker 2:

Em alguns momentos eu como também, mas quando eu comia 100% assim, a minha favorita era feijoada. Eu era apaixonada, eu sou apaixonada e é muito bom e eu acho que de doce é torta paulista, que é aquela com paçoca e amendoim.

Speaker 1:

Esse doce paçoca, né Esse negócio de feijoada. Pelo que eu percebo ele é uma coisa meio Ele varia por cozinheiro, né Aham, você já deve ter experimentado outras feijoadas, eu imagino, e a da Joana D'Arana, que você sente que é diferente.

Speaker 2:

Ah sim, A da sua avó. Eu não sei se é porque faz muito tempo que eu não como a da vovó, porque faz muito tempo que eu não como uma feijoada em si, mas quando eu era pequena tinha um, acho que um feeling ali infantil, que pra mim a da minha avó era tinha a coisa especial, sabe. Então pra mim a da vovó era muito boa e é diferente, sim, das outras.

Speaker 1:

Você? bom, você tava comentando até que você mora agora em qual cidade.

Speaker 2:

Eu moro em São Paulo, em Genópolis.

Speaker 1:

Aí você tava morando em Vinhedo, você comentou né.

Speaker 2:

Isso, isso.

Speaker 1:

Morava em.

Speaker 2:

Vinhedo e mudei para São Paulo.

Speaker 1:

E mudou para São Paulo. A sua avó já visitou você várias vezes lá e vocês também devem ter viajado juntas. Né Conta aqui tem alguma viagem que marcou que você fez com a sua avó.

Speaker 2:

Ah, com certeza. Eu acho que a que mais marcou pra mim, com certeza, sem sombra de dúvidas, foi viajar com a vovó pros Estados Unidos, que a gente foi pra Nova York e pra Disney, E foi o meu presente de 15 anos E foi uma viagem muito emocionante. Tá do lado da minha avó, que ela tinha 78, então foi há dois anos atrás e ver a capacidade da vovó de andar não sei quantos mil passos por dia, não sei quantos quilômetros por dia e ela não reclamar, eu reclamava mais que ela.

Speaker 2:

Ela na Disney ia em brinquedos, assim que é admirável de ver uma pessoa da vovó em brinquedos, assim é admirável de ver uma pessoa da vovó em brinquedos, assim que dava medo de ir, que ela não sabia o que esperar e ela ia dela me apoiar em tudo da gente estar juntas. Enfim, foi muito legal. E, de novo, eu acho que essa questão do afeto ali de se preocupar com a outra pessoa sempre estava muito presente na viagem inteira, porque a primeira coisa que ela quis fazer quando chegou lá nos Estados Unidos foi uma lista para saber quantos dólares ela ia dividir para cada neto, para cada pessoa, para poder guardar esse dinheirinho para dar presente para todo mundo quando chegasse no Brasil.

Speaker 2:

Então assim Exato, além da gente, num restaurante no meio da New York Times, lá no Na Times Square, perdão. E aí Ela pegou, a gente sentou no restaurante, a gente pegou um papel e caneta e ela anotou o nome de todo mundo e dividiu os valores pra poder dar o presente pra alguém. Então, assim ela tava lá, mas também sempre se preocupando com outras pessoas que estavam aqui e demonstrar esse afeto dela nossa.

Speaker 1:

Bom, não dá pra esquecer mesmo. Fazer esse tipo de divisão na Times Square é memorável, não dá pra esquecer mesmo. Joana, sim, me fala só aqui um pouco do roteiro dessa viagem. Você foi primeiro pra Nova York, depois vocês foram pra onde então a gente foi primeiro pra Nova York.

Speaker 2:

A gente ficou cinco dias em Nova York e lá a gente foi primeiro para Nova York. A gente ficou cinco dias em Nova York E lá a gente andou bastante. A gente meio que viveu assim, meio que morando lá. Sabe, a gente ficou bem perto da Times Square, então a gente andou bastante por ali, fez bastante compra. Aí a gente foi no Summit Building, que é um prédio que tem uma vista bonita, fizemos um passeio turístico ali com um ônibus turístico que conheceu a cidade inteira, e depois a gente foi pra Orlando e aí a gente foi pra Disney e ficamos acho que uns sete dias, se eu não me engano.

Speaker 1:

Nossa, vocês foram pra Disney dali e aí no parque mesmo. Vocês foram pra Disney dali e aí no parque mesmo, vocês foram em brinquedos radicais.

Speaker 2:

Imagino como que foi então na Disney em si não tem tantos brinquedos radicais é mais é uma emoção assim e eu acho que a vovó, ela conseguiu sentir a magia do parque, sabe de ver os personagens e abraçava o Mickey e se emocionava e queria tirar foto, e era legal ela sentir estar ali presente naquele momento, estar sentindo a magia acontecer. Mas acho que o que mais surpreendeu na viagem em relação aos brinquedos foi na Universal, que é um extremo de brinquedos radicais, que a gente foi num simulador do Harry Potter e ninguém sabia o que esperava desse simulador, né achei que fosse ser uma coisa tranquila. Mas não, a vovó, era uma cadeira assim que deitava, daí ficava girando, o dragão cuspiaava, daí ficava girando, aí tinha O dragão cuspia fogo, aí ficava quente a sala, aí jogava água. E a vovó, do meu lado, assim não passando mal, mas assim desesperada, sabe Tipo, meu Deus do céu quem me colocou aqui dentro. Mas ao mesmo tempo ela estava ali curtindo e dando risada e assim aproveitando mesmo, e aí foi muito legal, muito legal de ver.

Speaker 1:

Nossa E teve algum evento engraçado nessa viagem que você lembra que envolveu ela.

Speaker 2:

Ah, nossa, teve Teve um meu Deus foi muito engraçado. Teve um meu Deus foi muito engraçado Assim. Né. Eu acho que Inclusive nessa onda de café da tarde, conversas já tiveram situações de também outras netas que conversavam, que já viajaram com ela e contaram de experiências com a vovó fora do país, que também só quem viveu entende sabe Que é uma história dela achar que sabe falar qualquer língua. Né.

Speaker 2:

É hilário assim. E aí ela ir lá não sei aonde na Espanha e pedir carne e achar que sabe falar, enfim, daí a gente tava lá em Orlando, era Black Friday e ela queria comprar um presente pra alguém daqui do Brasil, e aí eu não lembro, acho que a gente estava na banca escolhendo as roupas e ela pegou as duas que ela queria e foi para o caixa. Na hora que a gente foi pagar estava dando um valor a mais que não estava na banca. Aí eu comecei a achar estranho e falei vou lá procurar né o que tá acontecendo. A hora que eu voltei eu fui lá trocar a etiqueta, ver o que tava acontecendo, e a vó ficou no caixa. Aí, na hora que eu voltei pro caixa pra encontrar com ela, ela falou assim não, joana, tá tudo certo, já resolvi eu, como assim, você resolveu vó. Aí ela falou não, o moço falou pra mim que é esse preço que ele faz pra gente, esse valor, o valor que tava na etiqueta, como assim ele falou. Você entendeu o que ele falou?

Speaker 2:

vó, não, ele falou, e o moço assim, com uma cara tipo what tipo, assim não falei nada pra ela e ela não, ele falou sim pra mim, ele vai fazer pra gente assim, uma coisa mais brasileira, ali sabe Dar um jeitinho de não, ele faz pra gente o desconto, mas e aí no final, assim como assim ele faz. Mas aí não tinha nada a ver com nada e era um valor totalmente diferente, e daí tava errado na etiqueta e a gente teve que pagar valor normal, claro. Mas assim sabe achar que o cara, normal claro. Mas assim sabe achar que o cara falou com ela mas não falou a vontade é tão grande que até a imaginação funciona nessa hora né sim, mas é alguma coisa tipo comida.

Speaker 1:

Foi tudo tranquilo lá pra comprar comida, não se embanar porque é difícil às vezes né comprar comida lá para comprar comida Não se embanou nada Porque é difícil às vezes comprar comida lá nos Estados Unidos ou de repente, né, não teve.

Speaker 2:

Um dia a gente estava no parque da Universal e aí a gente estava vendo assim todo mundo comendo uma coxa grande de carne na mão E a gente o que é isso? né, não é possível, deve ser alguma tradição, deve ser muito gostoso. Está todo mundo comendo, a gente tem que provar também. Aí minha mãe foi lá no carrinho comprar e a mulher falou ah, não sei o que lá na, na, na turkey. E a minha mãe, como assim turtle, turtle. A mulher, yes, turkey. Aí não estava nem ouvindo. Daí minha mãe comprou lá três, tipo assim cada uma acho que era 12 dólares, se não me engano, era bem caro E ela comprou três. E aí eu falei Aí, eu cheguei lá na mesa pra comer, depois realmente eu comprado, e ela falou não, porque a mulher falou que isso aqui é turtle, é tartaruga, né, como assim tartaruga, é o pé da tartaruga, porque tinha um osso duro na ponta.

Speaker 2:

Assim, e minha avó comendo, se esbaldando de comer já, e eu como assim é tartaruga, isso não é possível, ela é tartaruga. Aí, isso não é possível, ela é tartaruga. Ela falou turtle, e aí a minha avó olhou assim pra gente como assim, eu tô comendo tartaruga, eu como carne, mas tipo assim tartaruga pra mim já é demais. Sabe, tardinha da tartaruga. Daí a minha avó ficou com muita dó. Ela pegou, jogou tudo fora. A gente falou não é Turkey. Aí todo mundo entendeu, falou não é possível. Aí foi muito engraçado a cara da minha avó assim desesperada comendo tartaruga que não era tartaruga nossa.

Speaker 1:

Foi por uma dessas que o país que é a Turquia trocou de nome porque todo mundo achava que era que era o peru. né É exato O animal. Muito boa, só pra eu entender. vocês ficaram sete dias na Disney, você comentou Eu não lembro. Ou dois dias, cinco dias em Nova York, depois ficaram mais alguns dias na Disney, né.

Speaker 2:

Não lembro se foram sete, se foram cinco.

Speaker 1:

Ah tá, mas por curiosidade mesmo. Foi bastante tempo Legal, né, vocês aproveitaram?

Speaker 2:

bastante né? Sim, sim, Acho que foi uns 22 dias de viagem por aí.

Speaker 1:

Nossa, e aí imagino que deve ter tido outras viagens no Brasil que você deve ter feito com ela né, ou de curta distância, longa distância, pelo que você está narrando, ela gosta de viajar, né.

Speaker 2:

Ela adora viajar. Nunca vi, meu Deus do céu, ama. Toda vez que a gente vai chamar a vovó para sair, que seja para ir lá na esquina ou até uma viagem, eu ligo para ela e falo vai fazer o quê? Ela vai não fazer nada. Daí e falo vó, vai fazer o que ela não vou fazer nada. Daí eu falo ah, então, tá bom, sábado, quer ir com a gente? não sei, ela, não tô pronta, já tô pronta, tô lá embaixo te esperando, tá bom vó. Ela sempre fala assim topa tudo, topa todas. E ela dá um jeito de chegar e vai e adora.

Speaker 1:

Ela sempre fala assim topa tudo, topa todas E ela dá um jeito de chegar e vai E adora Nossa. Tem energia bastante, né Muita.

Speaker 2:

E você observa alguma mania, que ela tem Uma mania da vovó.

Speaker 1:

Nossa mania. Você comentou alguma coisa de que ela tem algumas tradições, os rituais de dar os presentes. Ela é benevolente, adora agradar os outros, mas só se eventualmente tem alguma mania. Se você lembrar de alguma coisa, frase, alguma frase mania se você lembrar de alguma coisa frase, alguma frase?

Speaker 2:

mania frase. Eu acho que não é mania, mas acho que coisas que acontecem diariamente é perturbar o meu voo toda hora, o tempo todo como. Assim dá um exemplo de perturbação não é perturbar, mas assim falar ai Sebastião tem que comer ou ai não pode comer. Eu acho que ficar preocupada e excessiva, assim com o meu vô, mas mania, não sei viu não.

Speaker 1:

Se você lembrar de alguma coisa, tudo bem, ela tá. Ela mudou de casa recentemente e você conheceu a casa antiga dela. Como é que você lembra daquela casa antiga e como é que você compara agora com essa vida nova que ela está tendo nessa nova casa?

Speaker 2:

tá, nossa, acho que é uma pergunta bem interessante, que para mim, aquela casa antiga, ela me traz muitas memórias e muito afeto de infância e de casa de vó mesmo porque quando a vovó morava naquela casa eu morava em Vinhedo ainda Então era um caminho longo para a gente fazer, né De uma hora e meia a duas horas pra chegar na casa da vovó, e sempre era de domingo que a gente se encontrava E eu lembro que tinha uma parte de mim que falava Ai meu Deus do céu, domingo, segunda-feira, tem o ala, vou chegar em casa tarde. Mas quando eu estava lá, eu acho que estar lá com a vovó, com todos os primos ao redor de tudo era muito legal porque tinha muita coisa pra fazer lá. Então eu lembro da gente brincando de esconde-esconde e todo mundo se escondia nos lugares mais exóticos da casa. Então assim debaixo da máquina de costura tinha um quartinho da bagunça, tinha a varandinha lá que ficava perto do teto do salão. Então assim era muito legal, toda hora da brincadeira.

Speaker 2:

Eu lembro também de se enfiar, eu e as primas, a Agatha e a Iri, sofia Carolina, no quartinho da bagunça e começar a misturar um monte de coisa cola, tinta, linha, tudo que a gente via pela frente, fingir que era mais lime, uma moeba genial que não dava em nada e a vó ficava assim, ficava brava. Não, mas ela fingia que tava brava porque a vó passava pano ali pra gente. Né, então ficava brava, mas assim ai tá tudo bem. Depois a gente fazia de novo, e era isso. Lembro também de passar algum tempo na casa da vovó que a gente tomava muito banho de banheira na casa dela dava choque, uma banheira que dava choque, que, meu Deus, dava muito choque, aquela banheira. Eu gostava também de Na sala dela tinha uma boneca Lá embaixo, assim na televisão, que a gente morria de medo daquela boneca. Não sei que boneca, aquela Meio de porcelana, não sei, mas a gente tinha medo. Eu falo a gente e primas, eu tinha muito medo também da boneca.

Speaker 2:

O quarto de cima Também, onde você apagava e acendia a luz, era uma, uma fletinha, assim Um espaçozinho entre um armário e outro. Então só cabia literalmente a sua mão para você apagar a luz E era no meio do quarto. Então você tinha que apagar a luz do quarto e sair correndo, porque a gente morria de medo do escuro. Então saia correndo porque tinha medo de ficar andando no quarto devagar com a luz apagada, que era tudo escuro. Então saia correndo porque tinha medo de ficar andar no quarto devagar, com a luz apagada, que era tudo escuro. Lembro disso também.

Speaker 2:

O que mais Lembro também da vovó me ensinar a fazer aquela estrela que ela faz.

Speaker 2:

Que ela faz uma estrela com caixa de leite assim e com tecido em volta, que eu acho que todo neto tem aquilo. Ela me ensinava a fazer aquilo e pra mim era muito legal ir lá. Tinha muita coisa pra fazer. Lembro demais a gente indo no Valdir comprar doce, que meu avô dava pra gente dois reais, mas parecia que eram uns dois reais, que botava pra casa cheio de bala, que não sei quanto que valia a bala naquela época, nossa faz muito tempo, mas tipo assim que era muito barato. Sabe, os dois reais davam pra comprar muita coisa. E também fora, lá fora da casa tinha a janela que dava pro salão e a gente ficava jogando coisa no salão pra poder chamar atenção das clientes. Também era muito legal. Eu achava o máximo. E acho que uma coisa minha assim de infância é que eu achava que todo pelo fato da minha avó morar longe da vovó, morar longe de Vinhedo, de onde eu morava, eu tinha essa imaginação de que eu achava que toda avó morava longe. Não existia avó que morava na mesma cidade.

Speaker 2:

Tanto que quando os meus amigos falavam assim minha avó vai me pegar na escola. Hoje Eu como assim Primeiro, sua avó dirige. Segundo, sua avó mora na mesma cidade que você. Porque pra mim não existia isso, não existia isso, não existia a avó que dirigia, não existia a avó que morava na mesma cidade. Porque pra mim era muito isso uma viagem de visitar a avó e de chegar em casa tardão da noite de um domingo morrendo de sono, mas que eu tava na casa da vovó. Então pra mim acho que essa é uma fantasia que eu tinha quando eu era pequena e de memória afetiva da casa da vovó antiga E eu me perdi um pouco na pergunta. Mas agora eu tenho que comparar com a casa nova, né?

Speaker 1:

É então, e como é que é a transição. Muito bom que você descreveu a casa antiga, as suas experiências nessa casa, né, E que também era muito importante para a própria Joana, para a sua avó. E agora ela está numa nova casa. Como que é a diferença, tanto para você nessa experiência, quanto você acha que é para ela?

Speaker 2:

Eu vou ser bem sincera. Eu acho que hoje em dia eu falando da casa nova da vovó, é uma Joana Queiroz, mais madura e mais realista. Eu acho que com a saúde dos meus avós, então com a saúde dos meus avós, então com a saúde da vovó e do vovô também. Mas eu confesso que se fosse uma Joana que brincava e se divertia muito na outra casa, que brincou por muito tempo lá, ia ficar com o coração partido dela estar se mudando para o apartamento que não tem um espaço para brincar, porque a outra casa realmente era muito ampla ali para poder se divertir e fazer muitas coisas. Mas hoje em dia eu, olhando, eu acho que são fases de vida. É uma fase de vida em que a vovó construiu a história dela naquele bairro. Foram mais de 50 anos, mais de 50 anos que ela conhece a vizinhança inteira, que não é à toa, que a gente fez bazar, que a gente fez feijoada de despedida, que os filhos cresceram lá, né. Então tem esse apego ali de moradia pela vida inteira. Mas realmente era uma casa que ergonomicamente, para quem é mais idoso, não fazia sentido. Então hoje em dia eu enxergo como um apartamento uma qualidade de vida bem melhor. Eu acho que pra mim meu resumo da minha opinião é são fases de vida diferentes e a vovó sempre me falou que o sonho dela era ter uma cozinha de boneca. E eu acho que ter uma cozinha de boneca é o jeitinho que ela gosta, o fogãozinho dela, as coisinhas ali sob medida, preparado para ela o jeitinho que ela pensou, e ela conseguiu ter o que ela queria, também um apartamento que a gente fez.

Speaker 2:

Minha mãe ali ajudou os irmãos também a preparar uma cozinha bonitinha sob medida para ela, o jeito que ela queria. E hoje em dia sob medida pra ela, do jeito que ela queria. E hoje em dia pra mim faz muito sentido ela estar ali numa casa menor que é melhor de ser cuidada, menos esforço físico pra ela. Enfim, tá ali perto de todos os filhos do tio Renato, do tio Luzi, aqui também em Tienópolis. É perto. Eu acho que faz mais sentido.

Speaker 1:

Sim, É interessante que você estava descrevendo que houve um amadurecimento seu de olhar para esses dois momentos da casa e da nova casa ou do apartamento, e você acha que a Joana Dark, a sua avó, também amadureceu nessa transição?

Speaker 2:

Essa é uma pergunta, bem que eu preciso pensar, mas.

Speaker 1:

Como você estava descrevendo. Ela estava numa casa onde ela tinha toda uma comunidade espaço e ela mudou de bairro. Você comentou que uma comunidade espaço e ela mudou. Mudou de bairro. Você comentou que é outro bairro e de alguma maneira ela está morando no apartamento uma outra dinâmica e você sente que ela também mudou um pouco.

Speaker 2:

Então eu acho que no começo agora vai fazer dois anos que ela se mudou No começo eu confesso que eu senti um pouco de resistência. Eu, como neta, olhando e não conversando diretamente com a vovó sobre isso, mas olhando as situações em volta de sentimento ou talvez de um comentário que ela fazia com a minha mãe, com os irmãos, eu senti um pouco de um pé atrás para se mudar, porque a vovó sempre foi muito social. Eu sentia um pouco de um pé atrás pra se mudar assim, porque a vovó sempre foi muito social, assim, né, então ela gostava de ir no bairro, na casa de fulana, de ciclana, pegava o ônibus, saia não sei aonde, enfim, né Ali. Como eu falei, ela cresceu a vida inteira lá, ela ficou muito tempo lá E lá e tinha um conforto emocional pra ela e uma segurança de conhecer todo mundo ali muito grande, naquele bairro, no Jardim Mimar. E quando você tem uma mudança radical pra um outro bairro diferente, pra um apartamento que é muito menor do que uma casa, pra um lugar totalmente novo que você não conhece ninguém, é difícil, independente da idade.

Speaker 2:

Então esse reconhecimento com a vovó eu tenho totalmente e que eu senti um pouco, sim, e eu acho que foi super validado por todo mundo, essa talvez tristeza ou insegurança de se mudar para um apartamento, mas eu acho que, conforme o tempo foi passando, ela foi vendo que as coisas mudaram, que os dois estão ficando mais velhos a Lola fez 80 anos agora. Ela foi também descobrindo outros, além do que ela já vivia antes. Então uma nova padaria para ela visitar, um novo caminho dela se fazer para poder ir pegar o ônibus e ir para Marinho Fernando, ou uma nova possibilidade de morar mais perto dos filhos, ter a cozinha de boneca que ela queria. Eu acho que isso foi ajudando a construir um pensamento mais racional do porquê que ela estava morando ali. Então eu acho que hoje em dia ela tá bem consciente, sim, tá feliz de morar lá.

Speaker 2:

E aí as coisas vão acontecendo, um passo de cada vez com o tempo. Foi fazendo mais amizades com a vizinha que é a Paki, que já chamou pro aniversário dela, que foi de também ter a possibilidade de conhecer como se fosse uma escolinha de idosos, que ela vai toda semana fazer ginástica, fazer dança de não sei o que, e aí vira e mexe, tá levando bolo lá pras amigas. Então acho que as coisas vão acontecendo e quando a gente não tem essa consciência do que o futuro pode nos preparar, a gente tem medo mesmo e aí fica a insegurança, tomando conta da situação. Mas com as coisas acontecendo, ela vai colhendo os frutos e vendo que o além do jardim do mar também pode ser muito positivo pra vida dela, inclusive como é que fala Orgânico, de forma orgânica e de forma que vai fazer bem pra saúde dela, tanto mental quanto física, porque a escada que tinha na outra casa era muito grande para ela.

Speaker 1:

Como que Bom pelo que você está descrevendo. Ela foi se adaptando e foi se recriando uma nova. Foi se recriando uma nova dinâmica perto da casa dela, e como é que é você agora morando relativamente mais perto dela? Como é que tem sido essa dinâmica para você?

Speaker 2:

É muito legal eu morar perto da vovó porque, como eu falei, eu acho que a fantasia de criança que eu tinha que av, a fantasia de criança que eu tinha que avós não moravam perto, ela se prolongou por muito tempo até que a minha realidade, quando eu mudei pra São Paulo, se voltou totalmente pra casa da vovó. Então assim toda semana a gente bate cartão lá. Acho que criou um ritual mesmo de final de semana, a gente ir lá pelo menos uma vez na semana, não que eu vou lá, mas que eu vejo ela, que seja pra tomar um café, na padaria, ou que a gente vai se juntar na casa da vovó e todo mundo almoça lá, ou em situações que preciso tenho que ir no shopping. Hoje vai, eu e minha mãe vamos chamar a vovó, vamos e a vovó Vamos E a vovó vai. Então é uma coisa fácil, assim sabe, e a vovó tá lá e ela vai com a gente, se diverte. Então é qualquer hora dá pra eu bater lá e ficar com ela.

Speaker 1:

Vocês tinham o costume de ir pra praia Joana juntas.

Speaker 2:

Ah sim, tinha a casa de Peruíbe, que era a casa da vovó da praia, e ir pra praia com a vovó era sempre tipo Ir pra Peruíbe, era também um evento da família, assim A vovó tava lá presente. Mas tirando Peruíbe, eu acho que já teve algumas situações que a minha mãe quis bater bate e volta de carro, assim no mesmo dia que a vovó foi com a gente para Caraguá ou Guarujá, alguma coisa assim.

Speaker 1:

Tinha uma casa na praia em Peruíbe que você está narrando e que a família se reunia lá. Você tem lembranças dessa casa e que a família se reunia lá. Você tem lembranças dessa?

Speaker 2:

casa. Quais são as lembranças? Nossa, muito assim. Peruíbe, assim era o evento do ano. Todo ano a gente passava o final do ano lá a virada, E eu lembro que era muito legal, Era o resort dos netos, Era o momento assim Meu, era muito legal. Não tenho nem como descrever, Mas eu amava estar todo mundo junto, a família inteira reunida.

Speaker 2:

Os tios que moravam fora do país, que vinham pra Brasil, era assim, contava os segundos pra poder chegar. Lembro muito também dessa união de primos. Sempre existiu né, Então os jogos até de madrugada na beira da piscina, ali na parte externa, assaltar a geladeira no meio da noite, dormir todo mundo no chão da sala com um monte de colchão na sala, acordar de manhã e sair todo mundo para a praia. Também lembrava de apresentações que faziam então os tios faziam apresentação de dança na virada ou de noite, e acho que o mais legal de tudo, muito era assim. A gente selecionava o dia ideal pra que todo mundo fosse no parque de diversão de Peruíbe. Que era assim, era, era mágico, era super, meio que às vezes um pouquinho caindo aos pedaços ali, uma qualidade duvidosa dos brinquedos, mas que ninguém se importava e que era o máximo que a gente ia a pé pra lá e na volta tinha que tomar sorvete e tinha que ir nos brinquedos.

Speaker 1:

Era muito legal e era uma tradição se encontrar em que época do ano Você estava comentando.

Speaker 2:

No final do ano na virada.

Speaker 1:

Na virada. Isso Na virada de ano novo. Bom, eu queria ouvir de você um pouco do É o nome desse podcast, né Que é Barro Branco, né.

Speaker 2:

Aham.

Speaker 1:

Que tem a ver com Barro Branco. Que tem a ver com Barro Branco O que você já ouviu de Barro Branco, da Joana, que ela já comentou com você da sua avó.

Speaker 2:

Eu acho que assim eu vou ser bem sincera. Tá, barro Branco, com a Joana Queiroz. Nunca teve um assunto direto para falar do Barro Branco. Ai, a Joana Queiroz nunca teve um assunto direto para falar do Barro Branco. Ai, joana, eu acho que Barro Branco era minha terra. Ai, joana, barro Branco, não sei o quê. Não sei o quê. Nunca existiu esse papo diretamente comigo.

Speaker 2:

Eu acho que eu fui tomando consciência do Barro Branco, do que era o Barro Branco, mais para frente, quando começou a virar assunto de mesa, que mais pra frente, quando começou, a meio que virar um assunto de mesa, que a vovó só falava do Barro Branco. Daí eu fui começar a entender o que era realmente o Barro Branco e porque que ela falava tanto sobre o Barro Branco, mas que ela sempre comenta muito do passado dela com o pai dela, que foi onde ela foi criada e que acho que a coisa que mais me lembra do Barro Branco é ela falar do céu estrelado de lá, que não tem outro lugar no mundo a não ser o céu de Barro Branco. E sempre vindo essa Remetendo ao passado, à construção da infância dela com os pais, com as irmãs, com o irmão Enfim, uma lembrança afetiva de infância muito grande, que ela sempre compara com o que ela vivencia hoje em dia. Então, ah, o pão, nossa, mas o pão do Barro Branco era muito melhor. Ai, mas o céu, não, mas o céu do Barro Branco era maravilhoso.

Speaker 2:

Nossa, que saudade do Barro Branco. Não, porque quando o papai estava no Barro Branco ele fazia não sei o que. Ah, não, porque no Barro Branco tinha um gatinho. Sabe umas coisas assim que vão levando ao passado.

Speaker 1:

Barro Branco né, pelo que eu entendi, geograficamente é um lugar que fica ou no estado do Rio ou em Minas Gerais, que é uma região que bastante das pessoas entrevistadas comentam que viajaram com a Joana, com a sua avó. Você deve ter ido para lá também. Uma cidade recorrente aqui é Cataguases. Você já viajou com ela para lá, imagino tem alguma história que você lembra. Como é que é viajar com a sua avó para lá.

Speaker 2:

Nossa e para cataguases, assim é uma viagem muito longa, muito longa, e a vovó sempre gostou de ficar no meio, né No carro, e eu lembro que era bem espremidinho assim, né vovó E ela ficava no meio, assim Eu lembro que eu ficava espremidinha E ela contando tudo De Cataguases, dos amigos Que ela cresceu lá também, e Eu acho que é meio que isso assim, isso ir pra Cataguases é muito, é deixar a vovó feliz que ela gosta muito de lá, apesar de que tem momentos que ela fala que ela ama, que ela moraria lá de novo. Mas tem hora que ela fala que ela não moraria lá de novo, e aí é engraçado assim. Mas eu gosto de visitar as irmãs dela. Aí vai lá, tem fogão a lenha na casa da tia diva e a gente come lá. É bem legal assim bacana Joana.

Speaker 1:

Estamos chegando perto do nosso final do nosso episódio, mas eu queria pedir pra você, sua avó Bacana Joana. Joana, estamos chegando perto do nosso final do nosso episódio, mas eu queria pedir para você, sua avó fazendo 80 anos que mensagem você quer deixar para ela aqui, que mensagem que eu quero deixar para a vovó?

Speaker 2:

Bom, vovóiro, acho que eu vou agradecer Você por tudo E que uma mensagem que eu vou Deixar pra você É que você é a minha maior inspiração Como avó. Do mesmo jeito que eu sonho em ser mãe, eu também sonho em ser avó, e de tudo que você faz eu com certeza vou pegar como inspiração. Tudo que você faz com a gente de coisas boas e tudo que você já me ensinou. Eu prometo fazer que nem você fala, nunca menti. É um valor que eu acredito muito e que eu posso falar que foi você que me ensinou e guardar isso comigo. E sem contar também que, como eu falo, que eu também não gosto de tatuagem, mas o meu nome pra mim é uma tatuagem com a sua representatividade na minha vida. Então eu carrego o meu nome também como inspiração sua e como você comigo, carrego você comigo e que para mim é muito importante. Então é isso.

Speaker 1:

Muito bem, Joana. Bom Joana, você está ouvindo a Joana Queiroz deixando essa mensagem para você. Puxa, Joana, foi muito bacana. Eu me diverti muito na nossa conversa aqui. Acho que foi bem. Você foi bastante generosa nas suas histórias, muitas histórias com a sua avó, as suas memórias também, Sim, Tanto da praia quanto também na casa antiga dela, nas viagens. Joana, queria agradecer muito, muito obrigado pela sua participação. Obrigada E a você, ouvinte. obrigado pela sua audiência e até o próximo episódio. Até lá, E esse é o White Mud Podcast.