
PODCAFÉ TECH
Aqui você encontrará um bate-papo informal entre profissionais de TI e convidados das mais diversas áreas tratando temas quentes com muito bom humor. Se você é apreciador (ou não) de um belo cafezinho, com certeza vai curtir esse bate papo. Uma forma descontraída e agradável de se informar e manter-se atualizado com as principais questões da gestão de tecnologia. Nossos hosts Gomes, Mr. Anderson e Dyogo Junqueira nos conduzem através deste podcast, sentados em torno desta mesa virtual, tentando reproduzir o prazer daquela conversa inteligente acompanhada pelo cafezinho da tarde, vez ou outra deslizando para uma mesa de bar, afinal ninguém é de ferro. Feito pra te acompanhar na estrada, no metrô na academia ou onde mais quiser nos levar, colocamos o “Pod” no seu café! Pode desfrutar, pois foi feito pra você!
PodCafé Tech
PODCAFÉ TECH
Thays Ribeiro: Quando um clique pode custar uma vida
Neste episódio, recebemos Thays Ribeiro, coordenadora de GRC de Segurança da Informação no Hospital Sírio-Libanês, para um papo direto e inspirador sobre cibersegurança hospitalar, carreira em TI e liderança empática em ambientes críticos. De projetos sociais ao comando de estratégias em um dos maiores hospitais da América Latina, Thays compartilha como encontrou seu lugar na tecnologia – mesmo sem ter começado por ela.
💡 “Entendi que, mesmo sem amar programação, havia um lugar pra mim na tecnologia. Hoje, esse lugar é a segurança.”
– Thays Ribeiro
🎙 Hosts: Dyogo Junqueira, Anderson Fonseca e Guilherme Gomes
🎧 Produção: PodCafé Tech
🚀 Oferecimento: ACCyber Pro
PodCafé Tech é um podcast onde Mr Anderson, Guilherme Gomes e Dyogo Junqueira, recebem convidados para falar de uma forma descontraída sobre Tecnologia, Segurança e muito mais.
YouTube: youtube.com/@podcafetech
Instagram: instagram.com/podcafetech
Linkedin: linkedin.com/company/podcafe
MÚSICA. Muito bem, muito bem, muito bem. Estamos começando mais um Podcafé, Tech Podcast, tecnologia e cafeína. Meu nome é Anderson Fonseca, o Mr Anderson. Em qualquer lugar do mundo você podia juntar um sírio e um libanês, você ia ter um problema de segurança, você ia ter guerra. Mas aqui no Brasil, não. Aqui você tem cafezinho quentinho na recepção, você faz um check-up, você segue feliz no hospital.
Speaker 3:Vamos que vamos Aqui é Guilherme Gomes da Acesspro e vamos falar sobre segurança, vírus, não vírus não, aqui é Diogo Junqueira, ceo da Acesspro e da Acesscyberpro, e para nós é um prazer receber a convidada de hoje vou deixar ela mesmo se apresentar.
Speaker 4:Olá pessoal, muito prazer estar aqui. Muito obrigada pelo convite. Eu sou a Thais Ribeiro. Hoje atuo como coordenadora de GRC em um dos maiores hospitais da América Latina e um dos melhores também né.
Speaker 3:Referência nacional e internacional.
Speaker 4:Referência nacional e internacional. Sou uma pessoa que sou apaixonada por gestão, liderança e vocês vão ver Amo pessoas, amo conexões e muito obrigada.
Speaker 3:Sensacional. Vamos lá, antes da gente profundar um pouco mais com a Thaís Mister, a gente tem um lojinha cara. Como é que é essa história? cara? É isso aí, você que está nos assistindo para tudo.
Speaker 1:Você vai entrar lá no nosso site, site podcafétech, e finalmente, com H né Tech com H né.
Speaker 3:Olha, só se olhar na tela Se você é de TI e não sabe escrever tech tira essa camisa aqui Só pra deixar claro.
Speaker 1:Mas vai lá na nossa lojinha Baita loja Essas camisetas. Hoje eu tô usando God of Bar. Naturalmente o Diogo né. God of Bar cadê. naturalmente o Diogo né.
Speaker 2:God of Bar, bem conhecido como o inimigo do fim.
Speaker 1:Cara isso por longos anos. Até explicar, thaís, a galera sempre pede pra gente as camisetas que a gente usa e tal, e é impossível mandar pra todo mundo as camisetas. Não tem como. Então o que a gente fez Botou lá o site. As camisetas são baratinhas e tudo que é vendido lá, além de camiseta, sacola, imã de geladeira, broche, pôster, eco bag, tem de tudo, eco bag, tudo isso é convertido para fins sociais aí na Enfim, contribuindo com Causa do autismo.
Speaker 3:Causa do autismo e outras causas.
Speaker 1:Então vai lá no site. Tem o podcafétech. Você que ainda não clicou aqui embaixo, você que tá assistindo no YouTube, clica aqui embaixo, segue o canal, liga o sininho, curte o vídeo.
Speaker 3:Curte o vídeo Passa pros amiguinhos. né Passa pros amiguinhos. compartilha Colégio de trabalho.
Speaker 1:Faça-nos um favor, porque assim que acontece.
Speaker 2:Abra três navegadores e dê o play nos três. Se cada um fizer, isso vai ser Eu vou jogar os números aqui no ar Cara.
Speaker 1:a gente tem uma quantidade absurda de seguidores no Spotify e no YouTube só porque a gente é feio.
Speaker 3:Exato, o que eu acho um absurdo. Eu também acho que é preconceito, é feiofobia.
Speaker 1:Não pode entendeu. Não pode entendeu Então tem que seguir a gente no YouTube também.
Speaker 2:E você que tá no Spotify, vai pro YouTube também.
Speaker 1:Abre um abinho e ouve, isso É os dois. Segue, a gente dá uma força lá no canal do YouTube. É isso de propaganda.
Speaker 3:Tem o Instagram também É isso aí, e é isso Lembrando que é oferecimento da C-CyberProp, episódio de hoje, e vamos lá Vocês estão falando de segurança, por que não C?
Speaker 1:É isso aí também.
Speaker 3:Vamos lá, thaís, para começar um pouco mais aqui para os nossos ouvintes conhecerem sobre a sua história. Conta para a gente como é que você começou nesse mundo da TI, nesse mundo de cibersegurança especificamente? né Estava olhando o seu LinkedIn aqui. Tem passagem por grandes empresas, passagens longas por grandes empresas, inclusive Tem passagem por empresas. Você viu, né cara É, mas enfim, mas enfim esteve, esteve em várias empresas. Então assim basicamente, eu queria que você contasse um pouco pra gente e pros nossos ouvintes um pouco mais da sua história Falo, falo.
Speaker 4:Sim, eu comecei cedo, bem cedo, mesmo, aos 16 anos.
Speaker 4:Caramba cedo mesmo Cedo E sem decidir se era isso que eu queria, se era tecnologia. Em nenhum momento eu olhei e falei ah, é tecnologia que eu vou seguir. Eu tinha o sonho de fazer medicina veterinária e, através de um projeto social que eu gosto muito, até de trazer essa pauta que eu acho que ajuda muito né Que foi o CAMP. Eles formavam jovens no mercado de Trazia ali os conceitos básicos de administração, tecnologia. Depois de formar esses jovens jogavam ali no mercado de trabalho E aí eu tive a sorte e mérito meu também de chegar em uma empresa multinacional de cara, já com 16 anos, e cair na área de tecnologia. Na verdade não caí bem na área de tecnologia, cheguei numa área malote naquela época porque eu não sou tão novinha assim.
Speaker 4:Então pegava o carrinho, levava as correspondências nas áreas.
Speaker 1:Cara, isso é muito filme né Muito filme né É né Muito filme né É, é É onde começa né.
Speaker 4:É a colmeia, ali botava as correspondências E aí teve uma semana que a menina que ficava na área de tecnologia Desculpa, isso é tecnologia, isso é e-mail.
Speaker 3:Verdade. Verdade, né Uma versão antiga do e-mail.
Speaker 1:Chegava online. Quem era online? online era a.
Speaker 4:Thaís. E aí teve um dia que a menina de tecnologia faltou da área do lado, né A área de TI ficava do ladinho ali. Aí perguntaram alguém aqui entende um pouquinho, Puxa, fazia pouco tempo que eu tinha ganhado um computador. Eu falei ah, eu vou, né Eu posso ir, E de lá eu não saí mais, nunca mais saiu. Foi lá pra cobrir o galho e já era, e quando a menina voltou, ela foi pro meu lugar no malote.
Speaker 2:Então imagina desespero, meu Deus, mas qual que eram suas atividades lá no começo?
Speaker 4:Na época eu era atendente helpdesk.
Speaker 2:Ah, que delícia.
Speaker 4:Então, que delícia. Então atendi aquela quantidade de chamadas, fazia N1, ali. Aí já comecei a entender um pouco o que o pessoal do meu lado fazia interno já comecei a entender um pouco o que o pessoal, os analistas faziam. E aí todo dia, quando dava o horário de expediente, ao invés de eu ir embora eu ficava, sentava do lado dos meninos, pessoas maravilhosas que eu devo muito do que eu sou. Até hoje tenho contato, até hoje assim a gente realmente construiu uma relação de amizade mesmo.
Speaker 1:Não com a menina do correspondente.
Speaker 4:É.
Speaker 1:Suas cartas chegavam pros pires. Verdade com ela não.
Speaker 3:Você nunca recebia meio. Não, não, não.
Speaker 4:Essa daí acabou a amizade ali mesmo. E aí eu fiquei por quatro anos, fiquei na elevadorizotes. Era o meu primeiro emprego, Então tudo que eu conhecia de tecnologia e que eu conhecia do mundo corporativo era o que eu tinha visto ali. E aí tem uma hora que aquela vontade de conhecer o que tem lá fora vai chegar. Então não era nem por questões de não estar sendo valorizada, Era o desejo de conhecer exatamente o que tem lá fora.
Speaker 1:Sua carreira elevou com os elevadores, Elevador Com os elevadores exatamente.
Speaker 4:Aí subiu, aí eu peguei, puxei, entrei no elevador e desci num outro andar.
Speaker 1:Verdade.
Speaker 4:E aí eu peguei, acabei saindo pra uma oportunidade, que era uma oportunidade temporária mesmo, que foi pra Basf, uma empresa química, né Outra multinacional, né cara Outra multinacional. Sensacional E é legal porque assim era um projeto, com tempo de início e tempo de término E era pra trabalhar com Lotus Notes. não sei se vocês….
Speaker 3:Ah claro, sim, sim, com certeza O Mister Nance passou a cabo na pirâmide de Egito, então fica tranquilo. O Ábacus é projeto que ele participou, então conhece né Conhece bastante, é E pra mim era novo, mas eu sou muito movida a desafios.
Speaker 4:E aí quando eu cheguei, que eu olhei aquilo e o pessoal falava ah, precisa de alguém que conhece, a gente tem que buscar no mercado E naquela época era muito difícil achar profissionais que mexiam com servidores.
Speaker 1:Você chegou a usar o hardwarezinho da Lotus, que tinha um hardwarezinho com as planilhas, e tal Você tinha um hardwarezinho específico.
Speaker 4:Você mexia já na aplicação Ex planilhas e tal. Você tinha um hardware específico. Você mexia já na aplicação Exatamente, mexia com o domino. É verdade, com o domino server, ali as aplicações, os gerenciadores de correio eletrônico, né, e o projeto acabou. Eu adquiri um conhecimento e foi todo mundo embora e eu fiquei Aí. Mandaram pra outras unidades da BASF onde eu fui implantar o mesmo projeto ali disseminar o conhecimento, e aí depois não tinha mais o que fazer. O lugar não era um lugar bacana, tava longe. Naquela época foi o começo de conhecer o mundo mesmo.
Speaker 4:Então as viagens pra fora de São Paulo, então era tudo muito lindo, no início era empolgante Nossa vai, viagens pra fora de São Paulo então era tudo muito lindo nossa vai, fica uma semana fora volta, mas aí depois isso começa a pesar aí eu falei não, não, a gente sabe, sabe, né como é aí eu olhei e falei assim vamos procurar outro desafio e seguir. E foi quando surgiu uma oportunidade na Maquita, brasil. Eu trabalhava na Otis e a Otis era na frente da Maquita, então às vezes na Otis a gente brincava muito assim Ah, quando eu sair daqui eu vou pra Maquita.
Speaker 3:E literalmente eu só atravessei, Só atravessei a rua, só atravessei.
Speaker 4:Saí de um lugar e fui pro outro E na Maquita foi bem bacana, assim Eu gosto de falar porque quando eu entrei, eu entrei pra fazer um inventário de três dias E no segundo dia eu cheguei pro gerente da área e falei assim olha, eu terminei o inventário e eu queria apresentar um monte de oportunidades que eu enxerguei aqui. Caramba, Caramba pensa Essa menina vai fazer um trabalho de três dias aqui Spoiler alert.
Speaker 3:Ela ficou 15 anos lá. Ok, porque tipo assim, há três dias, ficou 15 anos spoiler alert. Vamos lá continua.
Speaker 1:Foi isso.
Speaker 4:E aí eu olhei pra ele e falei olha, tem tudo isso aqui. Eu enxerguei oportunidade aqui, ali, tal tal, vocês podem fazer isso. Ele falou você tem como voltar amanhã? Eu falei não, mas já terminei. Já. Ele falou mas você volta amanhã. Eu falei volto, eu quero conversar com você. E aí no dia seguinte ele olhou e falou assim olha, eu tô abrindo uma oportunidade aqui, a primeira vaga pra alguém de TI fixo, e eu gostaria de oferecer a vaga. Primeira vaga Foi eu assumi e realmente fiquei 15 anos na Makita.
Speaker 4:E na Makita foi um momento de descoberta, assim porque foi ali que eu entendi que eu tinha habilidades pra outras coisas dentro de tecnologia. O fato de eu não ter se planejado pra isso não era o meu sonho. Então eu tinha muita dificuldade, muita dificuldade em olhar e tentar me encaixar dentro de tecnologia, por quê Eu odiava programar E naquela época eu acho que até hoje né o que as pessoas vendem muito TI Ah, o cara vai codar, o cara vai codar.
Speaker 3:As redes sociais. Né cara. As redes sociais sempre estão falando ah, vai ser dev isso, aquilo, E a tecnologia é muito mais ampla né cara Muito mais ampla.
Speaker 4:Mas naquela época ninguém falava sobre isso. Ninguém falava que a gente tinha outras vertentes dentro de tecnologia.
Speaker 1:É claro que todo mundo que entra para a TI acaba dev devendo alguma coisa.
Speaker 4:Devendo alguma coisa. Isso é fato.
Speaker 1:Deve ter com certeza, Mas Com certeza, mas não necessariamente desenvolvedora.
Speaker 4:Sim, e foi muito difícil porque eu não conseguia me encontrar. E aí, nesse caminho, eu olhava e falava eu vou tentar outra coisa, eu vou ir procurar uma faculdade de psicologia, de qualquer outra coisa, porque eu não me encaixava. E eu comecei a entender empresa japonesa, cultura Lean, sistema, kaizen, sistema Toyota, processos, processos é E aí o tempo todo.
Speaker 4:E aí eu comecei a olhar e falar assim caramba, mas eu sou muito boa em conectar o negócio com tecnologia, Então a minha forma de se comunicar, que não é tão técnica, faz com que as pessoas se aproximem mais, com que os gerentes das outras áreas se sentem seguros de chegar e de trazer problemas, soluções, e assim por diante. e aí eu falei eu vou começar, eu vou focar nisso, porque eu acho que é aqui, esse é o meu negócio, esse é o meu negócio e vem cá.
Speaker 1:Olha só, isso é uma coisa muito bacana que a gente fala de, quando a gente fala de processo e de empresa japonesa e tal, parece muito óbvio. Mas assim, cara um japonês, ele não levanta da cadeira e vai ali do outro lado sem ter um método. Literalmente isso tem um jeito de levantar da cadeira, tem um jeito de complementar a pessoa, tem um jeito de botar o copo na mesa. Tem um jeito de tirar tem método pra tudo, desde bebezinho tempo calculado pra tudo.
Speaker 1:É então assim quando você aprende método, processo com esses caras. É assim the best of the best, porque a vida dos caras é desse jeito e quando sai um pouquinho da regra, isso é inaceitável pra eles.
Speaker 4:Né, e imagino que dá um baita conflito com a cultura brasileira, que é meio que o contrário disso, né Totalmente o contrário disso Totalmente o contrário, e isso eu falo, eu devo muito a toda essa experiência que eu tive lá, porque faz a gente olhar para os processos de uma forma diferente. É você enxergar, começo meio e meio na maioria das vezes né.
Speaker 4:Mas assim tentando conectar todos os impactos que a gente pode ocasionar ali dentro de outras áreas. E isso a gente não tem muito em tecnologia. Quando a gente coloca o cara tech pra conversar com a área de negócio, o cara ele enxerga o umbigo dele e ele olha aquilo e pronto acabou.
Speaker 3:E às vezes a área do negócio também não entende o que o cara da técnica tá querendo dizer. E a grande dificuldade que a gente vê hoje do pessoal tentar alinhar a TI ao negócio. Às vezes essa interface de comunicação, essa API não funciona direito né cara. E você se identificou como a perfeita API pra ligar.
Speaker 4:Isso aí Foi Que legal cara, foi isso, mas demorou Muito, muito E antes de enxergar que isso era uma habilidade caramba, eu sofri. sabe, tem a frustração de talvez uma carreira não sucedida. lógico que tem a gente. olha e fala os meus amigos os meus amigos estão fazendo isso, estão desenvolvendo.
Speaker 4:Tá, todo mundo construindo alguma coisa. Eu tô construindo o que aqui, o que eu tô criando aqui. Mas nesse momento, há uns oito anos mais ou menos, eu comecei a focar sair um pouco de infraestrutura porque eu entrei em infra. Então era arrumar Isso que você imaginar Passar cabeamento de. Rack impressora infra mesmo ali Eu tenho uma foto eu grávida de sete meses, sentada no chão arrumando impressora Trocando rolete de impressora. Eu guardo essa foto com muito carinho assim.
Speaker 4:Então eu comecei a fazer uma movimentação, pensando que até com a maternidade as coisas ficariam mais difíceis, porque eu viajava também na Maquita pra lá e pra cá. E aí eu comecei a focar mais em governança de TI e logo foi quando eu comecei a descobrir a área de segurança da informação.
Speaker 3:Como é que foi essa migração assim de pô sair de infra? né que muita gente hoje percorre essa mesma jornada ou alguns querem percorrer essa jornada e às vezes não sabem por onde começar ou como fazer. Como é que foi pra ti assim sair de literalmente ali da de infra, indo pra governança, que é risco e compliance, segurança.
Speaker 4:Eu vou falar que pra mim eu acho que foi um dos melhores momentos da minha vida e é o momento que eu me encontro Né Quando eu comecei a fazer, por exemplo, a avaliação de risco em fornecedores, que eu olhei e falei assim caramba, eu tô gostando muito de fazer, eu tô gostando muito de fazer isso. E eu lembro uma vez que eu entrei num site de vagas e eu achei uma vaga de governança de TI que falava de tudo que eu fazia. Aí eu falei existe, existe eu no mercado.
Speaker 3:Existe eu.
Speaker 4:Existe eu, E achei. Então foi aquele momento de prazer, Quando você começa a se autoconhecer e a descobrir que, sim, eu estou neste lugar e é este lugar que eu quero ficar. Então olhando pra riscos, olhando pra toda a cadeia, quando a gente falava de ITU ali eu falava gente, é isso, é isso que eu gosto, sabe, de trazer toda essa definição, todo esse conhecimento pras pessoas dizendo o que é uma requisição, o que é um incidente, Nossa, aquilo era maravilhoso pra mim. Então é nesse momento que vira a chavinha e aí eu falo caramba, eu vou investir, eu vou investir nisso, porque eu sou dessa área. E é aqui que eu vou ficar Lógico que ainda por um tempo, quando a gente olhava ali pras vagas que a gente tinha de governança de TI, esse cara era o cara que realmente ele tinha migrado. Então muitas vezes se pediam habilidades que eu olhava e falava não vai rolar. Mas hoje a gente consegue enxergar todo mundo. Bem, A área é bem segmentada, assim, cada um dentro da sua caixinha.
Speaker 1:Até porque antes realmente estava tudo misturado né Tudo misturado.
Speaker 1:Depois começou a separar as coisas Quando chegou a governança e tal aí se começou a se organizar e segmentar os times, os squads E uma coisa, uma coisa deixa eu até Desculpa te interromper mas assim você é muito comunicativa e eu vejo que sempre foi, tanto é que você chegou lá no almoço alifado e falou ó, enxergando outras oportunidades aqui. E é outro perfil, meio diferente do pessoal de TI que costuma ser mais introvertido. Né O cara vê e fica de boca fechada, né Você. Não, você chegava, falava com a liderança, apontava o que tinha que fazer, e sempre foi assim, né, sim e mesmo sem saber, uma boa vendedora, eu sempre fui.
Speaker 4:O meu perfil diz que é I né influência. Então assim tá explicado, entendi. Mas é aquilo que eu falei o autoconhecimento. A gente precisa descobrir quais são as habilidades socioemocionais e técnicas que a gente tem pra poder encaixar, porque hoje a gente tá muito é as pessoas estimulam muito a gente. É uma coisa muito específica dentro da área de tecnologia. Sim, falta….
Speaker 2:A especialização e leva todo mundo pra um caminho de….
Speaker 4:Exato Opção ou outra.
Speaker 2:Né, Ou você vai ser muito técnico ou você vai buscar uma carreira de… Tipo. Assim você sempre tem um Y muito definido Exatamente E aí você acaba perdendo algumas peculiaridades que uma carreira mais vertical te traz.
Speaker 4:E às vezes um bom profissional também. Né, Esse cara seria muito bom dentro de uma outra área ali, mas ainda não entendeu que ele tem essa habilidade.
Speaker 1:Mas aí você chegou no segredo disso, que é o autoconhecimento, e que leva muito tempo. Na verdade, demora muito pra pessoa se conhecer, se entender. A gente tá até conversando sobre isso agora há pouco, porque assim normalmente a pessoa escuta muito o que vem de fora e pouco o que vem de dentro. Né Então ela demora a encontrar ou demora a acreditar naquilo que ela mesmo sente. Né Então, quando você viu essa vozinha dizendo caramba, é aqui que eu estou florescendo, deu uma diferença grande. Você ainda estava dentro da área de TI, mas não era infra, não era passar cabo, espera aí, não é meu lance.
Speaker 4:Sim sim, não que infra seja só passar cabo.
Speaker 1:Sim, não é, não é, é quem dera fosse aqui É quem dera fosse.
Speaker 4:E aí, em um determinado momento, eu começo a me dedicar muito pra parte de gestão, liderança, Porque eu também tenho um perfil de liderança que é nato meu Onde estou, movimento um monte de gente, Bora todo mundo, E aí eu falei não acredito, é isso mesmo. As pessoas já falavam você sempre esteve nessa posição de liderança, você só não era.
Speaker 3:Já era nata lideranata, só não tinha um título ali.
Speaker 4:Você era quem tomava conta do departamento, você que tomava conta das pessoas. E aí foi quando eu comecei a me especializar. Aí fui pra área de segurança mesmo falei é isso que eu quero, privacidade de dados. Então foquei bastante na área de proteção e privacidade de dados E aí comecei a estudar também a parte de gestão e liderança, porque eu olhei e falei é o que eu gosto.
Speaker 3:É para onde eu quero ir, é o que eu gosto de fazer.
Speaker 4:Então surge a oportunidade de conhecer ainda mais o mundo, né? E eu queria muito essa imersão em cyber, em segurança da informação. E quando surgiu a oportunidade do Ciro, eu falei vou. Mas o mais engraçado é que assim mesmo, com toda essa experiência, com todo esse contato, eu não tinha coragem de me candidatar a uma vaga de liderança por fora. Vamos lá, me conta. Olha, a gente tem a síndrome da impostora. É complicado, isso acontece eu acho que conta.
Speaker 4:Olha, a gente tem a síndrome da impostora. Né, é complicado, isso acontece. Eu acho que com todo mundo E muito tempo em um lugar só, né? Eu acho que isso cria na gente um certo conforto de que é aqui seu lugar e o mundo lá fora. Tá muito difícil, viu, se você tá achando que você vai sair daqui, vai chegar lá e que você vai ser essa pessoa que você é aqui, você tá enganada. Mas sim, pode ser.
Speaker 3:Pode estar lá a oportunidade.
Speaker 1:Você é você, não importa onde você esteja.
Speaker 4:Mas aí tem uma responsabilidade muito grande das lideranças. O que esse líder tá falando pra você enquanto você tá ali também, olha o mercado lá fora, tá fogo. Se você sair desse jeito, aí você não vai encontrar nada. Você tá achando que você vai encontrar alguma coisa lá fora, então tem uma responsabilidade muito grande. Sabe dos nossos líderes assim, e eu encontrava muito isso assim. Eu não tinha esse esse empurrão de que você é uma profissional boa vai com fé que vai dar certo aquela coisa entendeu, é aí vamos lá.
Speaker 1:Né, ao longo da carreira, a pessoa vai encontrar líderes, vai encontrar chefes, vai encontrar mentores, vai encontrar pessoas que são os desmentores, pessoas tóxicas que vão prejudicar a sua carreira, prejudicar o teu bem-estar. Então, assim você tem que criar a sua casca e o seu eu, você tem que enxergar quem é. Você não é. Então, e realmente tem um papel muito, muito importante, de quem é líder, de quem é chefe, de quem te dá feedback sobre as coisas, né? A pessoa fica marcada Tem.
Speaker 4:E foi o essencial, assim pra mim e primordial dentro da minha carreira no hospital. Quando eu cheguei como analista e fui, e fui como analista, eu falei não, eu não vou.
Speaker 3:Você começou analista pra depois assumir.
Speaker 4:Não estou preparada pra isso. Ainda mais respirar Segurança da informação 24 horas.
Speaker 3:Aquele medo de será que vai dar certo, e essa é a pergunta que eu ia colocar né Porque um hospital é literalmente 24 horas. A gente tava visitou hoje o pessoal ali da cliente nosso, ali da Camargo, né, e pô ele falou cara, aqui não tem jeito de ter, não tem altejo, não tem gemu, de madrugada não para O negócio. aqui é às vezes a mudança às 11 horas da manhã é melhor do que de madrugada, porque tem menos cirurgia, etc. Uma pausa no mercado financeiro você perde dinheiro.
Speaker 2:É ali, é vida, né cara É vida, não tem preço, não há E uma pausa na indústria.
Speaker 4:É um caminhão que deixa de sair no horário são máquinas que deixam de ser produzidas.
Speaker 3:Completamente diferente. E como é que é trabalhar em segurança da informação. Imagino pra muita gente curiosa a respeito na área hospitalar que lida realmente com vidas ali. Como é que é essa sensação, essa responsabilidade?
Speaker 4:né Você aproveitando que você emendou ali o seu assunto, que você ia entrar Desafiador, e foi uma mudança de mindset de tudo que você imaginar, porque é justamente isso que a gente falou. A indústria parada são dois, três caminhões que iam chegar às oito da manhã em um determinado dia e vai chegar um pouquinho mais tarde. São 200 máquinas, a menos que a gente deixa de produzir. Quando a gente chega no hospital que eu olho e falo assim caramba, quem está do outro lado é uma vida e o que a gente demorar pra agir, fazer ou não fazer vai impactar diretamente nessa vida. e isso se conectou muito com a minha forma de trabalhar, olhar para os processos e enxergar que segurança da informação dentro de um hospital vai ser política, mas diferente pra cada situação. eu tenho políticas definidas, eu tenho normas, mas cada situação é. Eu tenho políticas definidas, eu tenho normas, mas cada situação é uma situação que precisa ser avaliada de uma forma diferente.
Speaker 3:Caso diferente.
Speaker 4:É diferente. Quem tá do outro lado infelizmente não é como num banco Aqui não pode espetar o pendrive, beleza não pode, não pode, não lá. E se é o Zezinho a gente sempre fala sobre isso que veio lá de Pernambuco com um exame histórico de toda a saúde dele, a vida dele tá ali dentro do pendrive Do pendrive, chega lá no hospital e fala trouxe aqui ó. Aí eu olho e falo volta.
Speaker 1:Ih não vai dar não.
Speaker 3:Não, não vamos fazer seus exames Não bate no compliance.
Speaker 1:Aqui você dançou, Não tem como? Então a gente tem que olhar.
Speaker 4:É surreal. Você tem que olhar pra cada caso E hoje eu acho que uma das maiores dificuldades de trazer essa visão de que o negócio também interfere na forma da gente agir, na forma da gente conduzir acaba sendo o maior desafio do líder ali, eu acho que de qualquer um dentro da tecnologia, por quê O cara que é tech, ele olha e fala assim isso não pode, não pode, faz, não faz, é zero ou um.
Speaker 3:Zero ou um.
Speaker 1:Zero ou um.
Speaker 4:Como que você fala olha então, mas quando essa situação aparecer, você entende, conversa, vai ver com essa área, vai ver lá com a polissonografia, onde é que eles estão arquivando todos esses exames de sono? Entendeu, é onde É um HD externo? Não é, mas não pode HD externo. Mas então, mas lá é necessário aquela área precisa. Então para mim é muito satisfatório. Eu falo porque eu gosto desse desafio diário, de que cada situação é uma situação diferente. Porém a gente tem as ameaças que são outros tipos de ameaça, grupos que são grupos atuantes, hoje focados no nosso setor.
Speaker 4:A gente tem a questão do letramento digital, que da mesma forma que a gente tem a questão do letramento digital, né que da mesma forma que a gente ensina.
Speaker 3:Eu fico com a área de treinamento e conscientização também dentro do hospital Que é importantíssima, né que vamos dizer depois a gente vai falar um pouco mais disso, mas deve ser fundamental, porque deve ter galera lá que tem menor conceito E antes de qualquer solução futurística.
Speaker 4:É a pessoa que tá ali. A gente ainda não entende a importância de treinamento e conscientização dentro de qualquer instituição.
Speaker 2:A gente não entende Até porque a gente tem que ter um, O cara da ponta. Ele tem que saber Ah, isso aqui é uma exceção que precisa, Ou o cara começar a usar essas exceções de uma maneira errada. Ah, não é mais fácil. Ah não, ó, isso aqui foi uma puta exceção, precisamos por causa, E o cara pode colocar em risco o hospital. A operação de um hospital, a operação toda, porque ele ficou com preguiça de fazer alguma coisa e usou a muleta das exceções pra executar alguma coisa.
Speaker 1:Se a pessoa não tiver um conhecimento básico mínimo, ela não entende os porquês. Por mais que você explique Isso é fundamental Não adianta.
Speaker 3:Quais práticas de GRC você considera fundamental para o dia a dia de instituições da área, vamos dizer assim, hospitalar?
Speaker 2:Ei, você aí já se inscreveu no nosso canal, Já ativou o sininho das notificações E aquele comentário E as nossas redes sociais. Boa, o sininho das notificações E aquele comentário E as nossas redes sociais. Você já seguiu A dos apoiadores da SESPRO, da SESCYBER. Bora lá, tá tudo aqui na descrição.
Speaker 4:Quando a gente olha pro setor da saúde e a área de governança, eu não tenho como fugir de conhecer os processos, de conhecer o meu negócio, as normas, as políticas que a gente tá criando, que a gente tá desenvolvendo. Ela atende o negócio como um todo, porque pode ser que não Pode ser, que isso é factível pra área X, mas pra área Y não. Outra coisa, essas áreas, elas precisam se comunicar, tem que ter uma sinergia muito grande, porque eu vou trazer uma situação aqui pra você Falando de eu acho que todo mundo tem dificuldade com gestão de terceiros, sempre.
Speaker 3:Não tem como Inevitável.
Speaker 4:Principalmente quando a gente fala de interoperabilidade, Falando de clínicas, falando de consultórios externos, Como que eu tenho visibilidade desses terceiros que estão entrando. Se a área que recebe esse cara, esse terceiro, que às vezes vai fazer atividade de um dia, de um dia só vai utilizar uma máquina com autologuinho ou seja nem usuário de rede, muitas vezes ele não vai precisar.
Speaker 4:Como que eu sei que esse cara entrou e esse cara saiu, esse cara é um risco dentro do meu negócio E não é uma responsabilidade só de segurança da informação. Eu não tenho como buscar isso, eu não tenho como ter visibilidade. Então, se essas áreas, elas não conversam, a gente nunca vai conseguir ter uma gestão eficaz, eficiente, nunca, nunca. Isso é verdade.
Speaker 1:Cara, são muitos setores diferentes. É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo no hospital. Isso é um negócio meio doido.
Speaker 3:Como é que você coloca eles pra conversar Exatamente.
Speaker 1:Porque tipo assim a gente?
Speaker 3:percebe que assim eu pessoalmente ando em muitas empresas E colocar setores pra conversar não é algo simples, é um dos maiores desafios. Às vezes a gente visita uma empresa que um setor dificilmente conversa com outro setor e às vezes eles têm uma solução que é útil para as duas. Então já aconteceu isso demais. E como é que vocês têm essa prática Você né, que eu percebo que você gosta de juntar, então eu acho que é uma coisa que também te ajuda com o seu ser, né Sim.
Speaker 4:É o que a gente falou É o profissional com uma habilidade fora do que a gente estava acostumado a ver do técnico, tendo essa responsabilidade de buscar, porque no fim do dia isso é muito responsabilidade nossa.
Speaker 4:É um soft skill realmente ali que você tem que desenvolver Se eu não conseguir enxergar que determinada atividade que eu estou fazendo tem um impacto ou necessita do envolvimento da área B, eu não vou conseguir buscar. Eu preciso entender, eu preciso ter esse entendimento de que aquela atividade ela precisa do envolvimento de outras pessoas. E aí eu acho que tem muito, eu acho que é uma dica pra gente de tecnologia. Eu acho que a gente precisa parar com essa preguicinha também de ah não, eu não vou conversar isso daqui, não é responsabilidade minha, isso daí é responsabilidade lá do cara do PO, isso é responsabilidade do analista de negócio. Gente, isso é responsabilidade nossa. Assim A gente precisa entender o que a gente tá entregando, a gente precisa entender o que a gente tá fazendo, o que a gente tá construindo.
Speaker 3:Isso é importante. Entender o negócio é uma coisa que realmente eu bato sempre que eu converso com o profissional e isso diferencia o profissional A do profissional top de carreira. Então às vezes o cara é A ali, ele é super ótimo no que ele faz, mas ele não tá ligado ao negócio né Não quer se inteirar do negócio muitas vezes. Às vezes você fala cara, não é entre aspas, perdão, a palavra não é pica minha, é da outra área, não é da minha área. Então assim, e no final das contas é isso que vai diferenciar ele e vai dar oportunidade. Se abre oportunidade, abre portas. Thaís.
Speaker 4:Lógico que abre Hoje, quando a gente olha no mercado, a gente fala muito desse profissional que se comunica A todo momento. A gente está falando a área de tecnologia precisa se conectar ao negócio.
Speaker 3:É o Tá hypado né Tá todo dia, mas na prática é outra história Todo dia, todo dia.
Speaker 4:Na prática a gente sabe que não é bem, isso que acontece, mas todo dia se fala sobre isso E quando a gente olha e fala esse cara, ah, eu tenho essa habilidade, a gente não tá falando só de uma habilidade técnica, a gente tá falando principalmente de uma habilidade sócio-emocional, porque esse cara tem que se comunicar bem, esse cara tem que ser muito persuasivo, entendeu. Esse cara tem que ser comercial, esse cara tem que ser bem melhor.
Speaker 3:Ele tem que saber como conversar, como que ele vai conduzir.
Speaker 1:E abrir oportunidades.
Speaker 4:E aí eu vou falar, abrir oportunidades até praquilo, que a gente não tava procurando, porque já falaram assim Nossa. Já falaram assim nossa. Vou colocar você pra vender produtos de TI. É uma oportunidade nova, é uma oportunidade tá aí né cara. E eu acho que a gente começa a enxergar as outras vertentes Inclusive, se quiser vir pra acessar a gente pode deixar.
Speaker 3:Vou pensar nos postos daqui.
Speaker 4:E eu acho que é aí que a gente começa a enxergar a TI, a área de tecnologia não só como uma área técnica, enxergar outras oportunidades dentro de tecnologia. Eu acho que hoje a gente caminha muito pra um direcionamento, principalmente agora com tantos projetos sociais, tantas empresas grandes trazendo essa questão de a gente tem uma academia de TI aqui. Eu vejo tanto essas empresas focarem em desenvolvimento, desenvolvimento, desenvolvimento. Mas essa empresa ela não forma um analista de negócio em tecnologia.
Speaker 4:Só preocupa com, às vezes, a questão técnica, essa empresa muitas vezes não vai formar o cara de GRC, porque muitas vezes o cara de GRC não é o cara que tá lá fazendo resposta a incidentes.
Speaker 3:Muitas vezes não é E é importante falar desse assunto.
Speaker 4:Muitas vezes não é. Então eu acho que tem até a preocupação dessas pessoas que são levadas por esse movimento novo de que vai fazer TI, que dá dinheiro e que agora é desenvolver game, é desenvolver apps. Você faz um monte de coisa, só que aí o cara chega, o cara não se identifica e aí ele olha e fala.
Speaker 3:me frustrei, mas às vezes ele poderia ser utilizado, as habilidades que ele tinha numa outra área, dentro da tecnologia, como o Gomes falou, nessa API aí de interligar né E a gente tem que falar um pouco que pô. Você tem um Fala de ensino, centro de treinamento, instituto de pesquisa. Conta pra gente, como é que você surgiu essa ideia? né Conta pras duas. Eu tava vendo o seu LinkedIn, tanto o centro de treinamento que você fundou né Como o instituto de pesquisa que você auxilia ali.
Speaker 4:Conta um pouco pra gente como é que você chegou nessa questão? Aham, eu vou começar um pouquinho sobre a gente. tem um projeto que é um evento de cyber focado para o setor da saúde Que legal. E aí eu fui convidada pelo meu gestor pra ser uma das coordenadoras do evento e o evento tem o objetivo de fomentar né essa relação entre os hospitais e entre os profissionais não só da área de cyber, mas da área de tecnologia, privacidade de dados como um todo. A gente sabe que o setor da saúde é um dos setores mais atacados.
Speaker 4:Com certeza mais visados A gente lida com ameaças aí, e ainda com a chegada da inteligência. Com a chegada não né, Mas com avanço aí da inteligência Avanço da IA né Da.
Speaker 4:IA e isso tem né Crescido exponencialmente E o evento tenta trazer e criar essa conexão de que assim a ameaça que tá batendo na sua porta é a mesma ameaça que bate na minha porta E a gente lida às vezes com setores do governo ali que não tem o mesmo investimento que a instituição que eu trabalho tem, é diferente, é setor público, a gente sabe a gente atende algumas redes hospitais, umas muito grandes, muito complexas, mas com investimentos altos em cibersegurança.
Speaker 2:Mas também a gente já conheceu e atendeu algumas menores que cara eles não têm um investimento, é zero ou é próximo de zero, é que assim é o suficiente para se manter as coisas rodando, mas não tem uma preocupação mais profunda em cyber. Então eu acho que mercado de saúde, a gente talvez tenha essas duas os grandes hospitais com alto investimento, mas a gente talvez tenha essas duas os grandes hospitais com alto investimento. Mas a gente também tem hospitais públicos e hospitais menores com nível de investimento um pouco menor, até pelos próprios profissionais, que é aquela galera que não consegue vender isso internamente. Mas eu acho que é uma realidade, principalmente em cidade interior a gente acaba vendo bastante.
Speaker 1:O que é uma realidade pra quase todo setor, exceto bancos, né.
Speaker 3:Porque não tem jeito.
Speaker 1:O banco mais rico ou menos rico.
Speaker 3:Esse é mais rico, esse é menos rico. É exato.
Speaker 4:E é difícil e no fim do dia a ameaça é a mesma. Então a gente tenta trazer essas pessoas pra gente, compartilhar mesmo né o que que pode, como um pode ajudar o outro e fomentar mesmo o cibersegurança. Às vezes é o cara que é um cara dentro de tecnologia, que faz cyber, que faz infra, que faz tudo, e é trazer pra esse cara que assim a gente tá aqui Se acontecer um incidente a gente pode ajudar também né A gente pode contribuir. E, falando de hospitais, hoje eu acho que a gente deve tá batendo 7.700 hospitais no Brasil. De hospitais, hoje eu acho que a gente deve estar batendo 7.700 hospitais no Brasil. O nosso objetivo é trazer 10% disso, mas é difícil, diz, pelo menos ali pra poder conversar a mesma língua né cara, é difícil muito difícil, com certeza, e foge realmente.
Speaker 4:eu falo que assim. tem uma frase que eu gosto muito de usar, que é quando os propósitos, eles, se conectam, as pessoas elas. que é quando os propósitos se conectam, as pessoas vão se encontrar. Se o propósito é o mesmo, as pessoas se encontram E o evento traz muito propósito.
Speaker 3:Ele é um evento anual.
Speaker 4:É anual. Acontece uma vez por ano. a gente está na nossa terceira edição Sensacional. No passado a gente bateu mais de 500 pessoas no evento. E esse ano a meta é trazer mais ainda no-transcript Dos seis podem.
Speaker 2:Cinco de junho, agora, todos convidados, todos os profissionais de tecnologia.
Speaker 1:Vamos lá pessoal.
Speaker 4:Convidados E aí o centro de treinamento. no decorrer aí da minha trajetória eu fui descobrindo que eu sou. Eu descobri que eu sou apaixonada por educação. Então eu gosto de sentar, de conversar, de compartilhar o que eu aprendi E aprender com as pessoas. Eu sou muito apaixonada por histórias de vida de outras pessoas e desde os meus 16 anos eu atuo também próximo a comunidade onde eu vivo, atuando com o pessoal da catequese. vamos ajudar aqui, vamos falar de, vamos dar aula de informática pro pessoal de baixa renda.
Speaker 3:Causas sociais, realmente Causas sociais exatamente.
Speaker 4:E aí eu olhei e falei assim vamos juntar um centro educacional. Meu marido atua na área da saúde. Eu não estava na área da saúde. Quando os propósitos são iguais, as coisas se conectam. Eu não estava na área da saúde. E em Quando os propósitos são iguais, as coisas se conectam. Né Eu não estava na área da saúde. E em 2021, eu perdi o meu irmão, o Hugo, com 25 anos. Um incidente acabou… Ele teve uma convulsão, acabou falecendo. a gente não viu E nessa época o meu marido já falava muito sobre a importância de primeiros socorros. Né A gente tem uma população. A gente fala que 95% da população ainda não fez um treinamento eficaz de primeiros socorros.
Speaker 3:O que é uma coisa altamente cultural Validando o nosso número. né Eu nunca fiz, eu tenho 40 e tantos anos. Eu fiz e não foi no Brasil, então assim não posso trazer crédito pro Brasil por conta disso.
Speaker 1:A gente sabe que faz parte da educação básica lá nos Estados Unidos, por exemplo, que o pessoal mostra e tal como é que faz aquele primeiro momento. Lá eu fiz na escola de medicina quando eu estudei medicina.
Speaker 3:Aí é lógico que você tem que ter feito a academia se não fizesse ia ser um problema é é um problema sério mas assim esses princípios do que fazer, mesmo básicos, não tem.
Speaker 1:Tem lei pra colocar desfibrilador em todo lugar, mas não sabe pra que que serve nem como operar.
Speaker 3:E aí, olha gente, que engraçado como eu faço né.
Speaker 4:E aí eu descobri que a falta de conhecimento em primeiros socorros mata tanto quanto a falta de conhecimento em segurança da informação. Uau Em proteção de dados.
Speaker 1:Uau.
Speaker 4:É um conhecimento que a gente acha que não é necessário, mas que impacta diretamente na vida do outro.
Speaker 3:Isso aí faz total sentido.
Speaker 4:Um prontuário vazado compartilhado de forma indevida, ele pode ter as mesmas consequências de um erro médico.
Speaker 4:Com certeza É a mesma coisa. E aí eu vi as coisas se conectando e aí eu falei como que eu conecto agora tudo isso Eu na área de segurança da informação com o centro educacional. E naquela época, só recapitulando, o meu marido já falava muito sobre essa questão da gente fomentar o conhecimento em primeiros socorros. E aí eu falei a gente passou por essa situação, a gente treinando outras pessoas, a gente passou por essa situação dentro de casa. Então por que a gente não leva isso adiante? Aí a gente começou a dar cursos de primeiros socorros em orfanatos, igrejas juntava o pessoal do prédio e dava o curso de primeiros socorros.
Speaker 4:E foi natural, quando a gente olhou a empresa tinha nascido. E aí o Centro de Treinamento nasce em setembro de 2023. Hoje a gente já formou mais de 400 pessoas em técnicas mais avançadas de primeiros socorros. Estamos trabalhando aí para fomentar cada vez. Mas isso, e ano passado, no finalzinho do ano passado, a gente conseguiu um apoio de uma instituição de ensino superior que veio para somar. Então hoje a gente oferece outros tipos de cursos universitários também, qualquer instituição de ensino superior que veio para somar, então hoje a gente oferece outros tipos de cursos universitários também, qualquer instituição pode falar à vontade Posso.
Speaker 4:LA Educação.
Speaker 4:Um abraço pessoal, Obrigado Um abraço Fred, muito obrigada pela parceria. A gente ainda A gente combinou que a gente vai crescer muito ainda em conjunto E aí a gente tem agora esse objetivo de continuar atuando na área da saúde ali, porque a gente ficou muito nichado, né, mas trazer também a educação mais acessível para outras pessoas ali, principalmente a classe C E, dentro desse projeto. Eu gosto muito de falar, eu sou uma entusiasta da língua brasileira de sinais. Eu sou uma entusiasta da língua brasileira de sinais, eu sou apaixonada por Libras, não sei o tanto que eu deveria saber, mas eu gosto muito. E a gente foi a primeira escola no Brasil a formar um socorrista, uma pessoa preparada mesmo em técnicas avançadas de primeiros socorros, e essa pessoa é surda, que bacana. E foi um desafio enorme, porque nós não estávamos preparados pra isso. Na verdade nunca estamos, mas resolvemos aceitar o desafio. Mais uma vez, quando os propósitos são, parecidos as pessoas se conectam.
Speaker 4:a gente conseguiu trazer uma intérprete que veio né por livre e espontânea vontade, falou eu apoio, ajudo e a gente conseguiu fazer atuar com o Hugo durante quatro meses, caramba.
Speaker 4:E formamos o Hugo, e aí foi legal porque assim a gente encontrou um outro gap dentro da área de tecnologia. Tantas oportunidades que essas pessoas poderiam estar inseridas e muitas vezes a gente, com o nosso olhar de não entender ainda como a gente pode trabalhar em conjunto. Dessas pessoas, a gente acaba excluindo. Eu escutei uma frase de uma moça portadora de deficiência que ela falou assim quando a gente não tem a intenção de incluir automaticamente, a gente exclui. E é gente, é verdade, isso faz todo sentido.
Speaker 4:É fácil dizer ah, eu vou fazer um curso acessível Quando você vai construir na prática isso gera um desconforto na gente que você tem que querer muito incluir pra você não desistir. Eu lembro do primeiro cenário, quando Era a primeira aula, quando a gente ensinando ali os professores, mostrando, olha, você sabe como quando você deve ligar para o SAMU ou quando você deve ligar para o corpo de bombeiros, e aí ensinando o pessoal como agir, e a gente falou tá, quando você ligar pro SAMU você vai falar assim. e aí quando a gente deu o telefone pro Hugo, o Hugo era surdo, como que ele ia ligar.
Speaker 3:É uma boa pergunta. Né Como que liga Me conta, como é que foi Pro Samu.
Speaker 4:Aí na hora eu peguei o telefone, liguei no Samu e falei moça, eu tô com uma pessoa aqui. Essa pessoa ela é surda e ela tá precisando de um atendimento e eu queria saber como que a gente faz. Aí a moça falou assim olha, você pede pra ele falar explicar pra você e você fala pra mim. Eu falei, mas eu não sei Libras. Ela falou então a gente não consegue ajudar, pensa E olha como é a falta de conhecimento, a falta de informação. Logo depois a gente descobriu que existe um app, existe um app pra isso. Existe um app que você coloca lá. É um app da Icon, uma empresa que presta serviço pro governo, onde você abre e tem lá. É um app da ICOM, uma empresa que presta serviço pro governo, onde você abre e tem lá polícia militar, mulher que sofreu agressão aperta e abre um vídeo, a gente tem uma intérprete que comunica em libras você fala a sua dificuldade e ela mesmo liga pro SAMU.
Speaker 3:Mas a pessoa que atua no SAMU, que atende Exato. Não sabia, Não sabia. Se ela não sabia, imagina a população né E a utilidade pública. Então tem esse época.
Speaker 1:Os desafios de comunicação, que são tremendos. E, cara, a gente tava agora há pouco falando sobre o desafio que é manter o próprio hospital harmonicamente, todo mundo se comunicando. Imagina isso a nível de governo. Como é que é? Isso é uma coisa louca, né? Eu lembro de uma vez que eu vi um projeto em Brasília, um projeto maravilhoso de desburocratização. Era incrível. Falei que legal. Nunca chegou em lugar nenhum, mas estava acontecendo ali em Brasília. O projeto era muito bom, mas não chegava na ponta, entendeu?
Speaker 3:Não ia, né cara Não chega porque não comunicava, não ia entendeu, e assim a gente falou bastante aqui até eu vi sua opinião porque tem trabalho bastante com a comunidade e eu percebo que ainda falta bastante incentivo e bastante apoio. Né pra gente tentar fazer ser mais inclusivo na área de tecnologia também, né O que você acha que falta, você que tem a oportunidade de estar lidando ali fazendo esses projetos sociais, pra gente trazer mais tanto pessoas com deficiência como pessoas mais carentes pra realmente mergulhar nesse mundo.
Speaker 4:Eu acho que o que falta é quem está desenvolvendo esse projeto. Desenvolver porque quer incluir mesmo. Porque, enquanto a gente estiver falando da boca pra fora que a gente quer falar de uma tecnologia mais inclusa, vamos falar de inclusão digital. Falando por falar isso nunca vai acontecer, nunca vai chegar na ponta.
Speaker 3:Se for pra inglês ver não vai rolar.
Speaker 4:Não vai rolar As empresas. hoje elas usam isso muito como uma capa.
Speaker 3:Endomarketing e marketing. Vamos lá, vamos tirar Viu o Danilo.
Speaker 4:ESG Pega o S ali de social e bora, vamos embora. Mas quando a gente olha, falando mesmo da comunidade surda, a maioria Hoje a gente tem cerca de 10, 11 milhões de pessoas surdas com deficiência auditiva no Brasil E a gente tá falando de 3 milhões com surdez profunda, severa, e dessas pessoas, desses milhões, aí, desses 3 milhões que a gente tem, se você for olhar, a maioria está em cargos de formação mais baixa.
Speaker 3:Sim, Com certeza É muito difícil a oportunidade, então a empresa traz.
Speaker 4:porque precisa trazer? porque precisa colocar ali, precisa atender a sua cota de profissionais com né ah, precisa ajeitar aqui E no final do dia, essa pessoa é uma pessoa que não está inclusa ali dentro das atividades. é uma pessoa que às vezes tem uma habilidade que poderia ser utilizada dentro de uma outra né uma outra área. Se a gente for olhar pra área de cyber, resposta é incidentes. O profissional de TI já não gosta de conversar com ninguém, mesmo Pronto coloca lá Como que esse cliente Tem uns que fingem mudo, né cara Imagina.
Speaker 3:vamos ser sinceros, tem uns que fingem mudo ali pra não falar. ué, entendeu Como?
Speaker 4:que não dá pra colocar essa pessoa, gente pra atuar na área de tecnologia. Dá lógico que dá Tem, tem condição sim, Mas isso é difícil, isso custa caro isso demanda muito da gente.
Speaker 3:Tem que ter esforço dos empresários, tem que ser bem grande, tem que ser de verdade, né Tem tem que ser de verdade.
Speaker 4:Eu participei de um evento recentemente. Eu fiquei até um pouco triste assim. Era um evento que estava fomentando o desenvolvimento de tecnologias focado em inclusão digital. E aí, quando a gente chegou, a gente tinha uma pessoa surda e não tinha ninguém em Libras.
Speaker 3:Aí para o evento Para tudo, para tudo que tem tudo errado.
Speaker 1:É um evento pra isso.
Speaker 3:Sinceramente eu falei assim vamos embora. Eu me lembro de uma ocasião muito engraçada Eu fui.
Speaker 1:Eu tava em Belo Horizonte, eu fui num culto na Igreja Batista do Barro Preto. Tinha menina fazendo libras. Eu fiquei impressionadíssimo. Falei cara, que coisa linda. E eu fiquei assistindo o culto, olhando pro trabalho dela que eu achei sensacional. Aí, já mais pro finalzinho do culto, ela Você vem cá senta aqui, ela achou que eu fosse surdo eu tava acompanhando as livras dela, o culto inteiro.
Speaker 1:Ela achou que eu era surdo depois ela veio falar comigo eu só achei lindo o trabalho incrível e vi o pessoal ali participando, vivendo aquele momento, trocando a mensagem, e a igreja comenta muito isso. A igreja comenta muito isso a igreja.
Speaker 4:Eu acho que é pioneira quando a gente fala de trazer um culto, qualquer outro tipo de cerimônia mais acessível, principalmente pra comunidade surda então aí foi quando eu criei esse, esse compromisso.
Speaker 4:Eu falo eu tenho várias pessoas que ajudam a gente. A professora que trabalha na escola, ela é surda, oralizada, e aí eu sempre falo pra ela o que eu puder ajudar, eu vou ajudar. Então trago o pessoal e a gente vai descobrindo várias outras coisas. Assim, e só quando a gente tá junto que a gente vê a dor que o outro sente, muitas pessoas falam é ah, sofre racismo sempre tem. Mas a pessoa falou desse jeito não, não é nada, você não precisa se sentir assim só quem vive aquilo pode dizer é a mesma coisa.
Speaker 4:Quando eu olho pra Cleo, por exemplo, quando a gente tá caminhando juntas, as dificuldades que ela sente, ah, eu vou no açougue, eu vou comprar, o cara não consegue me atender, ela ainda consegue falar, ela é oralizada, mas a gente tem muitos surdos que Eu tenho um tio que é completamente, ele não consegue. A gente tem muitos surdos que não conhecem a língua portuguesa né.
Speaker 1:Que não conseguem escrever ler.
Speaker 4:Então é difícil E tem até uma curiosidade da Cleo assim Ela ficou surda aos 14 anos E a palavra Wi-Fi veio depois disso. Então ela não conheceu a pronúncia de Wi-Fi, linkedin, iphone, whatsapp, e aí como que você ensina pra ela E aí aí são coisas assim que a gente nem se preocupa com isso. E até hoje ela fala é bilingüe. Aí a irmã dela fala não é bilingüe, é bilingüe bilingüe.
Speaker 4:Porque ela não ouviu, mas assim é muito prazeroso se vocês tiverem a oportunidade de se inserir, seja em qualquer Vocês já estão inseridos aqui né em projetos sociais, mas eu falo assim quando a gente olha pra esse público assim, né principalmente portadores de deficiência. A gente olha e fala, a gente tem muito o que aprender ainda.
Speaker 1:Você falou bastante sobre a diferença de realmente ter o desejo de fazer mudança, né? E me lembrou muito um conhecimento que revolucionou a minha vida, que é a diferença de pensamento positivo para intenção, porque assim pensamento positivo é o ponto um. Você pensa né Agora, intenção interfere na sua ação, na forma como você faz as coisas, e aí aquele pensamento ele conduz uma ação, e aí isso é muito mais poderoso do que apenas pensar que é legal ajudar é legal. Não, você tem que colocar isso na sua intenção, é diferente.
Speaker 3:No final do dia, todos nós pensamos, todo mundo pensa o mais difícil é levantar da cadeira e agir exatamente igual ideias ideias se não colocar na prática a gente precisa começar a executar os pensamentos positivos e deixar de fazer só pra inglês, ver só pra ah, eu tô com o celular, é aquilo lá. Às vezes é melhor você nem divulgar e fazer do que realmente divulgar pra inglês, ver que fica menos feio. Vamos dizer assim né Aquela coisa ali, só pra compliance. Eu não posso deixar de fazer essa pergunta, até porque tem muita mulher que acompanha a gente. A gente tem ali as estatísticas né Tem uma base feminina bem grande ali, porque a gente sempre apoia, tem várias e várias convidadas nossas aqui E muitas mulheres às vezes se sentem assim, com medo de posições de liderança na área de tecnologia, que ainda é uma área muito masculina, né.
Speaker 3:Então eu queria falar um pouco da sua experiência e um pouco de dicas, principalmente para quem está começando agora ou quem já está nessa área e às vezes tem esse receio né E às vezes não tem a personalidade que você tem de comunicação tão fácil, etc. E às vezes quer ir pra um cargo de gestão e às vezes fica um pouco receosa em relação a isso.
Speaker 4:A primeira dica Mulheres, a gente tem medo, mas vamos com medo mesmo. É a primeira, porque é o que eu acho que permeia toda mulher ali né Não é fácil. Eu acho que a gente, o instinto feminino, ele já vem com essas questões embarcadas de que pra gente fazer algo, a gente precisa ser muito boa, naquilo né A gente já tá acostumada a carregar várias funções ao longo do dia, né A de mulher, a de esposa, a de mãe, a de filha, a de amante dos nossos maridos, né E quando a gente olha principalmente, eu acho que pra profissão ali, pro corporativo, muitas vezes a gente quer se encaixar numa perfeição que não existe.
Speaker 3:Que não existe, pra ninguém Que não existe.
Speaker 4:E isso é comprovado. Hoje a gente sabe que pra uma mulher se candidatar pra uma vaga de liderança, se ela não tiver tudo que tá pedindo ali, tudo Tem que ter tudo 100% E às vezes ali ninguém tem 100%.
Speaker 3:Você já tinha.
Speaker 2:Você já sabia Tanto que você olhar no LinkedIn dela. O tempo de promoção dela foi assustador.
Speaker 4:Isso foi muito rápido, mas na minha cabeça Você não quis, você veio atrás. Não, não, porque tá faltando isso, essa vírgula.
Speaker 2:Não ó pediram seis meses. Eu tenho cinco meses, cinco e Vinte e oito dias.
Speaker 3:Faltam duas horas. Faltam duas horas mas.
Speaker 1:Mas é porque assim tem aquele ditado né Cachorro que foi mordido de cobra tem medo até de linguiça.
Speaker 4:De salsicha. Porque?
Speaker 1:o que acontece. Existe essa cultura de sabatinar a mulher, né Exato.
Speaker 3:A gente vê perguntas diferentes sendo feitas pra mulher do que pra homem. A gente vê isso dia a dia. A gente vê isso no nosso dia a dia da empresa.
Speaker 4:É um absurdo e aí eu acho que uma outra coisa dentro desse papo aqui é o quão essa pessoa também, que acaba virando o nosso mentor, ela pode nos ajudar. Por exemplo, eu vou falar hoje do gestor que eu tenho, o Leandro. Ele me coloca em desafios assim, e a todo momento ele tá dizendo eu acredito em você, eu acredito em você eu acredito em você E você vai.
Speaker 4:E isso pra gente. E a gente sabe, a gente precisa dessa base, a gente precisa dessa segurança. Né, muitas vezes a gente precisa só ouvir do marido Vai, é isso mesmo, é pra você, a gente precisa só disso. E ter essa pessoa dentro do seu ambiente de trabalho ali no dia a dia, isso faz toda a diferença.
Speaker 1:Alguém que acredita em você, que vê o teu valor, que confia que você vai chegar lá e te apoia.
Speaker 4:Exatamente. E quantas vezes eu olho pra ele e falo assim eu não quero, eu não quero porque eu tô com medo.
Speaker 4:Eu falo, e aí ele fala, mas você tá com medo, por quê Ele fala vai, vai, assim com medo. Então isso eu vou falar cada um tem o chefe que merece, cada um tem o chefe que merece. Mas isso é super importante. E um outro ponto que eu acho que é um dos pontos que mais interfere principalmente nesse mundo feminino o olhar da outra mulher. Quantas mulheres chegaram nessa posição? e falta desculpa dividir essa experiência, sabe, com outras mulheres pra dizer que assim, sabe as dificuldades que você tá enxergando, sabe os medos que você tem, eu também tive, mas deu certo. e aí tem uma frase que fala né que eles ensinaram a gente a competir uma né contra as outras, porque eles sabem do poder que a gente teria se a gente se unisse e é verdade, palavra forte, é isso aí, e é verdade, palavra forte, é isso aí, e é verdade.
Speaker 4:Então, a mulher hoje, quando ela olha pra uma outra mulher, né naquela posição Ela tem um instinto competitivo. Competitivo a todo momento. A todo momento Você olha e você fala ixi, nossa, mas tá vendo, deixa eu olhar o currículo dela. Olha, ela fez isso, ela fez aquilo lá, não, não, não dá Nossa, eu preciso construir isso, nossa, eu preciso comprar esse sapato pra poder chegar.
Speaker 3:Eu preciso ter esse sapato né pra poder.
Speaker 4:E eu posso falar. Não é toda mulher que fala sobre isso. Não é, não é E a gente precisa discutir isso. Nós mulheres precisamos discutir isso A sua dor é a minha dor, sabe quando você chegou lá que alguém questionou, assim Você pode chegar e pode se impor dessa forma. Então a gente precisa também criar esse movimento entre nós mulheres de ajudarmos umas às outras. A gente precisa disso Porque senão a gente vai viver nesse mundo de competição a todo momento.
Speaker 3:A gente vai ficar nessa competição E Que não faz sentido nenhum, né Se você parar pra pensar E imagina juntando esse monte de mulheres trabalhando junto a gente vai derrubar tudo, mas eu te digo, eu digo que nós precisamos disso, nós humanidade, nós precisamos disso, nós precisamos dessa, porque assim todos nós estamos construindo um novo planeta.
Speaker 2:Bem, agora tá na cara de todo mundo essa revolução que tá acontecendo e se nós tivermos mais essa força, isso vai ajudar muito nessa virada E não tinha nem como não funcionar A mulher, tomar conta da casa, do marido, do filho, de tudo não ia tomar conta de mais mãe, como que não ia tomar conta de Eu vou aproveitar e fazer uma menção pra Cris, que é uma par nossa diretora, junto comigo e com o Anderson, e eu digo que a minha vida é outra depois que ela se uniu com a gente, porque assim nosso nível de produtividade da gente com ela junto, acompanhando e cobrando, e ela tem essa liberdade com a gente e a gente.
Speaker 3:Ela cobra, todo mundo cobra e cobra. Ela cobra todo mundo. Ela faz as coisas acontecerem.
Speaker 2:Ela tem uma outra.
Speaker 4:É mulher? né É mulher, Ela é uma outra visão. E aí a gente traz um outro ponto de vista pras discussões.
Speaker 2:É um ambiente mais heterogêneo, Cara. isso é ótimo pro crescimento.
Speaker 4:Vamos olhar lá pra trás, os primitivos, quem que saía de casa pra trazer o alimento E quem que administrava a casa, quem que ficava, tomando conta de tudo, a mulher ficava. Então, gente, é isso.
Speaker 1:Não é essa fantasia de que a gente caçava mamute. Não, a gente comia coelho galera. Desculpa informar vocês.
Speaker 2:Eu acho. Você acha que era uma casa com a taquinha segura. É lógico que era.
Speaker 3:Lógico que não Os mamutes queriam pegar a gente cara Eles fizeram a simulação com inteligência artificial.
Speaker 1:Aí Você viu dos gorilas.
Speaker 4:Não, eu não vi.
Speaker 1:Botaram 100 homens pra lutar contra um gorila.
Speaker 3:Morrem 70 homens Cara então eu vi Então às vezes Abraça-abraça com um gorila, mas é bem, eu vi essa mesma simulação, mas o lance é o seguinte Depende se for 100 homens um pouco mais bem preparados e com estratégia, a probabilidade vai colocando. Se for 100 homens lutadores, o gorila leva um pau. Né, sim, eu vi essas estatísticas em várias situações. Se forem aleatórios, o gorila ganha cara. Sim, se for pegar 100 homens, qualquer o gorila. Por quê?
Speaker 1:Porque a tendência, é a hora que o gorila partir pra cima os homens saem correndo lá se unindo, porque ela vai sair matando todo mundo.
Speaker 3:Agora se pôr os caras.
Speaker 2:os caras tem uma visão estratégica múnima, e aí tem que ser tipo assim 70 homens e 30 mulheres. que as mulheres organizam os homens É, mas faz sentido?
Speaker 1:porque senão os caras saem correndo.
Speaker 3:Mr Anderson, cara o papo, tá sensacional, podia falar aqui o dia inteiro pesar chegamos ao, mas eu quero dizer que esse é um oferecimento da C-Cyberpro.
Speaker 4:A.
Speaker 1:C-Cyberpro, que tá aqui oferecendo esse episódio pra gente que fala sobre segurança, sobre carreira, e foi um prazer estar aqui ouvindo um pouco da tua história, thaís, e esse momento é teu Microfone na sua mão. Deixa a mão de considerações finais, fica à vontade fazer jabá dar link o que você quiser mensagem motivacional.
Speaker 3:O que você quiser, fica à vontade fala lá pra três, fica à vontade.
Speaker 4:A minha mensagem é que muitas vezes a gente está posicionada em um lugar que outras pessoas decidiram pra gente E eu acho que a gente precisa ter muito esse autoconhecimento de que a gente pode ir até onde a gente quiser. Então, você que tá em dúvida aí eu sempre falo sobre isso você que tá pensando se faz sentido, eu sempre tive o sonho de fazer uma transição de carreira vai, experimenta, a gente nunca vai saber o que tem do outro lado. Se a gente não pular, a gente precisa pular né, então vai, vai dar certo, e se não der certo, pode ter certeza né. Se não alcançar esse objetivo durante esse percurso você vai ter aprendido muita coisa E para as mulheres a gente precisa se unir mais. Vamos nos fortalecer para trazer cada vez mais mulheres para a tecnologia, para a cibersegurança, e quero falar um pouquinho.
Speaker 4:Curtem a minha página da nossa escola ctedase, apareçam no nosso evento de cyber para o setor da saúde e muito, muito, muito, muito obrigada. Eu fico muito feliz de ser mais uma mulher aqui nesse espaço com vocês. Eu acho que vocês estão no caminho certo e fica aqui a minha gratidão em Libras. Muito obrigada mesmo e que Deus abençoe vocês.
Speaker 3:Amém, thais, muitíssimo obrigada. Os links pessoal vai estar toda a descrição do episódio. Vamos lá, conta sempre com o nosso apoio. O microfone do Podcafé Tech tá aberto aqui, tanto pra você como pra pessoas que você indicar. A gente abraça essas causas e esses projetos aqui sempre. Muito obrigada, tá bom, obrigada mesmo.
Speaker 1:Obrigado, thaís, valeu Bom demais Valeu, quero café, quero café.