PODCAFÉ TECH

Marcos Ortolani | A carreira em TI que começou sem manual

podcafe.tech Season 6 Episode 228

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🎙️ PODCAFÉ TECH | Com Marcos Ortolani

Marcos Ortolani, mais conhecido como Ortolani, compartilha sua trajetória de quase duas décadas em grandes empresas e sua visão prática sobre segurança da informação. De adolescente curioso que desmontava computadores no ABC paulista até referência no setor, ele mostra como a resiliência e a prática moldam profissionais de verdade.

☕ Falamos sobre:
- A adolescência na tecnologia dos anos 90 💾
- Como aprender sem manual e sem internet 📟
- A rotina de quase 20 anos em uma gigante nacional 🏢
- Segurança da informação na prática 🔐
- Carreira, propósito e evolução contínua 🚀

💡 “Eu não escolhi a tecnologia, a tecnologia me escolheu.” – Ortolani
🔗 Conecte-se com o Marcos : https://www.linkedin.com/in/marcosportolani/

PodCafé Tech é um podcast onde Mr Anderson, Guilherme Gomes e Dyogo Junqueira, recebem convidados para falar de uma forma descontraída sobre Tecnologia, Segurança e muito mais.


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Speaker 1:

Música. Muito bem, muito bem, muito bem. Estamos começando mais um Podcafé, tech Podcast, tecnologia e cafeína. Meu nome é Edson Fonseca. o Mr Edson Aperto o cinto.

Speaker 2:

hoje o tema é segurança também Aqui é Guilherme Gomes da SESPRO Segurança. a gente vai falar um pouquinho de Catalão também. vai ter várias histórias aqui hoje.

Speaker 3:

Sensacional. Eu nem sabia que Catalão estava no tema. Mas vamos lá. Diego Junqueira, ceo da SESPRO, da SESCiberPRO. Para nós é um prazer receber o convidado de hoje. Vou deixar ele mesmo se apresentar.

Speaker 4:

O prazer é meu. obrigado pelo convite aí turma. foi um prazer mesmo quando Quem me convidou foi Adriano Mano, né Que eu tratava com ele os temas. E é um prazer estar aqui com vocês. Meu nome é Marcos Ortolani, mais conhecido no mercado como Ortolani, E eu espero aí que a gente tenha uma boa discussão, boas conversas aí pra gente se divertir bastante hoje.

Speaker 3:

Sensacional, mr Anderson, antes da gente conhecer um pouco mais do Marcos e a trajetória dele e entrar no tema, que história é essa da lojinha cara?

Speaker 1:

Não vamos esquema João Kleber Peraí Para tudo. Enfim podcafétech. Agora, pra você conhecer a lojinha do Podcafé, tá lá a lojinha. Você vai ter acesso a camisetas, você vai ter acesso a canecas, eco bag, pôster adesivo, enfim Uma infinidade de produtos, inclusive produtos assinados, como por exemplo a coleção do nosso querido Cisa de.

Speaker 2:

Minho Impaciente da Silvia e outros que vão surgir agora. Collabs, várias collabs, collabs porque?

Speaker 1:

estamos todos contribuindo doando 100% dos lucros ali da lojinha para a instituição Naya Autismo, da qual o Diogo falará agora É isso aí, pessoal.

Speaker 3:

Para quem não conhece, a Naya Autismo é o núcleo de arte e inclusão do autismo. É uma instituição muito séria, criada ali, que tem um trabalho bem bacana com a comunidade autista, levando galera pra teatro, pra show, pra apresentação, incluindo ele realmente da arte. Então são profissionais que além de dedicar de forma voluntária ainda dá apoio pra aquela pessoal que precisa bastante. Então entra lá. Quem quiser conhecer um pouco mais a Naya Autismo no site do Podcafé Tech tem lá a lojinha e vai falar, tem a possibilidade de você doar diretamente pra Naya Autismo, você poder conhecer um pouco mais. Enfim, é um movimento que eu pessoalmente sou defensor e vejo e é um movimento bem sério galera.

Speaker 1:

Massa E outra coisa, massa E outra coisa. Esse é um podcast que vai tratar assuntos de segurança. Recomendação do espertíssimo Adriano Mano, porque não é à toa, né A AC CyberPro está apoiando esse episódio. Então todo mundo que precisa de soluções de segurança tem a AC CyberPro pra bater na porta lá e o Mano ajudar a resolver a sua vida. É isso aí.

Speaker 4:

Vamos que vamos, então Vamos lá Marcos, cara Ortolani Marcos como é que você prefere Ortolani, ortolani, vamos de Ortolani, vamos de Ortolani, que é conhecido? Marcos, sempre tinha uns skins na minha sala de aula, é exatamente.

Speaker 3:

Ortolani, cara, eu vi aqui seu LinkedIn. Né Tava há 18 anos aí numa grande empresa e tem, é sensacional a jornada sua. Então, primeiro conta um pouco da sua jornada pros nossos ouvintes. Se conhecerem te conhecerem aliás, e entender um pouco mais quem é o Marcos, pra gente começar a falar um pouco mais aí da segurança Bora bora Diogão Assim.

Speaker 4:

Primeiro obrigado pela camiseta. Já tô aqui usando Nossa sensacional.

Speaker 3:

Obrigado por ter usado. Já estamos aqui caracterizados.

Speaker 4:

É bem legal esse negócio de lojinha, porque às vezes a gente quer uma camiseta e não tem cara. Ah me arruma uma.

Speaker 3:

Ah, não tem. Acabou Surgiu a ideia da lojinha. Isso é muito legal, justamente porque a quantidade de pedidos que a gente começou a receber ficou inviável para a gente. A gente mandava muitas vezes Era agora o pessoal vai lá na lojinha porque tem uma boa causa, então é uma lojinha terceirizada.

Speaker 2:

Nossa ideia não é monetizar a gente não quer.

Speaker 3:

Do mesmo jeito, o pote de café também não é monetizado tenham as nossas camisetas.

Speaker 2:

Que a galera pedia e a gente já ajuda.

Speaker 4:

Excelente, mas vamos lá, pessoal. Eu comecei na tecnologia muitos anos atrás. Eu tinha cabelo na época então faz bastante tempo.

Speaker 2:

Isso é comum, né cara? A pessoa que entra em tecnologia vai chegar num momento e vai perdendo o cabelo.

Speaker 4:

Cara, eu perdi muito cedo assim na verdade Cedo já. Perdi muito cedo. Mas na verdade eu não escolhi tecnologia, a tecnologia me escolheu. Sério Conta isso aí pra gente cara Eu Eu morava. Eu sou nascido e criado em Santo André.

Speaker 3:

Santo André na BC, então assim a cidade Eu gosto muito da cidade.

Speaker 4:

na BC, assim E lá na BC, a grande maioria das pessoas vieram de indústrias automotivas. Sim, é o berço da indústria.

Speaker 3:

Né Sim ali, ford, volkswagen, tudo naquela região.

Speaker 4:

E aí automaticamente toda família de quem, assim meus pais, meus avós esperam que nasça e vá trabalhar nesse mesmo ramo Na fábrica, trabalhar 30 anos na empresa aposentar lá.

Speaker 3:

Essa é a realidade. A jornada é a expectativa, das famílias É a expectativa.

Speaker 1:

O moleque com um ano de idade ganha uma parafusadeira de presente Torninho.

Speaker 3:

Chega um torninho de aniversário de 10 anos. É mais ou menos isso né.

Speaker 4:

E cara trabalho repetitivo é uma coisa que eu nunca gostei Desde moleque, assim quando eu tinha que fazer coisas iguais, cara Na escola faz 10 exercícios iguais.

Speaker 3:

No segundo eu já parava e falava, mas já fiz dois. já entendi como funciona isso, cara. tem isso em combo com você também, putz eu me incomodava cara Me deixa puto também E deixa de fazer a mesma coisa. sabe Várias vezes, Eu já aprendi a ficar Para que eu fazer de novo, para que de novo Nossa cara. É um negócio que Achei alguém igual. Eu Me incomoda. Cara por dentro É um negócio complicado.

Speaker 4:

E aí eu estava na rua lá brincando Tinha saído da escola. Tinha 13 anos, 14 anos. E meu irmão, ele é mais velho, 6 anos mais velho que eu, mas parece que tem uns 15 mais velho que eu entendi, é tipo um mister antes é, e aí ele.

Speaker 4:

Ele trabalhava numa empresa de montagem e manutenção de computadores e venda saquei, e aí foi bem naquela época que tava abrindo a importação, que ainda era bloqueado ali em 94, 95, então tava começando a se popularizar, na verdade, e eu tava brincando na se popularizar na verdade, e eu tava brincando na rua, cara, voltando da escola não fazia nada da vida. Já tinha trabalhado assim, tipo bala no farol, panfleto nas casas, sabe, tipo pra ganhar uns 10 reais lá da vida fazia aqueles bico que tem que é normal ali pra ganhar uns trocadinhos pra ganhar uns trocadinhos.

Speaker 4:

E aí ele ligou pra casa da minha tia, que era o único telefone que tinha de recado não existia telefone em casa, Não tinha celular.

Speaker 3:

Viu gente.

Speaker 2:

Não tinha celular E telefone residencial era artigo de luxo.

Speaker 4:

Era artigo de luxo.

Speaker 3:

Era cotado o negócio assim.

Speaker 4:

Você colocava no imposto de renda. Era um negócio, era um ativo, tinha pessoas que viviam de vender ágil de telefone ou até aluguel de telefone alugava.

Speaker 1:

É verdade, 42834 era a linha da minha família calma aí o cara, o cara sabe o número peraí.

Speaker 3:

Eu lembro o número, era uma questão de sobrevivência na infância saber o número.

Speaker 4:

Era o único contato que ele sabia a minha sobrevivência.

Speaker 3:

não precisava de número, não O quão ele tá blefando, essa porra Eu não sei.

Speaker 2:

Ah, eu também lembro o meu 1, 2, 3, 4, 6. Jota.

Speaker 3:

Calma aí Isso aí é a música do Gabriel. Peçador velho Tá na hora de comer o biscoito? Desculpa, Ninguém tinha nenhum telefone começa com Exato, cara Vamos voltar aqui, vamos ficar com o telefone É um, dois, três.

Speaker 2:

Bora. Vamos voltar pra época de Você. Tava começando lá. Ligaram pra sua tia.

Speaker 4:

Ligaram a minha tia, deixou o recado, falou ó seu irmão quer falar com você fazer. Mas eu quero Então vem aqui pra esse endereço agora, aqui na Vila Mariana, que vai começar a trabalhar hoje. Isso era umas, duas horas da tarde, cara Cacete, eu tinha 13 anos Lá no exercício, fui lá na minha avó. Peguei uns realzinhos lá que ela tinha lá. Nem lembro, se era real acho que nem era real ainda.

Speaker 3:

Esse é cruzeiro. Aí peguei um ônibus, fui até São.

Speaker 4:

Caet Rupert. Olha só, Fui perguntando lá onde que é, Como que faz pra chegar na Vila Mariana. Vila Mariana, São Paulo, nunca tinha ido.

Speaker 3:

É, imagina, você tá lá na BC. Cara, eu fui em Santo André, assim sabe, com 13 anos, 13 anos.

Speaker 4:

Aí cheguei na Vila Mariana, lá fui perguntando, achei a rua.

Speaker 3:

Não tinha Google Maps também não pra saber né galera.

Speaker 4:

Só Era uma casa assim, né Era uma empresa, mas não vendia pra público na rua, Então era uma casa. Toquei lá, atendeu, Falei, vim falar com o Marcelo. Ah, tá, bom, peraí Aí chamou o Marcelo. Entrei lá, Era uma edícula assim. Tinha uma edícula no fundo, né Um sobradão na frente. Cheguei no fundo, lá era tipo um você vai trabalhar aqui montando o computador. Falei tá, Como é que faz?

Speaker 3:

isso Aos 13.

Speaker 4:

Aos 13.

Speaker 3:

Rapaz, não é possível 13 anos. hoje é o segundo convidado que a gente grava hoje que começou os três, 13, cara. Essa geração produção vocês estão de parada.

Speaker 3:

Não e é disruptivo aos 13 montar computador naquela época. A galera não tá entendendo como que era difícil o acesso a questão de computador naquela época computador e informação era coisa de rico era muito, muito disruptivo não é montar computador hoje e outra coisa não tinha, youtube não tinha não tinha tutorial e eu tinha 13 anos de idade. Você entende pra galera 13 anos, tutorial velho. E eu tinha 13 anos de idade. Você entende Pra galera de 13 anos. Ah, hoje 13 anos, cara. Mas é outra época, é outra realidade.

Speaker 4:

E pegar ônibus, né cara, E sair de casa. Eu acho que eu E ir pra um lugar que você não sabe onde é.

Speaker 3:

É, você não sabia nem onde ia chegar, né velho.

Speaker 4:

Porque não tinha GPS né velho, e era duas da tarde já Era outra época. Porque hoje o que a gente tá, fazendo.

Speaker 2:

A gente já tá ligando pro conselho telar pra dar um jeito nos seus pais.

Speaker 1:

É isso, é pô. Cê tem 13 anos. Chega lá o cara te joga um cabo flat no peito e vai.

Speaker 4:

Foi isso. Ele virou pra mim e falou assim meu irmão é meio roots. Ele falou assim ó, eu vou sentar aqui e eu vou te ensinar a montar, então presta bastante atenção. Se você não aprender nessa uma vez, você não serve pra trabalhar aqui. Qual que é o nome do seu irmão?

Speaker 3:

Marcelo Marcelo é gente boa cara, Eu gosto desse cara que ensina uma vez, entendeu. O cara não aprendeu, é porque é problema do cara, não é o ser que não ensinou.

Speaker 1:

Mas também era o seguinte velho A peça só entrava num buraco, não, não tinha outro.

Speaker 4:

Eu comecei a montar 4.8.6. Você tinha que jumpear a placa inteira.

Speaker 3:

Ele tava montando do zero.

Speaker 4:

Você tinha que fazer o turbo no LED da frente.

Speaker 3:

Sabe A diferença da Dota, ele ia jumpear, Ele ia jumpear tudo cara.

Speaker 2:

O outro pegou as peças, já ali Ele tava montando do zero, era montador, uma linha de montagem do zero.

Speaker 1:

E era tudo placa independente.

Speaker 2:

Então, não, normalmente ele Não é porque Vamos lá galera Hoje, hoje, hoje você compra a placa-mãe, ela tá com tudo integrado ali, tudo.

Speaker 1:

Ela tinha que botar a placa de som, você tinha que botar a placa do que você fosse usar. Exato, você tinha que ter a placa. Ah, quero entrar na rede, muito bem.

Speaker 4:

Instala a placa de rede. É o controlador escândalo.

Speaker 3:

É isso aí. Você manja que eu sei Sabe as trilhas do Egito. Ele passou cabo lá.

Speaker 2:

Eu imagino Chegava um pouquinho de antes.

Speaker 1:

Chegava aquela plaquinha cara nossa.

Speaker 3:

Ele ajudou cara a datilografar. Vamos lá, vou te falar como é que eu comecei Foi instalandoando servidor novel na rede 4C. Ele tem mais de cento e tantos anos, inclusive.

Speaker 2:

Ele tá se conservado desse jeito ele aprendeu a programar na pedra é foi na pedra desenvolveu no, aquela plaquinha de rede que você conseguia fazer um boot remoto TV maravilhoso.

Speaker 4:

Aí então você tava lá, literalmente Aquela plaquinha de rede que você conseguia fazer um boot remoto Caraca, maravilhoso.

Speaker 3:

Então você tava lá, literalmente. Que é assim a diferença. Uma coisa é pegar um computador que já desmontou e remontar que aí é só encaixar no lugar.

Speaker 4:

Ele tava literalmente era um computador artesanal ali.

Speaker 3:

E aí a pergunta, porque eu tô curiosíssimo? é uma época onde poucas empresas tinham acesso a computador, da máquina de geografia. Quase toda empresa já começava a ter Caixa, algumas tinham Essa empresa artesanal em São Paulo. Qual que era o público alvo deles, cliente deles? Fiquei curiosíssimo.

Speaker 4:

Chamava Chess Informática, chess de xadrez, e o objetivo era vender computador no jornal. Então eles anunciavam para o público final.

Speaker 3:

Eles anunciavam Meu Deus, Eles anunciavam no Estadão e na.

Speaker 4:

Folha Era isso, era Estadão, e Folha um banner mais ou menos de uns 20 por 20. Vendo computador B2C então B2C total, E aí O marketplace era o classificado, então Classificado, Tinha as meninas, ficava lá vendendo três meninas. Aí vendia um computador, pelo telefone anotava numa panilha que era quatro folhas de sulfite grudadas lá na outra anotava a configuração 4,5, apente 1,3,3, tanto de RAM, 8 de RAM, placa USB robótica. O computador não estava pronto ainda, vocês iam montar.

Speaker 3:

Não era artesanal, então, ou seja o Dell inspirou em vocês pra vão começar.

Speaker 4:

Mas tipo isso.

Speaker 3:

Pô caralho, olha só, tipo isso, porque tipo assim? Dell, o Michael Dell, revolucionou ali a computação.

Speaker 4:

Sim, fazendo exatamente isso, exatamente Vendendo pra montar HP, dell, e já faziam lá no.

Speaker 3:

Brasil do Mundo Fazia era personalizado né O cara comprava de acordo com o que precisava Sensacional. eu não sabia que existia isso nessa época.

Speaker 4:

Tinha muito isso, cara, Tinha muito, tinha vários concorrentes inclusive, E nessa época era tudo Paraguai Isso que eu ia falar a peça, eu tinha certeza que vinha do Paraguai, era tudo Paraguai, porque não podia ter importação, ainda Não tinha jeito Que abriu ali na época da gestão do Collor, né Exato, é isso que eu ia falar Abriu carro, abriu importação, certeza que veio tudo ali pela ponte dos nossos amigos.

Speaker 2:

Muito muito, muita coisa, né Que aventura cara, Aventura maluca.

Speaker 4:

Não tem garantia.

Speaker 2:

Não tem garantia? Não, não.

Speaker 4:

E aí eu montava, ali eu aprendi a montar. então esse foi meu start, lá aprendendo. aí chegou o dono da empresa, que também chamava Marcelo, Chamava porque ele hoje é falecido já né.

Speaker 4:

E aí ele virou e falou quem é esse moleque? aí Aí meu irmão falou meu irmão, por que que ele tá aqui 13 anos de idade. Você não falou que você precisava de um ajudante aqui, eu já trouxe, mas eu falei com você hoje agora no almoço. Ele falou já consegu moleque. Aí então, cara, e fiquei ali, fiquei ali bons anos, fiquei ali, acho que três, quatro anos. Que massa cara. Montando computador. E aí teve uma hora que ali o laboratório ficou só meu. Então eu já montava sozinho.

Speaker 3:

Curiosidade Quanto tempo entre aspas pedido ali das meninas pra você montar aquele computador.

Speaker 4:

Cara pra montar o computador eu levava na faixa de meia hora, quando já tava bala né Meia hora, aí eu instalava o sistema operacional com disquete né.

Speaker 3:

Mandava com os 98. 98 já 98.

Speaker 4:

Começou com 95, que eram 6 disquetes depois passou com 98, eram 8 disquets, eu me lembro. E aí com o Office ali, o Office 5, né. Word 5, excel 5, 4.4 demorava na faixa de umas 2 horas, um computador pra ficar pronto, né do zero, e o cara vendeu as máquinas boas.

Speaker 1:

Ali você viu que ele tinha modem OS, robotics era o amor.

Speaker 3:

Editor, editor coloca o barulhinho pra quem não sabe que é nostalgia. Você viu que ele tinha modem OS Robotics. É exato, era o modem. Agora, editor editor coloca o barulhinho pra quem não sabe que é nostalgia O barulhinho do modem conectando Nossa o handshake O handshake é maravilhoso É o bom handshake Aí tinha que instalar.

Speaker 4:

testava o sistema operacional, instalava o Office testava o modem. Colocava a fita e tava pronta pra entregar.

Speaker 3:

Eu fui pensando na Fernanda, tentando acessar o TikTok dela e ter que depender do barulhinho. Já pensou, ela fica desesperada.

Speaker 4:

Liga só a noite, porque é um pulso ruim Depois da meia noite TikTok.

Speaker 3:

Depois da meia noite, entendeu.

Speaker 4:

Era outra. Ela esquece de legendar os negócios do Instagram Tem que gravar outro.

Speaker 1:

Eu fazia comunicação entre sete laboratórios tá E era um sistema em dose. a gente fazia o acesso com o S-Robotics externo Lembro. Fazia a conexão e aí puxava os DBFzinhos tudo pro mesmo servidor pra poder jogar.

Speaker 4:

Cara, era uma loucura, baita operação naquela época Pra fazer um negócio que hoje é super simples.

Speaker 1:

Como é que os arquivos eram tudo batch? Fazia aquelas batchzinhas pra copiar daqui e botar pra ver Que já era super revolucionário, nossa senhora. Cara mestre da automação. É muito louco, né, cara A gente que vem de vários anos atrás.

Speaker 4:

Assim chegar hoje é bem diferente. Né, é bem diferente. Mas tinha um quê de criatividade que hoje não tem muito né. Era interessante, A gente tinha que se virar ali nos Nos 30. Nos 30, né.

Speaker 3:

Assim trocar IRQ na placa né cara.

Speaker 4:

Era jantada, era um negócio assim super maluco. Então essa foi minha história assim do início. Né Então a tecnologia meio que me pegou, não foi uma escolha minha.

Speaker 3:

Mas gostou Muito porque não tem a mesmice cara. Não tem a mesmice, entendeu.

Speaker 4:

Era uma coisa totalmente diferente e eu cheguei a montar num dia assim tinha uma menina que trabalhava lá a Luciene e ela era de Pirassununga E Pirassununga tem aeronáutica E ela conhecia lá, a família dela era toda aeronáutica. Então no final do ano ela fazia uma venda lá. Aí, os cadetes, lá quando termina o processo eles ganham uma grana E todos compravam computador. Então na época dessa época de Pirassununga acho que era no meio do ano, era um inferno a minha vida, porque assim chegava pedido tipo 20 computador no dia 25, no dia, caramba, olha, só Eu lembro que eu cheguei a montar em um dia, que foi meu recorde, 22 computadores.

Speaker 3:

Uau, tá vendo velho.

Speaker 4:

Instalado com SO cara, com duas bancadas. Era assim mais das seis da manhã até meia noite e os gabinetes era tudo, cortava tudo.

Speaker 3:

Eu tenho marca no dedo até hoje assim porque não era rebatida, não era, não era galera, não vai saber tá louco era faca. Era uma faca?

Speaker 1:

eu tinha não tenho mais, mas eu tinha a foto de um japonês que perdeu o dedo. a foto de um é perigoso. Só tinha um dedo dentro do lugar que assim cortou É perigoso você não tem noção, Cara você tinha que vir com bastante cuidado.

Speaker 3:

Você não tá entendendo?

Speaker 4:

Era tudo muito cortante, assim sabe Muito cortante. Eu tinha um kitzinho assim de Eu não me preocupava com o equipamento. não, Algodão, cara, entendeu, era isso mesmo, cara. Foi uma experiência super legal, muito divertida, assim, porque foi minha primeira introdução ao trabalho e já trabalhando com computadores. Então quando eu chegava, na escola e falava né que eu estudava à noite então eu trabalhava o dia inteiro. Cara, os caras trabalham com o quê? Trabalham com computador, computador. cara, como que é trabalhar com computador, como?

Speaker 1:

assim Como que é trabalhar com computador, Como assim.

Speaker 4:

O que é isso? né cara? Então era bem divertido, né? E automaticamente você tinha uma remuneração legal. Já né, Já era bacana, Já era bacana. Eu lembro que eu comprei meu primeiro carro com 16 anos, cara Uau, Já tava dirigindo com 16 anos sem carta Tá vendo Isso era outra época gente, era outra época cara, respeitado, respeitado velho Do caralho velho. Era muito diferente.

Speaker 3:

mesmo assim, essa época Olha só começou com uns três trabalhos, 16, comprou o próprio carro 16 anos ele ia pra escola de carro Tirava a onda.

Speaker 4:

Tirava a onda, deixava na porta da escola.

Speaker 3:

Mas você não tem carta, mas beleza, ninguém tá.

Speaker 2:

ninguém tá questionando isso aqui agora, não é isso que a gente tá conversando isso não é o ponto

Speaker 4:

e aí passaram alguns anos ali. Cheguei um dia pra trabalhar, a empresa tava o que fechada. Ah, esqueci de falar essa empresa, como você comentou, de Catalão, que no final de semana às vezes tinha uma filial dela em Catalão, lá em Catalão, que é. Goiás, comecinho de Goiás ali depois de Minas Nós ia viajar pra lá. levava os computadores.

Speaker 3:

Essa mesma empresa que você tá agora, essa mesma a Xadrez, a Xadrez A.

Speaker 4:

Xadrez tinha lá a filial. Ah, vendeu lá 10 computadores no mês.

Speaker 3:

Montava os 10, colocava num astrinha daquele 95, sabe e tocava pra lá, ele trouxe digitalização pro Goiás, em Catalão, em 95 pois é rapaz, eu tô lembrando daquele voo do avião, querendo que ia pousar ali em Catalão, em Caldas, não toca pra Berlândia maravilhoso aquele lugar, e aí já curtiu o final de semana lá, fazia as festas, lá que é um barato gostou de Goiás muito tá maluco.

Speaker 1:

Como é que o cara na juventude chega com dinheiro em Goiás e não gosta de Goiás? É impossível né.

Speaker 4:

É impossível. É impossível, mas foi bem gostoso essa época. E aí eu cheguei um dia pra trabalhar cara uns três anos depois, e aí a empresa tava fechada Do nada. O Marcelo lá que era o dono, ele acho que ficou devendo pra muitos fornecedores acabou metendo um louco, Não mudou pros Estados Unidos. Cara Levou um checkmate, Tipo isso.

Speaker 1:

Se você tá querendo, vou dar o cash pra Fernanda.

Speaker 3:

Ela me deu a clor da piada. Obrigado, fernanda, essa eu gostei, eu também gostei. Foi bem isso, cara.

Speaker 4:

Ela me deu um cheque mate foi embora E aí eu já tava vendo um movimento meio estranho. Eu já tava fazendo um serviço pra uma outra empresinha.

Speaker 3:

E fugiu pros Estados.

Speaker 4:

Unidos Fugiu, fugiu, e aí cara era sem registro emprego informal era outra época do dia pra noite eu não tinha mais salário. Aí eu comecei a aí. Como eu tava já bem conhecido nessa área de montagem, eu comecei a trabalhar em várias empresinhas de manutenção. Montagem já tinha honral pra caralho.

Speaker 4:

Bagagem do caralho e aí eu participei de um processo seletivo, ali, por, por coincidência, um amigo que veio e ped tem uma empresinha aqui em Santo André que tá contratando. Falei ah, leva lá pra mim preço do que. Ah, nem sei. Falei beleza, tá aí. E aí isso daí mudou a minha vida, porque eu fui contratado pela American Line. Ok, aol, provedor, aol, você lembra disso? aí?

Speaker 3:

não, ele não vai lembrar nunca, mas eu lembro pra caramba eu entrei lá em 99 entrou aqui pra concorrer com os provedores nacionais E aí mandava o discador Wall principalmente.

Speaker 4:

Rock in Rio pro Brasil. A volta deles Era CD pra todo lado.

Speaker 3:

Cara vinha CD com Champéu.

Speaker 4:

Jogava na casa das pessoas. Era CD, mano.

Speaker 3:

Esquece um CD, né porque tava ali A internet. Tava dando um CD.

Speaker 4:

O discador facilitava a conexão da app Tinha um navegador próprio, sistema de e-mail próprio.

Speaker 1:

Eles foram a terceira ou quarta Big Tech, se você olhar assim os caras que estavam Eu vivi essa época e depois eu fiz intercâmbio nos Estados Unidos.

Speaker 3:

Eu tive um negócio que só a All teve, que é um device pequenininho, que era um message próprio da All chama All eu não lembro, mas era um device que você mandava texto, não dava pra trocar texto. Você trocava texto, mas somente com quem tinha aquele negócio. Então, além de eu ter, eu tinha que influenciar a galera a comprar, porque senão não ia ter com quem eu conversar.

Speaker 4:

Sim, nos Estados Unidos era muito usado.

Speaker 3:

Né Era muito usado, mas eu lógico meus brothers a minha irmã eu falei velho, tanto que é foda, porque senão não ia ter com quem conversar ali, cara Sim. Mas eu gostava pra car próximos. Eu falei cara, olha que foda, eu vendia a parada pra all, eu evangelizava a galera porque eu queria ter alguém próximo pra me comunicar aí também velho Entendeu E era um device muito doido, cara.

Speaker 1:

Era um instant messenger revolucionário.

Speaker 3:

É próprio dele. Era o negócio louco.

Speaker 4:

Era zero configuração.

Speaker 3:

Zero, zero.

Speaker 4:

Você instalava o CDzinho lá e já vinha. tudo É meio configurado, configurado mesmo. O problema é que os caras trouxeram o CD pra cá achando que a gente tava na mesma tecnologia deles.

Speaker 3:

E aí então eles esqueceram de.

Speaker 4:

Arregaçavam os computadores. Assim os caras lá estavam instalando em Paint 1, 2, 3, 2, 3. Aqui foi instalar em 3.8.6, 4. meia, aí não aguentava dava pra um navegador. Assim Era, era no começo da All. Foi impactante.

Speaker 3:

O marketing foi pesado. Né Eles esqueceram de fazer uma pesquisa de go-to-market interessante. É isso, é isso A realidade nacional. Aí, talvez a hora que a IG fez um negócio muito parecido entregando já tava um momento mais parecido, falando em muito parecido.

Speaker 1:

Nessa época da AOL surgiu uma outra empresa chamada UOL.

Speaker 3:

Inclusive a AOL veio pra competir com a UOL querendo ou não, quem não sabe certeza que a UOL fez benchmark na AOL pra lançar a UOL mas certeza absoluta certeza, entendeu porque se tinha a American. Line.

Speaker 4:

Ela chegou e falou eu tenho o universo online basicamente no final das contas a All, não tá aí e a All está, Então o universo manteve-se. A American Line. Na época ela tinha 75% do market share dos Estados Unidos. É loucura.

Speaker 1:

Quando ela veio pra cá assim imagina A All foi comprada pela Time Warner. não foi Ao contrário. Foi ao contrário A All comprou a Time.

Speaker 4:

Warner. Eu sou fanático por Senhor dos Anéis. O Duas Torres e o Retorno do Rei. No começo mostra foi bem nessa época que comprou a ou Time Warner. Aí depois eles optaram por tirar a marca.

Speaker 3:

Realmente, você é fanático. Ele viu os créditos.

Speaker 4:

Pois é cara, Isso mostra o quanto o cara é. E foi legal trabalhar lá porque, do mesmo jeito que eles não fizeram o bench pra chegar no Brasil no contexto do produto, eles também trouxeram toda a identidade americana pra tratar funcionário E isso pra mim é uma coisa que eu agradeço a Deus até hoje por ter vivido. Cara, conta pra gente, cara como é que foi isso? Cara, eles trabalham numa necessidade de performance das pessoas, com treinamento, com maturidade. Então assim eu entrei pra trabalhar no suporte, receber ligação de pessoas que estavam instalando Em nenhum.

Speaker 4:

Mesmo aí Em nenhum mesmo, puro Atendi ali seis horas do dia e aí os caras me treinavam assim, sobre vícios de linguagem, me treinava sobre culturas nacionais, me treinava sobre alta performance. A primeira vez que eu escutei a palavra feedback foi em 99, assim ó, lá na All eu tinha 4 feedbacks por mês das ligações em 99, o cara pegava a minha ligação num gravadorzinho com fita cassete, me sentava comigo e falava vamos escutar ó, você falou sim duas vezes. Você falou tal três vezes. Você falou tal três vezes seguidas. Você tem que mudar a palavra pra não ficar com vício. Você pediu pra esperar um momento.

Speaker 3:

Exemplo de gestão do caralho hein, cara em 99.

Speaker 2:

Que loucura, cara. Sim, é um negócio muito legal.

Speaker 4:

Do caralho velho Tem gente que hoje tá falando de feedback como se fosse uma coisa nova.

Speaker 3:

Exato, Óbvio. Tem gente que ainda não sabe nem o que é feedback Tem.

Speaker 4:

Assim, quando eu escuto alguém falando não tem feedback negativo, Eu falo não peraí Existe, Ainda existe. Se alguém tá te dando feedback, ele é sem positivo, Não importa que ele tá te falando uma coisa que você não foi bem Exato.

Speaker 3:

Mas o feedback é positivo, senão ele vai cagar foda-se, vai se desligar vai te mandar pra RH, meu amigo.

Speaker 4:

Então essa já era a mentalidade que nós tínhamos lá atrás então uma puta moralidade.

Speaker 2:

Sabe, a gente tem um negócio que se a pessoa tá me criticando o pessoal vê a peça. Ela leva pro pessoal, cara, se você é perfeito se você acha que você é perfeito, você já tá errado, entendeu dependendo do grau de relacionamento e responsabilidade.

Speaker 1:

a gente toma igual, a gente toma que é fodback, Tem esse também Tem esse aí também, mas ele é positivo, é positivo. Depois você fuma um cigarrinho e fala vamos em frente, então foi muito legal viver essa experiência com os caras.

Speaker 4:

Porque era constantemente isso 99, cara E a vida. eu fiquei nessa empresa do início dela no Brasil até o final. Eu fui o último funcionário da OST demitido no Brasil. Caramba velho, Quem me demitiu já estava demitido, fechei as portas Eu era cipeiro na época E aí me deixaram até acabar mesmo. Porque aí quando entrou banda larga, aí Deixaram até acabar mesmo Porque?

Speaker 3:

aí, quando entrou banda larga, aí mudou muito o modelo.

Speaker 4:

Já mudou o modelo pra caralho. Demorou pra se adaptar. Então tentou dar umas cartadas, mas aí não rolou Cara.

Speaker 1:

isso é muita história da tecnologia no Brasil, assim num nível. Nível hard ali né, porque assim as pessoas hoje Ah pô, mandam WhatsApp Não eles não têm a menor ideia, faz ideia do que era isso.

Speaker 1:

Isso aí é um episódio pra geração nova aprender bastante Eu era suporte presencial, mas em campo Eu trabalhava pra uma empresa chamada. Trabalhava pra uma empresa chamada Net do Brasil. Então tinha um monte de empresas que eu atendia e eu andava com um bip, bip, um bipzinho na cintura, como é que era o esquema do bip. É que em fase 10 tinha um devicezinho também que recebia uma mensagem. Como é que fazia isso? Ligava pra uma central na central.

Speaker 3:

Você, não, não, não, você dizia a mensagem que você queria mandar, exato, eu quero mandar a mensagem pro Anderson.

Speaker 1:

Aí depois pra você receber, E aí tocava o cara lá da central digitava a mensagem mandava Você tinha que fazer o mesmo procedimento.

Speaker 3:

Não, não o senhor já chegava e ia ao texto. Vinha o texto chegava, tocava vinha o textinho o textinho ficava andando a gente tentava zoar, falar tipo ô viado, a pessoa não digitava.

Speaker 4:

Não posso digitar esta palavra que era de baixo calão, não pode e se eu quisesse xingar, porque assim era uma pessoa que atendia e não ia usar o equipamento Entendi.

Speaker 3:

Era uma instituição eu respeitava. É exatamente.

Speaker 1:

Então, assim chegava a mensagem pra mim.

Speaker 3:

Esse operador. Ele era da empresa ou era da empresa de telefonia?

Speaker 4:

Não era da empresa do BIP, do BIP, exatamente, então era só encontrar alguém do RH mais legal que dava. Certo Não era um BIP geral. Você tinha que saber qual.

Speaker 3:

BIP, que você tem Entendi.

Speaker 4:

Ah, eu tenho o BIP da telefônica. Sei lá, ligava na telefônica.

Speaker 3:

Eu tava em Petrópolis, lá no cantão, e eles diziam ah, vai pra Farmácia Brasil agora Eu falei partiu, farmácia Brasil partiu, chegava lá, assim aí você põe no Waze, não né, não sabia o que tava acontecendo lá chegava aonde é a Farmácia Brasil.

Speaker 2:

Aí eles chegavam lá no mapa no guia trato rodas.

Speaker 3:

Abria o mapa? não, não não, farmácia.

Speaker 1:

Tá parada rede coaxial ia verificar os cabos. Quer dizer cara, era um tempo completamente diferente.

Speaker 2:

ei canal já ativou o sininho das notificações e aquele comentário E as nossas redes sociais. Você já seguiu A dos apoiadores da CESPRO, da CESCYBER. Bora lá, tá tudo aqui na descrição.

Speaker 4:

Você não tinha muita informação né, mas de novo, é onde criava a nossa criatividade. eu acho Essa é a grande diferença.

Speaker 1:

A limitação te obriga a ser engenhoso É isso.

Speaker 4:

Então vim com essa proposta americana, então foi ótimo pra mim ter trabalhado lá durante seis anos. Fiquei um ano empreendendo, montei uma loja de computador, tentei vender computador e tal igual fazia na Chess de maneira própria. E um tempo depois, um ano depois, eu acabei entrando na Ultracargo, que aí é uma das empresas do Grupo Ultra. Trabalhei ali na Ultracargo como analista de redes.

Speaker 3:

Entrei lá não sabia nem o que fazia, sério cara trabalhar numa empresa desse tamanho.

Speaker 4:

Analista de redes gigante.

Speaker 3:

Ninguém conhece o Grupo Ultra cara. É gigante pra caralho e assim, se eu spoiler, você ficou quantos anos na?

Speaker 4:

fiquei.

Speaker 3:

18, anos, 18 anos, cara uma vida. Nós temos que falar disso. Cara Até recente inclusive.

Speaker 4:

Não saí faz três semanas. E aí eu trabalhei na Ultracargo, entrei pela Ultracargo né Tinha na Ultracargo um monte de pepino, um monte de coisa E ele é analista de rede.

Speaker 1:

Ele falou vou ficar careca aqui dentro.

Speaker 4:

Eu tinha cabelo ainda nessa época. Tá vendo? Tinha, nem casado ainda Sabia o tamanho, ela trabalhava lá na outra carga, ela que me indicou Só que a gente era noivo na época. Ah sim, e aí ela até falou lá com o RH se podia participar. O RH falou não, ela era do RH inclusive Ah ok.

Speaker 2:

O RH falou não vocês não têm nada.

Speaker 4:

Vocês são noivo né.

Speaker 3:

Não é da mesma família ainda, então não tem problema, Mas casar um sai, É isso Literalmente. Você deve ter você falar disso.

Speaker 4:

Tinha outra mensagem, tipo isso Participei do processo seletivo lá com uma consultoria de fora pra não ter vínculo porque eu conheci as minhas do RH lá, e aí fui pra entrevista com a gerente da área. Na época a gerente era a Célia Poliakovas, com a qual eu tenho um carinho enorme por ter me dado essa oportunidade, inclusive um beijo pra Célia, um abraço Sérgio, valeu demais. Ela tava grávida e aí ela me contratou pelo telefone numa entrevista, e inclusive eu tinha o tempo de empresa do tempo que a filha dela tem, né Então sempre eu acompanhava a Sérgio.

Speaker 3:

Ah, mais um ano da Bia e tal Era meu tempo de empresa. Tava marcado ali né.

Speaker 4:

E aí eu entrei na Ultracargo. Fiquei dois anos e meio era em Mauá, perto da minha casa, inclusive numa base lá que eles tinham. Fui transferido pra São Paulo, fui convidado pro grupo pra trabalhar no próprio grupo né que é uma holding, é uma holding. Entrei na área de telecomunicações, na holding. Fiquei dois anos e meio na área de telecomunicações, ali, configurando o VoIP, o roteador técnico mesmo né. Depois eu sempre pedia assim pro meu gestor, pro gerente da área, que era na época o Juliano Tedaldi cara me manda pra segurança, queria muito trabalhar com segurança.

Speaker 3:

Eu ia te fazer uma pergunta. Por que você pediu isso? Curiosidade, o que foi cara.

Speaker 4:

Na época é porque era a área que tinha mais acesso, era a área que tinha mais poder. Né, então não era nenhum outro contexto assim nossa, porque eu queria proteger as pessoas não real. Aqui era uma área que que a galera que trabalhava nessa área tinha acesso, era o domínio de mim, era os caras que mandavam em conta eu falei cara, é aí que eu vou aprender mais, é aí que eu quero estar Entendi.

Speaker 4:

Então eu fiz um puta trabalho ali em telecomunicações e consegui essa vaga em segurança. Né Na época o Danilo Casabona era meu gestor hoje tá na Kroll Legal E aí ele me contratou, cara, isso em 2011, por aí foi quando eu fui pra segurança e aí eu fiz caminho ali, né na segurança coisa muito legal do que você tá descrevendo, que assim você trabalhou nos hypes de saltos das paradas porque você tava na all beleza.

Speaker 3:

Depois você ele surfou sempre a onda. Ele pegou o voip surfou sempre a onda Ele pegou o VoIP Exato.

Speaker 2:

Surfou sempre a onda do negócio A segurança tava indo.

Speaker 3:

ele foi acompanhando né cara Caraca, ele foi decentíssimo.

Speaker 2:

Vamos lá. Ele demorou um pouco, Ele ficou muito Até vi o hype.

Speaker 4:

A gente tá falando de segurança.

Speaker 2:

Vamos falar de sei lá, 2019, 20, com a pandemia.

Speaker 4:

Na época minha era firewall e antivírus Exato. Isso era antivírus, era segurança, etc. Estava começando o proxy É exato. Isso era segurança da época, entendi Era uma coisa, assim era, era uma outra realidade Várias realidades.

Speaker 3:

E aí como é que foi Até para a geração hoje, né Você ficou sei lá 18 anos, 15 anos.

Speaker 4:

Fiquei 18 anos Entre o Tracargo e o Ultra. Eram 18 anos. Que é o grupo né?

Speaker 3:

O grupo exato 18 anos. Como é que é uma jornada, até porque assim a gente vê hoje muito o pessoal. Chega muito currículo, lá que eu vejo muita ansiedade da galera pulando, de cada X tempo já tá em outra empresa, outra empresa, outra empresa, e às vezes você vai conversando com aquele pessoal, vezes é por Você vai conversando com aquele pessoal entendendo por micharia, por questão de valores Ah cara, eu queria mudar ou por causa de 100 reais, 50 reais ou 200 reais que seja. Mas não constrói realmente um legado, uma carreira, né Você começou lá na Alícia, chegou, saiu de lá o Ciso de Segurança lá do, então você construiu toda uma carreira ali dentro. Fala pra gente da sua experiência e o que você vê hoje realmente, se você via isso hoje na sua equipe, se você vê isso na geração, que é algo que eu vejo diariamente, vejo os currículos pessoal e fico impressionado e assustado quando cada vez menos você acha pessoas dispostas a fazer carreira numa empresa. Entende.

Speaker 4:

Eu penso assim, diogo, eu não acho que existe um certo e errado. É isso aí, eu não acho que existe um certo e errado em você ficar muito tempo, nem um certo em você sair muito rápido. Ao mesmo tempo, eu enxergo que existe hoje um mito popular, digamos assim, que você tem que ficar numa empresa no máximo cinco anos. Você não pode ficar mais que isso.

Speaker 2:

É tipo uma lenda isso aí É tipo uma lenda.

Speaker 4:

É tipo o cara lá, o guru lá dos empregos lá.

Speaker 2:

Valeu Diogo.

Speaker 4:

Você tá dois anos atrasado.

Speaker 3:

Gomes Desculpa, entendeu.

Speaker 4:

Ficou cinco anos no lugar, cara, você tem que se coçar pra sair porque aquele lugar já não te serve mais. Então eu penso diferente. Eu acho que, enquanto você estiver no processo de evolução, enquanto você sentir isso cara, eu tô aprendendo, eu tô correndo atrás, eu tô me desenvolvendo, eu tô ajudando outras pessoas, eu tô produzindo, né? não, na mesmice que aí é uma coisa que eu trago lá da minha infância você tem que ficar cara assim porque você vai sair de um lugar que você conhece as pessoas, que você se dá bem com todo mundo, que você conhece os processos, a cultura da companhia que você desenvolve, que você se dá bem com todo mundo, que você conhece os processos, a cultura da companhia que você desenvolve, que você faz projeto, que você entrega, que você tem um bom salário.

Speaker 4:

Qual é o motivo? Ah, mas você tá na zona do conforto, É ruim No conforto, É ruim Nesse frio aqui. Você quer ficar no conforto ou você quer ficar no frio lá? É isso assim. Não tô falando que a zona do conforto é algo que você tem que ficar Estagnado. Estagnado Agora, se você tá confortável e evoluindo, Eu acho que o grande x da questão é Aonde?

Speaker 2:

você tá A empresa que você tá. Ela te dá as possibilidades de crescimento, desenvolvimento te traz desafio Cara é uma empresa legal, é uma cultura boa. Me traz desafio Cara é uma empresa legal, é uma cultura boa. Me traz desafio, só que cara tem um período de maturidade onde cara você, como profissional, precisa ganhar horas de voo pra você chegar no próximo nível. É isso.

Speaker 3:

E aí uma coisa que assim acho interessante. Mas eu vejo até porque a gente Pô, nós temos lá 1.500, 1.600 clientes. Eu conheço muita empresa, sei, pô, nós temos lá 1.500, 1.600 clientes. Eu conheço muita empresa, sei empresas de culturas excelentes. Né, e eu vejo no currículo, galera passou por essa empresa E eu sabia que às vezes o cara fez um próximo passo, pensando assim de encurtar o tempo de voo que você falou. E eu acho que o cara trocar de empresa achando que ele encurtou o tempo de voo, não vai significar na jornada final dele Às vezes ele mudou ali de cargo, subiu de cargo entre asas. Mas a experiência pra chegar É onde você quer chegar, pra chegar a ser um CISO, pra chegar a um cargo de gestão.

Speaker 2:

Às vezes ele não vai ter E aí aquela aceleração na subida pode ser a mesma coisa em uma aceleração pra descida.

Speaker 3:

Sem dúvida, e se você faz?

Speaker 2:

uma mudança, buscando um cargo que às vezes você não tá minimamente Porque você é preparado. preparado, você nunca vai estar.

Speaker 3:

Ninguém nunca vai estar. Principalmente no mercado de segurança cara que tá sempre carente, mas por exemplo no mercado de segurança, principalmente cara. Você tem que ter minimamente alguns pré-requisitos para você conseguir lidar com alguma coisa.

Speaker 2:

Muitos deles inclusive. E quando você pula essas etapas, cara, se você está num cargo de gerência, de coordenação e acontece algum incidente e você não lida bem com aquilo ou você não tem experiência disso, cara, pode ser literalmente um X no seu currículo que dificilmente você vai conseguir voltar lá. Por quê, cara, querendo ou não, o mercado de tecnologia ele é pequeno, as pessoas se conversam, entendeu?

Speaker 2:

Então, pô, eu coloquei a minha empresa na mão de um cara e esse cara, perdão da palavra, cagou tudo velho, dificilmente você vai conseguir um outro cargo de relevância mais alta Ou você vai ter que dar vários passos pra trás pra começar a construir de novo.

Speaker 1:

então tem uma frase que eu gosto que dê tempo ao tempo né cara. É uma coisa que a gente precisa aprender a ter eu vi essa frase e nunca mais esqueci que é jovem vai e conquiste o mundo enquanto você ainda sabe. Tudo isso é muito bom eu já vi essa frase algumas vezes.

Speaker 2:

Eu não lembro quem que dá crédito nessa frase Eu não sei de quem é mas assim.

Speaker 1:

Depois a gente tem que dar, porque eu já vi, essa frase várias vezes, essa coisa do jovem de ser tudo e assim. aí o cara mete um sênior embaixo e acha que é assim e vai entendeu, e meio que pela indústria de tecnologia ser desse jeito de você realmente ter gente jovem galgando lugares e realmente dando conta. é comum você encontrar um sênior sem bigode.

Speaker 2:

em algumas áreas específicas Pode ser, mas ao mesmo tempo criou-se um oportunismo de não eu sei tudo, vou E vi gente batendo com a cara na parede assim com força, mas assim, aí sim, a gente vê vários exemplos de cara com 18 anos que assim o nível de conhecimento desse cara é assustador. Mas é um cara que às vezes está desde os 12, olha o tempo de voo que ele teve de desenvolvimento. e a gente tá falando de exceções.

Speaker 3:

Exceções e novamente o cara tá cheio dos 8, pode ter isso aí, mas sabe que talvez ele não tenha. Pode ter muito conhecimento às vezes ele não tenha. Que aí nós vamos falar agora é o conhecimento ou a bagagem pra lidar com pessoas.

Speaker 3:

Ele sabe, muito tecnicamente Exato, é os soft skills, Exato, É os soft skills, as outras coisas que você tá numa empresa, você vai trabalhar com pessoas, é gente, E aí se torna um problema. Se o cara achar que sabe demais e achar que ele vai fazer tudo sozinho, Então você tem que ficar muito atento. E aí é uma pergunta quando é que você viu, falou assim, cara, vou partir minha carreira, aí vou ir pra gestão. Quando é que você se fala literal, no seu caso o Bit Byte lá atrás, né Sair do Bit Byte e falar agora eu vou ter que começar a lidar mais com pessoas do que escovar Bit Byte, Sem dúvida. E aí Como é que foi isso? E é uma coisa que eu gosto cara até hoje.

Speaker 4:

É um negócio que me pega. Me fala então como é que? foi, isso É, mas eu te conto, em 2019, a gente teve lá uma questão com uma MW da Sox, que é um apontamento de uma auditoria lá para quem tem ações no mercado exterior Legal, e aí houve a necessidade de montar uma squad ali de um projeto para a implementação de uma série de controles para a correção desse problema que existia. E eu era a pessoa mais preparada para liderar esse movimento. Eu trabalho com auditoria desde 2012, desde quando eu entrei na área de segurança.

Speaker 4:

Eu peguei isso com carinho e dominei o assunto como poucos e dentro da companhia sempre fui uma referência no tema. E aí em 2019, enquanto técnico, eu toquei essa squad de implementação. Então eu fiquei durante 2019, 6 meses focado nisso, né Um trabalho bem árduo ali, de madrugadas e madrugadas a fio ali pra conseguir colocar ali 85 aplicações em controle, né Trazendo pra gestão de identidade, pra cofre de senha, pra deploy automatizado, então eu tinha que ter todos os controles soques necessários ali pra um ITGC. Né, e aí, cara, eu montei essa squad, montei um time até então super técnico e comecei a tratar as pessoas ali e liderar. E eu tenho uma liderança nata, então as brincadeiras, sempre eu que tocava, então eu chamava os times Na empresa, eu sempre fui o cara de começar na faculdade Pô, quem que vai apresentar? Ninguém queria apresentar trabalho, falava não, vocês fazem o trabalho, eu apresento.

Speaker 3:

Trocara Nossa, sou eu.

Speaker 4:

Esse cara sou eu.

Speaker 3:

Por favor, Eu odiava fazer a outra parte não tinha.

Speaker 4:

Não, você faz o trabalho, me manda o trabalho um dia antes, cara.

Speaker 3:

Eu estudo e deixa comigo. Eu deixava os caras me entregar de manhã, cara.

Speaker 2:

De manhã ali eu estudava ali. Pronto, tá tudo bem.

Speaker 3:

E passava pelo mestre do negócio. Sabia porra nenhuma, não tinha feito nada, não apresentava.

Speaker 2:

É isso.

Speaker 3:

Não, mas eu não odiava fazer o resto das outras coisas. Eu também pra caralho Ficar lá na barça, Na barça na biblioteca.

Speaker 4:

cara, você tem que ir na biblioteca a tarde.

Speaker 3:

Eu tenho que ir a tarde na escola. A barça um monte de livro. Era ruim, era chato pra caralho.

Speaker 4:

Os livros eram pesados.

Speaker 3:

velho Aí os caras faziam isso, só que os povos não gostavam de apresentar Tinha vergonha todo mundo tinha vergonha, que era muito difícil apresentar, e eu o que eu fazia. Vendia dificuldade. Porra, essa pessoa é foda. Deixa comigo Vendia dificuldade, isso Vendia dificuldade Deixa comigo aqui que se vocês fizerem tudo certinho galera, a apresentação, eu garanto Entendeu.

Speaker 2:

Eu vou dar um show lá Em 2019, você, nesse momento da auditoria, você, Eu assumi a equipe, né.

Speaker 4:

E aí eu fiz esse trabalho do caramba ali e eu percebi que tem um outro lado que é legal, que é a gestão, que é um lado do caramba que você tem que conhecer do assunto.

Speaker 3:

Você não vai ficar estagnado no conhecimento técnico Não tem como ficar, porque senão você não consegue ser gestor.

Speaker 4:

Não consegue, vão te enrolar É. E ao mesmo tempo, você vai conseguir realizar o que eu chamo de sonhos. Pra mim um gestor, ele é um realizador de sonhos, porque trabalhar cara, trabalhar nos proporciona realizar sonhos.

Speaker 1:

Isso é profundo, cara É muito legal isso, cara.

Speaker 4:

Eu cheguei na Disney pela primeira vez em 2012. Quando eu fui pela primeira vez, eu tinha um sonho de criança. Eu vou até corrigir aqui minha frase Eu não sonhava porque pra mim era tão impossível estar lá que eu não sonhava isso. Eu não tinha esse sonho, mas eu conhecia Porque tinha lá a tia Laura, lá que passeia na televisão Estela Barros, estela.

Speaker 3:

Barros Aparecia a montanha russa.

Speaker 4:

lá Eu falava nossa.

Speaker 3:

Esse lugar deve ser absurdamente legal.

Speaker 4:

Mas eu não sonhava isso porque era muito impossível pra mim. Tava longe da realidade, Muito longe da minha realidade. Quando, em 2012, eu entrei no Magic Kingdom pela primeira vez, eu ajoelhei e chorei que nem criança na frente daquele castelo.

Speaker 3:

Cara, Cara que foda Por Deus do céu.

Speaker 4:

Eu me emociono até hoje Porque era tão disruptivo. Estar ali Pra mim era um negócio tão fora da minha caixa. Eu vou dizer que eu desabei e chorei também na frente do castelo quando o Mickey veio e começou a falar.

Speaker 3:

Bring come true Olha que legal cara. Where's the dream come true. Dream come true. Where's the dream?

Speaker 1:

come true, todo mundo junto desabei, desabei chorando.

Speaker 4:

E aí quem me realizou?

Speaker 1:

isso foi o meu trabalho passa um filme na tua cabeça, o que te levou até ali como você chegou até ali. Passa um filme como gestor.

Speaker 3:

Você pensa que é uma coisa que é gratificante, que às vezes muita gente não entende.

Speaker 4:

Você consegue mudar a vida de muita gente, não entende que você consegue mudar a vida de muita gente auxiliar.

Speaker 3:

Você transforma vidas. Cara. É muito louco isso, a pessoa tem que querer. Mas você auxilia né cara, não você auxilia, cara, e você guia.

Speaker 4:

Sabe, às vezes assim eu sou muito difícil de desistir de pessoas. Eu acho que todo mundo, cara, tem um jeito de tratar, todo mundo tem uma forma de fazer as coisas diferentes. Eu acho que isso é legal E quando eu desisto de uma pessoa é porque realmente, cara… Não deu. Não deu, às vezes é a pessoa que não quer, né, às vezes é a pessoa que não… Normalmente é Porque assim eu sou um batalhador em corrigir pessoas e fazer elas darem resultados. Que massa, cara. Busco muito isso, cara, e eu me envolvo com as pessoas, é claro, quando elas permitem no contexto pessoal também pra entender a realidade, que cada um tem uma realidade diferente.

Speaker 3:

É isso importantíssimo por Jesus assim.

Speaker 4:

Ó, eu me lembro muito de um filme do Nelson Mandela que eu acho que ele é um baita líder inspirador, cara. E quem fez o filme na época, se não me engano, foi o, o Denzel Washington que interpreta ele. E eu me lembro que tava acontecendo um problemão na África do Sul guerra, caramba, tal, tal, tal. Aí entrou o chefe de gabinete do exército na sala do presidente, presidente, tá tendo um problema. Ele falou calma, e a sua esposa como é que tá?

Speaker 3:

A maior calma do mundo. A maior calma do mundo.

Speaker 1:

Não e a sua esposa. Como é que tá maior calma do mundo.

Speaker 4:

Não, não é a sua esposa. Chamam pelo nome.

Speaker 1:

E a dona Isabel, como que tá, não foi o Morgan Freeman. Não, morgan Freeman, verdade você tem razão. Confundiu o ator, verdade você tem?

Speaker 4:

toda razão. E aí eu me lembro dele falando assim, perguntando na calma sabe como tá sua filha Laura e tal e o cara não tá, tudo bem.

Speaker 3:

E o mundo explodindo.

Speaker 4:

Só que naquele momento, cara, era o momento dos dois, era o momento da conversa, era o momento da relação. Então acho que o líder, pra ele de fato realizar sonhos e liderar pessoas, ele tem que gostar de gente.

Speaker 1:

Aí, deixa eu fazer um realce em uma coisa que você já falou, mas não teve destaque adequado, que vamos dar o destaque agora, porque você estava falando em gestão até agora. Cargo de gestão, cargo de gestão, cargo de gestão. Beleza, só que liderança e cargo de gestão são coisas que se encontram mas você já estava liderando.

Speaker 4:

Uma coisa é ser chefe e outra é ser líder.

Speaker 1:

Você já estava liderando antes. Uma coisa é ser chefe e outra é ser líder.

Speaker 3:

Você já estava liderando antes de estar no cargo, antes de ter o cargo. Uma coisa é ser chefe e outra é ser líder.

Speaker 1:

O cara que aspira a liderança, ele tem que praticar a liderança, não importa que cargo que ele esteja, ele tem que ser antes de ter O cara, tem que ser líder antes de ter. Isso é um fato, Ah quero ser o chefe Que é o cara da fábrica lá É exatamente O cara quer ser o chefe. Cara, isso é uma coisa, Chefe é uma coisa, liderança é outra parada.

Speaker 4:

E não precisa ter o cargo pra você liderar.

Speaker 3:

Não, não.

Speaker 4:

Aí que é o ponto.

Speaker 3:

Não precisa nem ter o cargo.

Speaker 4:

Você não precisa ter o cargo.

Speaker 3:

O cargo vai ser uma consequência natural É uma consequência natural.

Speaker 4:

Foi. E aí eu entrei nesse projeto e eu me lembro do meu gestor na época que falou assim ó, você vai liderar um projeto, vai ser muito impactante. Eu entendi o que eu ia pegar ali, reuni o time que eu tinha selecionado pra participar comigo e falei gente, é o seguinte a gente vai entrar num projeto aqui que vai gerar problemas na nossa vida, porque nós vamos ficar aqui expostos muito tempo dos nossos próximos seis meses, porque senão a gente não vai entregar. Eu quero pedir dois favores pra vocês. O primeiro favor é que vocês estejam comigo aqui todos os dias, que a gente se respeite, que a gente conviva numa boa, e pra isso acontecer, o segundo favor é que vocês cheguem hoje na casa de vocês. Chama a esposa, sua companheira, sua mãe.

Speaker 3:

Explica o que vem por aí.

Speaker 4:

Explica pra eles o que vai vir Conta a história, Fala o quanto que vocês vão estar aqui expostos E pede ajuda pra eles Porque quando você chegar em casa vai ter um pratinho de comida lá no microondas pra você esquentar. Assim, se não se a gente não juntar as nossas famílias nesse desafio, aqui a gente não vai conseguir sair do outro lado. Eu tinha uma filha de dois anos na época. A minha filha hoje tem sete. Na época ela tinha dois, ela nasceu em dezessete, Então minha esposa ainda tava naquela necessidade, ali, filho pequeno, primeira filha.

Speaker 3:

E que não sei. Vai ter que ficar mais tempo lá. Vai ter que ter hora extra lá. Você vai chegar mais tarde. Vai ter que ter o século aqui. A sua vida vira a criança por seis meses.

Speaker 4:

Agora, se você tem, o apoio daquelas pessoas que de fato são importantes na sua vida, aí a coisa muda. Então isso todo mundo fez Chamou as famílias, contou a história, falou preciso da sua ajuda. Desse jeito E assim eu tive vários feedbacks durante o projeto que assim, cara, eu cheguei em casa ontem e minha esposa tava com um pratinho de comida me esperando, cara, pra gente comer junto. Cara, isso é muito legal Porque ela podia tá lá só se quer saber de trabalho, não sei o que Porque não participa cara.

Speaker 4:

O trabalho é um pedaço da nossa vida, um pedaço da nossa vida, um pedaço grande da nossa vida.

Speaker 3:

É um pedaço grande, cara. Não é o mais importante, não, mas é um pedaço grande, mas é um puta pedaço relevante. Exato E é o que vai nos proporcionar viver Os sonhos cara.

Speaker 4:

É uma coisa casa na outra, aí que tá o ponto. E uma outra coisa que eu pedi pro gestor, que foi engraçado. Eu falei ó, é tudo homem que vai trabalhar aqui. Eu vou precisar de duas coisas.

Speaker 3:

Eu vou precisar de um data show aqui, no meio da área, aqui nessa sala Dão a TV pra fazer o jogo A TV pra assistir jogo, porque a galera gostava de futebol e eu conhecia Você começou a falar data show pra homem e futebol E outra coisa cardápio livre.

Speaker 4:

A galera vai comer o que quiser. Que massa, cara chegava a noite. O que você quer comer, abre aí o iFood aí e pede cara, fica à vontade. Que massa. O que vocês querem comer, quer comer outback, todo mundo Quer comer coco, bambu Vamos pedir É isso aí cara, eu pago aqui e tá tudo? certo Não, mas pode pedir qualquer prato, qualquer prato. Quer pedir o mais caro, pede o mais caro. Olha só, cara Cara, isso aí foi, parece bobeira, não mas você não tem noção.

Speaker 3:

Mas cara foi de subjetivo cara. Isso é Peanuts, peanuts, nada, nada E assim tanto que isso faz diferença no final.

Speaker 4:

Mas fez muita diferença. Os caras enjoavam tu mais comigo, caramba, não acredito, cara, eu gostava tanto desse negócio, mas não dá mais, vamos comer outra coisa hoje. E isso era legal porque toda noite era essa diversão. Então a gente tinha dia que a gente assistia quatro jogos O jogo da manhã do Campanão Brasileiro, o jogo da tarde, o jogo da noite. Os caras falavam não, mas o jogo das nove eu quero assistir na minha casa, nas nove horas tava todo mundo lá, aí o cara, ô, ô, tá dormindo aí. O cara acordei, acordei, vai embora, vai descansar. Não, não, não, vocês estão ferrados. Eu vou ficar ferrado com vocês e isso foi legal porque eu liderava esse time.

Speaker 4:

Eu chegava lá 6 horas da manhã, passava na padaria, comprava um puta de um café da manhã e os caras chegavam, tinha um café da manhã montado pros caras. Aí os caras comiam tal. No almoço almoçava, no jantar jantava O que queria. Então isso foi muito diferente, então a minha primeira introdução à liderança de fato de uma equipe. Já tinha feito outros projetos no qual liderei, mas com grande relevância, desse jeito foi em 19. Terminou esse projeto em outubro. Em janeiro fui promovido para coordenador. Que massa.

Speaker 3:

Aí, eu virei coordenador de.

Speaker 4:

Acessos porque foi justamente aquilo que eu tava Mais focado trabalhando.

Speaker 3:

Gestão de acesso, identidade e GRC. E assim, quantos colaboradores O grupo.

Speaker 4:

Cara o grupo tinha na época 20 mil.

Speaker 3:

Pra quem não entendeu o tamanho da pica Que eu queria avisar em casa Esse é o tamanho da empresa, porque a? galera, como assim 20 mil colaboradores trabalhando com isso.

Speaker 1:

A galera não tem noção do tamanho. A galera também às vezes não associa o que fala grupo ultra né. A gente tá falando assim.

Speaker 4:

Ipiranga Dragás. Na época tinha a Extra Farma, o Obsteteno. Tinha outros negócios também E tem o prazer de ter eles como nossos clientes.

Speaker 3:

lá A gente já atendia de ponto e cento inclusive.

Speaker 2:

Mais ou menos nessa data, foi isso mesmo Quem aprovava. Foi em 2020 que a gente começou a perceber.

Speaker 4:

Foi quando a gente implementou para corrigir o risco das vulnerabilidades, que é um controle sóxido. Então foi aí que a gente implementou o Patch Manager, lá com vocês. Então esse contexto de liderança me ajudou muito depois a me enxergar como de fato um líder né E, largando o contexto técnico, por mais que eu goste e eu sempre tô por dentro do que tá acontecendo no mercado acho muito importante pra mim isso funciona.

Speaker 2:

Faz parte da liderança você entender Muito, porque não adianta às vezes. A gente tem muitas vezes aquela pessoa que não entende nada de tecnologia liderando uma equipe de tecnologia e cara, tudo bem. A pessoa tem que quando a gente tá num nível mais alto, a gente precisa de um nível mais próximo do negócio, mas, cara, você também tem que ter a proximidade com a tecnologia, desculpa, tem que ter isso não dá.

Speaker 4:

Eu enxergo assim também.

Speaker 2:

Como é que você faz o link se você tá mais de caia do que?

Speaker 3:

Não dá ele tem que entender mesmo O cara. Assim desculpa o líder hoje, o CIS, o CIO, que não acompanhou a evolução da tecnologia ou não é da área, cara, ele não vai conseguir liderar, ele vai ser enrolado, cara.

Speaker 4:

Então Ele vai ser enrolado. Eu também acho Ele vai ser enrolado.

Speaker 3:

o diretor gerente dele vai enrolar ele. ele não vai. vai ser cargo a rainha da Inglaterra. desculpa Boa, porque é cara, Porque no final das contas isso vai ser só um cargo, porque ele não vai conseguir contribuir ou avaliar se o negócio tá ou não tá se ele não for da área.

Speaker 4:

É isso que é legal, Ou ele vai ser um coach motivacional.

Speaker 3:

Eu trabalho muito próximo da equipe, né, é mano.

Speaker 4:

Então teve várias situações. Enquanto o Ciso mesmo de os caras terem que fazer um projeto no final de semana, eu sentar com os caras e vamos junto, sério, cara, vamos junto, cara. Ah, mas Ciso, já Como Ciso, isso é raro. Como Ciso, cara, isso é raro Sentar e falar. Vamos junto O que você quer que eu faça.

Speaker 3:

Quer que eu configure o que aqui pra você? Olha só isso eu não tinha ouvido ainda.

Speaker 4:

Cara, eu não tenho esse milindre. Sabe Pra mim, assim, honestamente, cara, eu enxergo real, real, e não é mentira, não é papo de coach, eu enxergo todo mundo importante, cara na companhia, todo mundo. Sim, eu não vou nem falar do cargo A ou cargo B, porque eu já tô sendo, já tô diferenciando, mas todos cara todos são importantes cara.

Speaker 4:

Cada um no seu papel É assim ó beleza, a gente pode trabalhar, tá lá na sala da diretoria. Mas se não tiver uma menina limpando o banheiro, cara, e tirando ali as coisas do lixo, a empresa não pode abrir cara. A empresa não abre assim, o bombeiro não deixa. Entendeu Assim. Você tem que ter todas as engrenagens funcionando. O ecossistema tem que rodar, liso, tem que rodar.

Speaker 3:

Tem que rodar liso, depende de cada peça E todo mundo é importante, cara.

Speaker 4:

Eu sempre falo uma frase que é assim ó, Uma empresa é feita por pessoas e para pessoas. Tudo que a gente faz, tudo que a gente faz, todas as empresas do mundo, elas fazem produtos e serviços para as pessoas. Ah, Ortodon, mas tem um cara que faz pro pet. Tá bom, mas o pet é porque é de uma pessoa.

Speaker 2:

Quem tá comprando não?

Speaker 4:

é o pet, não é o pet, não é o pet, é isso aí E tudo é pras pessoas.

Speaker 3:

É pra satisfação, é pra mostrar o ego.

Speaker 4:

É pra mostrar poder, é tudo é pras pessoas. Então se você não focar nelas, se elas não forem a sua chave, você vai largar errado. Então eu sempre trabalho com equipe de alta performance focando nas pessoas.

Speaker 1:

Pra mim elas são a chave e sem salto alto, sem salto alto, o tempo tá indo eu tenho que fazer essa pergunta.

Speaker 3:

Não tem como, como é que é com o CISO, o CISO de uma empresa do tamanho da Ultra, né Ser CISO, no momento de sala de guerra que todo mundo tem Quão tenso, é uma sala de guerra de uma empresa grande desses Como o CISO, cara, Porque assim, querendo ou não ser o CISO daquele negócio, aquele negócio E uma sala de guerra, um incidente, uma coisa acontecendo deve ser algo sinistro. Então assim, sempre eu gosto de pegar um feedback de quem viveu, teve essa oportunidade, que não é muita gente, Principalmente de uma empresa do tamanho do Grupo Ultra, né Sim.

Speaker 4:

A gente teve um evento de Hansford em 21, né Nessa época ainda não era o CISO, era o Gustavo Sartori, hoje no PagSeguro. Eu participei enquanto coordenador de toda a estratégia ali e assim é uma coisa muito ruim, porque a gente está sendo vítima de um crime é um crime que a gente não pode deixar de colocar.

Speaker 4:

Esse ponto é um crime grave só que ao mesmo tempo é uma faculdade. Viver isso é uma experiência única. Viver uma resposta de entente real, com negociação com um infrator, com um bandido, né e todo um modus operandi ali e você conseguir enxergar tudo aquilo e ver como a coisa está acontecendo, é muito interessante. Então eu vivi aquilo de maneira no background, digamos assim. Né olhei pra toda a situação, vi e entendi como funcionou e a resposta e a recuperação e tudo, como a gente trabalhou lá E depois eu tive, eu me tornei CISO em 22 do grupo e aí em 23 a gente teve um quase incidente Ele chegou a ser um incidente, teve uma tentativa de ataque ali, no qual a diferença foi que a gente teve a visibilidade do que aconteceu.

Speaker 4:

Peguei a situação, corrigimos a situação. Depois na minha liderança a gente conseguiu. Eu tratei todo o caso, o reporte para a diretoria, acionei o meu comitê de gestor e diretor, então passei toda a pontuação do que tinha acontecido, os riscos e tudo aquilo, a resposta do incidente. Então tava tudo dentro de um domínio já muito Nossa mas assim.

Speaker 4:

Foi uma coisa que acelera o nosso coração porque, honestamente, eu sempre tive uma situação assim. Eu trabalho com uma situação que não muda a vida das pessoas. Minha cabeça era essa eu trabalho com tecnologia e tecnologia não muda a vida das pessoas. Minha cabeça era essa Eu trabalho com tecnologia e tecnologia não muda a vida das pessoas, não é diretamente na vida como um bombeiro, como um médico.

Speaker 3:

Não afeta diretamente a vida ou morte.

Speaker 4:

Então eu tinha isso na minha vida Após 21. Você viu o que poderia acontecer, cara. Eu vi que a minha profissão, pra mim ela tomou um outro patamar de discussão, porque eu percebi que eu trabalho em uma área que muda a vida das pessoas. real é vida ou morte? é um sensor? é algo que pode explodir. Um tanque, um botijão da ultragás é um sensor? é algo que pode explodir.

Speaker 2:

Um tanque, um botijão da ultragás, cara, é um negócio e assim, e aí a gente vai até mais longe que, por exemplo, cara, vocês estão. Grupo ultra Ipiranga. Às vezes um posto que não funciona pode ser um posto que precisava abastecer uma ambulância, e aí a gente vai tem indiretamente, é maluco mas eu percebi que é diretamente.

Speaker 4:

Indiretamente. eu já entendi Agora diretamente quando eu vejo um cara sendo demitido porque ele não bateu a meta de venda, porque nossos sistemas estavam fora por causa do incidente. E aí foi o que você pensou. Você fala, caralho, eu impactei a vida do cara negativamente, uma pessoa que enxerga pessoas como você.

Speaker 4:

Deve ser foda O peso é alto, é altíssimo. Eu me sinto extremamente responsável por qualquer tipo de risco que a minha companhia tenha. Então assim, eu sou um cara de estar preocupado no detalhe, no detalhe. Então assim eu vou cavucando as coisas até encontrar onde tá a minha passagem de dinheiro, por onde o meu dinheiro caminha, qual que é o meu risco. E aí é plano de resposta de dente, é teste de mesa. Vamos validar essa brigada de incêndio aqui para ver se de fato funciona.

Speaker 4:

Então assim esse tipo de coisa, uma coisa que eu bato muito na tecla, buscava muito isso para garantir que de fato a gente esteja preparado. E aí ali, em 23, a gente mostrou que de fato a gente estava, né Que massa Houve a situação corrigimos Teste real, mesmo Teste real.

Speaker 4:

Não houve necessidade de fazer fato relevante, porque não houve impacto financeiro nenhum. Né Foi no início ali isso, ali, numa tentativa. E foi muito interessante o modelo que a gente tinha testado em laboratório, o modelo. Então a gente tinha testado um REN SORJÁ como que funcionava, não houve nenhum impacto, zero incidente, mas a gente conseguiu não ter o problema. Eu poderia ter o mesmo problema de 21. Mas, cara, quando eu percebi que toda a minha liderança, aquilo que a gente havia combinado, aquele processo de melhoria, né O Gustavo deixou uma trilha pra mim muito bem encaminhada, eu coloquei meu jeito e otimizei ainda mais, Aquilo funcionou E aí eu me senti com uma baita satisfação, né De terminar o dia e falar assim cara, não aconteceu, as pessoas não vão ter problema.

Speaker 3:

A satisfação é enorme, a adrenalina, foi isso a adrenalina é maravilhosa, cara.

Speaker 4:

Você fica num estado de atenção, de alerta, assim que eu passei madrugadas e madrugadas acho que foram duas madrugadas nesse último incidente porque eu queria realmente validar que tudo estava dentro do lugar certeza com os parceiros muita gente envolvida lugar com certeza, né com os parceiros muita gente envolvida a galera não tem noção de tantas pessoas é muita coisa né, e assim a maior satisfação é saber que você vai chegar no escritório, você vai pôr seu computador e vai trabalhar. Você não precisa saber que eu existo, porque eu acho que segurança não é marketing segurança.

Speaker 4:

Trabalha no background é porque eu tô trabalhando muito bem pra você, então assim eu enxergo você tá trabalhando ali, não tá É porque eu tô trabalhando muito bem pra você, então assim eu enxergo segurança, não com uma área do pode e não pode com uma área do ter os mais acessos, os principais acessos, como eu enxergava no passado mas sim com uma área que alavanca o negócio, uma área que tá ali pra proteger o negócio dentro da particularidade dele.

Speaker 4:

É muito simples eu pegar aqui um framework de mercado, ah, estou aqui numa empresa de têxtil, põe tudo. Não é isso. Eu preciso entender qual é o meu negócio, qual é o risco do meu negócio, qual é o principal risco que ele tem. Tratar a situação como ela precisa ser tratada.

Speaker 3:

E cada negócio é diferente do outro, super diferente do outro.

Speaker 4:

E trabalhar do lado das pessoas, entender que segurança tá ali pra apoiar né As pessoas. Acho que esse é um ponto muito relevante, que me ajuda muito no meu dia a dia e me motiva muito. Né Assim a minha filha. Às vezes ela na escola, lá ela é questionada sobre o que os pais fazem da vida. Então vai lá, chega aqui O que seu pai faz. Ah, meu pai é médico, Ah, meu pai é psicólogo. E aí ela falava assim meu pai mexe computador. Eu entendo, a família acha isso.

Speaker 3:

A minha família acha que eu corri de antivírus até hoje. É a maneira mais fácil de traduzir.

Speaker 2:

Trabalha no computador, acho que eu fico lá no computador mexendo no computador o tempo todo Não estragou a impressora Abre aí e arruma.

Speaker 3:

É isso Você conhece da impressora. aí tá Linho, falei mesmo seu.

Speaker 4:

É bem interessante, isso. E aí eu ressignifiquei quando alguém te perguntar o que o papai faz, fala que o papai é um policial da internet. O papai protege as pessoas digitalmente pelo computador. Papai, você é policial. Sim, eu corrijo. Eu sou policial da minha empresa. Eu não deixo com que os bandidos entrem na minha empresa, Eu corrijo eles, eu protejo a companhia da internet. Cara, ela se sente super orgulhosa disso. Isso é massa do caralho. Sabe, é uma ressignificação E é real. É real, é tão real.

Speaker 3:

É tão real que inclusive pra eu dar um recado pra o CFO, ou recado para o CFO ou CEO que não fica liberando verba para a segurança. Está aí uma explicação, entendeu?

Speaker 2:

Vou pegar essa mesma explicação.

Speaker 1:

Vou te mandar um corte para você ajudar o seu pessoal de segurança. Você tem segurança privada na sua empresa, é isso aí.

Speaker 3:

Não é proteger só o seu perímetro físico e achar que está tudo certo. Não, Porque o seu negócio pode estar por um fio ali, por causa da segurança de informação E às vezes é uma dor de muita empresa que o cara tem lá, tem a vontade e não tem a grande.

Speaker 2:

E o crescimento do seu negócio pode estar em risco.

Speaker 4:

Né Ele, não consegue falar a língua do board pra entender o risco real que aquilo tá acontecendo?

Speaker 3:

E aí não consegue explicar, não tem a verba, e fica esse negócio E essa tradução de fato, ela é difícil pra quem é muito técnico, então essa tradução.

Speaker 4:

Ela precisa ser cada vez mais transparente.

Speaker 3:

Você explicou que pra um CFO que não tem a menor ideia de tecnologia, o que você ia fazer.

Speaker 1:

Cara o dinheiro da empresa não tá dentro de um cofre, não vai entrar um cara lá dentro, explodir a porta e você vai trocar tiro com ele porque ele vai levar o cofre embora.

Speaker 3:

Mas o cara às vezes pensa não, mas tá lá no banco, você não fez o caso do banco. Você tem que entender, é complicado.

Speaker 4:

É É complicado.

Speaker 3:

As empresas de hoje, todas elas. Não é o dinheiro que elas têm no banco ou o produto que está no estoque, São os dados que elas têm. Essa é a joia da coroa As informações, uma empresa sem dados.

Speaker 4:

ela morre hoje. Então é aí onde a gente entra.

Speaker 1:

Ou ser lesada de um sistema. A gente está falando sobre uma empresa que ficou sem faturar por três meses porque o sistema não tava operacional e a empresa morre, Então os caras ficaram desesperados entendeu Exato. Não tem o que fazer cara.

Speaker 3:

Infelizmente é uma coisa assim. Ah, estamos chegando naquela hora cara Já deu passamos um tempinho.

Speaker 1:

A Fernanda tá hoje o Diogo tá conversando pra caramba.

Speaker 3:

Os convidados vocês escolheram são muito bons.

Speaker 1:

Entendeu Sensacionalmente, mas temos de chegar aos momentos que nós chamamos de considerações finais. Deixa o microfone na tua mão pra você deixar recado. Mensagem motivacional. Link do LinkedIn fica à vontade, o que você quiser.

Speaker 3:

Fala lá pra três dando um abraço pra pessoal. Obrigado, gente.

Speaker 4:

Assim, foi um prazer estar aqui com vocês. Obrigado mais uma vez. Foi muito legal mesmo contar um pouquinho da minha vida, da minha história e como que eu enxergo as coisas, as confederações finais, cara. Assim acho que todo mundo que de certa forma participou da minha vida, seja nos âmbitos pessoais ou profissionais, porque eu entendo que vida é vida, né É uma só Que me ajudaram, então eu agradeço assim falar nomes é difícil porque eu vou esquecer de alguém, com certeza, mas principalmente a minha família, né Minha parceira de vida, que é a minha esposa, a Paula Te amo meu amor E minha filha Lívia, sete anos, que são minhas fortalezas. É por elas que eu trabalho, é pra elas que eu vivo.

Speaker 4:

Então é isso que eu mais importo, que eu acho que tudo que a gente realiza no trabalho é muito legal, é muito importante, mas no final é pra conviver com elas, é pra amanhã elas terem uma vida melhor, uma estrutura melhor, né e levar um pouco do que a gente viveu de experiência pra que possa errar menos. Né Porque a gente errou pra cacete, né, claro, a gente não tinha muito tutorial pra aprender as coisas, não, não tinha nada.

Speaker 3:

Era meio na barra, Não tinha YouTube, não cara? E hoje.

Speaker 4:

Eu acho que o grande desafio da educação é você conseguir colocar na cabeça das crianças o caminho da dificuldade.

Speaker 3:

É.

Speaker 4:

As coisas parecem muito fáceis né Porque o caminho da dificuldade É As coisas parecem muito fáceis, né Porque as coisas são fáceis, né Os jovens eles sabem tudo porque eles têm um computador super completo na palma da mão. É e rápido E rapidamente eles conseguem ter a resposta ali, Porque hoje cada vez mais a informação tá na prática. E é legal, porque é bom a gente conviver com essa turma.

Speaker 3:

Lógico, é muito legal, é importantíssimo. Cara, eu tenho que abrir todo dia site de besteira ver Instagram lá meia hora pra ver o que tá acontecendo no mundo. Cara, não tem assunto com minhas filhas.

Speaker 4:

Não tem assunto com minhas filhas, não tem assunto com os jovens que trabalham na minha área. Eu tenho que saber lá que a Jojô Toddynho lá tá falando tal coisa do fulano E porque eles sabem disso. Uma cultura inútil Não É uma cultura útil pra se relacionar, cara Exato E essa galera. Eles são a próxima geração que vai estar em todo o mercado de trabalho, em qualquer lugar É inevitável E eles estão aqui E a gente vai ficar até quando aqui, ruminando, Não para Para de mimimi, para de mimimi, cara.

Speaker 4:

Vamos pra frente, vamos pra frente Mensagem bonita, essa, é isso que eu busco, assim sabe, com todos os jovens que eu lido, tenho muito. Tenho seis afiliados, eu tenho sobrinhos pra caramba Sobrinhas, e aí eu já dei aula pra crianças, né Em projeto carente e tal, lá na empresa mesmo Pra crianças de 14, 13 anos, e cara a minha levada pra eles é Cara, entenda que dificuldade todo mundo tem cara, todo mundo tem sua cruz pra carregar E não tenta se comparar com ninguém. Você é o único cara, você é o único Igual. Você não tem ninguém mais no mundo. Isso é muito louco. Então, vive a tua vida, cara. Vive a tua vida da melhor maneira possível, em abundância.

Speaker 1:

Acho que é isso que é o mais bacana, Cara episódio emocionante.

Speaker 3:

Obrigado por compartilhar. Obrigado, cara Ser humano sensacional.

Speaker 1:

Muito obrigado por compartilhar com a gente aqui e pô é isso.

Speaker 3:

Valeu, valeu demais. Até a próxima.

Speaker 4:

Obrigado, obrigado, quero café, quero café.

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