#048 – A leitura nos salva da banalidade do pensamento único, da estreiteza da visão imediatista.
A leitura nos salva das ideologias, cheias de furos e incoerências.
A leitura nos salva de nossos próprios preconceitos, de nossas inevitáveis ignorâncias.
E como autores, a leitura nos salva porque é nela que nasceu o impulso primeiro de expressar-se pela escrita.
A leitura é a geografia que queremos habitar, é o relevo por onde correrão os rios de nossas palavras.
Quando escrevemos, afinal, nossa escrita é tão boa quanto a nossa habilidade de leitura do que estamos escrevendo. Somos o primeiro leitor dos nossos originais. E teremos de ser bons leitores de textos ruins para que estes textos - crônicas, roteiros, contos, novelas, romances – tornem-se muito bons.
Neste episódio, vamos falar sobre isso: de como a leitura pode orientar a matéria narrativa que queremos explorar em nossos escritos, e de como podemos nos valer da leitura para aprofundar a compreensão de um mundo complexo.
Porque já é tempo de perceber que a esperança não basta. E não basta subestimar o poder do obscurantismo.
Porque o que te trouxe até aqui não é o suficiente para te levar até lá. E para isso, precisaremos valer-nos de nossa plasticidade cerebral. Da capacidade incrível que temos de fazer as coisas conversarem dentro de nós.
Precisamos dos livros porque foi graças a eles que entendemos as recorrências da história e da barbárie. Precisamos do livro se quisermos começar a articular tudo o que sabemos em uma prática, um pensamento, um discurso integrados.
E hoje quero fazer um convite: dia 4 de maio, às 19h, um domingo vou coordenar uma formação online gratuita chamada Mínima Linha Infinita – O Caminho do Haikai para a Poesia, ministrada pelo aclamado poeta e editor Tarso de Melo.
Quer descobrir os mistérios da língua?
Então clique no link e garanta a sua vaga: https://bit.ly/poesia-prelo